Existe uma verdade na Maçonaria.
Esta Verdade é a existência do G.’. A.’. D.’. U.’. como princípio criador e como tal ele nos dotou de Inteligência para discernirmos o Bem e o Mal.
Vários símbolos em nossa loja nos fazem lembrar de Sua presença: a Letra Hebraica YOD, a primeira letra do Tetragrama que representa a nome impronunciável de Deus, que está localizado no Delta Sagrado à frente do dossel e acima do trono do Venerável, o Delta Luminoso localizado atrás do trono do Vem.’. e no L.’. da L.’., que no caso de nossa loja é a Bíblia Sagrada.
O Bem nos leva ao Amor Fraterno, ao uso da Moral e a tudo que ajuda a edificar o Templo à Virtude enquanto que o Mal é o seu contrário, é o Vício e a Corrupção dos valores.
A Maçonaria, por ser filosófica e iniciática, ajuda o M.’. a discernir mais claramente as diferença entre esses contrários, que às vezes na vida profana estão separados por uma linha muito tênue.
A Maçonaria é uma das mais perfeitas Ordens orientadas para o desenvolvimento de todo o potencial humano.
O Amor ao próximo também deve ser destacado com ênfase aos trabalhos de caridade da Maçonaria bem como os trabalhos individuais do Maçom no seu circulo social.
Para ser Maçom é exigido que o candidato seja livre e de bons costumes.
O ideal dos homens livres e de bons costumes, que nossa sublime Ordem nos ensina, mostra que a finalidade da Maçonaria é dedicar-se ao aprimoramento espiritual e moral da Humanidade, lutando pelos direitos dos homens e pela Justiça pregando o amor fraterno, procurando congregar esforços para uma maior e mais perfeita compreensão entre os homens, a fim de que se estabeleçam os laços indissolúveis de uma verdadeira fraternidade, sem distinção de raças nem de crenças, condição indispensável para que haja realmente paz e compreensão entre os povos.
Em decorrência de ser livre, vem a liberdade, que é faculdade de se fazer ou não fazer o que se quer, de pensar como se entende, de ir e vir a qualquer parte, quando e como se queira, exercer qualquer atividade, tudo conforme a livre determinação da pessoa, quando não haja regra proibitiva para a prática do ato ou não se institua princípio restritivo ao exercício da atividade.
A Maçonaria promove a liberdade de pensamento e o estudo na busca do aperfeiçoamento trazendo para o plano prático toda LUZ que ela possui.
Sendo livre e por conseqüência, desfrutando de liberdade, o homem deve, sempre pautar sua vida pelos preceitos dos bons costumes os quais traçam a norma de conduta dos indivíduos em suas relações domésticas e sociais, para que estas se articulem seguindo as elevadas finalidades da própria vida humana.
Os bons costumes referem-se mais propriamente à honestidade das famílias, ao recato das pessoas e a dignidade ou decoro social.
Antes do início do ritual de Iniciação são retirados do postulante todos os metais, pois o profano morrerá para esta vida e na vida futura não existe a necessidade desses objetos, pois os valores são outros.
Em seguida o candidato deve ser despido do paletó e da gravata, arrumando-se a camisa para que o lado esquerdo de seu peito fique nu. A calça de sua perna direita então é suspensa até acima do joelho e o pé direito fica descalço, ficando assim o profano, nem nu, nem vestido.
O despojamento das vestes nos ritos de iniciação simboliza despir-se do ser antigo, e a nudez é a imagem da purificação. A roupa é o invólucro cultural da alma, sendo a nudez do corpo um retorno ao estado primitivo, havendo a abdicação das vaidades profanas, sendo assim, o bom M.’. deve estar desprovido de orgulho e vaidade profana, que pode afetar o seu autodesenvolvimento e seu fortalecimento Moral.
Para ser instruído nos mistérios da Maçonaria, o candidato viaja do Oc.’. ao Or.’. e do Or.’. ao Oc.’. realizando três viagens.
A primeira viagem refere-se ao Ar, a segunda à Água, a terceira ao Fogo.
As purificações que acompanham tais viagens lembram que o homem nunca é suficientemente puro para chegar ao templo da filosofia.
A primeira viagem é o emblema da vida humana. O tumulto das paixões, o choque dos interesses diversos, a dificuldade dos empreendimentos, os obstáculos que os concorrentes interessados em nos prejudicar e sempre dispostos a nos desencorajar multiplicam sob nossos passos, tudo isso é figurado pela irregularidade do caminho que o recipiendário percorre e pelo ruído que se faz a seu redor.
Para desenvolver ao profano sua segurança, submetem-no à purificação pela Água. Trata-se de uma espécie de batismo filosófico, que lava de toda impureza.
Para contemplar a verdade que se esconde dentro dele mesmo, o Iniciado deve passar pela prova do Fogo. Ele entra em contato com as chamas sem ser queimado, mas ele se deixa penetrar pelo calor benfazejo que dele emana.
Ao término de cada uma das viagens o candidato bate em uma porta sendo que na primeira mandam-no passar, na segunda se purifica com a água e na terceira pelo fogo. Essas três portas representam as disposições necessárias à procura da Verdade: Sinceridade, Coragem e Perseverança.
Continuando na Iniciação é dada ao candidato a Luz, retirando-se a venda que cobria seus olhos. Longe da escuridão seus olhos são ofuscados pelo brilho refletido pelas lâminas das espadas apontadas contra ela. Esses raios de luz dissipam a trevas da ignorância preparando o postulante para o recebimento do Conhecimento Maçônico.
A busca constante do aperfeiçoamento representa que o M.’. terá alguns obstáculos interiores a transpor afim de estar pronto e ter desenvolvido uma sólida instrução para que sejamos na prática construtores da humanidade.
Enfim, a grande lição aprendida no estudo da Terceira Instrução, foi a possibilidade de se compreender a simbologia dos eventos ocorridos na Iniciação, cujo objetivo principal foi preparar o candidato através do desprendimento dos bens materiais e das purificações, permitindo que o postulante entre na Maçonaria livre dos vícios profanos e preparado para receber a Luz da Filosofia e Moral Maçônica em sua amplitude.
Além disso, a terceira Instrução reforça a reflexão sobre o juramento realizado para que sejam guardados fielmente os segredos que foram revelados e reforça a vontade do Ir.’. de renovar esses juramentos, se necessário for perante a respeitável Ordem.
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