RAIO X DA MAÇONARIA BRASILEIRA ATUAL



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Vamos ser sinceros, com honrosas exceções, os Mestres Maçons pouco sabem, porque quando Companheiros nada aprenderam e quando Aprendizes estavam tão preocupados em passar para Companheiros que não estudaram nem mesmo os ritos iniciatórios, base para a compreensão do que é verdadeiramente a Maçonaria. 
Então temos em sua maioria alpinistas de graus, preocupados com os títulos, diplomas, comendas e aventais coloridos oferecidos pelos chamados “graus filosóficos”, como se os “graus simbólicos” também não fossem “filosóficos”. 
Pior são aqueles que nem com o alpinismo estão interessados e sim em alavancar seus negócios particulares.
E isso tudo provavelmente em razão do número excessivo de Obediências Maçônicas, numa disputa profana por profanos, sem levar em conta que o mais importante não é a quantidade e sim a qualidade dos novos membros. 
E a Cultura? 
Em pesquisa realizada pelo GOB-RJ em junho de 2005, já se notava a degradação da Cultura entre os Maçons do Rio de Janeiro, considerado a capital cultural do país: 
Pós graduados ínfimos 2%; 
Superior completo 23%; 
Superior incompleto 9%; 
Médio completo 39%; 
Médio incompleto 17%; 
Fundamental 10%.   
Somente 1/4 (25%) possuíam curso superior completo e pós graduação. 
Pouco mais de 1/4 (27%) cursaram o fundamental e nem concluíram o curso médio. 
Pouco menos da metade (48%) tinham o curso médio completo e não concluíram o curso superior. 
E agora, 14 anos depois? 
Certamente piorou muito! 
Sem educação formal, como compreender a Ciência Maçônica? 
Então temos uma massa de Maçons que pouco conhecem sobre o que é verdadeiramente a Maçonaria, alimentando-se de conceitos distorcidos como o de que tudo é segredo na Maçonaria ou “Landmarque”. 
Muitos nunca entraram numa livraria, onde se pode adquirir – Maçons ou não – inúmeras obras sobre a Maçonaria, algumas delas revelando quase tudo e outras tudo sobre os tais “segredos”. 
Outros tantos usam os pseudo segredos como uma forma de sentirem-se superiores aos profanos, como se eles mesmos não foram, antes, também profanos. Será que ao ingressarem na Maçonaria tornaram-se verdadeiros Maçons ou meros “profanos de avental”?
Mas alguns desses IIrm.’. também têm seus méritos, ao se dedicarem com eficiência e zelo, por outros aspectos também importantes, como o convívio social, a beneficência, a fraternidade, a ajuda mútua, etc. 
Todavia, sem querer tirar o mérito desses zelosos IIrm.’., são atividades que não precisam ser – e não são – desenvolvidas unicamente pela Maçonaria. 
Os clubes de serviços, como o Rotary e o Lions, as Igrejas, os clubes sociais, as ONGs também se dedicam a esses aspectos e talvez até com mais eficiência.
Maçonaria é o constante aprendizado, é ler, é aprender, é compreender, para poder levar a Luz do Conhecimento àqueles que estão nas Trevas da Ignorância. 
Afinal, nosso papel é o auto-conhecimento para, como pedreiros construtores de nós mesmos, nos transformarmos em homens melhores para que, com o exemplo, possamos também construir uma sociedade mais justa, igual e fraterna. 
Outra questão importante é a idade média dos Maçons brasileiros. Pela mesma estatística de junho/2005, se verifica que não está havendo grande interesse dos mais jovens pela Maçonaria. 
Somos uma maioria de velhos, pelo menos cronologicamente, e precisamos oxigenar a mentalidade dos Maçons brasileiros com jovens que possam trazer novas ideias (somos ou não somos “evolucionistas”?), precisamos formar novas lideranças para atuarem no mundo profano e parece que mesmo com os De Molays, que poderiam desempenhar esse papel ingressando na Maçonaria, os dados estatísticos são pífios nesse sentido:
21 a 30 anos 2%; 
31 a 40 anos 10%; 
41 a 50 anos 25%; 
51 a 60 anos 28%; 
61 a 70 anos 20%; 
71 ou mais 15%. 
Então temos que 
de 21 a 40 anos somos apenas 12%; 
de 41 a 50 somos 1/4 (25%); 
de 51 a 60 poco mais de 1/4 (28%); 
e de 61 a mais de 71 35%. 
Somos uma pirâmide invertida e isso há 14 anos atrás! 
E agora? Provavelmente as faixas etárias mais altas estão com percentuais mais elevados! 
Posso estar enganado na minha análise das estatísticas, 
mas a faixa etária mais preocupante é a de 31 a 40 anos com apenas 10%, 
quando o ideal seria entre 25 e 35%, correspondentes às faixas de 41 a 50 (25%) e de 61 a mais de 71 (35%)

fonte SIMBOGOGIA MAÇÔNICA DOS PAINÉIS/01AGO2018

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