CONCEITO DE DEUS NA MAÇONARIA

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O conceito de Deus sempre foi motivo de discussões e até mesmo guerras entre os povos. 

Cada seita ou religião se auto proclama detentora de todos os princípios divinos e acaba por exercer um monopólio das coisas de Deus perante a comunidade que a abriga.
Seus líderes são tidos como representantes legítimos de todas as potestades e disso não abrem mão.

A igreja Católica se diz originária do próprio Cristo, da qual seria o fundador, tendo inclusive a Pedro como o primeiro Papa.

Os evangélicos proclamam em alto e bom tom, que são eles os eleitos do Senhor e que o verdadeiro Cristo se encontra dentro de suas igrejas e em nenhum outro lugar. 
Fora do cristianismo, vamos encontrar religiões que agem da mesma forma que as demais: proclamado-se como porta única de acesso à salvação.
Em respeito à propensão religiosa de cada um, não emitiremos opinião quanto aos conceitos acima descritos. 

Então, temos em todas as partes do mundo religiões e/ou seitas que professam sua fé em seu Deus particular.

“A Maçonaria como instituição universal que congrega em seu seio pessoas de todos os credos e raças, sem distinção alguma necessitava de uma denominação própria que englobasse todos os conceitos da divindade, sem denotar propensão a este ou aquele”. 
Se para os judeus a crença é em Jeová, para os hindus é em Brahma; aos maometanos corresponde Alá, enquanto aos cristãos, é Deus; então, tomando por base os conhecimentos das ciências antigas, das quais é uma das guardiãs, nossa Sublime Instituição universalizou a denominação da divindade com o título de “G.’. A.’. D.’. U. ’.”.

Assim, um Maçom cristão, um maometano, um judeu, um hinduísta, ou de onde possa originar professa sua crença em um mesmo Ser Supremo, a Consciência Cósmica Universal, o Eu Sou O Que Sou, a Verdade inefável, que não é um Deus particular dos maçons, como apregoam os líderes religiosos contrários à sublime Ordem, no intuito de confundir seus adeptos.

Trata-se de universalizar o conceito de Deus como Onisciente, Onipresente e Onipotente, porém essa universalização se destina à Maçonaria Universal e não entidade suprema de uma “religião maçônica” que só existe na cabeça dos líderes fanáticos de seitas ou religiões com pendores ou fundamentos dogmáticos ou preconceituosos.

Ao adquirir consciência de si mesmo e estar seguro do caminho a seguir, o Iniciado pode se pronunciar a respeito de suas idéias e ideais, sem temer represálias de qualquer espécie, uma vez senhor de suas forças e conhecedor dos limites impostos no seio da maçonaria no que tange a liberdade religiosa do seu adepto.

Essa posse de si mesmo é o resultado dos estudos praticados nos elementos da natureza, extraindo dos mesmos as lições filosóficas e cientifica necessária ao pleno conhecimento da Vida e interação da “Creatura com o Creador”:

...é a Liberdade de Consciência regida pelo Livre Arbítrio que impulsiona o homem no caminho do Saber e o liberta das amarras impostas pelas crendices, do espírito de seitas e dos conceitos dogmáticos. 

Ao contemplar-se pela vez primeira a “Estrela Flamejante” e entender o seu vasto significado esotérico, filosófico, científico, espiritual e moral, jamais o Homem será o mesmo.
Uma mudança opera em seu íntimo. Não mais o atrai os sofismas e filigranas de lideranças religiosas: condescendente, sorri das absurdas teorias ortodoxas e mostra o caminho correto a ser seguido: ao deus terrível e vingativo das seitas, contrapõe o Ser Inefável, o “Creador Increado”, á vingança, apresenta o perdão; ao ódio, o amor à perfídia, a solidariedade: ao orgulho, a humildade: ao vicio, as virtudes, enfim; se torna um ser resplandecente de paz, operando com justiça e lealdade perante seu próximo.

Eis aí o Homem “polido e digno de ocupar seu lugar no edifício social”. 

A evolução do homem passa necessariamente pelo conhecimento que ele possa extrair de cada vida por ele vivida na face da Terra por mais recalcitrantes sejam os adeptos das religiões ortodoxas em não aceitar o conceito filosófico e científico das vidas sucessivas, cada dia mais fortalece essa corrente, engrossada principalmente por pesquisadores e estudiosos da origem do Homem.

O dogma da existência única não consegue sobrepujar a morte e muito menos responder as perguntas que o ser humano faz a si mesmo e a natureza, desde que tomou consciência de seu valor perante o Creador: O QUE SOU, DE ONDE VIM E PARA ONDE VOU? 

E ainda destes outros questionamentos tão importantes quanto: QUE É A VIDA? PARA QUE ELA SERVE? QUAL O SEU FIM? 

As civilizações mais antigas, praticamente o berço da humanidade, como o Egito, China, Índia, Grécia e outros tantos centros de cultura que deixaram sua marca na história dos povos, sempre mantiveram em suas doutrinas tanto religiosas quanto filosóficas, o instituto da existência de vida futura.

