Jaime VI & I (Edimburgo, 19 de junho de 1566 – Cheshunt, 27 de março de 1625) foi o Rei da Escócia como Jaime VI e Rei da Inglaterra e Irlanda pela União das Coroas como Jaime I.
Ele reinou na Escócia desde 1567 e na Inglaterra a partir de 1603 até sua morte.
Os dois reinos eram estados soberanos individuais, cada um com seu próprio parlamento, sistema judiciário e leis, governados por Jaime em união pessoal. Ele sucedeu ao trono escocês com apenas treze meses, logo após sua mãe Maria da Escócia (1) ter sido forçada a abdicar em seu favor.
Quatro regentes governaram o país durante sua minoridade, que encerrou-se oficialmente em 1578, apesar dele apenas ter assumido total controle de seu governo em 1583. Em 1603, ele sucedeu Isabel I (2) de Inglaterra como o monarca da Inglaterra e Irlanda. Ele reinou nos três países por mais 22 anos até sua morte em 1625 aos 58 anos; esse período é conhecido como era jacobita em sua homenagem. Após a União das Coroas, ele passou a viver na Inglaterra, voltando para a Escócia apenas em 1617 e se entitulando “Rei da Grã-Bretanha e Irlanda”. Jaime foi um grande defensor de um parlamento único para a Inglaterra e Escócia. Durante seu reinado, começaram o Plantation de Ulster e a colonização inglesa da América.
Com 57 anos e 246 dias, seu reinado na Escócia foi o mais longo da história. Ele realizou a maioria de seus objetivos em seu país natal, porém enfrentou grandes dificuldades na Inglaterra, incluindo a conspiração da pólvora (3) e vários conflitos com o parlamento inglês. A “Era de Ouro” da literatura e dramaturgia do Período Elisabetano (4) continuou sob Jaime, com escritores como William Shakespeare, John Donne, Ben Jonson e Francis Bacon contribuindo para uma cultura literária florescente.
O próprio Jaime era um acadêmico talentoso, tendo escrito obras como Daemonologie, The True Law of Free Monarchies e Basilikon Doron. Ele patrocinou a tradução da Bíblia que foi nomeada em sua homenagem: a Bíblia do Rei Jaime. Anthony Weldon afirmou que Jaime tinha sido denominado “o tolo mais sábio da cristandade”, um epíteto que desde então é associado ao monarca. Porém, desde a segunda metade do século XX, os historiadores revisaram a reputação de Jaime e o trataram como um rei sério e ponderado.
NASCIMENTOJaime foi o único filho de Maria da Escócia e seu segundo marido Henrique Stuart, Lorde Darnley. Maria e Henrique eram bisnetos de Henrique VII de Inglaterra através de Margarida Tudor, a irmã mais velha de Henrique VIII. O reinado de Maria na Escócia foi inseguro tanto para ela quanto para seu marido, ambos católicos, enfrentando uma rebelião de nobres protestantes. Durante o complicado casamento, Henrique aliou-se secretamente com os rebeldes e conspirou para matar David Rizzio, secretário da rainha, três meses antes do nascimento de Jaime. Jaime nasceu no dia 19 de junho de 1566 no Castelo de Edimburgo; como filho mais velho e herdeiro, ele automaticamente recebeu os títulos de Duque de Rothesay e Príncipe da Escócia. Ele foi batizado Jaime Carlos em 17 de dezembro durante uma cerimônia católica realizada no Castelo de Stirling.
Seus padrinhos foram Carlos IX de França (representado por João, Conde de Brienne), Isabel I de Inglaterra (representada por Francisco Russell, 2.º Conde de Bedford) e Emanuel Felisberto de Saboia (representado pelo embaixador Filipe du Croc). Maria não permitiu que John Hamilton, Arcebispo de St Andrews, cuspisse na boca da criança, como era o costume. Os convidados ingleses foram posteriormentes ofendidos pelo entretenimento, que foi elaborado pelo francês Bastian Pagez e os mostrava como sátiros com rabos.
Henrique foi assassinado em 10 de fevereiro de 1567 durante uma explosão em Edimburgo, talvez como vingança pela morte de Rizzio. Jaime assim herdou os títulos de Duque de Albany e Conde de Ross de seu pai. Maria já estava impopular, e seu casamento com Jaime Hepburn, 4.º Conde de Bothwell, suspeito de assassinar Henrique, em maio de 1567 aumentou a insatisfação do povo com ela. Em junho de 1567, os rebeldes protestantes prenderam Maria no Castelo de Lochleven; ela nunca mais viu o filho. Ela foi forçada a abdicar em 24 de julho de 1567 em favor de Jaime e nomear seu meio-irmão Jaime Stuart, 1.º Conde de Moray como regente.
REGÊNCIAS
Jaime foi colocado aos cuidados do Conde e da Condessa de Mar, “para ser conservado, amamentado e criado” na segurança do Castelo de Stirling. Jaime foi coroado Rei da Escócia com treze meses de idade por Adam Bothwell, Bispo de Orkney (5), na Igreja do Holy Rude em 29 de julho de 1567. O sermão de coroação foi pregado por John Knox (6). De acordo com as crenças religiosas da maior parte da classe dominante escocesa, Jaime foi criado como membro da protestante Igreja da Escócia.
Jaime foi colocado aos cuidados do Conde e da Condessa de Mar, “para ser conservado, amamentado e criado” na segurança do Castelo de Stirling. Jaime foi coroado Rei da Escócia com treze meses de idade por Adam Bothwell, Bispo de Orkney (5), na Igreja do Holy Rude em 29 de julho de 1567. O sermão de coroação foi pregado por John Knox (6). De acordo com as crenças religiosas da maior parte da classe dominante escocesa, Jaime foi criado como membro da protestante Igreja da Escócia.
O Conselho Privado selecionou George Buchanan, Peter Young, Adam Erskine e David Erskine como preceptores ou tutores do jovem rei. Como o tutor sênior de Jaime, Buchanan sujeitou o menino a agressões regulares, mas também colocou nele uma enorme paixão pela literatura e aprendizado. Buchanan tentou transformar Jaime em um rei protestante e temente a Deus, alguém que aceitava as limitações da monarquia.
Em 1568, Maria fugiu de seu aprisionamento, levando a vários anos de violência esporádica. O Conde de Moray derrotou as tropas da antiga rainha na Batalha de Langside, forçando Maria a fugir para a Inglaterra, onde acabou sendo presa por Isabel. Em 23 de janeiro de 1570, Moray foi assassinado por James Hamilton. O próximo regente de Jaime foi seu avô paterno, Mateus Stuart, 4.º Conde de Lennox, que um ano depois foi fatalmente ferido na entrada do Castelo de Stirling por apoiadores de Maria. Seu sucessor, o Conde de Mar, “pegou uma doença veemente” e morreu no dia 28 de outubro de 1572. A doença de Mar ocorreu após um banquete no Palácio de Dalkeith, oferecido por Jaime Douglas, 4.º Conde de Morton.
Morton, que assumiu o cargo de Mar, mostrou-se de diversas maneiras o mais eficiente dos regentes de Jaime, porém fez inimigos por sua rapacidade. Ele caiu em desgraça quando o francês Esmé Stewart, Lorde de Aubigny, primo do pai de Jaime e futuro Conde de Lennox, chegou na Escócia e rapidamente se estabeleceu como o primeiro dos favoritos do rei. Morton foi executado em 2 de junho de 1581, tardiamente acusado de envolvimento no assassinado de Lorde Darnley. Em 8 de agosto, Jaime fez de Lennox o único duque na Escócia. Então com quinze anos, o rei permaneceria sob a influência de Lennox por mais um ano.
Os calvinistas (7) escoceses não confiavam em Lennox, mesmo ele sendo um protestante convertido, por perceberem demonstrações físicas de afeição entre ele e o rei, alegando que Lennox “tentou levar o rei para a concupiscência carnal”. Em agosto de 1582, naquilo que ficou conhecido como o Assalto de Ruthven, os condes protestantes de Gowrie e Angus atrairam Jaime para o Castelo de Ruthven e o aprisionaram, forçando Lennox a fugir da Escócia. Jaime assumiu um controle cada vez maior de seu reino após sua libertação em junho de 1583. Ele empurrou a aprovação dos Atos Negros para afirmar a autoridade real sobre a Igreja da Escócia e denunciou as escritas de Buchanan. Entre 1584 e 1603, Jaime estabeleceu um efetivo governo real e uma paz relativa entre os lordes; ele foi auxiliado habilmente por John Maitland, que liderou o governo até 1592.
Uma comissão composta por oito homens, conhecida por Octavianos, trouxe algum controle sobre a péssima situação das finanças escocesas em 1596, porém teve oposição de interesses escusos. Ela foi dissolvida um ano depois de um tumulto em Edimburgo, iniciado por anti-católicos, ter forçado a corte a se estabelecer em Linlithgow temporariamente. Um último atentado escocês contra a pessoa do rei ocorreu em agosto de 1600, quando Jaime foi aparentemente atacado por Alexander Ruthven, irmão mais novo do Conde de Gowrie, na Casa de Gowrie em Ruthven. Restaram poucas testemunhas oculares já que Ruthven era administrada por John Ramsay, pajem de Jaime, e o conde havia sido morto na desordem. Dado a história dos Ruthven e que eles deviam muito dinheiro ao rei, o relato de Jaime sobre o ocorrido não foi universalmente aceito.
Em 1586, Jaime assinou o Tratado de Berwick com a Inglaterra. Isso, aliado a execução da sua mãe no ano seguinte, que ele achou um “procedimento absurdo e estranho”, ajudou a abrir o caminho para sua sucessão no outro país. A rainha Isabel I não era casada e também não tinha filhos, assim Jaime era seu provável sucessor. Assegurar sua ascenção na Inglaterra tornou-se um dos pontos principais de sua política. Durante a crise da Invencível Armada (8) em 1588, ele garantiu a Isabel seu apoio como “seu filho natural e compatriota de seu país”.
CASAMENTO
Durante sua juventude, Jaime foi elogiado por sua castidade já que mostrava pouco interesse em mulheres. Após a perda de Lennox, ele continuou a preferir a companhia masculina. Entretanto, era necessário um casamento adequado para reforçar sua monarquia, assim a escolha de esposa caiu sobre Ana da Dinamarca (9), então com quatorze anos, filha do rei protestante Frederico II da Dinamarca. Pouco depois do casamento por procuração em Copenhague em agosto de 1589, Ana partiu para a Escócia porém foi forçada a parar na Noruega por causa de tempestades. Jaime, ao saber que a travessia havia sido interrompida, velejou para Leith com uma comitiva de trezentas pessoas para buscar Ana pessoalmente, naquilo que o historiador David Harris Willson chama de “o único episódio romântico de sua vida”.
Durante sua juventude, Jaime foi elogiado por sua castidade já que mostrava pouco interesse em mulheres. Após a perda de Lennox, ele continuou a preferir a companhia masculina. Entretanto, era necessário um casamento adequado para reforçar sua monarquia, assim a escolha de esposa caiu sobre Ana da Dinamarca (9), então com quatorze anos, filha do rei protestante Frederico II da Dinamarca. Pouco depois do casamento por procuração em Copenhague em agosto de 1589, Ana partiu para a Escócia porém foi forçada a parar na Noruega por causa de tempestades. Jaime, ao saber que a travessia havia sido interrompida, velejou para Leith com uma comitiva de trezentas pessoas para buscar Ana pessoalmente, naquilo que o historiador David Harris Willson chama de “o único episódio romântico de sua vida”.
