A maçonaria e a libertação dos escravos

A libertação dos escravos no Brasil foi uma iniciativa dos maçons. A participação da Maçonaria na Lei Áurea, da libertação dos escravos, não foi um ato repentino, e sim precedida de outras leis, como a do Ventre Livre, da não separação familiar, a lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros com mais de 65 anos e etc., foram feitos anônimos da Maçonaria, que precedia a situação que ocasionaria economicamente a liberação da força de trabalho do negro, assim como a mais valia que representava então, sobretudo nas grandes fazendas de café, para a implantação da República.
Dentre muitos se destacaram Visconde de Rio Branco, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Eusébio de Queiroz, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Cristiano Otoni, Castro Alves, e muitos outros.
Com a Revolução Industrial Inglesa do século XVIII, abriu terreno para o avanço do capitalismo. Originou-se a produção industrial, onde boa parte de seus proprietários eram maçons. Influenciados pelos maçons ingleses, os brasileiros defendia a libertação dos escravos, pois a visão capitalista exigia o consumo, e o Brasil, como ainda vivia um regime escravocrata não era interessante para os ingleses e capitalistas em geral. Na Europa, para se ter uma idéia, nuca aconteceu o comércio de escravos.Dom Pedro II, que era maçom, se viu em uma situação delicada. Ou tomava uma atitude contra a escravidão ou entraria em guerra contra a Inglaterra. Assim, em 1850, foi aprovada a lei Eusébio de Queirós pelo próprio Ministro da Justiça Eusébio de Queirós, a qual proibia o tráfico negreiro no Brasil.
Mas a igreja, que era beneficiada pelos senhores de escravo, foi contra a libertação dos negros, tanto que em 1872, D. Vital e D. Macedo, bispos de Olinda e de Belém, respectivamente, seguiram ordens do papa Pio IX, puniram com a excomunhão, religiosos que apoiavam os maçons (membros da maçonaria). Foi até divulgado, por padres maçons, um manifesto em que reafirmavam a compatibilidade entre a atividade religiosa e a Maçonaria.
Enfim, a Abolição da Escravatura em 13 de maio de 1888, graças à Maçonaria, através da Lei Áurea, finalmente foi alcançada pelos negros no Brasil e comemorada por sete dias. 

Comentários

  1. Joaquim Nabuco, o abolicionista

    Neste ano de 2016, Joaquim Nabuco que foi Estadista, historiador, jurista, diplomata e segundo alguns sedutor (as mulheres não
    resistiam a Nabuco) completa 106 anos de sua morte (nasceu em Recife em 19 de agosto de 1849 — Washington, 17 de janeiro de 1910).
    Suas lutas partiram da Educação, Reforma Agrária (já na época do Império), a especulação financeira e ainda foi um sedutor incorrigível, dizem até que a princesa Isabel caiu nas suas garras.
    Contudo, sua grande luta foi a Libertação dos escravos. Ele que foi o verdadeiro arquiteto do abolicionismo – e não a Princesa Isabel como se ensina nas escolas –, apesar de ter sido educado por uma família escravocrata é um dos maiores heróis brasileiros, filho do Senador José Tomás Nabuco de Araújo e de Ana Benigna Barreto Nabuco de Araújo, estudou humanidades no Colégio Pedro II, bacharelou-se em letras (foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras – 1896). Em 1865, em São Paulo fez três anos de Direito e formou-se no Recife, em 1870. Foi adido de primeira classe em Londres, depois em Washington de 1876 a 1879.

    Joaquim Nabuco se opôs de maneira intensa à escravidão, lutou tanto por meio de suas atividades políticas, quanto pelos seus escritos, sendo seus principais textos: Um Estadista do Império, biografia do pai e Minha Formação, obra clássica da literatura brasileira, quando viajou pela Europa em 1883 publicou O Abolicionismo em Londres. Era um monarquista esclarecido, escreveu até contra D. Pedro II com panfletário O Erro do Imperador.
    Era um monarquista, contudo sua posição política mesclava-se à sua postura abolicionista, criticava a sociedade escravocrata, fez campanha contra a escravidão na Câmara dos Deputados em 1878 e fundou a Sociedade Antiescravidão Brasileira, sendo responsável, em grande parte, pela Abolição em 1888. Para Nabuco, a abolição da escravatura, não deveria ser feita de forma violenta, e sim segura e consciente. Em 1880 fundou a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão.
    Por 328 anos (de 1560 a 1888), os escravos foram oprimidos no Brasil, e duraria por muito mais tempo se não fosse o Abolicionismo. Nabuco no movimento abolicionista lutou de forma ativa, ainda mais ao perceber que o quadro político da época estava “triste e degradante”: o governo se afundava, as autoridades subornáveis, os partidos rebaixados e desleais, as leis dominadas, a justiça vendida, o Parlamento sem voz, a igreja deixava-se levar por oportunistas.

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