Exceto as religiões adeptas do cristianismo modificado a partir do Concílio de Nicéia do ano de 325 da Era Cristã – todas as formas de Catolicismo e suas congêneres Evangélicas – são raras as que não aceitam a sucessão das vidas com doutrina. Inclusive o próprio Alcorão, originariamente mantinha em sua linha doutrinaria, tendo a redação modificada após o surgimento de Maomé, cujos preceitos sofreram modificações – e continuam a sofrer – nos vários povos da Terra onde é praticado o Islamismo.

A geometria usada na construção universal se faz a cada dia e em cada ser humano. 

Em cada recanto do Universo opera a Obra Grandiosa o Grande Geômetra. A cada instante da Creação, o Creador Se revela e Sua verdade Inefável se consolida na Creatura.
Giordano Bruno, filosofo Italiano nascido em 1548 e executado na fogueira das Santas Inquisições em 1600, sem sombra de dúvidas o maior filosofo da Renascença, era um panteísta assumido.
Apesar das excrescências do Panteísmo pregava a exigência de uma alma universal imanente a tudo e a todos, e assim se expressava: “Um espírito se encontra em todas as coisas e não existe corpo, por menor que seja que não possua uma parcela de sustância divina, que o anima.” 

Cada ser vivente, seja em qualquer um dos reinos da natureza, inclusive o Homem por se o alvo final da Creação, possui uma forma primária, algo como que a essência do espírito divino a engendrar sua caminhada desde mineral até chegar a topo da Escada de Jacó, como ser pleno de consciência universal e herdeiro de uma das muitas moradas da casa do Pai, que é o Universo. 

Eis a Geometria divina engendrando um trabalho incessante em prol da humanidade.

Humberto Rodhen, em seu excelente livro A FILOSOFIA CÓSMICA DO EVANGELHO, Editora Alvorada, à página 20, nos dá uma visão sobre o Panteísmo, para a qual devido a profundidade dos conceitos filosóficos ali emitidos. 
“Coisa estranha! 
Os homens – como inquilinos dum jardim de infância – inventam fantasmas – 
e depois têm medo dos fantasmas por eles engendrados.  

Um desses temerosos fantasmas chama-se “Panteísmo”. 

Se por “panteísmo” se entende que toda e qualquer coisa finita seja idêntica a Deus sem distinção alguma, é claro que essa espécie de panteísmo é um atentado à lógica e uma negação dos fatos objetivos.
Mas se por panteísmo se entende que Deus esta em tudo e tudo está em Deus (“panteísmo” ou “monismo”), que Deus é a íntima essência de todas as coisas e que estas não são senão outras tantas manifestações da única Realidade “Deus” – nesse caso, panteísmo é expressão da verdade objetiva, por menos que os profanos compreendam essa verdade”.

O Panteísmo subjetivo aprisiona a liberdade de consciência ao atrelar o Espírito humano como parcela do Espírito de Deus.

O homem - ai entendido o Espírito – é creado por Deus, mas não é o próprio Deus; não possui imanência “em” Deus, mas “de” Deus, simplesmente porque o menor não pode conter o maior.
O retorno ao seio do Pai não se configura como sendo uma reintegração da parcela no todo, mas o direito conquistado pela Creatura de estar ao lado de seu Creador, depois de vencidas todas as batalhas em que haja combatido e logrado êxito de suplantar a si mesmo e se libertado dos grilhões que o aferroavam enquanto Homem-Ego.

É dentro dessa concepção que a filosofia maçônica estriba o maravilhoso conceito de “DEUS”. 

O maçom, ao adquirir consciência de si mesmo e estar seguro do caminho a seguir , pode se pronunciar à respeito de suas idéias e ideais, sem temer represálias de qualquer espécie, uma vez 
senhor de suas forças e conhecedor dos limites impostos pelo grau de espiritualidade atingido.

Essa posse de si mesmo é o resultado dos estudos praticados nos elementos da natureza extraindo dos mesmos as lições filosóficas e necessárias ao pleno conhecimento da Vida e interação da Creatura com o Creador: é a Liberdade de Consciência regida pelo livre Arbítrio que impulsiona o homem no caminho do Saber e o liberta das amarras impostas pelas crendices que alimentam o espírito do vulgo e conceitos dogmáticos imprimidos inadvertidamente por algumas seitas.

Desde há muito era preocupação dos grandes iniciados buscarem respostas esclarecedoras quanto  a existência de vida após a morte.
Bhagavad Gita, assim, falou:

“Para quem nasceu, certa é a morte, 
E para quem morreu, certo é o nascimento. 
Portanto, não se deve chorar sobre o inevitável”. 

Bibliografia:
Oliveira Bariani – Walter – Caminhos da Perfeição: O Companheiro.
Colaborador: Ney Lisboa de Miranda 33º

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