Os dois se casaram formalmente no Palácio do Bispo em Oslo no dia 23 de novembro e retornaram para a Escócia em 1 de maio de 1590, após paradas em Helsingør e Copenhague e um encontro com Tycho Brahe (10). De acordo com todos os relatos, Jaime inicialmente estava encantado por Ana e nos primeiros anos de seu casamento sempre demonstrava paciência e afeição. O casal teve sete filhos que sobreviveram ao nascimento, dois quais chegaram a idade adulta.
BRUXAS
A visita de Jaime a Dinamarca, um país familiar com caça às bruxas, pode tê-lo encorajado a estudar bruxaria, que o próprio considerava parte da teologia. Depois de voltar para a Escócia, o rei compareceu aos julgamentos das bruxas de North Berwick, a primeira grande caça às bruxas no país sob o Ato de Bruxaria de 1563. Várias pessoas, mais notavelmente Agnes Sampson, foram condenadas de usar bruxaria para enviar tempestades contra o navio de Jaime. O rei ficou obcecado pela ameaça que as bruxas representavam e, inspirado por seu próprio envolvimento, escreveu Daemonologie em 1597, um trato que se opunha a prática de bruxaria e que serviu de base para Macbeth de William Shakespeare.
A visita de Jaime a Dinamarca, um país familiar com caça às bruxas, pode tê-lo encorajado a estudar bruxaria, que o próprio considerava parte da teologia. Depois de voltar para a Escócia, o rei compareceu aos julgamentos das bruxas de North Berwick, a primeira grande caça às bruxas no país sob o Ato de Bruxaria de 1563. Várias pessoas, mais notavelmente Agnes Sampson, foram condenadas de usar bruxaria para enviar tempestades contra o navio de Jaime. O rei ficou obcecado pela ameaça que as bruxas representavam e, inspirado por seu próprio envolvimento, escreveu Daemonologie em 1597, um trato que se opunha a prática de bruxaria e que serviu de base para Macbeth de William Shakespeare.
Jaime supervisionou pessoalmente a tortura de mulheres acusadas de serem bruxas. Depois de 1599, ele ficou mais cético. Em uma carta escrita algum tempo depois ao seu filho Henrique, o rei parabeniza o príncipe pela “descoberta acolá de uma pequena bruxa falsa. Rezo a Deus que sejais meu herdeiro em tais descobertas… a maioria dos milagres hoje em dia mostram-se ilusões, e tu pode ver por este como os juízes devem ser cautelosos em acusações de confiança”.
TERRAS ALTAS E ILHAS
A dissolução forçada do Senhorio das Ilhas por Jaime IV em 1483 levou a agitações na costa oeste. Apesar do rei ter subjulgado o exército organizado das Hébridas, ele e seus sucessores não tinham a vontade ou a habilidade para prover formas alternativas de governo. Dessa forma, o século XVI ficou conhecido como linn nan creach (“o tempo de ataques”). Além disso, os efeitos da reforma religiosa estavam demorando a impactar a Gàidhealtachd, criando um calço religioso entre essa área e os centros de controle político no Cinturão Central (11).
A dissolução forçada do Senhorio das Ilhas por Jaime IV em 1483 levou a agitações na costa oeste. Apesar do rei ter subjulgado o exército organizado das Hébridas, ele e seus sucessores não tinham a vontade ou a habilidade para prover formas alternativas de governo. Dessa forma, o século XVI ficou conhecido como linn nan creach (“o tempo de ataques”). Além disso, os efeitos da reforma religiosa estavam demorando a impactar a Gàidhealtachd, criando um calço religioso entre essa área e os centros de controle político no Cinturão Central (11).
Em 1540, Jaime V viajou pelas Hébridas, forçando chefes de clãs a acompanhá-lo. Seguiu-se um período de paz, porém os clãs logo estavam em desacordo novamente. Durante o reinado de Jaime VI, foi completada a tranformação da imagem das Hébridas (12) como berço do cristianismo escocês para uma em que seus cidadãos eram considerados bárbaros sem leis. Documentos oficiais descrevem o povo da região como “sem o conhecimento e temor de Deus”, que estavam propensos a “todos os tipos de crualdades bárbaras e bestiais”.
A língua gaélica escocesa, falada fluentemente por Jaime IV e provavelmente Jaime V, ficou conhecida na época de Jaime VI como “erse” (irlandês), implicando que sua natureza era estrangeira. O parlamento escocês chegou a conclusão que ela era a principal causa das deficiências das Terras Altas, tentando aboli-la. Foi nessa situação que em 1598, Jaime VI autorizou os “Cavalheiros Aventureiros de Fife” para civilizar a “mais bárbara Ilha de Lewis”. o rei escreveu que os colonizadores deveriam agir “não por acordo” com os habitantes locais, mas “por extirpação”. A chegada deles em Stornoway foi um sucesso, porém os colonizadores foram expulsos por forças locais comandadas por Murdoch e Nel MacLeod. Uma nova tentativa foi feita em 1605 com o mesmo resultado, porém a terceira em 1607 obteve mais sucesso.
Os Estatutos de Iona foram promulgados em 1609, fazendo com que chefes de clã enviassem seus herdeiros para serem educados em escolas protestantes e de língua inglesa nas Terras Baixas (13), apoiassem ministros protestantes nas paróquias das Terras Altas (14), banissem os bardos e regularmente se reportassem a Edimburgo para responder por suas ações. Assim começou um processo “especificamente destinado a extirpar a língua gaélica, a destruição de sua cultura tradicional e a supressão de seus portadores”. Nas Ilhas do Norte, Patrício Stewart, 2.º Conde de Orkney, resistiu aos Estatutos de Iona, acabando preso. Seu filho Roberto liderou uma rebelião mal sucedidada contra Jaime, e tanto o conde quanto seu filho foram enforcados. Sua propriedades foram confiscadas e as ilhas de Órcades (15) e Shetland (16) anexadas.
TEORIA DA MONARQUIA
Jaime escreveu The True Law of Free Monarchies e Basilikon Doron entre 1597 e 1598, onde discutia a base teológica para a monarquia. No primeiro, ele afirma o direito divino dos reis (17), explicando que por razões bíblicas os reis são seres superiores a outros homens, apesar de que “a maior bancada é a mais escorregadia para se sentar”. O documento propõe uma teoria absolutista para a monarquia, em que um rei pode impor novas leis pela prerrogativa real (18), porém também deve ter atenção para a tradição e a Deus, que “incitariam flagelos como agrado para a punição de reis perversos”.
Jaime escreveu The True Law of Free Monarchies e Basilikon Doron entre 1597 e 1598, onde discutia a base teológica para a monarquia. No primeiro, ele afirma o direito divino dos reis (17), explicando que por razões bíblicas os reis são seres superiores a outros homens, apesar de que “a maior bancada é a mais escorregadia para se sentar”. O documento propõe uma teoria absolutista para a monarquia, em que um rei pode impor novas leis pela prerrogativa real (18), porém também deve ter atenção para a tradição e a Deus, que “incitariam flagelos como agrado para a punição de reis perversos”.
Basilikon Doron, escrito como um livro de instruções para o príncipe Henrique Frederico, então com quatro anos, fornecem um guia prático para ser rei. O trabalho é considerado como sendo muito bem escrito e o melhor exemplo da prosa de Jaime. Seu conselho sobre os parlamentos, que ele entendia apenas como a “corte chefe” do rei, prenuncia sua dificuldades com os comuns da Inglaterra: “Não realize Parlamentos”, ele aconselha Henrique, “porém pela necessidade de novas Leis, que seria mas que raramente”.Em True Law, Jaime matém que o rei possui o seu reino como um senhor feudal possui seu feudo, porque reis surgiram “antes de quaisquer propriedades ou classificações de homens, antes de quaisquer parlamentos serem realizados, ou leis criadas, e por eles a terra era distribuida, que no início eram totalmente deles. E assim .dos reis”.
PATRONO LITERÁRIO
Nas décadas de 1580 e 1590, Jaime ficou preocupado em promover a literatura na Escócia. Sua dissertação, Some Rules and Cautions to be Observed and Eschewed in Scottish Prosody, publicada em 1584 quando ele tinha dezoito anos, era tanto um manual poético quanto a descrição da tradição poética do escôces, sua língua nativa, aplicando princípios da Renascença. Ele também fez provisões estatuárias para reformar e promover o ensino da música, vendo os dois interligados. Para a prossecução desses objetivos ele foi patrono e chefe de um círculo de poetas e músicos jacobinos escocêses, a Banda de Castália, que incluia indivíduos como William Fowler e Alexander Montgomerie, posteriormente um dos favoritos do rei.
Nas décadas de 1580 e 1590, Jaime ficou preocupado em promover a literatura na Escócia. Sua dissertação, Some Rules and Cautions to be Observed and Eschewed in Scottish Prosody, publicada em 1584 quando ele tinha dezoito anos, era tanto um manual poético quanto a descrição da tradição poética do escôces, sua língua nativa, aplicando princípios da Renascença. Ele também fez provisões estatuárias para reformar e promover o ensino da música, vendo os dois interligados. Para a prossecução desses objetivos ele foi patrono e chefe de um círculo de poetas e músicos jacobinos escocêses, a Banda de Castália, que incluia indivíduos como William Fowler e Alexander Montgomerie, posteriormente um dos favoritos do rei.
Jaime, ele mesmo um poeta, ficava feliz em ser visto como um membro do grupo. No final da década de 1590, sua defesa da tradição escocesa ficou um pouco prejudicada pelo prospecto cada vez maior de herdar a coroa inglesa; alguns de seus poetas da corte passaram a anglicanizar suas escritas, indo junto com ele para Londres depois 1603. Seu papel característico como um participante ativo e patrono na corte escocesa fez dele uma importante figura na poesia e dramaturgia renascentista inglesa, que chegaria ao auge durante seu reinado. Entretanto, seu mecenato para a estilística de sua própria tradição esocesa, uma tradição que incluia seu predecessor Jaime I, ficou esquecida.
REINADO NA INGLATERRA
ASCENSÃO
Já que Isabel I era a última descendente de Henrique VIII, Jaime foi visto como o provável herdeiro do trono inglês através de sua bisavó Margarida Tudor, a irmã mais velha de Henrique. Começando em 1601, nos últimos anos da vida de Isabel, certos políticos ingleses, notavelmente o ministro chefe sir Robert Cecil, corresponderam-se secretamente com Jaime afim de preparar uma transição sem grandes problemas. Em março de 1603, com a rainha claramente morrendo, Cecil enviou a Jaime um rascunho de proclamação de sua ascensão ao trono inglês. Isabel morreu nas primeiras horas de 24 de março e Jaime foi proclamado rei em Londres no mesmo dia. Ele deixou Edimburgo em 5 de abril, prometendo retornar a cada três anos (uma promessa que não manteve), e progrediu lentamente para o sul. Lordes locais o receberam com pródiga hospitalidade e o rei ficou maravilhado pelas riquezas de sua nova terra e súditos. Jaime afirmou estar “trocando um sofá de pedra por uma profunda cama de penas”.
ASCENSÃO
Já que Isabel I era a última descendente de Henrique VIII, Jaime foi visto como o provável herdeiro do trono inglês através de sua bisavó Margarida Tudor, a irmã mais velha de Henrique. Começando em 1601, nos últimos anos da vida de Isabel, certos políticos ingleses, notavelmente o ministro chefe sir Robert Cecil, corresponderam-se secretamente com Jaime afim de preparar uma transição sem grandes problemas. Em março de 1603, com a rainha claramente morrendo, Cecil enviou a Jaime um rascunho de proclamação de sua ascensão ao trono inglês. Isabel morreu nas primeiras horas de 24 de março e Jaime foi proclamado rei em Londres no mesmo dia. Ele deixou Edimburgo em 5 de abril, prometendo retornar a cada três anos (uma promessa que não manteve), e progrediu lentamente para o sul. Lordes locais o receberam com pródiga hospitalidade e o rei ficou maravilhado pelas riquezas de sua nova terra e súditos. Jaime afirmou estar “trocando um sofá de pedra por uma profunda cama de penas”.
