SABEDORIA DO SILÊNCIO

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Durante o período de seu aprendizado, deve o neófito praticar a Lei do Silêncio e exercitar-se na Meditação. No entanto, em época nenhuma, no mundo profano a mente humana foi tão bombardeada por tantos, tão veementes, tão variadas e contraditórias sugestões como a propaganda, cinemas, televisões, discursos, palestras, aulas, jornais que constituem verdadeiros exércitos à invadir-nos a mente a cada instante onde nos encontramos.

Todos esses meios objetivam tomar de assalto as mentes e injetar em seu interior milhões de mensagens, vibrações e tendências com interesse de nos dirigir ao destno, de profanar nossos Templos mentais.
Isso fortalece no homem o seu ego. O ego vive do barulho e no barulho – morre o silêncio.  

Acostumado a esse mundo da obrigação de expressar suas opiniões, da obediência ao lema do “ter que comunicar-se”, sob pena de ficar ultrapassado, é ferida de morte nossa maior riqueza: O Silêncio como poderoso catalisador espiritual e da purificação das impurezas de nosso ego.
Diante de tantas estímulos esquecemos que “A principal missão do homem em sua vida é dar a luz a si mesmo, é tornar-se aquilo que ele é potencialmente” (Erich Fromm;Análise do Homem).
Mesmo no mundo profano muito se criou e mudou a partir da intuição silenciosa. Compreendemos então porque Einstein andava quase sempre silencioso. Chaplin acreditou tanto na comunicação isenta de palavras, não obstante, nosso mundo atual prestar verdadeiro culto às comunicações não silenciosas. Huberto Rodhen dizia: “ Quem muito fala pouco pensa. Falar é a melhor forma de não ter pensamentos. É como se alguém passasse constantemente a enxada pelo chão, raspando, raspando e cortando qualquer plantinha que, por ventura, quisesse brotar. Nada terá tempo de britar e crescer”.
Só quem não fala pode pensar em quem consegue levar a mente a um estado de calma, sem pensamentos, mas se conserva plenamente vígil, esse receberá a Intuição, Inspiração e a Revelação.
Quando o homem de habitua ao silêncio auscultativo, entra ele na “Comunhão dos Santos”. Perguntaram ao grande Heráclito de èfeso, o que ele aprendera em tantos decênios de filosofia. Respondeu: “Aprendi a falar comigo mesmo. Isto é, a falar sem palavras, em espírito e em verdade”. Quando o homem fala, Deus de cala. Quando o homem se cala, Deus fala. Huberto Rodhen, numa metáfora nos ensina: Sabes o que é o calado de um navio? O calado de um navio é a medida do seu afundamento na água; quanto mais carregado está o navio, mais calado tem, mais afunda na água. Só quando o homem está assim, afundado em Deus, é que ele está realmente calado. E para que o homem tenha esse calado de profundeza, deve ele estar devidamente carregado de espiritualidade. O homem não espiritual é superficial, sem calado suficiente, flutuando e boiando na superfície das coisas ilusórias do ego. Tais ensinamentos estão exibidos nos livros sacros quando dizem: “Cala-te e saberás que eu sou Deus…”. A Bíblia Sagrada, no livro dos Reis, capítulo 6, versículo 7, à respeito da Construção do Templo de Salomão, diz: “Quando se edificou o edifício do Templo, isso se fez com pedras perfeitamente ajustáveis desde a pedreira, de modo que ao construir o Templo não se ouvia barulho de martelo nem picareta, nem de nenhum instrumento de ferro”.
Acostumado aos estímulos do mundo profano, a expressar nossas opiniões sem entraves, esta regra iniciática encerra para nós, sem dúvida, uma das maiores dificuldades. Limitar-se a somente ver, ouvir e calar parece-nos quase insuportável. Esse exercício severo, obriga-nos, no entanto, a disciplinar as idéias de trabalhar a Pedra Bruta com sutileza e silêncio. Não estando mais levado a pular de uma para outra idéia, haverá de se surpreender um dia, quando verificar que uma mesma idéia, vista e analisada por ângulos diferentes, encerra um conteúdo até então insuspeitado que adquire dimensões incomuns.
Isto justifica plenamente o Preceito Maçônico de que a Maçonaria não se propõe a transformar-se em um estabelecimento de ensino mas afirma que: “ Cada um se inicia por si mesmo”.
A Lei do Silêncio nada mais é, portanto, que um perpétuo exercício do Pensamento. Calar não consiste somente em nada dizer, mas também em deixar de fazer qualquer reflexão dentro de si, quando se escuta alguém falar. O silêncio que nós mesmos nos impomos, terá como resultado de não podermos nos encontrar em estado de contradição com quem fala.
