Todos encaramos o Natal como a época do ano em que mais prevalecem
os sentimentos de Paz e de Boa Vontade entre os Homens.
Sem dúvida que isto é correto. Mas o Natal é muito mais do que isso.
Basta lembrar que os deveres do Maçom para com o próximo incluem o socorro aos necessitados. Devemos também lembrar que todo o socorro negado aos necessitados é um perjúrio para o Maçom.
Assim, esta é a ocasião apropriada para refletir sobre o que fizemos e sobre o que deveríamos ter feito durante todo o ano. Mais importante ainda, este é o momento de estabelecer nossos objetivos para o ano que se aproxima.
Assim, esta é a ocasião apropriada para refletir sobre o que fizemos e sobre o que deveríamos ter feito durante todo o ano. Mais importante ainda, este é o momento de estabelecer nossos objetivos para o ano que se aproxima.
E isto não só individualmente, mas também como Instituição que se proclama Filantrópica, Filosófica, Educativa e Progressista.
É claro que, a nível individual, todos podemos - e devemos - ser solidários com qualquer ser humano. No entanto, como Instituição, a Filantropia maçônica deve ser dirigida principalmente aos Irmãos e às suas famílias. Para tal, existe o Tronco da Viúva.
Não podemos esquecer que em seus primórdios a Maçonaria era essencialmente uma corporação de auto-ajuda. Na Idade Média, quando a Europa era assolada por guerras, pela peste e pela falta de trabalho, já em 1459 os artigos 25,26,27 e 43 dos Estatutos de Ratisbona estipulavam a criação pela Confraria dos Artesãos - a Ordem dos Canteiros - de um Tronco cujo produto era destinado ao amparo, em caso de doenças e de desemprego. A Grande Loja de Londres já em 1725 instituía a criação do Fundo Caritas, para auxílio aos Irmãos e suas famílias.
Sabemos que, na grande maioria de nossas Lojas, o produto do Tronco de Beneficência é irrisório e para pouco dá, em termos de beneficência. Nossa Ordem é constituída essencialmente por Irmãos da classe média, sempre sacrificada nos países pobres. Por isso mesmo, é quase sempre muito pequeno o donativo da maioria dos Irmãos. Alguns há que, em dificuldades financeiras, nada colocam no Tronco.
A Caridade ou Filantropia, é uma das virtudes teologais e sua prática é fundamental ao aperfeiçoamento moral e espiritual do Maçom. Por isso mesmo, a ela estão obrigados todos os membros de nossa Instituição. A Caridade coloca o ser humano acima das diferenças étnicas, sociais ou políticas.
Nossa antiga Irmandade sabiamente adotou rituais para melhor instruir e ajudar os Irmãos a converter em virtudes os defeitos e as falhas de caráter que são inerentes ao ser humano desde o seu nascimento.
No entanto, seres humanos que somos, muitas vezes fazemos o oposto dos ensinamentos recebidos. Em conseqüência disto, não existe um só de nós que não lamente algo que disse ou deixou de dizer ou algo que fez ou que deixou de fazer. Sobre isso, todos precisamos meditar seriamente.
O Natal é o momento adequado para analisar a nossa situação em relação aos compromissos assumidos perante a Ordem e perante o Grande Arquiteto do Universo.
O Natal é o momento adequado para analisar a nossa situação em relação aos compromissos assumidos perante a Ordem e perante o Grande Arquiteto do Universo.
Este é o momento certo para refletir se ao menos tentamos cumprir os deveres que a solidariedade maçônica exige de nós. As conclusões a que chegarmos poderão ser decisivas em relação à nossa futura conduta.
Durante os dias que faltam para o Natal, vamos também analisar se é correto que as nossas ações filantrópicas fiquem restritas a esta época maravilhosa ou se devemos pautar nossa vida pela prática contínua de tudo o que nos ensinam os nossos Rituais. Acima de tudo, lembremos que o verdadeiro trabalho maçônico é aquele realizado em prol da humanidade.
Esta é a única via pela qual poderemos materializar nossos propósitos de aperfeiçoamento espiritual.
Então, e só então, poderemos comemorar o Natal, felizes e com alegria, junto a nossos entes queridos, não esquecendo de dedicar algum tempo para cumprir o verdadeiro sentido do Natal - a veneração ao Menino Jesus.
Que Deus,
o Grande Arquiteto do Universo,
esteja presente em todos os lares,
nos ilumine
e nos abençôe.
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