EU SOU A MAÇONARIA!


Nasci, não sei quando.


Masonic Oil Painting
Em meu nome ergueram templos de pedra e os encheram com os que não me compreendiam.
Em meu nome, se fantasiaram e se engalanaram.
Em meu nome, fizeram-se falsos homens de bem.

Em meu nome, buscaram o poder pelo poder.
Em meu nome, delegaram-se sapientes e iniciados.
Em meu nome, fizeram-se donos da verdade.
Em meu nome, perseguiram mais do que ajudaram.
Em meu nome, ludibriaram e enganaram.
Em meu nome, me dividiram, como se eu não fosse uma só.
Em meu nome, retiraram dos meus rituais a essência dos ensinamentos do meu criador.
Em meu nome, criaram graus e degraus, como forma de serem importantes por estas conquistas e não pelo trabalho interior e exterior de cada um.
Em meu nome, criaram e criam vários ritos, tudo no grito.
Em meu nome, ganham a vida criando histórias e arregimentando seguidores para estas, para mais tarde se desmentirem.
Em meu nome, fazem leis e normas para os favorecer, ou para tentar calar o meu grito através dos que tentam me defender.
Em meu nome, usam a sociedade para benefício próprio e de seus apadrinhados ou cúmplices.
Em meu nome, criam até rituais onde o iniciado não necessita crer em DEUS, coitados, não sabem nem ao menos o que é uma iniciação.

Em meu nome, iniciam sem jamais iniciar.
Em meu nome, se colocam como maçom sem jamais se preocuparem em um deles verdadeiramente um dia se tornar.
Em meu nome, relegam a um segundo plano o verdadeiro sentido da iniciação.
Em meu nome, fazem sessões rápidas, maquinalmente, sem propósito algum, para sobrar mais tempo para a sessão gastronómica.
Em meu nome, sim, em meu nome, fazem tanta coisa errada que  até fico constrangida em aqui apresentar.
Eu  sou justa, sou perfeita, nasci para ajudar o homem a se aproximar do nosso Criador que é DEUS.
Eu sou justa, sou perfeita, dei os símbolos como meio didáctico para o homem melhor me compreender e praticar.
Eu sou justa, sou perfeita, criei o ritual para poderem com os símbolos melhor me compreender e entender.
Eu sou justa, sou perfeita, pensei que o homem poderia através dos símbolos  e dos rituais interagir melhor com as forças energéticas positivas do universo.
Eu sou justa, sou perfeita, chamei o homem de pedra bruta para que ele sentisse e compreendesse a necessidade de se lapidar.
Eu sou justa, sou perfeita, mostrei ao homem que o templo físico deveria ser uma representação do universo, só que alguns não entenderam, que tudo ali é sagrado, é uma das muitas moradas do meu Pai. Ali não há lugar para a inveja, o ciúme, a disputa, a vaidade, a intemperança, a raiva,  a injúria e o juízo de valor.
Eu sou justa, sou perfeita, até deixo o homem dizer que eu tenho segredo, estes, se existem, são administrativos, como qualquer sociedade que um dia foi ou é perseguida tem, como forma de proteger os seu membros.
Eu sou justa, sou perfeita, nasci para ajudar todos os homens, independentemente do sexo, raça, cor, religiosidade ou posição social a se transformar em um iniciado, ou seja, num homem e consequentemente um espírito de LUZ. Que será aonde toda a humanidade terá forçosamente que chegar. Assim está escrito e assim se cumprirá.
Eu sou justa, sou perfeita, a todos e a tudo levo o meu perdão, mas, por  favor, Sejam Dignos de Mim, Não me maltratem e Me Socorram.
O meu nome, sim, o meu nome é MAÇONARIA.

Autor: O Pensador


Comentários

  1. empre que se fala em maçonaria, um termo é recorrente: O Grande Arquiteto do Universo, ou G.A.D.U. (a forma abreviada mais comum).

    Em quase todas as obras maçônicas e também na maioria das citações ou reportagens, há referências a esta expressão.

    Mas o que muitos leigos se perguntam sempre é: o que, ou quem é, exatamente, este Grande Arquiteto? Qual o real significado desta denominação?

    Respondendo objetivamente, e de maneira simplificada, afirmamos: o G.A.D.U. é a maneira pela qual os maçons se referem a Deus. E a razão é simples: sendo a maçonaria uma instituição que teve origem histórica nas corporações de construtores medievais – que eram formadas por arquitetos, engenheiros, artesãos, pedreiros e outros profissionais ligados à área da construção civil e militar – e, ainda nos nossos dias, valer-se de instrumentos daqueles ofícios como ícones simbólicos (o compasso e o esquadro, por exemplo), nada mais natural que denomine o projetista ou construtor de tudo o que existe como O Grande Arquiteto do Universo.

