A QUARTA INSTRUÇÃO - APRENDIZ

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A Quarta Instrução, é dividida nitidamente em dois temas centrais. 

O primeiro, da Forma e Dimensões do Templo, bem como sua Sustentação. 

O segundo tema, trata da Solidariedade, da Moral Maçônica e de como devemos agir na ajuda a nossos semelhantes e o combate à ignorância e o fanatismo.

Nosso Templo é um quadrilongo que se estende do Oriente, onde nasce a Luz, ao Ocidente, onde esta Luz é espalhada, bem como a ciência e a civilização, que surgiram no Oriente e se espalharam para o Ocidente, também a Doutrina do Amor, da Fraternidade e o Cumprimento da Lei vieram para o Ocidente a partir do Oriente. 

Sua largura vai do Norte ao Sul e sua altura do Zênite (Terra) ao Nadir (Céu). 
Isto quer dizer que não tem limites, compreendendo todo o universo.

O sustentáculo da Loja é feito por três Colunas: 
a Sabedoria, representada pelo Venerável Mestre, 
a Força, representada pelo Irmão Primeiro Vigilante e 
a Beleza, representada pelo Irmão Segundo Vigilante. 

A Sabedoria deve nos orientar no caminho da vida, 
a Força deve nos animar a sustentar nossas vicissitudes e 
a Beleza deve adornar nossas ações, nosso caráter e nosso espírito. 

Estas colunas também representam Salomão pela Sabedoria, Hiram pela Força e Hiram Abif pela Beleza. 
Sabedoria, Força e Beleza também são conceitos de virtudes morais que todo o homem deve ter, principalmente o maçom, representando a Fé, a Esperança e a Caridade.

Estas são as três Luzes, as Três Colunas que são os sustentáculos de nossa Loja:

Venerável Mestre – – – –              Ir. 1º Vigilante – – –                       Ir. 2º  Vigilante
Sabedoria – – – – – – – –                        Força – – – – – – – – –                     Beleza
Salomão – – – – – – – –                          Hiram – – – – – – – – –                  Hiram Abif
Oriente – – – – – – – – –                 Ocidente (Norte) –                          Ocidente (Sul)
Mundo Espiritual – – – –                Mundo Material – –                        Mundo Material
Coluna Jônica – – – – –                   Coluna Dórica – – – – –                  Coluna Coríntia
Minerva ou Atenas – – –                      Hércules – – – – – – – – – – –  Artemis ou Diana Vênus
Verdade – – – – – – – –                           Justiça – – – – – – – – – – – –          Harmonia
Esquadro – – – – – – – –                           Nível – – – – – – – – – – – – –            Prumo
A segunda parte da Quarta Instrução, nos fala de que devemos combater com todas nossas forças à ignorância por ser ela a causa de todos os vícios e tem como princípios o “nada saber”, “saber mal o que sabe” e “saber outras coisas além do que deve saber”. 


Todo ignorante não tem a tolerância que todo homem deve ter, nem amor fraternal e nem mesmo respeito a si mesmo, perturbando com isso a sociedade como prega o verdadeiro maçom, evitando que o homem conheça seus direitos, fazendo com isso que o homem ignorante seja um escravo, por serem inimigos do progresso e da ciência impedem o conhecimento da verdade dos bons costumes do Bem e da Perfeição.


Devemos também combater o fanatismo por que o mesmo perverte a razão e conduz seus seguidores, em nome de um deus a praticarem atos condenáveis. 
Dentre o fanatismo existe a superstição, contrário a toda razão e idéias que se deve ter a Deus, transformando em uma religião de ignorantes, tornando-se os maiores inimigos da religião, da felicidade, da harmonia que deve existir entre os povos, tornando-se um tormento e um flagelo para a humanidade. 

Como combatemos isso? 
Com a Solidariedade, mas ao contrário que muitos pensam, a Solidariedade não somente entre os Irmãos Maçônicos, mas a solidariedade entre todos os homens. Somente fanáticos, ignorantes e supersticiosos podem pensar que dentre nossas práticas está o amparo a somente a nossos Irmãos, é claro que em igualdade de condições, devemos sempre amparar a estes por os conhecer e saber que são livres e de bons costumes, mas um de nossos princípios e tratar todos com igualdade, independente de credo, cor, raça ou facções políticas. 

Todo verdadeiro Maçom deve conhecer a seus Irmãos e notar se os mesmos estão se afastando da Moral e da Honra, estes não devem ser amparados por nós em detrimentos de profanos que levem em seus corações, mesmo não sendo Maçons, a Harmonia e o Amor Fraternal que buscamos em todos. 
Buscamos a solidariedade a quem pratica o Bem, a quem sofre com a ignorância e são deixados de lado pela sociedade. 
A Solidariedade e a Moral Maçônica deve estar junto com as causas justas e nobres.


Mesmo que nos nossos juramentos prometemos defender e ajudar nossos Irmãos, o fizemos sempre que o necessitarem, mas se ele se desviar da Moral que pregamos, tornando-se um mau pai, um mau filho, mau irmão, cego pela ambição, fugindo dos Bons Costumes, é ele que se afasta de nós, e não nós que nos afastamos dele. 
Não devemos cometer injustiças somente para auxiliar um Irmão se este não é merecedor. 

Nossa Ordem nos ensina a amar a Pátria e a sermos bons cidadãos e não seria justo auxiliar um Irmão que não segue nossos princípios em detrimento de qualquer pessoa que trabalha incansavelmente pelos interesses da Sociedade e da Pátria. 

A Maçonaria não é uma “fábrica de santos”, devemos sempre estar atentos a deslizes que porventura alguns de nós estejam cometendo em proveito próprio para galgar elevadas posições. Devemos tomar o máximo cuidado, pois por melhores que sejam nossas intenções de fazer dos que nos cercam em nossas Lojas, muitos se infiltram e podem corromper a outros.

Devemos nos educar, nos instruir, corrigindo nossos defeitos e ajudando a corrigir os defeitos que por ventura um Irmão possa a ter.


Nossa Fraternidade nos ensina a dar e não a pedir sem justa necessidade.
Devemos viver em Harmonia, procurar esta Harmonia com todas as nossas forças, pois isso irá fortalecer nossas colunas, devemos separar o joio do trigo para cada vez mais sermos fortes na busca da Moral e com a Sabedoria que nosso Venerável Mestre nos transmite, a Força que encontramos em nosso Irmão Primeiro Vigilante e a Beleza que nosso Segundo Vigilante nos ajuda a ornar nossos atos, fazer um mundo melhor, mais justo e perfeito para se viver.

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