Mantendo a simbólica tradição operativa da loja, em toda reunião maçônica circula o Tronco de Beneficência.
Os donativos são livres e espontâneos; cada Irmão deve depositar no tronco de beneficência o valor que desejar, certo que o produto terá uma destinação adequada, de acordo com solicitações formuladas em Loja e ou por um Irmão preparado para esse mister, o hospitaleiro ou esmoler.
No geral, os recursos captados são mínimos, pois a verdadeira beneficência deve ser secreta e espontânea, não envolvendo em si nenhuma forma de humilhação para quem doa e nem para quem recebe. Ressalte-se que a beneficência entre os Maçons nada mais é do que uma simples e espontânea manifestação do espírito caritativo, um ato, um costume, um hábito, que não deve nunca servir de pretexto à ostentação e nem à vaidade. Ao colocar e retirar a mão do saco de beneficência, este gesto deve ser inundado de pensamentos positivos, nessa fração de minuto ou de segundo mentalize pensamentos de elevação espiritual e de boa vontade para consigo mesmo e ou a favor de seu próximo, tais como: alegria, amor, bondade, paz, candura, prosperidade, saúde etc.. Gesto convicto de que só se doa o que se tem em abundância; assim, no mínimo, será inundado do que deseja ao próximo. Não é finalidade da maçonaria fazer benefícios no sentido material; a beneficência maçônica é esotérica, direciona ao maçom o benefício espiritual, espelhado no amor ao próximo.
A maçonaria prepara o maçom para ser cidadão exemplar e, como tal, preocupar-se com o infortúnio alheio.
A solidariedade cultivada na maçonaria não é restrita ao aspecto da sociabilidade, mas na forma do misticismo, na permuta dos pensamentos, na cadeia de união, nos bons e maus momentos. Em ambos os aspectos, beneficência e solidariedade, o objetivo é levar o maçom a ter em mente sempre a busca do bem para a humanidade, o bem dos anônimos, daqueles que não se é preciso ver para sentir necessitado, sentimento que vem de um coração sensível ao bem, o dever do coração do maçom.
A maçonaria desde há muito não é operativa, mas o maçom forçosamente continua sendo operativo.
O maçom não deveria deixar desaparecer de sua visão a constrangedora constatação das mazelas que vive a maioria das pessoas, em particular, quanto à questão da assistência à saúde.
Texto de Julio Tardin-2012
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