Considerações a respeito das letras M:.B:. do avental do M:.M:.
M – a mais sagrada de todas as letras, segundo o dicionário esotérico, pois é ao mesmo tempo masculino e feminino, isto é, uma letra andrógina.
É uma letra mística em todos os idiomas, orientais e ocidentais.
O nome sagrado de Deus em Hebraico, aplicado a letra M, é “MeBorach”, que quer dizer o Santo ou o Bendito.
B – É uma clara expressão da dualidade dos princípios superpostos, que evidenciam a lei da polaridade.
B – É uma clara expressão da dualidade dos princípios superpostos, que evidenciam a lei da polaridade.
Mostra claramente a relação entre o superior e o inferior, o céu e a terra e o espírito e matéria.
O lado curvo corresponde a involução ou revelação do espírito na matéria.
O lado reto é o ascendente, que corresponde à evolução do Espírito na matéria.
O lado reto mostra o domínio do homem, e o lado curvo o da matéria.
A forma hebraica desta letra é Beth e tem uma relação com o princípio da vida.
Pesquisando, encontramos várias interpretações para o M:.B:. do avental do M:.M:., umas até interessantes, que tentaremos reproduzir, e outras tão absurdas que não convém nem citá-las, por riscos de reproduzirmos o ridículo sem berço e sem fundamento.
MohaBon
Quando fomos exaltados, aprendemos sobre a belíssima lenda do nosso mestre Hiran, e a parte que mais nos tocou, foi quando os irmãos encontraram o corpo, já em estado de putrefação, e ao tentar levantá-lo, exclamaram: “A carne se desprende dos ossos!” em hebraico M:.H:.B:., que foi adotada pela maioria dos ritos maçônicos, como a palavra S:. do M:.M:..
É lógico que a tradução difere de acordo com o idioma, mas a essência é e será sempre a mesma em todos os ritos e potências.
Mak Benak
O manuscrito “The Graham”, do ano de 1726, fala sobre a lenda de Noé e seus três filhos “Sem, Cam e Jafet”, que encontramos nos antigos rituais. Noé teria recebido do GADU, a missão de construir a Grande Arca, que embora de madeira fora construída segundo a Geometria, e de acordo com as regras maçônicas.
Diz a lenda que os três filhos foram até o túmulo do pai Noé, a fim de tentar descobrir o segredo que possuía o grande patriarca Bíblico.
Quando tentaram levantar o corpo já em avançado estado de decomposição, um dedo e um pulso se desprendeu, e só conseguiram levantá-lo, fazendo uso dos “Cinco Pontos Perfeitos”.
Um dos filhos teria dito: “Ainda há tutano neste osso!” [Marrow in the Bone] segundo alguns pesquisadores maçônicos, origem das iniciais M:.B:., que mais tarde se tornaria “Mak Benak”.
Um dos filhos teria dito: “Ainda há tutano neste osso!” [Marrow in the Bone] segundo alguns pesquisadores maçônicos, origem das iniciais M:.B:., que mais tarde se tornaria “Mak Benak”.
Este é o único documento que se refere a lenda de Noé, com conexão com os C:.P:.P:. e com a palavra S:. do mestre. A lenda de Hiram ainda não era conhecida.
Moab Bem-ami
Jules Boucher, defende a teoria Moabita [“O que vem do Pai”], aliás interpretação aceita por muitos rituais antigos, que cita o incesto praticado pela duas filhas de Ló [Gênesis cap 19 vs. 30 a 38]. Ló vivia com suas duas filhas, num local onde não existia nenhum outro homem.
Para que se cumprisse a tradição do patriarcado, e a geração do genitor, e não havendo outra solução, elas resolveram embebedar o pai com vinho, e copularam com ele, totalmente embriagado.
A primeira a cometer o incesto foi a primogênita, que engravidou e deu a luz a um filho, dando lhe o nome de “Moab” [que vem do pai], em seguida a Segunda filha a imitou e deu a luz a “Bem-Ami” [pai do filho].
