Como homens livres e de bons costumes, especialmente selecionados em uma sociedade profana e posteriormente Iniciados em uma Ordem tão antiga e importante, herdeiras de símbolos, alegorias e mistérios sem igual, possuímos uma imensa responsabilidade com nossa liberdade pessoal e com a liberdade coletiva que deve ser usufruída por todos os indivíduos, salientando ser esta uma construção social importante para a Maçonaria enquanto instituição e para os Maçons enquanto pedreiros.
Tão claro quanto essas reflexões é a ideia de coletividade da obra, não há espaços para individualismos, para o “eu” na obra maçônica, trabalhamos em Lojas e assim progredimos individual e coletivamente, pois por mais sábios, fortes e belos que sejamos, sozinhos não podemos empreender grandes obras e sequer iniciar as mudanças necessárias para a necessária elevação conjunta da humanidade.
Desses pensamentos decorre a necessidade de instrução, pesquisa e estudo para que o Maçom possa ser digno de ser assim chamado, pois informações superficiais e fáceis não contribuem para nosso desenvolvimento, ao contrário, limitam nossa percepção e entendimento, reduzindo nosso mundo e tolhendo nossa capacidade de enxergar claramente o todo que nos cerca.
A Maçonaria proporciona uma ampla gama de vivências e estudos que cabe a cada um de nós buscar e conseguir ampliar nosso leque de oportunidades e experiências. As belezas, peculiaridades e tradições dos diversos ritos regularmente praticados nas Obediências nos proporcionam entendimento maior da diversidade de modos que a Maçonaria pode ser praticada e como todas convergem para o fim último de elevação individual buscando a elevação coletiva.
Os Altos Graus, se devidamente compreendido, estudado e vivenciado, permitem o prosseguimento nos estudos e conhecimentos, testa nossa capacidade de ser humildes, entendendo que conhecimento, puro e simples, não nos torna melhores, mas a busca da Verdade, acompanhado do necessário desprendimento e da pranteada sabedoria nos conduz a um necessário melhoramento.
O trabalho com Ordens Paramaçônicas permite um contato maior com a juventude e com a família maçônica, abre nossos olhos para a necessária comunhão e convivência com diferentes modos de pensar, sentir e agir a Maçonaria, alargando sobremaneira nossos limites e concepções, tornando nosso mundo maior, mais rico e proveitoso.
A liberdade não é fácil de possuir, dificuldades aparecem conforme a exploramos e vivenciamos, possuímos a imensa responsabilidade de responder por nossos atos, nossos equívocos, nossas paixões e intransigências, sendo esse um eficaz modo de aprendizado.
Acredito que a maneira que possibilita o aprendizado de maneira mais profunda, contundente e indolor é a observação, notadamente de exemplos que nos cercam, porém em nosso atual estágio evolutivo, os exemplos não estão presente em nosso meio ou não somos capazes de identificar, cercados por nossos pré-conceitos e/ou limitações.
Assim, errando e aprendendo para acertar posteriormente devemos aproveitar a liberdade para que as incertezas e escolhas que nos são proporcionadas permitam a busca da necessária evolução, da Verdade tão buscada na Arte Real.
- LIB
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