Na casa de Cecil em Hertfordshire, Theobalds House, tamanha era sua admiração que ele comprou a propriedade no local, chegando na capital depois do funeral de Isabel. Seus novos súditos amontoavam-se para vê-lo, aliviados que a sucessão não desencadeou inquietações ou invasões. Ao entrar em Londres no dia 7 de abril, Jaime foi cercado por uma grande multidão. Sua coroação ocorreu em 25 de julho, com alegorias elaboradas criadas por poetas dramáticos como Thomas Dekker (19) e Ben Jonson (20). Apesar de um surto de peste ter restringido as festividades, “as ruas pareciam pavimentadas com homens”, como escreveu Dekker, “barracas em vez de mercadorias ricas foram expostas com as crianças, caixilhos abertos cheios de mulheres”. Entretanto, o novo reino de Jaime tinha seus problemas. Monopólios e taxas tinham gerado um sentimento generalizado de injustiça, e os custos de uma guerra na Irlanda tornaram-se um grande peso para o governo, Na época de sua sucessão, a Inglaterra devia uma quantia de 400 mil libras esterlinas.
INÍCIO
Apesar da transição ter ocorrido sem problemas e o povo tê-lo acolhido, Jaime sobreviveu a duas conspirações durante seu primeiro ano de reinado, a Conspiração Católica e a Conspiração Principal, que levou às prisões de indivíduos como Henry Brooke, 11.º Barão Cobham e sir Walter Raleigh. Aqueles que esperavam uma mudança no governo com Jaime ficaram decepcionados quando o rei manteve o Conselho Privado de Isabel, como havia secretamente planejado com Cecil, porém Jaime rapidamente adicionou seu apoiador Henry Howard, o sobrinho Thomas Howard e cinco nobres escoceses ao conselho. Nos primeiros anos de seu reinado, o dia a dia do governo era gerenciado por Robert Cecil junto com Thomas Egerton, quem Jaime posteriormente nomeou como Lorde Chanceler, e Thomas Sackville, que continuou como Lorde do Tesouro. Assim, o rei estava livre para se concentrar em questões maiores, como uma forma de criar uma união maior entre a Inglaterra e a Escócia e assuntos internacionais, além de aproveitar seus passatempos, como a caça. Jaime queria construir a partir da união pessoal das coroas inglesa e escocesa e estabelecer um único país com um único monarca, parlamento e conjunto de leis, um plano que gerou oposição nos dois reinos. “Acaso Ele não nos fez tudo em uma ilha”, disse o rei ao parlamento inglês, “rodeado de um mar e de si mesmo, por natureza indivisível?”.
Apesar da transição ter ocorrido sem problemas e o povo tê-lo acolhido, Jaime sobreviveu a duas conspirações durante seu primeiro ano de reinado, a Conspiração Católica e a Conspiração Principal, que levou às prisões de indivíduos como Henry Brooke, 11.º Barão Cobham e sir Walter Raleigh. Aqueles que esperavam uma mudança no governo com Jaime ficaram decepcionados quando o rei manteve o Conselho Privado de Isabel, como havia secretamente planejado com Cecil, porém Jaime rapidamente adicionou seu apoiador Henry Howard, o sobrinho Thomas Howard e cinco nobres escoceses ao conselho. Nos primeiros anos de seu reinado, o dia a dia do governo era gerenciado por Robert Cecil junto com Thomas Egerton, quem Jaime posteriormente nomeou como Lorde Chanceler, e Thomas Sackville, que continuou como Lorde do Tesouro. Assim, o rei estava livre para se concentrar em questões maiores, como uma forma de criar uma união maior entre a Inglaterra e a Escócia e assuntos internacionais, além de aproveitar seus passatempos, como a caça. Jaime queria construir a partir da união pessoal das coroas inglesa e escocesa e estabelecer um único país com um único monarca, parlamento e conjunto de leis, um plano que gerou oposição nos dois reinos. “Acaso Ele não nos fez tudo em uma ilha”, disse o rei ao parlamento inglês, “rodeado de um mar e de si mesmo, por natureza indivisível?”.
Porém, em abril de 1604, os comuns recusaram por motivos legais seu pedido para ser chamado de “Rei da Grã-Bretanha” Em outubro do mesmo ano, ele assumiu o título por proclamação ao invés de por estatuto, apesar de sir Francis Bacon ter afirmado que ele não podia usá-lo em “qualquer procedimento legal, instrumento ou garantia”. Nos assuntos internacionais, Jaime foi mais bem sucedido. Nunca tendo entrado em guerra contra a Espanha, ele se dedicou a encerrar a longa Guerra Anglo-Espanhola (21); em agosto de 1604, devido a uma habilidosa diplomacia por parte de Cecil e Henry Howard, um acordo de paz foi assinado entre os dois países, e Jaime celebrou com um grande banquete. Porém, a liberdade de adoração dos católicos na Inglaterra continuou a ser um grande objetivo para a política espanhola, criando dilemas constantes ao rei, desconfiado internacionalmente por reprimir os católicos enquanto que internamente encorajado pelo Conselho Privado a mostrar menos tolerância.
CONSPIRAÇÃO DA PÓLVORA
Na noite do dia 4 para o 5 de novembro de 1605, na véspera da Cerimônia de Abertura do Parlamento da segunda sessão de Jaime, o católico Guy Fawkes foi descoberto nos porões do prédio do parlamento. Ele estava cuidando de uma pilha de madeira não muito longe de 36 barris de pólvora, com que ele pretendia explodir o parlamento no dia seguinte e causar a destruição de, nas palavras do próprio Jaime, “não apenas … de minha pessoa, da de minha esposa e também da posteridade, mas também de todo o órgão do estado em geral”. A sensacional descoberta da Conspiração da Pólvora, como ficou rapidamente conhecida, despertou um sentimento de alívio nacional na entrega do rei e de seus filhos, que Cecil explorou para extrair o maior subsídio do parlamento com exceção de um garantido por Isabel I. Fawkes e os outros implicados na conspiração foram executados.
Na noite do dia 4 para o 5 de novembro de 1605, na véspera da Cerimônia de Abertura do Parlamento da segunda sessão de Jaime, o católico Guy Fawkes foi descoberto nos porões do prédio do parlamento. Ele estava cuidando de uma pilha de madeira não muito longe de 36 barris de pólvora, com que ele pretendia explodir o parlamento no dia seguinte e causar a destruição de, nas palavras do próprio Jaime, “não apenas … de minha pessoa, da de minha esposa e também da posteridade, mas também de todo o órgão do estado em geral”. A sensacional descoberta da Conspiração da Pólvora, como ficou rapidamente conhecida, despertou um sentimento de alívio nacional na entrega do rei e de seus filhos, que Cecil explorou para extrair o maior subsídio do parlamento com exceção de um garantido por Isabel I. Fawkes e os outros implicados na conspiração foram executados.
REI E PARLAMENTO
A cooperação entre Jaime e o parlamento após a Conspiração da Pólvora foi atípica. A sessão anterior de 1604 moldou as atitudes de ambos pelo resto do reinado, apesar das dificuldades iniciais terem acontecido por incompreensão mútua e não por animosidade. Em 7 de julho de 1604, o rei furiosamente suspendeu o parlamento depois de não conseguir apoio para subsídios financeiros e a união total da Inglaterra e Escócia. “Não vou agradecer onde sinto que não merece agradecimento”, ele afirmou em seu discurso de encerramento, “… Eu não sou de tal ações como para louvar os tolos … Vocês verão quantas coisas não fizeram bem … Gostaria que fizessem uso mais modesto de sua liberdade a tempo para vir”. Enquanto o reinado de Jaime continuava, seu governo enfrentou pressões financeiras cada vez maiores, parcialmente pela inflação rastejante, mas também pela libertinagem e incompetência financeira da corte de Jaime.
A cooperação entre Jaime e o parlamento após a Conspiração da Pólvora foi atípica. A sessão anterior de 1604 moldou as atitudes de ambos pelo resto do reinado, apesar das dificuldades iniciais terem acontecido por incompreensão mútua e não por animosidade. Em 7 de julho de 1604, o rei furiosamente suspendeu o parlamento depois de não conseguir apoio para subsídios financeiros e a união total da Inglaterra e Escócia. “Não vou agradecer onde sinto que não merece agradecimento”, ele afirmou em seu discurso de encerramento, “… Eu não sou de tal ações como para louvar os tolos … Vocês verão quantas coisas não fizeram bem … Gostaria que fizessem uso mais modesto de sua liberdade a tempo para vir”. Enquanto o reinado de Jaime continuava, seu governo enfrentou pressões financeiras cada vez maiores, parcialmente pela inflação rastejante, mas também pela libertinagem e incompetência financeira da corte de Jaime.
Em fevereiro de 1610, Cecil propôs um esquema, conhecido como o Grande Contrato, onde o Parlmento, em troca de concessões reais, garantiria a quantia de seicentas mil libras para pagar as dívidas do rei além de uma subvenção anual de duzentas mil libras. As negociações espinhosas que se seguiram tornaram-se tão prolongadas que o rei eventualmente perdeu a paciência e dissolveu o parlamento em 31 de dezembro. “Seu maior erro”, disse a Cecil, “tem sido a de que você nunca deve atrair mel de fel”.O mesmo padrão se repetiu com o chamado “Parlamento Apodrecido” de 1614, que ele dissolveu depois de apenas nove semanas quando os comuns exitaram em dar-lhe o dinheiro que queria. Jaime então reinou sem parlamento até 1621, empregando oficiais como o empresário Lionel Cranfield, que eram astutos o bastante para arrecadarem e economizarem dinheiro, vendendo títulos e outras honras, muitos criados para esse propósito, como fontes alternativas de renda.
CASAMENTO ESPANHOL
Outro fonte em potencial de renda era a perspectiva de um dote espanhol com um casamento entre Carlos, Príncipe de Gales, e a infanta Maria Ana de Espanha. A política do Casamento Espanhol, como foi chamado, também era atrativa para Jaime como um modo de manter a paz com a Espanha e evitar custos extras com uma guerra. A paz podia ser mantida com as negociações ativas e pela consumação do casamento – o que pode explicar porque Jaime manteve as negociações por quase uma década. A política era apoiada por Henry e Thomas Howard e outros ministros e diplomatas de tendências católicas – juntos conhecidos como Partido Espanhol – porém não tinham a confiança dos protestantes.
Outro fonte em potencial de renda era a perspectiva de um dote espanhol com um casamento entre Carlos, Príncipe de Gales, e a infanta Maria Ana de Espanha. A política do Casamento Espanhol, como foi chamado, também era atrativa para Jaime como um modo de manter a paz com a Espanha e evitar custos extras com uma guerra. A paz podia ser mantida com as negociações ativas e pela consumação do casamento – o que pode explicar porque Jaime manteve as negociações por quase uma década. A política era apoiada por Henry e Thomas Howard e outros ministros e diplomatas de tendências católicas – juntos conhecidos como Partido Espanhol – porém não tinham a confiança dos protestantes.
