A Maçonaria, através dos tempos conseguiu reunir comportamentos retirados de todos os ramos do conhecimento humano e de todas as raízes esotéricas e filosóficas, oriundas das outras Instituições, como os mistérios de Ceres, os mistérios Egípcios, Rosacrucianos dos Alquimistas e dos Essênios.
Um dos comportamentos que influenciou a Teoria do Magnetismo Animal de Mesmer, foi a Cadeia de União, é um instrumento místico que deve ser estudado e exercido com transparência para que possamos colher no aperfeiçoamento da sua prática, os seus efeitos benéficos.
A Cadeia de União é formada no centro do Templo, composta de elos humanos exatamente iguais, representando os espíritos maçônicos unidos pela solidariedade de idéias e pela comunhão de sentimentos e aspirações.
Não existe, na corrente de União, um elo maior que outro, todos são iguais na Instituição fraternal, não admitimos hierarquia, nem superioridade, todos são iguais nos direitos e deveres. A Cadeia de União, nos Ritos mais praticados no Brasil, é formada, exclusivamente, para a transmissão da Palavra Semestral; a exceção é o Rito Schröder, onde a cadeia é obrigatória após o término de todos os Trabalhos.
Para transmissão da Palavra Semestral, somente os membros do quadro da Loja é que poderão fazer parte da Cadeia, que terá uma forma circular ou oval, estendendo-se do Oriente ao Ocidente. No Rito Escocês, o Venerável ocupa o lado mais oriental da Cadeia, e terá, à sua direita, o Orador e, à sua esquerda, o Secretário. O Mestre-de-Cerimônias ocupará o lado mais ocidental, bem de frente para o Venerável, tendo, à sua esquerda, o 1.º Vigilante e, à sua direita, o 2.º Vigilante. Os demais Irmãos do quadro comporão a Cadeia de acordo com o seu lugar em Loja.
Para a transmissão da palavra o Venerável a diz, em voz baixa, na orelha esquerda do Irmão que está à sua direita, e na orelha direita do que se encontra à sua esquerda, daí a palavra circula pelos dois lados, sendo recebida pelo Mestre-de-Cerimônias, em ambas as orelhas, ocasião em que esse oficial irá levar, ao Venerável, as palavras recebidas, dizendo, na orelha direita a palavra recebida no lado direito e, na esquerda, a palavra correspondente a esse lado.
Se a palavra estiver errada, o processo é todo repetido. Se estiver certa, o Venerável dirá, simplesmente: "Meus Irmãos, a palavra está correta, guardemo-la como condição de regularidade e penhor de nossa fraternidade.
Desfaçamos a Cadeia e retiremo-nos em paz". Após isso, os Irmãos poderão fazer uma saudação de regozijo, abaixando e levantando os braços, sem desfazer a Cadeia, por três vezes, dizendo "Viva, Viva, Viva" (ou outra saudação ou exclamação convencional - N. do E.).
Como a Cadeia é composta após o encerramento dos Trabalhos da Oficina, é óbvio que não é feito nenhum Sinal, nessa oportunidade, nem o de ordem e nem a saudação. Finalizando a Cadeia de União simboliza a igualdade mais preciosa e a fraternidade mais pura se estende do Oriente ao Ocidente e do Norte ao Sul do Templo, da mesma forma como o princípio da civilização se estendeu por todo mundo. Ela recorda que são verdadeiros Irmãos.
A Cadeia de União lembra que a Instituição Maçônica é maior que as religiões, abraça todo Mundo conhecido, unindo com ramos de flores, raças, povos, nações e continentes. Bem de longe das preocupações da vida material, abre-se para o Maçom o vasto domínio do pensamento e da ação.
Antes de nos separarmos, elevamo-nos em conjunto para o nosso ideal, que ele inspire a nossa conduta no Mundo profano, que guie a nossa vida, que seja a luz no nosso caminho. Cruzam-se os braços para identificar a unificação de todos numa única concentração de vontade, devotada à elaboração dos interesses da Ordem e da Loja.
Juntam-se as mãos para que o Venerável invoque a descida do verdadeiro espírito maçônico, sobre a totalidade de seus componentes, numa preparação para que vençam todos os obstáculos pessoais, limpando a atmosfera do Templo das vibrações impróprias ou maldosas à evolução de cada Obreiro.
"A Cadeia de União, é a mais bela e preciosa Jóia da Loja, ora móvel, ora fixa e quando formada representa a Luz dos Astros em torno do Sol."
"A Cadeia de União, simboliza o Universo e é eterna, como eternos e universais são o amor, a bondade, o progresso e a Justiça. Os homens unidos se abraçam constituindo uma só Cadeia de União, uma só família, orientada pela grandeza absoluta do Pai Celestial, que é o nosso G.·.A.·.D.·.U.·.
"A Cadeia de União é mais um motivo para o Maçom praticar a verdadeira caridade, ou seja, a que o "Olhos não vêem", mas o coração sente."
