A Iniciação é o primeiro contato efetivo do iniciando com a Maçonaria e o cerimonial deve ser solene e grave. Apesar disso e ainda com o agravante de estar disposto que o Ritual deve ser executado com fidelidade, sendo vedada a inclusão de cerimônias, palavras, expressões ou atos que nele não estejam explicitados, é mais ou menos comum o trote.
As zombarias à qual veteranos sujeitam os calouros, podem até ser compreendidas e toleradas no meio escolar, entre jovens. Mas trotes entre homens maduros, que pretendem transformar o seu Eu, que querem tornarem-se homens melhores, que almejam uma sociedade mais justa, livre, igual e fraterna, convenhamos, não se coaduna com esses ideais.
Embora não seja regra geral, os trotes ocorrem em quatro fases distintas, valendo registrar que nada disso é Maçonaria. São apenas regressões infantis, brincadeiras de adultos saudosos de seus tempos de adolescência.
A primeira fase começa tão-logo o candidato entrega o seu pedido de ingresso na Ordem. Nesta fase, os trotes são gracejos de certa forma intimidatórios, do tipo “cuidado com o bode”, “pode deixar que a cobra não é venenosa”, “não vou poder fazer nada”, “você tem problemas cardíacos?”, “é bom levar dois lenços”, “sabe nadar?”, “cuidado quando se sentar”, “já fez o seu testamento?”, entre outras bobagens, invariavelmente ditas na presença de um outro Maçom, que se delicia com as reações do candidato.
A segunda fase ocorre na véspera ou no dia da iniciação. Podem ser encontros constrangedores e de mau-gosto em ruas desertas ou cemitérios. Podem ser encomendas estapafúrdias, como levar despertador, pijamas ou pregos. Podem ser também tarefas úteis, como levar alimentos, brinquedos ou roupas usadas (para doação a instituições de caridade), incenso ou velas (para uso durante a sessão), flores (para distribuição entre as senhoras após a sessão) ou doar sangue.
Conquanto algumas dessas tarefas sejam nobres, são tão inadequadas quanto as demais, pois não estão em consonância com o que dispõem os Rituais. Tais doações podem e são feitas a qualquer tempo e é incorreto vinculá-las à Iniciação.
A terceira fase se dá após a recepção do iniciando e antes de seu ingresso na Câmara das Reflexões. Estes trotes são mais inconvenientes do que os anteriores, se é que se possa hierarquizá-los, pois têm uma certa pretensão de simbolismo, na verdade inexistente. Consiste em subir escadas e perambular pelo edifício, ouvir sinos e ranger de portas, sentir odores, etc.
A quarta fase, talvez a mais inconveniente de todas, ocorre durante a Iniciação, com frases geralmente sussurradas nos ouvidos dos iniciandos, sobretudo na prova do elemento água (“sabe nadar?”) e do fogo (“apaga ali ou aqui”). Além disso, faz-se o candidato supor que irá sentar-se em uma cadeira com pregos, tolice inventada por Leo Taxil, impostor anti-maçônico..
Voltamos a repetir: esses trotes são apenas reminiscências de infância e estão em oposição ao que determinam os Rituais.
Nada disso é “segredo”, pois nada disso é Maçonaria.
As zombarias à qual veteranos sujeitam os calouros, podem até ser compreendidas e toleradas no meio escolar, entre jovens. Mas trotes entre homens maduros, que pretendem transformar o seu Eu, que querem tornarem-se homens melhores, que almejam uma sociedade mais justa, livre, igual e fraterna, convenhamos, não se coaduna com esses ideais.
Embora não seja regra geral, os trotes ocorrem em quatro fases distintas, valendo registrar que nada disso é Maçonaria. São apenas regressões infantis, brincadeiras de adultos saudosos de seus tempos de adolescência.
A primeira fase começa tão-logo o candidato entrega o seu pedido de ingresso na Ordem. Nesta fase, os trotes são gracejos de certa forma intimidatórios, do tipo “cuidado com o bode”, “pode deixar que a cobra não é venenosa”, “não vou poder fazer nada”, “você tem problemas cardíacos?”, “é bom levar dois lenços”, “sabe nadar?”, “cuidado quando se sentar”, “já fez o seu testamento?”, entre outras bobagens, invariavelmente ditas na presença de um outro Maçom, que se delicia com as reações do candidato.
A segunda fase ocorre na véspera ou no dia da iniciação. Podem ser encontros constrangedores e de mau-gosto em ruas desertas ou cemitérios. Podem ser encomendas estapafúrdias, como levar despertador, pijamas ou pregos. Podem ser também tarefas úteis, como levar alimentos, brinquedos ou roupas usadas (para doação a instituições de caridade), incenso ou velas (para uso durante a sessão), flores (para distribuição entre as senhoras após a sessão) ou doar sangue.
Conquanto algumas dessas tarefas sejam nobres, são tão inadequadas quanto as demais, pois não estão em consonância com o que dispõem os Rituais. Tais doações podem e são feitas a qualquer tempo e é incorreto vinculá-las à Iniciação.
A terceira fase se dá após a recepção do iniciando e antes de seu ingresso na Câmara das Reflexões. Estes trotes são mais inconvenientes do que os anteriores, se é que se possa hierarquizá-los, pois têm uma certa pretensão de simbolismo, na verdade inexistente. Consiste em subir escadas e perambular pelo edifício, ouvir sinos e ranger de portas, sentir odores, etc.
A quarta fase, talvez a mais inconveniente de todas, ocorre durante a Iniciação, com frases geralmente sussurradas nos ouvidos dos iniciandos, sobretudo na prova do elemento água (“sabe nadar?”) e do fogo (“apaga ali ou aqui”). Além disso, faz-se o candidato supor que irá sentar-se em uma cadeira com pregos, tolice inventada por Leo Taxil, impostor anti-maçônico..
Voltamos a repetir: esses trotes são apenas reminiscências de infância e estão em oposição ao que determinam os Rituais.
Nada disso é “segredo”, pois nada disso é Maçonaria.
FONTE:Excerto do livro (no pelo) Maçonaria para Maçons, Simpatizantes, Curiosos e Detratores
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