Um processo de alienação..
Entendemos por trabalho toda
atividade na qual o ser humano utiliza sua energia para satisfazer necessidades
ou atingir determinado objetivo.
É uma atividade tipicamente
humana.
Suas
funções:
- em seu aspecto individual: pode permitir ao homem
expandir suas energias, desenvolver sua criatividade e realizar suas
potencialidades;
- em seu aspecto social teria como objetivos
últimos a manutenção e satisfação da vida e o desenvolvimento da sociedade.
Ao longo da história em vez de servir ao bem comum,
o trabalho foi utilizado para o enriquecimento de alguns.
Foi transformado em
instrumento de alienação. A primeira divisão de trabalho teria
se dado entre os sexos.
Durante a Antiguidade
O trabalho manual foi considerado atividade menor,
desprezível. Valorizava-se o trabalho intelectual.
O filósofo grego Aristóteles dizia:
"A utilidade do
escravo é semelhante à do animal".
Na Idade Média
Referiam-se ao trabalho como um "bem
árduo", por meio do qual cada indivíduo se tornaria um homem melhor; porém,
valorizava-se o intelectual.
Na Idade Moderna
O trabalho foi revalorizado. O sucesso econômico
foi interpretado como um sinal de bênção de Deus.
Na Idade Contemporânea
O filósofo alemão Friedrich Hegel definiria o
trabalho como elemento de autoconstrução do homem. Karl Marx analisou o papel
negativo do trabalho: sem outra opção para sobreviver, este é obrigado a vender
sua força de trabalho para quem detinha meios de explorá-la. Marx analisa o
processo de alienação.
No geral, a palavra alienação significa
"tornar algo alheio a alguém", "tornar algo pertencente a
outro".
O termo alienação seria aquele em que o homem, após
transferir suas potencialidades para os seus produtos, deixa de identificá-los
como obra sua. Os produtos são "estranhos" a quem os produziu.
Trabalho alienado.
A organização do trabalho em linhas de operação e
montagem aperfeiçoada pelo engenheiro Frederick Taylor levou o nome de taylorismo.
A fragmentação do trabalho conduz a uma
fragmentação do saber.
O trabalho alienado produz para satisfazer as
necessidades do mercado e não propriamente do trabalhador.
Consumo alienado.
É principalmente entre a parcela da população de
bom poder aquisitivo que ocorre o fenômeno de consumo alienado.
Relação produção-consumo.
A produção cria não só bens materiais e
não-materiais, mas também o consumidor para esses bens. A propaganda impulsiona
nos indivíduos a necessidade de consumir mercadorias. E o consumo cria a
necessidade de nova produção. O circuito produção-consumo não visa atender às
necessidades individuais, mas sim às necessidades de expansão do sistema
capitalista, de busca permanente de lucratividade. Acumula-se capital a fim de
se acumular mais capital. Nesse processo, algumas pessoas vivem ve, outras
miseravelmente.
Cultura do consumo.
A lógica do consumo se baseia exatamente na impossibilidade
de que todos consumam. O consumo funciona como uma forma de afirmar a
diferença entre os indivíduos. O fato de que alguém possuir um automóvel de
luxo só tem sentido se poucos indivíduos o puderem ter.
O objeto adquirido funciona como diferença
de status.
Esse tipo de consumo alienado é movido pelo desejo
do consumidor de sentir-se uma "exceção" em meio à multidão. O
consumidor compra rótulos e grifes.
O trabalho é tido unicamente como um meio de
sobrevivência: quem não trabalha não come. Tudo leva a crer que o processo
tecnológico eliminará cada vez mais o trabalho humano, que todo o esforço
físico e intelectual poderão ser delegados a máquinas e que ao homem restará só
o monopólio das atividades criativas. Da automatização pode surgir uma sociedade do desemprego.
Qualquer aplicação desses temas com o
Brasil de hoje
não é mera semelhança!
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