Quando sir Walter Raleigh foi libertado da prisão em 1616, ele foi procurar ouro na América do Sul com claras instruções de Jaime para não entrar em conflitos com a Espanha. A expedição foi um grande fracasso e seu filho foi morto lutando contra os espanhois. Quando Raleigh voltou para a Inglaterra, Jaime mandou executá-lo, gerando indignação no público, que era contra o apaziguamento com a Espanha. A política de Jaime foi prejudicada ainda mais com o início da Guerra dos Trinta Anos, especialmente depois de seu genro Frederico V, Eleitor Palatino, ter sido expulso em 1620 da Boémia pelo católico Fernando II, com tropas espanholas invadindo ao mesmo tempo o território natal de Frederico, a Renânia (22). Jaime finalmente chamou um parlamento no ano seguinte para financiar uma expedição militar afim de ajudar seu genro.
Por um lado, os comuns garantiram subsídios inadequados para financiar operações militares sérias ao auxílio de Frederico, por outro – lembrando dos lucros conseguidos com os ataques navais de Isabel contra os carregamentos de ouro espanhol – declararam uma guerra diretamente contra a Espanha. Em novembro de 1621, liderados por sir Edward Coke, os comuns vieram com uma petição pedindo não apenas uma guerra contra a Espanha mas também que Carlos se casasse com uma protestante, reforçando as leis anti-católicas. Jaime categoricamente disse-lhes para não interferirem nas questões da prerrogativa real ou poderiam tomar punições, que os fez publicar uma declaração protestando por seus direitos, que incluiam a liberdade de expressão. Pressionado por Jorge Villiers, 1.° Duque de Buckingham e o embaixador espanhol Diego Sarmiento de Acuña, Jaime arrancou o protesto do livro de registros e dissolveu o parlamento.
No início de 1623, Carlos e Villiers decidiram agir por conta própria e viajar para a Espanha em segredo, afim de ganhar Maria Ana diretamente, porém a missão foi um enorme fracasso. Ela detestou Carlos e os espanhois os confrontaram com termos que incluiam as leis anti-católicas aprovadas pelo parlamento. Mesmo com um tratado sendo assassinado, o príncipe e o duque voltaram para a Inglaterra em outubro e rapidamente renunciaram ao acordo, alegrando muito o povo inglês. Desiludidos, os dois ignoraram a política espanhola de Jaime e pediram um casamento francês e uma guerra contra o império de Habsburgo. Para arrecadarem os fundos necessários, eles prevaleceram sobre o rei para chamar outro parlamento, que se reuniu em fevereiro de 1624. Pela primeira vez, o grande sentimento anti-católico dos comuns ecoou na corte, onde o controle da política estava saindo de Jaime e passando para Carlos e Villiers, que pressionaram o rei para declarar guerra e planejaram a destituição de Cranfield quando este se opôs aos planos por causa dos custos. O resultado do parlamento foi ambíguo: Jaime se recusou a declarar guerra, porém Carlos acreditava que os comuns estavam comprometidos a financiar uma guerra contra a Espanha, uma situação que contribuiu para seus problemas com o parlamento durante seu próprio reinado.
REI E IGREJA
Após a Conspiração da Pólvora, Jaime sancionou severas medidas para controlar os católicos ingleses não-conformistas. Em maio de 1606, o parlamento aprovou a Lei de Recusa Papispa, que forçaria todos os cidadãos a prestar um juramente de lealdade negando a autoridade do papa sobre o rei. Jaime foi conciliatório com os católicos que prestaram o juramento, tolerando o catolicismo secreto até dentro de sua corte. Henry Howard, por exemplo, era secretamente católico e foi recebido de volta na Igreja Apostólica Romana em seus últimos meses.
Após a Conspiração da Pólvora, Jaime sancionou severas medidas para controlar os católicos ingleses não-conformistas. Em maio de 1606, o parlamento aprovou a Lei de Recusa Papispa, que forçaria todos os cidadãos a prestar um juramente de lealdade negando a autoridade do papa sobre o rei. Jaime foi conciliatório com os católicos que prestaram o juramento, tolerando o catolicismo secreto até dentro de sua corte. Henry Howard, por exemplo, era secretamente católico e foi recebido de volta na Igreja Apostólica Romana em seus últimos meses.
Ao assumir o trono inglês, Jaime, suspeitando de que iria precisar do apoio dos católicos da Inglaterra, garantiu ao Conde de Northumberland, simpatizante da antiga religião, de que não perseguiria “ninguém que seja discreto e prestativo, mas uma obediência externa à lei”. Na Petição Milenar de 1603, o clero puritano (23) exigiu, entre outras coisas, a abolição da confirmação, alianças de casamento e o termo “padre”, e que o uso da touca e sobrepeliz (24) torna-se opcional. Jaime inicialmente foi rigoroso na aplicação da conformidade, induzindo um sentimento de perseguição entre muitos puritanos; mas expulsões e suspensões tornaram-se menos frequentes enquanto o reinado proseguia. Como resultado da Conferência de Hampton Court em 1604, uma nova tradução e compilação dos livros aprovados da Bíblia foram encomendados para resolver questões das diferentes traduções.
A Versão do Rei Jaime, como ficou conhecida, foi completada em 1611 e é considerada uma obra prima da prosa jacobita (25), ainda sendo amplamente usada. Na Escócia, Jaime tentou levar a igreja escocesa “tão próxima quanto possível” da Igreja Anglicana para reestabelecer o episcopado (26), uma política que enfrentou grande oposição dos presbiterianos (27). Em 1617, pela única vez desde que assumiu o trono inglês, Jaime voltou para a Escócia na esperança de implementar os rituais anglicanos. Os bipos do rei forçaram seus Cinco Artigos de Perth através de Assembleia Geral no ano seguinte, mas as decisões receberam amplas resistências. Jaime deixaria a igreja da Escócia dividida em sua morte, criando uma fonte de problemas para seu filho.
FAVORITOS
Durante toda sua vida Jaime teve relações próximas com cortesãos masculinos, causando debate entre os historiadores sobre suas naturezas. Depois de sua ascensão na Inglaterra, sua atitude pacífica e acadêmica contrastava com o comportamento belicoso e sedutor de Isabel, algo indicado pelo epigrama contemporâneo Rex fuit Elizabeth, nunc est regina Jacobus (“Isabel era o rei, agora Jaime é a rainha”). Alguns de seus biógrafos concluem que Esmé Stewart (posterior Duque de Lennox), Roberto Carr (depois Conde de Somerset) e Jorge Villiers (depois Duque de Buckingham) eram seus amantes. A restauração do Apethorpe Hall, realizada entre 2004 e 2008, revelou uma passagem anteriormente desconhecida ligando os quartos de Jaime e Villiers. Outros afirmam que as relações não eram sexuais. O Basilikon Doron de Jaime lista a sodomia como um crime que “estais no dever de consciência nunca perdoar”, e Ana da Dinamarca deu à luz a sete filhos do rei, além de sofrer pelo menos três abortos e ter dois natimortos.
Durante toda sua vida Jaime teve relações próximas com cortesãos masculinos, causando debate entre os historiadores sobre suas naturezas. Depois de sua ascensão na Inglaterra, sua atitude pacífica e acadêmica contrastava com o comportamento belicoso e sedutor de Isabel, algo indicado pelo epigrama contemporâneo Rex fuit Elizabeth, nunc est regina Jacobus (“Isabel era o rei, agora Jaime é a rainha”). Alguns de seus biógrafos concluem que Esmé Stewart (posterior Duque de Lennox), Roberto Carr (depois Conde de Somerset) e Jorge Villiers (depois Duque de Buckingham) eram seus amantes. A restauração do Apethorpe Hall, realizada entre 2004 e 2008, revelou uma passagem anteriormente desconhecida ligando os quartos de Jaime e Villiers. Outros afirmam que as relações não eram sexuais. O Basilikon Doron de Jaime lista a sodomia como um crime que “estais no dever de consciência nunca perdoar”, e Ana da Dinamarca deu à luz a sete filhos do rei, além de sofrer pelo menos três abortos e ter dois natimortos.
Quando Robert Cecil morreu em 1612, houve poucas lamentações por aqueles que brigavam para assumir o poder agora vacante. Até sua morte, o sistema administrativo elisabetano sobre o qual ele presidia continuava a funcionar com relativa eficiência; depois, entretanto, o governo de Jaime entrou em um período de declíneo e descrédito. A morte de Cecil deu ao rei a noção de governar em pessoa como seu próprio Ministro de Estado, com Carr assumindo muitas das funções de Cecil. Porém, a inaptidão de Jaime de comparecer de forma próxima às questões oficiais expôs o faccionalismo do governo. O partido de Henry Howard logo tomou controle de grande parte do governo e sua patronagem.
Até o poderoso Carr, pouco preparado para as resposabilidades que foram colocadas sobre ele e frequentemente dependente de sua amigo íntimo sir Thomas Overbury para ajuda na papelada governamental, caiu no campo de Howard após começar um caso com a casada Francisca Howard, quem Jaime ajudou a conseguir a anulação do casamento para poder se casar com Carr. Porém, no verão de 1615, surgiu que Overbury, que morreu no dia 15 de setembro de 1613 na Torre de Londres, onde estava à pedido do rei, foi envenenado. Entre aqueles condenados pelo assassinato estava Francisca e Roberto Carr, o último já tendo sido substituído como favorito do rei por Villiers. Jaime perdou Francisca e comutou a sentença de Carr, eventualmente perdoando-o em 1624. A implicação do rei em um escândalo como esse provocou muitas conjunturas públicas e literárias, além de manchar a corte de Jaime com uma imagem de corrupção e depravação. A subsequente queda dos Howard deixou Villiers sem oponentes em 1619 como a figura suprema do governo.
ÚLTIMO ANO
Por volta dos cinquenta anos de idade, Jaime começou a sofrer cada vez mais de artrite, gota e cálculo renal. Ele também perdeu os dentes e bebia muito. Durante seu último ano de vida, com Villiers tendo consolidado seu controle sobre Carlos para garantir seu prórpio futuro, o rei estava frequentemente muito doente, se transformando numa figura cada vez mais periférica e raramente visitando Londres. Uma teoria diz que Jaime podia estar sofrendo de porfíria (28), uma doença que seu descendente Jorge III do Reino Unido exibia sintomas. Jaime descreveu sua urina ao médico Théodore de Mayerne como sendo “coloração vermelho escuro de vinho Alicante”.Essa teoria não é aceita por alguns especialistas, particularmente no caso de Jaime já que tinha cálculo renal, que pode levar sangue até a urina e fazê-la ficar avermelhada.
Por volta dos cinquenta anos de idade, Jaime começou a sofrer cada vez mais de artrite, gota e cálculo renal. Ele também perdeu os dentes e bebia muito. Durante seu último ano de vida, com Villiers tendo consolidado seu controle sobre Carlos para garantir seu prórpio futuro, o rei estava frequentemente muito doente, se transformando numa figura cada vez mais periférica e raramente visitando Londres. Uma teoria diz que Jaime podia estar sofrendo de porfíria (28), uma doença que seu descendente Jorge III do Reino Unido exibia sintomas. Jaime descreveu sua urina ao médico Théodore de Mayerne como sendo “coloração vermelho escuro de vinho Alicante”.Essa teoria não é aceita por alguns especialistas, particularmente no caso de Jaime já que tinha cálculo renal, que pode levar sangue até a urina e fazê-la ficar avermelhada.
