A MAÇONARIA EM PAÍSES ISLÂMICOS – Parte 2

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BAHRAIN
Este Estado árabe, rico em petróleo, no Golfo Pérsico, até recentemente possuía várias lojas.         
Sua primeira loja foi a St. Andrew de Bahrain, erguida em 1949, sob a Grande Loja da Escócia.          
Reuniu-se pela primeira vez em um aeródromo, em seguida, em um salão da igreja, antes de construir o seu próprio templo no deserto. O então Emir do Bahrein deu o prédio da loja em locação por 99 anos.           
Em 1954, a St George Bahrain Nº 7389 foi fundada sob a Constituição Inglesa. Ambas as lojas em grande parte eram formadas por trabalhadores petroleiros britânicos. Claramente, a este tempo o governo de Bahrain não era decididamente anti-maçônico. No entanto, na década de 1970 tornou-se assim, e ambas as lojas encerraram suas atividades no país. Não se conhece a razão deste acontecimento. A loja escocesa foi posteriormente fechada, enquanto a loja St George Bahrain mudou-se para Ashford, Inglaterra, onde continua até hoje.

IÊMEN
Iêmen, localizado na base da Península Arábica, consistiu de dois países separados, Iêmen do Norte              e Iêmen do Sul, até que foram politicamente unidos em 1990. Iêmen do Sul era anteriormente conhecido simplesmente como “Aden”, ou, mais corretamente, o protetorado britânico de Arábia do Sul. Aden teve a honra de receber a primeira loja no Oriente Médio. A Grande Loja da Escócia reconheceu em 1850 a Loja Felix Nº 335. A Loja Centenário Nº 1449, foi erguida sob a mesma autoridade em 1900. A Inglaterra entrou em cena com a Loja Luz na Arábia Nº 3870, em 1918. Esta loja agora trabalha em Croydon, Inglaterra. Após a Segunda Guerra Mundial, uma terceira loja escocesa foi criada em Aden, Loja Pioneer Nº 1305. A Independência do Iêmen do Sul trouxe um governo totalitário, o que fez as condições para a Maçonaria insustentável. Iêmen do Norte parece nunca ter tido uma loja. 

INDONÉSIA
Maçonaria não existe mais na Indonésia, proibida pelo governo indonésio em 1965. Inglaterra havia estabelecido uma loja em Sumatra tão cedo quanto 1765, mas mais tarde fechou.
Na década de 1950, o Grande Oriente da Holanda teve quatro lojas em Sumatra e dezenove em Java. Em abril de 1955, quatro lojas em Jacarta se uniram para formar uma Grande Loja (chamada Timur Agung Indonésia). O Presidente Soekarno a dissolveu em 1965. Uma loja holandesa, De Ster in het Oosten Nº 14 (Star of the East), que data de 1759, mudou-se de volta para a Holanda, onde ela ainda atende em Bilthoven. 
Há relatos ocasionais relativos a uma Grande Loja trabalhando na Indonésia, que não é reconhecida fora da Indonésia por qualquer outra Grande Loja. Sabe-se que ainda tem pelo menos uma loja na Indonésia, a Loja Hermes, em Bandung, embora possa haver outras, estas são da Maçonaria mista, que não foi proibida, uma vez que sua composição inclui as mulheres e, portanto, “não poderia estar envolvida em atividade política”.

IRÃ (PÉRSIA)

A Ordem no Irã constitui a maior catástrofe Maçônica desde a Segunda Guerra Mundial. 
A descoberta de petróleo na Pérsia trouxe muitos trabalhadores britânicos e comerciantes, uma percentagem dos quais eram maçons. A Escócia foi a mais ativa na emissão de carta constitutiva, começando com a Loja Luz no Irã Nº 1191, em Shiraz, em 1919, que mais tarde se mudou para Teerã. Três outras lojas escocesas foram fundadas antes da Segunda Guerra Mundial. A Inglaterra contribuiu com a Loja St George Abadan Nº 6058, em Abadan, em 1945. Os Franceses (GLNF) e os alemães também ergueram lojas no país após a Guerra. Posteriormente, o crescimento da Maçonaria no Irã levou a movimentos para formar uma Grande Loja, e isso foi conseguido com o patrocínio escocês em 1969. 
Em 1978, a Grande Loja do Irã tinha 43 lojas e 1.035 membros. Esse foi o último ano de sua existência no Irã. O Governo Revolucionário islâmico assumiu o controle do Irã nesse ano, após o que os Guardas da Revolução Islâmica imediatamente invadiram todos os Templos Maçônicos e confiscou a propriedade de todas as lojas. Eles teriam encontrado uma lista de 700 membros na residência do Grão-Mestre, Jaafar Sherif Emami, que anteriormente era primeiro-ministro do Xá. 
A Revolução Islâmica no Irã varreu a Maçonaria rapidamente, e parece que um número de maçons sofreu execução em suas mãos. Se estas mortes foram ocasionadas por motivos políticos ou anti-maçônicos provavelmente nunca será conhecido, e o destino de muitos maçons iranianos podem igualmente permanecerem um mistério. Muitos maçons iranianos, porém, fugiram para os EUA, onde eles formaram a Grande Loja do Irã no exílio. Um número razoável de Grandes Lojas Americanas, individualmente, concedeu o reconhecimento fraterno à Grande Loja do Irã no exílio, que mantém um escritório na Califórnia. 


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