    Denominações adicionais para o Criador como O Grande Arquiteto dos Mundos ou O Grande Geômetra são encontradas em alguns livros maçônicos, todas com o mesmo significado.

    Ampliando o escopo deste artigo, consideramos importante esclarecer brevemente o conceito de Deus na maçonaria. A imagem eternizada por Michelangelo na Capela Sistina – a de um ancião de cabelos brancos, adotada como representação costumeira de Deus por grande parcela da civilização ocidental – ainda que enquanto obra de arte seja belíssima, não é suficiente para a compreensão da onipotência, onipresença e onisciência divinas.

    Em verdade, ousaríamos dizer que é, de fato, inapropriada. Ora, qualquer que seja o ser, se este for limitado por uma forma, não pode ter tais características. Portanto, seguindo este raciocínio, concluímos que a imagem de Deus como um velho senhor sentado em um trono de nuvens é apenas o retrato humanizado do pensamento de uma época, não devendo ser levado em conta para uma reflexão mais aprofundada. Deus é o amor infinito, a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, é aquele que não tem começo nem fim, e não pode ser conhecido através dos esforços intelectuais de uma mente humana que, por mais avançada ou capaz que seja, está sujeita a limitações. Deus, portanto, é uma força que não pode ser analisada ou mensurada, só podendo ser sentida e contemplada através de suas manifestações. Esta força é o que os maçons chamam de Grande Arquiteto, gerador do universo, do homem e da vida em todas as suas formas.

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  2. Um movimento anti-maçônico, fundado nos Estados Unidos no século XX e formado quase majoritariamente por fundamentalistas religiosos, tem distorcido continuamente o conceito do Grande Arquiteto do Universo. Este movimento, que já conta com ramificações no Brasil, afirma erroneamente que o G.A.D.U. não passa de um ‘deus maçônico’, ou ainda uma divindade que representaria uma suposta união sincrética de ídolos antigos. Os mais radicais acreditam ainda que o G.A.D.U. seria uma representação do diabo. Conforme já explicado, nada mais longe da realidade.

    Aliás, para ser maçom, o postulante tem de, necessariamente, crer na existência de um ser supremo.

    Todos os trabalhos maçônicos são dedicados à glória de Deus, e os templos maçônicos conservam abertos em seus rituais o chamado Livro da Lei, que nada mais é que o livro sagrado da religião dos países onde funcionam as lojas maçônicas. No Brasil é a Bíblia que pode ser vista na quase totalidade dos templos, e ao redor do planeta, o livro sagrado muda conforme o caso: para os hebreus, o Talmude ou o Antigo Testamento; para os muçulmanos, o Alcorão; para os adeptos do bramanismo, os Vedas; para os masdeístas ou seguidores de Zaratustra, ou Zoroastro, o Zenda-Avesta etc.

    O Livro da Lei possui esse nome por conter o código de moral e ética que devemos seguir em nossas vidas. Este nome evita ainda qualquer tipo de sectarismo. A única exigência que se faz é que o volume deve conter, de fato, as sagradas escrituras de uma religião conhecida, e fazer referência ao Ser Supremo, Deus.

    É importante colocar que a crença no Grande Arquiteto do Universo é encarada na maçonaria como uma realidade filosófica, e não de modo dogmático. A maçonaria, portanto, não é uma religião, mas abriga em suas fileiras homens de todas as religiões – por reconhecer a importância de cada uma delas, respeitando o conceito íntimo que cada um tem de Deus.

    Mas a maneira pela qual cada maçom professa a sua crença neste ser supremo é assunto de foro íntimo. Assim, em um templo maçônico poderão ser vistos, lado a lado, católicos, budistas, espíritas e assim por diante, pois a tolerância e o respeito mútuo fazem que praticantes dos mais diferentes cultos estejam unidos em prol da lapidação espiritual, da construção de um mundo justo e da busca pelo bem de toda a humanidade.

    O escritor Dan Brown, em carta endereçada aos maçons americanos na época do lançamento de seu livro O Símbolo Perdido, cuja trama envolve a maçonaria: “Em um mundo onde os homens batalham a propósito de qual definição de Deus é a mais acertada, não acho palavras para expressar adequadamente o profundo respeito e admiração que sinto por uma organização na qual homens de crenças diferentes são capazes de ‘partilhar o pão juntos’ num laço de fraternidade, amizade e camaradagem”.

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