No início de 1625, Jaime foi tomado por uma série de ataques de artrite, gota e desmaios, ficando seriamente doente em março com calafrios e então com um derrame. Jaime VI & I morreu na Theobalds House no dia 27 de março durante um violento ataque de disenteria, com Villiers ao seu lado. Seu funeral, um evento magnífico e desorganizado, ocorreu em 7 de maio. O bispo John Williams de Lincoln pregou o sermão, dizendo que o “Rei Salomão morreu em Paz, quando já tinha vivido por volta de sessenta anos … e assim você sabe o fez Rei Jaime” foi enterrado na Abadia de Westminster (29). A posição exata da tumba ficou perdida por vários séculos. No século XIX, após a escavação de muitas das sepulturas sob o chão, o caixão de Jaime foi encontrado na sepultura de Henrique VII.
FRANCIS BACON
Francis Bacon, 1°. Visconde de Alban, também referido como Bacon de Verulâmio (Londres, 22 de janeiro de 1561 — Londres, 9 de abril de 1626) foi um político, filósofo e ensaísta inglês, barão de Verulam (ou Verulamo ou ainda Verulâmio), visconde de Saint Alban. É considerado como o fundador da ciência moderna. Desde cedo, sua educação orientou-o para a vida política, na qual exerceu posições elevadas. Em 1584 foi eleito para a câmara dos comuns.
Francis Bacon, 1°. Visconde de Alban, também referido como Bacon de Verulâmio (Londres, 22 de janeiro de 1561 — Londres, 9 de abril de 1626) foi um político, filósofo e ensaísta inglês, barão de Verulam (ou Verulamo ou ainda Verulâmio), visconde de Saint Alban. É considerado como o fundador da ciência moderna. Desde cedo, sua educação orientou-o para a vida política, na qual exerceu posições elevadas. Em 1584 foi eleito para a câmara dos comuns.
Sucessivamente, durante o reinado de Jaime I, desempenhou as funções de procurador-geral (1607), fiscal-geral (1613), guarda do selo (1617) e grande chanceler (1618). Neste mesmo ano, foi nomeado barão de Verulam e em 1621, barão de Saint Alban. Também em 1621, Bacon foi acusado de corrupção. Condenado ao pagamento de pesada multa, foi também proibido de exercer cargos públicos. Como filósofo, destacou-se com uma obra onde a ciência era exaltada como benéfica para o homem. Em suas investigações, ocupou-se especialmente da metodologia científica e do empirismo (30), sendo muitas vezes chamado de “fundador da ciência moderna”. Sua principal obra filosófica é o Novum Organum (31). Francis Bacon foi um dos mais conhecidos e influentes rosacruzes (32) e também um alquimista, tendo ocupado o posto mais elevado da Ordem Rosacruz, o de Imperator. Estudiosos apontam como sendo o real autor dos famosos manifestos rosacruzes, Fama Fraternitatis (33) (1614), Confessio Fraternitatis (34) (1615) e Núpcias Alquímicas de Christian Rozenkreuz (35) (1616).
FILOSOFIA
CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS
Preliminarmente, Bacon propõe a classificação das ciências em três grupos:
CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS
Preliminarmente, Bacon propõe a classificação das ciências em três grupos:
- Poesia ou ciência da imaginação;
- História ou ciência da memória;
- Filosofia ou ciência da razão.
A história é subdividida em natural e civil e a filosofia é subdividida em filosofia da natureza e em antropologia.
ÍDOLOS
No que se refere ao Novum Organum, Bacon preocupou-se inicialmente com a análise de falsas noções (ídolos) que se revelam responsáveis pelos erros cometidos pela ciência ou pelos homens que dizem fazer ciência. É um dos aspectos mais fascinantes e de interesse permanente na filosofia de Bacon. Esses ídolos foram classificados em quatro grupos:
No que se refere ao Novum Organum, Bacon preocupou-se inicialmente com a análise de falsas noções (ídolos) que se revelam responsáveis pelos erros cometidos pela ciência ou pelos homens que dizem fazer ciência. É um dos aspectos mais fascinantes e de interesse permanente na filosofia de Bacon. Esses ídolos foram classificados em quatro grupos:
- Idola Tribus (ídolos da tribo): Ocorrem por conta das deficiências do próprio espírito humano e se revelam pela facilidade com que generalizamos com base nos casos favoráveis, omitindo os desfavoráveis. O homem é o padrão das coisas, faz com que todas as percepções dos sentidos e da mente sejam tomadas como verdade, sendo que pertencem apenas ao homem e não ao universo. Dizia que a mente se desfigura da realidade. São assim chamados porque são inerentes à natureza humana, à própria tribo ou raça humana.
- Idola Specus (ídolos da caverna): De acordo com Bacon, cada pessoa possui sua própria caverna, que interpreta e distorce a luz particular, à qual estão acostumados. Isso quer dizer que, da mesma maneira presente na obra ‘República’ de Platão, os indivíduos, cada um, possui a sua crença, sua verdade particular, tida como única e indiscutível. Portanto, os ídolos da caverna perturbam o conhecimento, uma vez que mantém o homem preso em preconceitos e singularidades.
- Idola Fori (ídolos do foro): Segundo Bacon, os ídolos do foro são os mais perturbadores, já que estes alojam-se no intelecto graças ao pacto de palavras e de nomes. Para os teóricos matemáticos um modo de restaurar a ordem seria através das definições. Porém de acordo com a teoria baconiana, nem mesmo as definições poderiam remediar totalmente esse mal, tratando-se de coisas materiais e naturais posto que as próprias definições constam de palavras e as palavras engendram palavras. Percebe-se portanto, que as palavras possuem certo grau de distorção e erro, sendo que umas possuem maior distorção e erro que outras.
- Idola Theatri (ídolos do teatro): Os ídolos do teatro têm suas causas nos sistemas filosóficos e em regras falseadas de demonstrações. Os falsos conceitos são as ideologias, essas são produzidas por engendramentos filosóficos, teológicos, políticos e científicos, todos ilusórios. Os ídolos do teatro, para Bacon, eram os mais perigosos, porque, em sua época, predominava o princípio da autoridade – os livros da antiguidade e os livros sagrados eram considerados a fonte de todo o conhecimento.
O MÉTODO
O objetivo do método baconiano é constituir uma nova maneira de estudar os fenômenos naturais. Para Bacon, a descoberta de fatos verdadeiros não depende do raciocínio silogístico (36) aristotélico, mas sim da observação e da experimentação regulada pelo raciocínio indutivo (37). O conhecimento verdadeiro é resultado da concordância e da variação dos fenômenos que, se devidamente observados, apresentam a causa real dos fenômenos.
O objetivo do método baconiano é constituir uma nova maneira de estudar os fenômenos naturais. Para Bacon, a descoberta de fatos verdadeiros não depende do raciocínio silogístico (36) aristotélico, mas sim da observação e da experimentação regulada pelo raciocínio indutivo (37). O conhecimento verdadeiro é resultado da concordância e da variação dos fenômenos que, se devidamente observados, apresentam a causa real dos fenômenos.
Para isso, no entanto, deve-se descrever de modo pormenorizado os fatos observados para, em seguida, confrontá-los com três tábuas que disciplinarão o método indutivo: a tábua da presença (responsável pelo registro de presenças das formas que se investigam), a tábua de ausência (responsável pelo controle de situações nas quais as formas pesquisadas se revelam ausentes) e a tábua da comparação (responsável pelo registro das variações que as referidas formas manifestam). Com isso, seria possível eliminar causas que não se relacionam com o efeito ou com o fenômeno analisado e, pelo registro da presença e variações seria possível chegar à verdadeira causa de um fenômeno. Estas tábuas não apenas dão suporte ao método indutivo mas fazem uma distinção entre a experiência vaga (noções recolhidas ao acaso) e a experiência escriturada (observação metódica e passível de verificações empíricas). Mesmo que a indução fosse conhecida dos antigos, é com Bacon que ela ganha amplitude e eficácia.
O método, no entanto, possui pelo menos duas falhas importantes. Em primeiro lugar, Bacon não dá muito valor à hipótese. De acordo com seu método, a simples disposição ordenada dos dados nas três tábuas acabaria por levar à hipótese correta. Isso, contudo, raramente ocorre. Em segundo lugar, Bacon não imaginou a importância da dedução matemática para o avanço das ciências. A origem para isso, talvez, foi o fato de ter estudado em Cambridge, reduto platônico que costumava ligar a matemática ao uso que dela fizera Platão.
OBRASA produção intelectual de Bacon foi vasta e variada. De modo geral, pode ser dividida em três partes: jurídica, literária e filosófica.
OBRAS JURÍDICASFiguram entre seus principais trabalhos jurídicos os seguintes títulos: The Elements of the common lawes of England (38) (Elementos das leis comuns da Inglaterra), Cases of treason (39) (Casos de traição), The Learned reading of Sir Francis Bacon upon the statute os uses (40) (Douta leitura do código de costumes por Sir Francis Bacon).
OBRAS LITERÁRIASSua obra literária fundamental são os Essays (41) (Ensaios), publicados em 1597, 1612 e 1625 e cujo tema é familiar e prático. Alguns de seus ditos tornaram-se proverbiais e os Essays tornaram-se tão famosos quanto os de Montaigne (42). Outros opúsculos, no âmbito literário: Colours of good and evil (43) (Estandartes do bem e do mal), De sapientia veterum (44) (Da sabedoria dos antigos). No âmbito histórico destaca-se History of Henry VII (História de Henrique VII) .
OBRAS FILOSÓFICAS
As obras filosóficas mais importantes de Bacon são Instauratio magna (Grande restauração) e Novum organum. Nesta última, Bacon apresenta e descreve seu método para as ciências. Este novo método deverá substituir o Organon aristotélico. Seus escritos no âmbito filosófico podem ser agrupados do seguinte modo:
As obras filosóficas mais importantes de Bacon são Instauratio magna (Grande restauração) e Novum organum. Nesta última, Bacon apresenta e descreve seu método para as ciências. Este novo método deverá substituir o Organon aristotélico. Seus escritos no âmbito filosófico podem ser agrupados do seguinte modo:
- Escritos que faziam parte da Instauratio magna e que foram ou superados ou postos de lado, como: De interpretatione naturae (Da interpretação da natureza), Inquisitio de motu (Pesquisas sobre o movimento), Historia naturalis (História natural), onde tenta aplicar seu método pela primeira vez;
- Escritos relacionados com a Instauratio magna, mas não incluídos em seu plano original. O escrito mais importante é New Atlantis (Nova Atlântida), onde Bacon apresenta uma concepção do Estado ideal regulado por ideias de caráter científico. Além deste, destacam-se Cogitationes de natura rerum (Reflexões sobre a natureza das coisas) e De fluxu et refluxu (Das marés);
- Instauratio magna, onde Bacon procura desenvolver o seu pensamento filosófico-científico e que consta de seis partes:a) Partitiones scientiarum (Classificação das ciências), sistematização do conjunto do saber humano, de acordo com as faculdades que o produzem;
b) Novum organum sive Indicia de interpretatione naturae (Novo método ou Manifestações sobre a interpretação da natureza), exposição do método indutivo, trabalho esse que reformula e repete o Novum organum;
c) Phaenomena universi sive Historia naturalis et experimentalis ad condendam philosophiam (Fenômenos do universo ou História natural e experimental para a fundamentação da filosofia), versa sobre a coleta de dados empíricos;
d) Scala intellectus, sive Filum labyrinthi (Escala do entendimento ou O Fio do labirinto), contém exemplos de investigação conduzida de acordo com o novo método;
e) Prodromi sive Antecipationes philosophiae secundae (Introdução ou Antecipações à filosofia segunda), onde faz considerações à margem do novo método, visando mostrar o avanço por ele permitido;
f) Philosophia secunda, sive Scientia activa (45) (Filosofia segunda ou Ciência ativa), seria o resultado final, organizado em um sistema de axiomas.