Desse fato surgiu na Maçonaria a estranha interpretação “Aquele que vem do pai” ou “geração do pai”. Maçons que aceitavam essa hipótese tentaram relacionar a imoralidade do incesto com podridão, putrefação etc.
Adversários da Maçonaria aproveitaram-se disto para desmoralizar e denegrir a sublime ordem, como por exemplo o escritor antimaçonico Paulo Rosen em sua obra “Satan e Cia”.
Maugh Bin
Num apêndice da sua obra “Historiy of Free Masonary”, página 487, o Ir:. R. F. Gould reproduz uma publicação do jornal sensacionalista “Flying Post” [Correio Volante], impresso em Abril de 1723, descrevendo o que seria uma iniciação Maçônica.
Prossegue o articulista contando que ao candidato, entre outras coisas, era revelada a palavra “Maughbin”, a qual era transmitida de ouvido a ouvido ate chegar ao Mestre.
Então o candidato era posto à ordem como o Mestre, e devia recitar: [traduzido p/ o português]
Fui iniciado Maçom,
Vi “B” e “J”.
Prestei o raríssimo juramento.
Conheço a pedra o diamante e o esquadro.
Conheço perfeitamente a parte do Mestre.
Como um probo “Maughbin” poderá dizer-vos.
Vi “B” e “J”.
Prestei o raríssimo juramento.
Conheço a pedra o diamante e o esquadro.
Conheço perfeitamente a parte do Mestre.
Como um probo “Maughbin” poderá dizer-vos.
Bons autores apontam a palavra MaughBin ou MachoBin, cuja tradução é algo parecido De qualquer modo isto está relacionada com “Putrefacto”, e o significado varia conforme o idioma.
Em Francês, por exemplo, quer dizer “podre até os ossos” [la chair quitte les os].
Mac Benah
Os Jacobitas e a lenda de Hiram – vasta literatura sobre o Grau de mestre, levanta a hipótese de a lenda de Hiram ter surgido por inspiração política dos partidários dos Stuarts, os Jacobitas.
Em 30.01.1649, o Rei Carlos I dos Stuarts foi decapitado por decisão do parlamento Inglês. Após a morte do Rei os maçons Jacobitas, por segurança, acobertavam seu partidarismo por segredo.
Assim, o filho do decapitado passou a representar o Verbo, a Palavra Perdida, e os maçons eram os filhos da viúva, alusão a rainha Henriette de França, viúva do finado Rei.
Mackey, na sua enciclopédia, definiu a palavra MacBenah como derivada do dialeto gaélico, significando “Filho Abençoado”, alusão ao príncipe filho de Carlos I.
A nosso ver, os maçons Jacobitas apenas se aproveitaram da doutrina maçônica da época, em proveito de suas tendências de hegemonia dos Stuarts, mas é bom lembrar que a lenda do Mestre Hiram só viria a existir quase um século após.
Maçonaria Brasileira
Só a título de curiosidade, vamos citar o Ir:. Manuel Gomes no seu “Manual do Mestre Maçom”, pag. 321 a 334: “O manifesto Maçônico do primeiro G:.M:. do Grande Oriente do Brasil, José Bonifácio de Andrada e Silva, que entre outras observações, critica a disseminação de lojas estrangeiras, com rituais executados nos vários idiomas, menos no da nossa pátria, e conclama os maçons patriotas a usarem obrigatoriamente nos aventais de mestre as iniciais M:.B:., alusivo a 'Maçonaria Brasileira'”.
A bem da verdade, em nossa pesquisa encontramos uma infinidade de explicações e definições a respeito do M:.B:., porem por irrelevantes, citamos as que realmente interessam à Sublime Ordem.
Mak Benak – usada pelo Rito Adonhiranita, Mak origem Galica significa podridão, estar podre.
Mac Benac – Rito Moderno ou Francês, “Viver no Filho”.
MoaBom - Rito Schroeder, “O filho do Mestre está Morto”.
MohaBon – Rito E:.A:.E:.A:., “A carne se desprende dos Ossos”.
Mac-Benah – “Filho da Putrefação ou do Mestre Morto”.
