A Maçonaria é uma escola prática.
Nenhum irmão realizará qualquer trabalho maçônico, se não desenvolver suas faculdades e virtudes.
Os trabalhos em Loja são realizados pela audição e meditação sobre os ensinamentos dos mais antigos e pela leitura e estudos pessoais.
Assim sendo, cada peça de arquitetura apresentada pelos irmãos nos proporcionam mais um aprendizado para o enriquecimento da nossa cultura.
Nessa linha de pensamento nosso tema nos conduziu a uma expressão não usual do nosso cotidiano, ou seja, “o oposto do que alguém pensa ser verdade”, nos acompanhando diuturnamente.
Senão vejamos.
O paradoxo de nosso tempo é que as construções ficaram mais altas, mas a paciência diminuiu.
Enquanto as estradas alargaram, nossa compreensão estreitou.
Nós gastamos mais e temos menos.
Compramos mais e desfrutamos menos.
As casas cresceram, mas as famílias diminuíram.
Temos mais e mais aparelhos para as tarefas do dia e cada vez menos tempo do dia para nós mesmos.
Cada vez mais diplomas e cada vez menos bom senso.
Mais informação e menos discernimento.
Mais especialistas e, apesar deles, mais problemas.
Mais remédios e menos qualidade de vida...
Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos demais... e sorrimos muito pouco.
Somos opressores e injustos,
quando poderíamos
ser tolerantes e benevolentes.
Apregoamos o cumprimento as nossas leis e aos princípios da liberdade, da igualdade e da fraternidade; mas somos os primeiros a desrespeita-los e ignora-los.
Pregamos a solidariedade, a lealdade ou a amizade como valores, mais não somos solidários, leais e amigos.
Nos proclamamos defensores
dos injustiçados e oprimidos
e, na maioria das vezes,
cerceamos seus direitos individuais.
Punimos os homens
ao invés de educá-los quando criança.
Eu não queria isso! Dizem quase sempre com toda razão aqueles que provocam catástrofes por falta de lucidez.
Aceleramos cada vez mais na direção, mas não freiamos a cólera.
Nos deitamos muito tarde e nos levantamos muito cansados. Lemos quase nada, vemos TV demasiado... e raramente rezamos.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais, nos zangamos muito e amamos pouco.
Acrescentamos mais anos a nossas vidas, mas não mais vida à nossos anos.
Fomos capazes de chegar à Lua, à Marte e aos anéis de Saturno,
mas incapazes de chegar ao vizinho do lado para cumprimenta-lo.
Conquistamos o espaço,
mas não o nosso interior.
Fizemos grandes coisas, só que nem sempre melhores.
Despoluímos o ar, mas poluímos a alma.
Dominamos o átomo,
mas não os preconceitos.
Planejamos mais e realizamos menos.
Aprendemos a correr, mas não a esperar.
Temos cada vez mais computadores, para guardar cada vez mais cópias de mais e mais informações... e ainda assim nos comunicamos bem menos.
Estes são os tempos da comida rápida e da digestão lenta, de homens poderosos e caráter mesquinho, de lucros enormes e relacionamento insignificante.
Estes são os dias de mais fontes de renda e mais divórcios, de casas bem decoradas e de lares desfeitos.
São tempos de coisas rápidas, descartáveis como fraldas, copos, modas, opiniões, padrões morais e relações.
Tempo de excessos: muito na vitrine pouco na despensa.
De pílulas que servem para animar, acalmar... e matar.
Tempos em que a tecnologia permite apagar mensagens de otimismo como esta, com um simples apertar indiferente da tecla delete.
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