MORTE E LEGADO DE FRANCIS BACON
Francis Bacon esteve envolvido com investigações naturais até o fim de sua vida, tentando realizar na prática seu método. No inverno de 1626, estava envolvido com experiências sobre o frio e a conservação. Desejava saber por quanto tempo o frio poderia preservar a carne. A idade havia debilitado a saúde do filósofo e ele acabou não resistindo ao rigoroso inverno daquele ano. Morreu em 9 de abril, vítima de uma bronquite. Encontra-se sepultado em St Michael Churchyard, St Albans, Hertfordshire na Inglaterra.
Francis Bacon esteve envolvido com investigações naturais até o fim de sua vida, tentando realizar na prática seu método. No inverno de 1626, estava envolvido com experiências sobre o frio e a conservação. Desejava saber por quanto tempo o frio poderia preservar a carne. A idade havia debilitado a saúde do filósofo e ele acabou não resistindo ao rigoroso inverno daquele ano. Morreu em 9 de abril, vítima de uma bronquite. Encontra-se sepultado em St Michael Churchyard, St Albans, Hertfordshire na Inglaterra.
Efetivamente, Bacon não realizou nenhum grande progresso nas ciências naturais. Mas foi ele quem primeiro esboçou uma metodologia racional para a atividade científica. Sua teoria dos idola antecipa, pelo menos potencialmente, a moderna Sociologia do Conhecimento. Foi um pioneiro no campo científico e um marco entre o homem da Idade Média e o homem moderno. Ademais, Bacon foi um escritor notável. Seus Essays são os primeiros modelos da prosa inglesa moderna. Há muitos que acreditam que tenha sido ele o verdadeiro autor das peças de Shakespeare, teoria surgida há séculos, na chamada Questão da autoria de Shakespeare.
FRANCIS BACON E A BÍBLIA DO REI JAMES 1°
Bíblia do rei James (em português Jaime ou Tiago), também conhecida como Versão do rei James ou Bíblia KJV (em inglês: Authorized King James Version, Versão Autorizada do rei Jaime), é uma tradução inglesa da bíblia realizada em benefício da Igreja Anglicana, sob ordens do rei Jaime I. A primeira publicação data de 1611, causou um profundo impacto não apenas nas traduções inglesas posteriores, mas na literatura inglesa como um todo. As obras de autores famosos como John Bunyan, John Milton, Herman Melville, John Dryden e William Wordsworth estão repletas de aparentes inspirações nesta tradução da Bíblia. Versões como a New King James Version são revisões de seu texto. Importante não só na literatura inglesa, a Bíblia do rei James também causou profundo impacto social na Inglaterra do século XVII e inclusive a ela alguns historiadores relacionam papel importante nas próprias revoluções inglesas do século XVII. A combinação de uma versão da Bíblia em vernáculo, assim como os custos cada vez mais baixos de impressão fizeram com que a Bíblia do rei James fosse rapidamente distribuída e largamente lida por praticamente todas as camadas sociais inglesas.
Bíblia do rei James (em português Jaime ou Tiago), também conhecida como Versão do rei James ou Bíblia KJV (em inglês: Authorized King James Version, Versão Autorizada do rei Jaime), é uma tradução inglesa da bíblia realizada em benefício da Igreja Anglicana, sob ordens do rei Jaime I. A primeira publicação data de 1611, causou um profundo impacto não apenas nas traduções inglesas posteriores, mas na literatura inglesa como um todo. As obras de autores famosos como John Bunyan, John Milton, Herman Melville, John Dryden e William Wordsworth estão repletas de aparentes inspirações nesta tradução da Bíblia. Versões como a New King James Version são revisões de seu texto. Importante não só na literatura inglesa, a Bíblia do rei James também causou profundo impacto social na Inglaterra do século XVII e inclusive a ela alguns historiadores relacionam papel importante nas próprias revoluções inglesas do século XVII. A combinação de uma versão da Bíblia em vernáculo, assim como os custos cada vez mais baixos de impressão fizeram com que a Bíblia do rei James fosse rapidamente distribuída e largamente lida por praticamente todas as camadas sociais inglesas.
Como resultado, a bíblia se torna o centro de todas as discussões e é utilizada largamente para embasar ideologias. Pode-se dizer que a Bíblia do rei James traz uma resignificação para a bíblia no período; até então livro o qual poucos obtinham acesso para leitura, sua tradução e barateamento de custo alto de produção, pois era manuscrita e a sua confecção não demorava menos de dois anos por unidade, então com a subseqüente distribuição em larga escala, causa um fenômeno novo dentro do cristianismo: a bíblia passa a ser lida pela população.
A Bíblia do Rei James de 1611 é ornamentada com símbolos de Bacon, estes símbolos são Rosacrucianamente marcados para chamar a atenção dos iniciados para eles e dizer-lhes que a Bíblia de 1611 é, sem possibilidade de dúvida, um dos livros de Bacon. Quando Bacon nasceu, o Inglês como língua literária não existia, mas até o ano de sua morte ele tinha conseguido fazer do idioma Inglês o veículo mais nobre do pensamento. Ele fez isso apenas por sua Bíblia e seu Shakespeare. A primeira edição da Bíblia do Rei James, foi editada por Francis Bacon e preparada sob a supervisão maçônica e tem mais marcas de pedreiro do que a Catedral de Estrasburgo (46).
Segundo A. E. Loosley Bacon editou a Versão Autorizada da Bíblia impressa em 1611. Dr. Lancelot Andrewes, bispo de Winchester, um dos principais tradutores, foi amigo íntimo de Bacon.. Que Bacon revisou os manuscritos antes da publicação é certo. Conforme o mesmo autor Bacon evidentemente conhecia a Bíblia muito bem, e todo o esquema da Versão Autorizada era dele. Ele era um fervoroso estudante, não só da Bíblia. Santo Agostinho, São Jerônimo, e escritores das obras teológicas, foram estudados por ele.
Segundo A. E. Loosley Bacon editou a Versão Autorizada da Bíblia impressa em 1611. Dr. Lancelot Andrewes, bispo de Winchester, um dos principais tradutores, foi amigo íntimo de Bacon.. Que Bacon revisou os manuscritos antes da publicação é certo. Conforme o mesmo autor Bacon evidentemente conhecia a Bíblia muito bem, e todo o esquema da Versão Autorizada era dele. Ele era um fervoroso estudante, não só da Bíblia. Santo Agostinho, São Jerônimo, e escritores das obras teológicas, foram estudados por ele.
Ele deixou suas anotações em muitos exemplares da Bíblia e em dezenas de obras teológicas. A tradução deve ter sido um trabalho em que ele tomou o maior interesse, na verdade, é bem possível que ele inspirou. Ele seguiria o seu progresso de estágio por estágio, e quando a última etapa veio só havia um escritor do período capaz de transformar as frases com o estilo incomparável que é o grande charme, e isso é evidente, na Versão Autorizada e nas peças de Shakespeare.
NOTAS:
- Maria Stuart ou Maria I da Escócia (Linlithgow, 8 de dezembro de 1542 — Northamptonshire, 8 de fevereiro de 1587), foi rainha do Escócia, de 14 de Dezembro de 1542 a 24 de Julho de 1567, e rainha consorte de França, de 10 de Julho de 1559 a 5 de Dezembro de 1560. Maria, a única sobrevivente dos filhos do rei Jaime V da Escócia, tinha apenas seis dias de idade quando o seu pai faleceu, sucedendo-lhe ao trono. Nove meses depois foi coroada. Maria passou grande parte da sua infância em França enquanto a Escócia era governada por regentes. Em 1558, casou com Francisco, Delfim da França. Francisco foi coroado rei como Francisco II em 1559 e Maria tornou-se rainha consorte, por pouco tempo, até à data da morte do seu marido a 5 de Dezembro de 1560. Maria regressou à Escócia, chegando a Leith a 19 de Agosto de 1561, dando início à sua governação como rainha. Quatro anos mais tarde, casou com o seu primo, Henrique Stuart, Lorde Darnley, mas a sua união não foi feliz. Em Fevereiro de 1567, a sua residência foi destruída por uma explosão e Darnley foi encontrado morto no jardim. James Hepburn, 4.º conde de Bothwell, foi considerado o principal suspeito da morte de Darnley, mas foi absolvido de qualquer culpa em Abril de 1567, e, no mês seguinte, casou com Maria. No seguimento de uma insurreição contra o casal, Maria foi feita prisioneira no Castelo de Loch Leven. A 24 de Julho de 1567, Darnley forçou Maria a abdicar a favor do seu filho de onze anos, Jaime. Após uma tentativa fracassada de recuperar o trono, Maria fugiu para sul procurando a protecção da sua prima, rainha Isabel de Inglaterra. Maria tinha, no passado, reclamado o trono de Isabel para si e era considerada a legítima soberana de Inglaterra por muitos católicos ingleses, incluindo os participantes de uma rebelião conhecida como the Rebelião do Norte. Tomando-as como uma ameaça, Isabel limitou os seus movimentos em vários castelos e mansões no interior de Inglaterra. Depois de 18 anos e meio de confinamento, Maria foi considerada culpada de planear o assassinato de Isabel, e foi executada.
- Isabel I (Greenwich, 7 de setembro de 1533 — Richmond, 24 de março de 1603), também conhecida sob a variante Elisabete I ou Elizabeth I, foi Rainha da Inglaterra e da Irlanda desde 1558 até à sua morte. Também ficou conhecida pelos nomes de A Rainha Virgem, Gloriana e Boa Rainha Bess. Filha de Henrique VIII, Isabel nasceu como princesa, mas a sua mãe, Ana Bolena, foi executada dois anos e meio depois do seu nascimento e Isabel foi declarada bastarda. Mais tarde, seu meio-irmão, Eduardo VI, deixou a coroa a Lady Jane Grey, excluindo as suas irmãs da linha de sucessão. No entanto, o seu testamento foi rejeitado, Lady Jane Grey foi executada e, em 1558, Isabel sucedeu à sua meia-irmã católica, Maria I, depois de passar quase um ano presa por suspeita de apoiar os rebeldes protestantes.
- A Conspiração da pólvora foi uma tentativa mal-sucedida de um grupo de católicos provinciais ingleses de assassinato do rei Jaime I de Inglaterra, de sua família, e da maior parte da aristocracia protestante em um único ataque, às Casas do Parlamento, durante a cerimônia de abertura. O objetivo deles era explodir o parlamento inglês durante uma sessão na qual estaria presente o rei e todos os parlamentares utilizando trinta e seis barris de pólvora estocados sob o prédio do parlamento. Guy Fawkes como especialista em explosivos seria responsável pela detonação da pólvora.
- O Período Elisabetano ou Período Isabelino é o período associado ao reino da rainha Isabel ou Elizabeth I (1558-1603) e considerado frequentemente uma era dourada da história inglesa. Esta época corresponde ao ápice da renascença inglesa, na qual se viu florescer a literatura e a poesia do país. Este foi também o tempo durante o qual o teatro elizabetano cresceu e Shakespeare, entre outros, escreveu peças que rompiam com o estilo a que a Inglaterra estava acostumada. Foi um período de expansão e da exploração no exterior, enquanto no interior a Reforma Protestante era estabelecida e defendida contra as forças católicas do continente. O Período Elisabetano é assim tão considerado em parte pelo contraste com os períodos anterior e posterior. Foi um breve período de paz nas batalhas entre protestantes e católicos e as batalhas entre o Parlamento e a monarquia que engolfaram o século XVII. As divisões entre o catolicismo e protestantismo foram definidas momentaneamente pelo Estabelecimento Religioso Elisabetano e o Parlamento ainda não era forte o suficiente para desafiar o absolutismo real.