Macheh-Bea [Beamacheh] – “Deus seja Louvado”.
Como se vê, não obstante as inúmeras definições e variações, a mensagem que fica é a mesma.
A afirmação da imortalidade, a eterna ressurreição, é preciso morrer, apodrecer, a fim de renascer para o eterno ciclo cósmico.
O Mestre exaltado transpõe a materialidade da morte e assume a preponderância do espírito.
Isto posto, concluímos que, antes e além de tudo, há algo especial na exaltação, qual seja: Exaltação vem do latim: EX – ALTARE, ou seja, além do altar, transpor o altar, mudar transcedentalmente de nível, quero dizer o Maçom, [com os três golpes que feriram o Mestre Hiran] deve destruir em si mesmo:
1 O coração – mudando seus sentimentos, do egoísmo para o amor ao próximo e a humanidade;
2 A garganta – aprimorando o seu verbo ou expressão, de modo a tornarem-se somente palavras úteis, verdadeiras, e sempre que possível agradáveis;
3 A cabeça – Pondo em sua mente um novo modo de pensar, elevando–se acima do material, temporal e finito para renascer sobre o símbolo da acácia imperecível, num nível superior de compreensão e consciência que o tornará um autentico e digno mestre.
Para finalizar, uma máxima mística para os Iir:. refletirem:
Mac Benac – Rito Moderno ou Francês, “Viver no Filho”.
MoaBom - Rito Schroeder, “O filho do Mestre está Morto”.
MohaBon – Rito E:.A:.E:.A:., “A carne se desprende dos Ossos”.
Mac-Benah – “Filho da Putrefação ou do Mestre Morto”.
Macheh-Bea [Beamacheh] – “Deus seja Louvado”.
Como se vê, não obstante as inúmeras definições e variações, a mensagem que fica é a mesma.
A afirmação da imortalidade, a eterna ressurreição, é preciso morrer, apodrecer, a fim de renascer para o eterno ciclo cósmico.
O Mestre exaltado transpõe a materialidade da morte e assume a preponderância do espírito.
Isto posto, concluímos que, antes e além de tudo, há algo especial na exaltação, qual seja: Exaltação vem do latim: EX – ALTARE, ou seja, além do altar, transpor o altar, mudar transcedentalmente de nível, quero dizer o Maçom, [com os três golpes que feriram o Mestre Hiran] deve destruir em si mesmo:
1 O coração – mudando seus sentimentos, do egoísmo para o amor ao próximo e a humanidade;
2 A garganta – aprimorando o seu verbo ou expressão, de modo a tornarem-se somente palavras úteis, verdadeiras, e sempre que possível agradáveis;
3 A cabeça – Pondo em sua mente um novo modo de pensar, elevando–se acima do material, temporal e finito para renascer sobre o símbolo da acácia imperecível, num nível superior de compreensão e consciência que o tornará um autentico e digno mestre.
Para finalizar, uma máxima mística para os Iir:. refletirem:
“NASCEMOS PARA MORRER,
E MORREMOS PARA NASCER!”
Livros e Autores Consultados:
Curso de Maçonaria Simbólica – Theobaldo Varoli Filho
O Mestre Maçom – Francisco Assis Carvalho [Chico Trolha]
A Simbólica Maçônica – Jules Boucher
Manual do Mestre Maçom – Manoel Gomes
Maçonaria e o Livro Sagrado – Zilmar de Paula Barros
Maçonaria Mística – Rizzardo da Camino
Ritualística Maçônica – Rizzardo da Camino
Bíblia Sagrada
Curso de Maçonaria Simbólica – Theobaldo Varoli Filho
O Mestre Maçom – Francisco Assis Carvalho [Chico Trolha]
A Simbólica Maçônica – Jules Boucher
Manual do Mestre Maçom – Manoel Gomes
Maçonaria e o Livro Sagrado – Zilmar de Paula Barros
Maçonaria Mística – Rizzardo da Camino
Ritualística Maçônica – Rizzardo da Camino
Bíblia Sagrada
Comentários
Postar um comentário