A ESCADA DE JACÓ



Jacó era filho de Isaque e neto de Abraão, que foi o primeiro Judeu. 

Casou-se com as irmãs Lia e Raquel. Lia foi a mãe de seis de seus filhos: Ruben, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulon e de sua filha Diná. Raquel foi a mãe de José e Benjamim. De Bilha, escrava de Raquel, nasceram Dã e Neftali. Zilpa, escrava de Lia, foi a mãe de Gade e Aser. Os doze filhos homens de Jacó, que teve seu nome mudado a mando de Deus para Israel, deram origem às doze tribos em que o povo se dividiu. 


Posteriormente, a tribo de José se dividiu em duas meia-tribos, correspondentes aos descendentes de seus filhos Manassés e Efraim, adotados por Israel. 

A Escada de Jacó, como todo símbolo maçônico, presta-se a diversos significados, que se tornam mais densos conforme o estágio de evolução do iniciado. 

A Escada, em diversas religiões, está sempre ligada à Evolução, à Iniciação e ao caminho que leva à divindade. 

Com efeito, com esses mesmos significados, está presente no simbolismo maçônico. 


A Escada de Jacó foi extraída de Gênesis 28:10-19, que relata o sonho de Jacó com uma escada em que Deus estava em seu cume. 

Pelo relato bíblico, essa escada significava o caminho que conduzia a Ele. 

De forma análoga, a Escada de Jacó presente no Painel, representa o caminho sagrado, o caminho do aperfeiçoamento moral e espiritual, o caminho da perfeição, que leva ao GADU. 

Essa analogia está magistralmente representada no Painel, onde a Escada de Jacó está sobre o Altar dos Juramentos, apoiada nas três grandes Luzes da Maçonaria, e por seus inúmeros degraus atinge-se o Céu. 

Nesses degraus estão representadas as Virtudes Teologais da Igreja Católica (e também da Anglicana, religião oficial da Inglaterra): 

a Fé (Cruz), 
a Esperança (Âncora) e 
a Caridade (Cálice ou Taça com a mão em atitude de a alcançar). 

Entre a Cruz e a Âncora é apresentada uma Chave, representando a Discrição, que foi suprimida por algumas Potências brasileiras. 


Tais representações simbólicas indicam que o caminho que conduz ao GADU passa por tais virtudes.

No “Emulation Ritual”, esses Painéis chamam-se “Tracing Board” (Tábua de Delinear). 

Em todos os países que praticam o REAA.’. e também no GOB.’. esses Painéis do Ir.’. John Harris não são usados, pois são próprios do Ritual de Emulação inglês. 

Como a Escada de Jacó não está representada no Painel em uso, não é mencionada em nenhuma passagem do Ritual. Portanto, os IIr.’. que pertencem a Potências Maçônicas que usam esse Painel podem até ficarem chocados, mas a verdade é que a Escada de Jacó é um símbolo inexistente no REAA, o que se pode confirmar em autores franceses que publicaram obras sobre o Rito. 


O uso de dois diferentes Painéis no mesmo Grau, intitulando-os Painel Simbólico e Painel Alegórico, é uma prática exclusivamente brasileira, adotada por um grande número de Potências Maçônicas. Todavia, Painel é um só, o que é exposto na abertura dos trabalhos. 

E como a Escada de Jacó foi aparecer no REAA no Brasil? 

Foi introduzida pelas Grandes Lojas Estaduais a partir da segunda metade da década de 1920, por importação das Grandes Lojas Americanas, que só praticam o REAA nos Altos Graus (4 ao 33). 

Nos Graus Simbólicos, fazem uso do Rito de York, ou Rito Americano, que guarda certas semelhanças com o Ritual de Emulação Inglês, daí a presença da Escada de Jacó.


No Livro Simbologia Maçônica dos Painéis são apontadas e demonstradas minuciosamente todas as incongruências existentes entre o conjunto de Painéis do Ir.’. John Harris – que deve-se reconhecer que bem ilustram toda a simbologia do Ritual de Emulação – e a simbologia do REAA. 

Comentários

  1. O Livro da Lei é uma das maiores riquezas e ferramentas para o aperfeiçoamento do ser humano independente de ser iniciado ou não. Peguemos a história que antecede a este Jacó descrito e podemos ver que a mudança deu-se após a iniciação dele. Fica a minha opinião e sugestão para uma profunda reflexão.

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