A SALA DOS PASSOS PERDIDOS

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 No conjunto arquitetônico que compõe a estrutura básica para a viabilização e o consequente estabelecimento de uma Oficina de Trabalho, é importante salientar que, - a Sala dos Passos Perdidos é uma das partes fundamentais para a perfeita complementação de todos os espaços bem distintos que conduzem os irmãos maçons, até o interior do Templo consagrado ao Grande Arquiteto do Universo.

Na verdade, a Sala dos Passos Perdidos, é simbolicamente a representação do mundo exterior, o mundo profano, como sempre nos referimos, pois, - profano é aquele que está fora Templo; e, neste local as conversas são variadas, os cumprimentos e os abraços acontecem, a cada chegada de mais um irmão que vem participar dos Augustos Trabalhos.

Ouvimos em Loja que tal denominação surgiu na Inglaterra, quando pessoas esperavam numa ante-sala, caminhando à esmo, na expectativa de poder conversar e reivindicar todo o tipo de assuntos, junto ao gabinete da autoridade governante; e, ali esperando, nem sempre conseguiam uma audiência, perdendo tempo e caminhando em vão.

Na Maçonaria porém, apenas perdem tempo, caminhando em vão, perdendo seus passos, aqueles irmãos que, ainda não sabem, não compreenderam, os mistérios, a simbologia, o caráter esotérico, escondido, que, - ainda não se revelou a quem ainda não abriu a cabeça e o coração para os mais amplos significados que a Arte Real lhe disponibiliza, sempre de modo gradual, ascendente, positivo, sem favores, sem exceções, sem sectarismos e divergências. 

A Sala dos Passos Perdidos antecede o Átrio.

Para que adentremos neste local tão especial, o Átrio, é preciso, - nos preparemos, além de vestirmos os nossos balandraus, aventais e paramentos, é importante que, mental e espiritualmente comecemos com serenidade e paz, buscar o alívio das tensões e preocupações trazidas do mundo exterior, que nos acompanhavam até aquele momento, para, após a formação do cortejo comandado pelo irmão designado para tal função, - já estejamos devidamente harmonizados conosco mesmos e com todos os irmãos presentes.

Por menores que sejam as dependências que compõem a arquitetura de um conjunto de compartimentos do espaço físico estrutural maçônico, onde o Templo ali inserido representa o local mais importante, precisamos prestar à atenção quanto ao valor imprescindível que, cada um destes espaços, individualmente,  representa.

Porque, a Maçonaria Universal nos foi legada já pronta, desde 1717, perfeitamente estabelecida, de modo igualitário, mesmo que, - apresente vários Ritos em suas práticas,  suas obras, estudos e liturgias.

O maçom precisa adaptar-se a tudo que lhe é transmitido, tanto pelos irmãos mais experientes, avançados na idade dos graus do conhecimento, como também, particularmente, buscar tirar suas próprias conclusões, quanto ao aspecto esotérico, oculto, através de sua rica e vasta simbologia.

Para que isto aconteça, é preciso buscar o tempo necessário para se fazer ali presente, através do seu ser completo, corpo, mente e espírito.

Ainda, precisa querer abrir-se, entendendo que, possui a glândula pineal, justamente para que veja, sinta e vibre não apenas pelas meras aparências.

A Egregora, a energia fraterna universal, se faz presente em todas as dependências do conjunto arquitetônico maçônico!

Quando um irmão maçom, espera, - para somente após a sua entrada ritualística no Templo, é que vá buscar a  harmonia e a  paz interior, certamente, caso assim proceda, estará deixando de absorver as Energias Benéficas que, - ali se fazem presentes, e, o pior, - ainda estará contribuindo negativamente para que aconteçam desentendimentos, discussões inócuas, alheias aos sãos propósitos maçônicos, e, ainda, muitas vezes criando dissenções, capazes de abalar as Estruturas das Colunas de sua Loja.

Lembremos-nos sempre!

Somos ínfimos átomos componentes deste conjunto fantástico, provedor do conhecimento que nos conduzirá a verdadeira sabedoria.

É mister que tenhamos humildade!

E, que, - jamais tentemos impor nossas próprias convicções, ainda sempre eivadas, carregadas de energias densas, pesadas, trazidas do homem profano que, certamente ainda não se extinguiu, não morreu, dentro do nosso próprio eu interior!

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