"Que a sabedoria de Salomão nos inspire, que a Força de Hiram Rei de Tiro nos mantenha firmes, unidos e que a beleza do Mestre Hiram Abi adorne os nossos pensamentos, as nossas palavras, gestos e atitudes para que possamos passar essa IMAGEM DA MAÇONARIA, na vivência de todos os instantes do cotidiano de cada um de nós."
"Assim Deus nos Ajude."
Devemos considerar “Cadeia de União” na Maçonaria, como sendo uma “corrente” de anéis que “une” as partes teóricas e práticas.
ResponderExcluirO símbolo formado por múltiplos anéis interligados entre si, sem principio nem fim, evidencia a união perfeita, igual e imutável, daqueles que aceitam unir-se por laços fraternos.
Esta “corrente” vem sendo formada pelos seres humanos, dentro dos templos, entrelaçando-se os braços, unindo-se os corpos e as mentes, em uma demonstração e confirmação de bons propósitos.
A “Cadeia de União”, formada dentro de um Templo, não simboliza a união fraterna; ela em si demonstra ser a própria fraternidade.
Se nos reportarmos ao passado, concluiremos que a origem da “Cadeia de União” estava presente na vida do homem primitivo, que sentado em forma de círculo para melhor aproveitarem o calor torno da fogueira, e organizados socialmente próximos uns dos outros, especialmente á noite, onde descansando, iniciavam suas comunicações sobre suas conquistas e aventuras, obtendo dos mais velhos, conselhos necessários e dos que detinham autoridade, as ordens do que deveriam cumprir. Considerando os aspectos místicos que recém-despertados, como o próprio culto ao fogo, aspirando o “perfume” da madeira queimando, envoltos na fumaça, como se fosse um incenso rudimentar, “sentiam” o “som” do crepitar das chamas, aquele habito, de satisfação nas reuniões e o bem estar da situação, faziam com que a amizade fosse sincera e cultivada, eram quem sabe, os primeiros elos ao culto da fraternidade.
Mais tarde, observamos que tudo no Universo transcorre em círculos e cadeias. O Sistema Solar, a rotação dos astros e a própria Terra obedecem as leis simples, claras e harmônicas, movimentando-se em círculos; até o próprio viajante perdido no deserto caminha em círculos.
Sendo assim, cada Maçom, constitui-se em um “elo” da “Cadeia de União” e fora de sua formação, faz parte dos “elos em expectativa”, para reunidos atuarem em conjunto, dessa forma, nenhum “elo” permanecerá isolado e fora do todo após ter participado de uma “Cadeia de União”, porém, e isso esta impregnado de esoterismo, o que faz a formação mental é a “Palavra Semestral”, que tem o dom mágico, assimcomo um sopro divino, de unir os “elos” esparsos, por isso, se faz necessária a aproximação entre os “elos” periódicamente, e não como um aspecto meramente administrativo, onde a “Cadeia de União” é formada exclusivamente para a transmissão da “Palavra Sagrada”, não podendo ser esquecida a contribuição esotérica desse momento de união, e tornando escassa a atividade espiritual, restringindo o direito que todos adquiram usufruir da “força”, representada pela “União em Cadeia”, que nos traz o beneficio da meditação, do fortalecimento intimo por meio da dádiva da paz, e sabedoria.
ResponderExcluirMuitos confundem a “Corda de 81 Nós”, com a “Cadeia de União”, confundindo dessa maneira “elos” com Nós”, vale lembrar que “elo” é um elemento que une dois outros “elos”, mantendo-os isolados e livres, já os “Nós”, são formados por uma só “corda”, que se entrelaça e prossegue, portanto o nó não une.
A “Cadeia de União” é formada por tantos “elos” quantos o número de maçons presentes. Os elos nunca são os mesmos, porém por terem os maçons amor fraterno e universal, estão acorrentados aos seus irmãos de Loja, na solidariedade do bem comum e do crescimento espiritual, podendo ser descrita como uma prisão mística e sendo o mais belo símbolo dentro de uma Loja, isto é a “cadeia” em direção a “união”, por isso o Salmo 133, “Oh! Quão bom e agradável viverem unidos os irmãos”, que nos revela que a união entre os irmãos os faz uma só pessoa, não podendo ser mais bem demonstrada pelo símbolo da “Cadeia de União”.
O objetivo primário da Maçonaria é unir os irmãos de tal forma que devam e possam parecer um só corpo, uma só vontade, um só espírito. Demonstração disso é a abertura do Livro da Lei, que é um ato de cerimônia que conduz o pensamento dos obreiros á Divindade.
Cada participante da “Cadeia de União” no início é um elo, mas logo passa a ser “corrente” plena, e dentro de cada um de seus participantes, no seu centro, se encontrará nos centros dos demais, e sem perceber, formará um centro único, o centro da vida verdadeira.
Concluo, afirmando, que a Maçonaria não é o “abrir e fechar” de um Ritual, mas vivencia-lo.