Uma sinopse histórica de cada país no mundo
islâmico árabe, que se segue, fornece uma base útil para o assunto. Eles estão detalhados por
ordem alfabética. Cada país islâmico tem uma história de
relacionamento com a maçonaria. O irmão Kent Henderson, de Victoria, na
Austrália, faz uma sinopse interessante sobre esses países e publicou um livro
com estudo extenso (Henderson, K. W. & Pope A. R. F. Freemasonry Universal
– A New Guide to the Masonic World. Volume Two. Global Masonic Publications,
Melbourne. 2000), que é a fonte de referencia principal deste artigo. A seguir
vamos citar esses países e incluiremos Israel, embora Israel não seja
muçulmano, esse país possui comunidade islâmica e representa importante centro
de influência na história maçônica.
ARÁBIA SAUDITA
Alguém poderia suspeitar que a
Arábia Saudita, sendo uma Monarquia Islâmica muito tradicional, seria desprovida de lojas maçônicas. Na
verdade, esse era o caso até 1962, quando a Grande Loja Americano Canadense (no
âmbito das Nações Grandes Lojas da Alemanha) erigiu a Loja Arabian Nº 882. Isso
foi seguido por quatro outras. Todas essas lojas foram formadas para atender os
estrangeiros no país, principalmente maçons norte-americanos e britânicos na
Arábia Saudita, como resultado do comércio de petróleo. No entanto, após
sucessivas repressões pela polícia saudita, nenhuma destas lojas estão efetivamente
operando, exceto os grupos fraternais com encontros casuais.
ARGÉLIA
A Argélia, ex-colônia francesa, recebeu a maçonaria
em 1831 com a criação da loja militar francesa “Cirrus” seguida pela loja
“Bélisaire” e pela loja “Ismaël “ em 1833. Todas as três foram erguidas no
âmbito do Grande Oriente de França. Um passo importante para a aceitação de
não-europeus na Argélia colonial foi atingida com o início, em 1864, de Emir
Abd-el-Kader, que havia liderado a guerra contra a conquista francesa de 1832 a
1847. No entanto, esse avanço foi de curta duração e alguns muçulmanos,
posteriormente, se juntaram a Maçonaria na Argélia, evidentemente, porque eles
geralmente não podiam compartilhar as opiniões anti-religiosas dos maçons do
Grande Oriente de França. Em 1939, pouco antes da Segunda Guerra Mundial, a
Argélia possuía onze lojas sob a Grande Loja da França e
vinte e um lojas no âmbito do Grande Oriente da França, além de um par de lojas sob Le
Droit Humain e uma loja de Memphis-Misraïm. Depois de 1945, a Maçonaria não
recuperou sua antiga importância e com a independência da Argélia em 1963, ela
desapareceu por completo, após a repatriação da maioria dos cidadãos franceses
de volta para a França. Hoje a Maçonaria é proibida na Argélia.
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