Por essa disciplina livremente consentida, quando fazemos obstração total de nossas próprias concepções, a fim de melhor assimilar as do orador, compreendê-lo e podermos distinguir pela reflexão e pelo raciocínio, que então intervém em nós mesmos, conseguiremos encontrar a verdade em nossas próprias conclusões.
Tudo isso há de se manifestar por uma calma absoluta, posto que a calma é filha da Meditação.
Todavia, não se deve confundir com silêncio o mutismo e enquanto o primeiro é um “prelúdio” de abertura a revelação, o segundo é um encerramento da mesma. O silêncio envolve os grandes acontecimentos, o mutismo esconde. Um assinala um progresso, o outro uma regressão.
Dizem as regras monásticas que o silêncio é uma grande cerimônia, pois o Grande Arquiteto do Universo chega na alma que nela faz reinar o silêncio, mas torna mudo quem se distrai em tagarelices.
O mundo profano reverencia mortes ilustres com um minuto de silêncio. Kahlil Gibran afirma que o silêncio se assenta no contentamento, mas que a recusa, a rebelião e a desobediência habitam no silêncio e esta parece ter sido também a visão de Gandhi quando consagrou toda a sua vida a missão de restituir a independência à Índia e aos Hindus.
A disciplina do silêncio ensina ao Aprendiz permitir o indispensável “recuo sobre ele mesmo”, que o libertará definitivamente da perniciosa influência de sua existência anterior e o fará descobrir ao mesmo tempo que a lua que veio procurar no Templo, já habitava dentro dele.
O preceito fundamental de que só o silêncio pode permitir-nos ouvir a voz sutil das essências também é completado pelo ensinamento ao Aprendiz d que é indubitável que a Lei do Silêncio também tem como base o Segredo Maçônico e os costumes que a Loja impõe ao Aprendiz para habitua-lo a exercer uma severa disciplina sobre si mesmo, disciplina cujo vinco indelével permanecerá por toda a sua vida Maçônica ou profana.
Só um homem capaz de guardar silêncio, quando necessário, pode ser seu próprio Senhor. Devemos entender plenamente este preceito Maçônico, onde se privilegiam o amadurecimento das idéias e se esclarecem a Verdadeira Palavra, comunicada no segredo da alma a cada ser, pois não somos seres humanos vivenciando experiências espirituais, mas sim, seres espirituais vivenciando experiência humanas (Brian Weiss, escritor) .
A sabedoria do silêncio é, pois, uma arte complexa, que não consiste somente a calar a palavra exterior, mas que se torna realmente completo com o silêncio interior do pensamento para que a Verdade possa intimamente revelar-se e manifestar-se em nossa consciência. Acostumado a esse mundo da obrigação de expressar suas opiniões, da obediência ao lema do “ter que comunicar-se”, sob pena de ficar ultrapassado, é ferida de morte nossa maior riqueza: O Silêncio como poderoso catalisador espiritual e da purificação das impurezas de nosso ego.
Diante de tantas estímulos esquecemos que “A principal missão do homem em sua vida é dar a luz a si mesmo, é tornar-se aquilo que ele é potencialmente” (Erich Fromm;Análise do Homem).
Mesmo no mundo profano muito se criou e mudou a partir da intuição silenciosa. Compreendemos então porque Einstein andava quase sempre silencioso. Chaplin acreditou tanto na comunicação isenta de palavras, não obstante, nosso mundo atual prestar verdadeiro culto às comunicações não silenciosas. Huberto Rodhen dizia: “ Quem muito fala pouco pensa. Falar é a melhor forma de não ter pensamentos. É como se alguém passasse constantemente a enxada pelo chão, raspando, raspando e cortando qualquer plantinha que, por ventura, quisesse brotar. Nada terá tempo de britar e crescer”.
Só quem não fala pode pensar em quem consegue levar a mente a um estado de calma, sem pensamentos, mas se conserva plenamente vígil, esse receberá a Intuição, Inspiração e a Revelação.
Quando o homem de habitua ao silêncio auscultativo, entra ele na “Comunhão dos Santos”. Perguntaram ao grande Heráclito de èfeso, o que ele aprendera em tantos decênios de filosofia. Respondeu: “Aprendi a falar comigo mesmo. Isto é, a falar sem palavras, em espírito e em verdade”. 

Quando o homem fala, Deus se cala. Quando o homem se cala, Deus fala. 