- As Órcades ou Órcadas (em inglês Orkney Islands, “Ilhas Orkney”, no gaélico escocês Àrcaibh) são um arquipélago localizado no Mar do Norte, cerca de 16 km ao largo do Norte da Escócia. As Órcades foram inicialmente colonizadas por pictos e vikings mas são actualmente uma das Autoridades Unitárias da Escócia. O grupo é constituído por cerca de 70 ilhas, das quais 20 habitadas por cerca de 20 000 pessoas. A maior ilha do arquipélago é The Mainland, onde fica Kirkwall a capital administrativa. A economia do arquipélago é sustentada pela indústria de produção de lã, carne, queijo, cerveja, whisky e pelas plataformas petrolíferas que operam ao largo das Órcades. Do ponto de vista geológico as Órcades são ilhas continentais separadas da Europa e das restantes Ilhas Britânicas durante a subida geral do nível do mar observada no Pliocénico. As ilhas estão habitadas desde 3500 a.C., num primeiro estágio povoadas por um povo conhecido como orcanianos, eram divididos em tribos e faziam trabalhos com metal. Depois foram ocupadas pelos pictos. Por volta do ano 800, as Órcades foram invadidas pelos vikings que submeteram e escravizaram a população local de pictos. O arquipélago fica a poucas milhas marítimas tanto da Noruega como da Escócia e representava, na época, uma base de Inverno ideal para as pilhagens vikings às Ilhas Britânicas. Com os dividendos dos saques, enquanto estes duraram, e mais tarde com o estabelecimento de uma colónia de pastores e agricultores, as Órcades ganharam nova vida sob o controle viking.
- John Knox (Haddington, East Lothian, 1514 — Edimburgo, 24 de novembro de 1572) foi um religioso reformador escocês que liderou uma reforma religiosa na Escócia segundo a linha calvinista. Ele foi educado na Universidade de St Andrews ou possivelmente a Universidade de Glasgow e foi ordenado para o sacerdócio católico em 1536. Influenciado pelos reformadores da igreja primitiva, como George Wishart, ele se juntou ao movimento para reformar a igreja escocesa. Ele foi pego nos eventos eclesiásticos e políticos que envolveram o assassinato do cardeal Beaton em 1546 e a intervenção da regente da Escócia Maria de Guise. Ele foi preso por forças francesas no ano seguinte e exilado para a Inglaterra em seu libertação em 1549. Seu lugar e data de nascimento continuam a ser debatidos, sendo Gifford Gate, nas proximidades da cidade de Haddington (20 quilômetros a leste de Edimburgo) o mais provável local.
- O Calvinismo (também chamado de Tradição Reformada, Fé Reformada ou Teologia Reformada) é tanto um movimento religioso protestante quanto uma ideologia sociocultural com raízes na Reforma iniciada por João Calvino em Genebra no século XVI. A tradição Reformada foi desenvolvida, ainda, por diversos outros teólogos como Martin Bucer, Heinrich Bullinger, Pietro Martire Vermigli e Ulrico Zuínglio. Apesar disso, a fé Reformada costuma levar o nome de Calvino, por ter sido ele seu grande expoente. Atualmente, o termo também se refere às doutrinas e práticas das Igrejas Reformadas . O sistema costuma ser sumarizado através dos Cinco pontos do calvinismo, elaborados como uma resposta ao Arminianismo.
- A Invencível Armada ou Armada Invencível (em castelhano: “Grande y Felicísima Armada”), também referida como “la Armada Invencible” (castelhano) ou “the Invincible Fleet” (inglês), com certo tom irônico, pelos ingleses no século XVI, foi uma esquadra reunida pelo rei Filipe II de Espanha em 1588 para invadir a Inglaterra. A Batalha Naval de Gravelines foi o maior combate da não declarada Guerra Anglo-Espanhola e a tentativa de Filipe II de neutralizar a influência inglesa sobre a política dos Países Baixos Espanhóis e reafirmar hegemonia na guerra nos mares. A armada era composta por 130 navios bem artilhados, tripulados por 8 000 marinheiros, transportando 18 000 soldados e estava destinada a embarcar mais um exército de 30 000 infantes. No comando, o Duque de Medina-Sidônia seguia num galeão português, o São Martinho. No combate no Canal da Mancha, os Ingleses impediram o embarque das tropas em terra, frustraram os planos de invasão e obrigaram a Armada a regressar contornando as Ilhas Britânicas. Na viagem de volta, devido às tempestades, até metade dos navios se perdeu. O episódio da Armada foi uma grave derrota política e estratégica para Coroa espanhola e teve grande impacto positivo para a identidade nacional inglesa.
- Ana de Dinamarca (12 de dezembro de 1574 – 2 de março de 1619) foi a rainha consorte de Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra , sendo a segunda filha dos 7 filhos do rei Frederico II da Dinamarca e Noruega e da duquesa Sofia de Mecklenburg-Güstrow. Ana de Dinamarca (12 de dezembro de 1574 – 2 de março de 1619) foi a rainha consorte de Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra1 , sendo a segunda filha dos 7 filhos do rei Frederico II da Dinamarca e Noruega e da duquesa Sofia de Mecklenburg-Güstrow.
- Central Belt, Cinturão Central da Escócia em português, é um termo comumente utilizado para descrever a área com maior densidade populacional da Escócia. Apesar de seu nome, o Cinturão não é geograficamente “central”, mas na verdade localiza-se no sul do país. Era conhecido anteriormente como “Terras do Meio” ou “Terras do Meio Escocesas”, mas este termo caiu em desuso.
- As Terras Baixas da Escócia (gaélico escocês A’ Ghalldachd’, significado aproximado ‘região não-gaélica’, em inglês Scottish Lowlands) são a região plana no sul da Escócia, onde existe uma forte tradição da igreja presbiteriana (a Kirk, uma igreja calvinista). É também a zona mais desenvolvida da Escócia, ali se situando as cidades de Glasgow e Edimburgo. Esse topônimo não é usado formalmente e na realidade ele abrange algo que seria entre a parte meridional do Planalto Central Escocês e as Bordas (Borders).
- As Órcades ou Órcadas (em inglês Orkney Islands, “Ilhas Orkney”, no gaélico escocês Àrcaibh) são um arquipélago localizado no Mar do Norte, cerca de 16 km ao largo do Norte da Escócia. As Órcades foram inicialmente colonizadas por pictos e vikings mas são actualmente uma das Autoridades Unitárias da Escócia. O grupo é constituído por cerca de 70 ilhas, das quais 20 habitadas por cerca de 20 000 pessoas. A maior ilha do arquipélago é The Mainland, onde fica Kirkwall a capital administrativa. A economia do arquipélago é sustentada pela indústria de produção de lã, carne, queijo, cerveja, whisky e pelas plataformas petrolíferas que operam ao largo das Órcades.Do ponto de vista geológico as Órcades são ilhas continentais separadas da Europa e das restantes Ilhas Britânicas durante a subida geral do nível do mar observada no Pliocénico.
- Shetland (antigamente escrito Zetland, derivado de Ȝetland), originalmente chamado de Hjaltland, é uma das 32 áreas de Concelho da Escócia. É um arquipélago a nordeste das Órcades, com uma área total de aproximadamente 1466 km². Ele forma parte da divisão entre o Oceano Atlântico a oeste e o Mar do Norte a leste. Seu centro administrativo, e único burgh, é Lerwick. A sua maior ilha, Mainland, é a terceira maior ilha escocesa e também a terceira maior ilha circundando a Grã-Bretanha. Sua área é de cerca de 969 km². Outras ilhas importantes são Yell e Unst, nas North Isles. As Ilhas Shetland estão subdivididas em 22 paróquias (parish) e wards, que não tem muita significância administrativa, mas que são usadas para propósitos estatísticos.
- O Direito divino dos reis é uma doutrina política e religiosa européia, com antecedentes no cesaropapismo bizantino ou até anteriores nomeadamente com o tempo dos faraós, que foi desenvolvida no ancien régime francês e no protestantismo inglês, baseando-se na crença de que o monarca tem o direito de reinar por vontade de Deus, e não devido a vontade de seus súbditos, parlamento, aristocracia ou qualquer outra autoridade. Esta doutrina tentava explorar a ideia que qualquer tentativa de depor o monarca ou restringir seus poderes seria contrária à vontade de Deus. Essa discussão surge no final da Idade Média, embora ainda se acreditasse que a origem desse poder ser divino, que provinha da vontade de Deus, mas que esse direito deixava de ser dado directamente ao rei e sim confiado ao povo, que era ele que o conferia depois ao monarca. O que diferia nas várias monarquias é que divergia a natureza dessa transmissão. A entrega inalienável (sem volta) do poder do rei foi a opção encontrada para o surgir do absolutismo real e de modo diferente, a da “mera” delegação no rei, avocável, deram fundamento à doutrina do poder popular real por escolha nos seus órgãos próprios.
- A Prerrogativa Real é um órgão de autoridade habitual de privilégios e imunidades, reconhecida em lei comum e, às vezes, em jurisdições de direito civil possuindo na monarquia como pertencente ao soberano sozinho. É o meio pelo qual alguns dos poderes executivos do governo, investidos em uma monarquia, dizem respeito ao processo de como a governança de seu estado são realizadas. Prerrogativas individuais podem ser abolidos pelo Parlamento, apesar de existir no Reino Unido um procedimento especial. Embora em algumas repúblicas chefes de Estado possuam poderes semelhantes, não são coincidentes, contendo uma série de diferenças fundamentais. Na Inglaterra, os poderes da prerrogativa eram originalmente exercidos pelo monarca agindo sozinho, sem um requisito observado pelo consentimento do parlamento ou da Magna Carta). Todavia, desde a ascensão da casa de Hanover têm sido geralmente exercida sobre o conselho do primeiro-ministro ou o Gabinete, que por sua vez é responsável perante o Parlamento, de forma exclusiva, salvo em assuntos da Família Real, pelo menos desde os tempos da Rainha Vitória. Tipicamente, em democracias liberais que são as Monarquias Constitucionais, como as da Dinamarca, Japão ou Suécia, a Prerrogativa Real serve como uma função cerimonial prescrito no poder do Estado.
- Thomas Dekker (Londres, c. 1572 — Clerkenwell, 25 de agosto de 1632) foi um dramaturgo inglês.
A primeira notícia sobre o escritor data de 1598, quando aparece no Jornal de Philip Henslowe; na tal data se achava ao serviço da companhia teatral do Lord Almirante, para a qual escreveu dez dramas e colaborou em trinta entre 1598 e 1602. Apesar de sua abundante produção cênica, viveu una existência precária e esteve na prisão por dívidas entre 1613 e 1618. Em uma polêmica literária surgida entre John Marston e Ben Jonson se manifestou partidário do primeiro, e o ataque que o adversário lhe dirigiu com Poestaster lhe fez escrever sua réplica Satiromastix (1601); mas se reconciliaram e chegaram, inclusive, a escrever algumas peças juntos, como The King’s Entertainment (1604). - Benjamin “Ben” Jonson (Westminster, 11 de junho de 1572 — Londres, 6 de agosto de 1637) foi um dramaturgo, poeta e ator inglês da Renascença, contemporâneo de Shakespeare. Entre suas peças mais conhecidas estão Volpone, The Alchemist (O Alquimista) e Bartholomew Fair: A Comedy (A Feira de São Bartolomeu: uma Comédia).