Huberto Rodhen, numa metáfora nos ensina: Sabes o que é o calado de um navio? O calado de um navio é a medida do seu afundamento na água; quanto mais carregado está o navio, mais calado tem, mais afunda na água. Só quando o homem está assim, afundado em Deus, é que ele está realmente calado. E para que o homem tenha esse calado de profundeza, deve ele estar devidamente carregado de espiritualidade. O homem não espiritual é superficial, sem calado suficiente, flutuando e boiando na superfície das coisas ilusórias do ego. 

Tais ensinamentos estão exibidos nos livros sacros quando dizem: “Cala-te e saberás que eu sou Deus…”. A Bíblia Sagrada, no livro dos Reis, capítulo 6, versículo 7, à respeito da Construção do Templo de Salomão, diz: “Quando se edificou o edifício do Templo, isso se fez com pedras perfeitamente ajustáveis desde a pedreira, de modo que ao construir o Templo não se ouvia barulho de martelo nem picareta, nem de nenhum instrumento de ferro”.
Acostumado aos estímulos do mundo profano, a expressar nossas opiniões sem entraves, esta regra iniciática encerra para nós, sem dúvida, uma das maiores dificuldades. 

Limitar-se a somente ver, ouvir e calar parece-nos quase insuportável. Esse exercício severo, obriga-nos, no entanto, a disciplinar as idéias de trabalhar a Pedra Bruta com sutileza e silêncio. Não estando mais levado a pular de uma para outra idéia, haverá de se surpreender um dia, quando verificar que uma mesma idéia, vista e analisada por ângulos diferentes, encerra um conteúdo até então insuspeitado que adquire dimensões incomuns.
Isto justifica plenamente o Preceito Maçônico de que a Maçonaria não se propõe a transformar-se em um estabelecimento de ensino mas afirma que: “ Cada um se inicia por si mesmo”.
A Lei do Silêncio nada mais é, portanto, que um perpétuo exercício do Pensamento

Calar não consiste somente em nada dizer, mas também em deixar de fazer qualquer reflexão dentro de si, quando se escuta alguém falar. O silêncio que nós mesmos nos impomos, terá como resultado de não podermos nos encontrar em estado de contradição com quem fala.
Por essa disciplina livremente consentida, quando fazemos obstração total de nossas próprias concepções, a fim de melhor assimilar as do orador, compreendê-lo e podermos distinguir pela reflexão e pelo raciocínio, que então intervém em nós mesmos, conseguiremos encontrar a verdade em nossas próprias conclusões.
Tudo isso há de se manifestar por uma calma absoluta, posto que a calma é filha da Meditação.
Todavia, não se deve confundir com silêncio o mutismo e enquanto o primeiro é um “prelúdio” de abertura a revelação, o segundo é um encerramento da mesma. O silêncio envolve os grandes acontecimentos, o mutismo esconde. Um assinala um progresso, o outro uma regressão.
Dizem as regras monásticas que o silêncio é uma grande cerimônia, pois o Grande Arquiteto do Universo chega na alma que nela faz reinar o silêncio, mas torna mudo quem se distrai em tagarelices.
O mundo profano reverencia mortes ilustres com um minuto de silêncio. Kahlil Gibran afirma que o silêncio se assenta no contentamento, mas que a recusa, a rebelião e a desobediência habitam no silêncio e esta parece ter sido também a visão de Gandhi quando consagrou toda a sua vida a missão de restituir a independência à Índia e aos Hindus.
A disciplina do silêncio ensina ao Aprendiz permitir o indispensável “recuo sobre ele mesmo”, que o libertará definitivamente da perniciosa influência de sua existência anterior e o fará descobrir ao mesmo tempo que a lua que veio procurar no Templo, já habitava dentro dele.
O preceito fundamental de que só o silêncio pode permitir-nos ouvir a voz sutil das essências também é completado pelo ensinamento ao Aprendiz d que é indubitável que a Lei do Silêncio também tem como base o Segredo Maçônico e os costumes que a Loja impõe ao Aprendiz para habitua-lo a exercer uma severa disciplina sobre si mesmo, disciplina cujo vinco indelével permanecerá por toda a sua vida Maçônica ou profana.
Só um homem capaz de guardar silêncio, quando necessário, pode ser seu próprio Senhor. 

Devemos entender plenamente este preceito Maçônico, onde se privilegiam o amadurecimento das idéias e se esclarecem a Verdadeira Palavra, comunicada no segredo da alma a cada ser, pois não somos seres humanos vivenciando experiências espirituais, mas sim, seres espirituais vivenciando experiência humanas (Brian Weiss, escritor) .
A sabedoria do silêncio é, pois, uma arte complexa, que não consiste somente a calar a palavra exterior, mas que se torna realmente completo com o silêncio interior do pensamento para que a Verdade possa intimamente revelar-se e manifestar-se em nossa consciên

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