- A Guerra Anglo-Espanhola (1585-1604) foi um conflito entre os reinos da Inglaterra comandada por Elizabeth I de Inglaterra e a Espanha comandada por Filipe II. A guerra começou mais propriamente com uma vitória inglesa em Cádiz em 1587 e contra a Armada Espanhola em 1588, mas os ingleses não fizeram novos avanços depois disso e os espanhóis vão receber algumas vitórias. A guerra permaneceu inconclusiva durante muito tempo.
- Renânia (em alemão: Rheinland) é o nome genérico de uma região do oeste da Alemanha, nas duas margens do médio e baixo Reno, rio do qual tira seu nome.
- A Sobrepeliz (do latim: superpelliceum) é uma veste litúrgica que faz parte das vestes corais. É usada por todos os clérigos, acólitos e seminaristas por cima da batina sobretudo quando assistem ao coro para o Ofício Divino, mas também para as outras celebrações litúrgicas, quando não tomem parte nelas como Celebrante ou Concelebrante ou como diácono ministrante ao altar. É uma espécie de Alva encurtada e com as mangas largas, sempre de cor branca e normalmente de Linho, algumas têm também rendas,bordados e um laço a guarnecer.
- Presbiterianismo se refere as igrejas cristãs protestantes que aderem à tradição teológica reformada (calvinismo) e cuja forma de organização eclesiástica se caracteriza pelo governo de uma assembleia de presbíteros, ou anciãos. Há muitas entidades autônomas em países por todo o mundo que subscrevem igualmente o presbiterianismo. Para além de distinções traçadas entre fronteiras nacionais, os presbiterianos também se dividiram por razões doutrinais, em especial em seguida ao Iluminismo. A Igreja Presbiteriana é oriunda da Reforma Protestante do século XVI, e mantém o caráter de Igreja Católica (o termo “católico”, derivado da palavra grega: καθολικός (katholikos), significa “universal” ou “geral”), como declarado no Credo dos Apóstolos. É uma denominação cristã comprometida com valores éticos e morais. Sua atuação no contexto social brasileiro, por exemplo, é marcante, através de instituições de ensino desde o infantil até o superior, que têm alcançado excelência e reconhecimento internacional, como por exemplo, Universidade Presbiteriana Mackenzie, Instituto Presbiteriano Gammon, entre outras.
- Porfirias são um grupo de distúrbios herdados ou adquiridos que envolvem certas enzimas participantes do processo de síntese do heme. Estes distúrbios se manifestam através de problemas na pele e/ou com complicações neurológicas. Existem diferentes tipos de porfirias, atualmente sendo classificadas de acordo com suas deficiências enzimáticas específicas no processo de síntese do heme. O termo porfiria deriva da palavra grega πορφύρα, porphýra, significando “pigmento roxo”. O nome também aparenta ser uma referência à coloração arroxeada dos fluidos corporais dos pacientes durante um ataque.
- A Igreja do Colegiado de São Pedro em Westminster mais conhecida como Abadia de Westminster (em inglês:Westminster Abbey) é uma grande igreja em estilo gótico na Cidade de Westminster, sendo considerada a igreja mais importante de Londres e, algumas vezes, de toda a Inglaterra. É famosa mundialmente por ser o local de coroação do Monarca do Reino Unido. Entre 1546 e 1556 obteve estatuto de Catedral e atualmente é uma Royal Peculiar.
- Na filosofia, empirismo é uma teoria do conhecimento que afirma que o conhecimento vem apenas ou principalmente, a partir da experiência sensorial. Um dos vários pontos de vista da epistemologia, o estudo do conhecimento humano, juntamente com o racionalismo, o idealismo e historicismo, o empirismo enfatiza o papel da experiência e da evidência, experiência sensorial, especialmente, na formação de ideias, sobre a noção de idéias inatas ou tradições; empiristas podem argumentar, porém, que as tradições (ou costumes) surgem devido às relações de experiências sensoriais anteriores. Empirismo na filosofia da ciência enfatiza a evidência, especialmente porque foi descoberta em experiências. É uma parte fundamental do método científico que todas as hipóteses e teorias devem ser testadas contra observações do mundo natural, em vez de descansar apenas em um raciocínio a priori, a intuição ou revelação. Filósofos associados com o empirismo incluem Aristóteles, Alhazen, Avicena, Ibn Tufail, Robert Grosseteste, Guilherme de Ockham, Francis Bacon, Thomas Hobbes, Robert Boyle, John Locke, George Berkeley, Hermann von Helmholtz, David Hume, Leopold von Ranke, e John Stuart Mill.
- Rosa-cruz é uma confraria de iluminados existente na Alemanha a partir do século XVI e difundida pelos países vizinhos no século XVII, quando ficou publicamente conhecida através de três manifestos. Insere-se na tradição esotérica ocidental. Esta confraria hermética é vista por muitos rosacrucianistas antigos e modernos como um “Colégio de Invisíveis” nos mundos internos, formado por grandes adeptos, com o intuito de prestar auxílio à evolução espiritual da humanidade.
- Um silogismo (do grego antigo σσλλογισμός, “conexão de idéias”, “raciocínio”; composto pelos termos σύν “com” e λογισμός “cálculo”) é um termo filosófico com o qual Aristóteles designou a argumentação lógica perfeita e que mais tarde veio a ser chamada de silogismo, constituída de três proposições declarativas que se conectam de tal modo que a partir das duas primeiras, chamadas premissas, é possível deduzir uma conclusão. A teoria do silogismo foi exposta por Aristóteles em Analíticos anteriores.
- Na lógica, um raciocínio indutivo é um tipo de raciocínio ou argumento que partindo de premissas particulares obtém uma conclusão universal. Alternativamente, pode ser definido como um argumento no qual a conclusão tem uma abrangência maior que as premissas. A lógica diferencia duas classes fundamentais de argumentos: os dedutivos e os indutivos. Os argumentos dedutivos são aqueles que as premissas fornecem um fundamento definitivo da conclusão, enquanto nos indutivos as premissas proporcionam somente alguma fundamentação da conclusão, mas não uma fundamentação conclusiva1 , identificando dessa maneira os conceitos de dedução e raciocínio válido. Uma outra maneira de expressar essa diferença é dizer que numa dedução é impossível que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa, mas no raciocínio indutivo no sentido forte isso é possível, mas pouco provável2 . Num raciocínio dedutivo a informação da conclusão já está contida nas premissas, de modo que se toda a informação das premissas é verdadeira, a informação da conclusão também deverá ser verdadeira. No raciocínio indutivo a conclusão contém alguma informação que não está contida nas premissas, ficando em aberto a possibilidade de que essa informação a mais cause a falsidade da conclusão apesar das premissas verdadeiras. Raciocinar indutivamente é partir de premissas particulares, na busca de uma lei geral, universal.
- Michel Eyquem de Montaigne (Saint-Michel-de-Montaigne, 28 de fevereiro de 1533 — Saint-Michel-de-Montaigne, 13 de setembro de 1592) foi um político, filosofo, escritor e cético francês, considerado como o inventor do ensaio pessoal. Nas suas obras e, mais especificamente nos seus “Ensaios”, analisou as instituições, as opiniões e os costumes, debruçando-se sobre os dogmas da sua época e tomando a generalidade da humanidade como objeto.
- A Catedral de Estrasburgo ou Catedral de Nossa Senhora de Estrasburgo (em francês Cathédrale Notre-Dame-de-Strasbourg; em alemão Liebfrauenmünster zu Straßburg) é uma catedral católica romana em Estrasburgo, França. A construção foi terminada em 1439, tornando-se o mais alto edifício do mundo entre 1625 a 1874, e permaneceu como a maior igreja do mundo até 1880, quando foi ultrapassada pela Catedral de Colônia, na Alemanha. Hoje é a quarta maior igreja do mundo. Durante a década de 1520, a cidade abraçou as teses religiosas de Martinho Lutero, cujos adeptos estabeleceram uma universidade no século seguinte. Ulrich Ensingen foi um de seus arquitetos.
- CRSITE. Bacon and the Rose Cross. http://www.crcsite.org/bacon.htm
- DODD, A. Francis Bacon’s Life-Story 1986
- GOOGLE. Biblia Maçônica. https://www.google.com.br/#q=bíblia+Ma%C3%A7onica
- HALL, M. P. Rosicrucian and Masonic Origins 1929.
- Moderna Bíblia do Rei James
- LAWRENCE, E. D. Bacon is Shakespeare and The Shakespeare Myth from a lecture October 9, 1912
- LOOSLEY, A. E. Francis Bacon and the James 1st Bible. http://www.sirbacon.org/links/bible.html
- WEBMAIS. A numerologia a Bíblia e o numero cabalístico 33 (trinta e três). http://webmais.com/a-numerologia-a-biblia-e-o-numero-cabalistico-33-trinta-e-tres/
- WIKIPEDIA. Jaime VI da Escócia e I da Inglaterra http://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_VI_da_Esc%C3%B3cia_e_I_de_Inglaterra
BIBLIOGRAFIA:
O rei que preferia homens a mulheres
ResponderExcluirOs ingleses estão celebrando os 400 anos de uma das obras que mais influenciaram a prosa ocidental: a bíblia do Rei Jaime. (James, o nome do rei, pode ser vertido ao português como Jaime ou Tiago.)
Não foi ele exatamente que traduziu. Ele ordenou a tradução.
Feita num tom poético, elegante e acessível, e além do mais beneficiada pelo surgimento das máquinas gráficas, a Bíblia de Jaime se tornou um extraordinário sucesso de público. Muitas de suas expressões, como mostram pesquisas, se incorporaram ao inglês cotidiano e são usadas até hoje. “Cegos conduzindo cegos” é uma delas.
A figura de Jaime I é fascinante.
Embora tenha se casado e tido oito filhos, sua paixão eram homens. Um deles, o Duque de Buckingham, tido na época como o homem mais bonito da Europa, era chamado nas cartas que Jaime lhe endereçou como “minha jovem criança e esposa”.
Viviam no mesmo lugar. Um trabalho de arqueologia revelou que havia uma ligação entre os dois quartos.
Jaime favoreceu o amado de todas as formas. Isso revoltou os ingleses, que consideravam Buckingham uma influência extremamente negativa sobre o rei. Buckingham acabou assassinado, num episódio que lembra a morte de Rasputin, o monge russo que era odiado por, supostamente, manipular a czarina Alexandre e, por ela, o czar Nicolau II.
ResponderExcluirBuckingham recebeu uma facada. Teve tempo de dizer: “Um vilão me matou.” Tirou a faca do corpo, caminhou alguns passos e caiu morto.
O assassino se entregou. Embora para muitos tivesse prestado um serviço público, foi enforcado.
O czarismo não sobreviveu muito a Rasputin. E nem a monarquia absoluta britânica a Buckingham. O sucessor de seu amado, Carlos I, foi deposto e decapitado.
O Parlamento, que até então era um mero objeto nas mãos dos reis com o objetivo de redigir leis e criar impostos, começou a se insurgir fortemente no reinado de Carlos I. O confronto terminou numa guerra civil ao fim da qual a cabeça de Carlos estava descolada do corpo.
O Duque de Buckingham, o belo favorito de Jaime I, não viveu para ver o fim de um mundo que parecia inexpugável, em que se considerava que os reis eram representantes de Deus.
Jaime passaria para a história como um monarca altamente culto.
Ele será lembrado e celebrado pelos britânicos em 2011 pelos 400 anos da bíblia revolucionária que fez publicar.
Os franceses o admiram bem menos. O rei Henrique IV, da França, definiu Jaime como “um dos tolos mais eruditos do mundo”.