12 PONTOS ORIGINAIS DA MAÇONARIA
Existem na Franco-maçonaria doze pontos originais, os quais formam a base do sistema, e que fazem parte do ritual de iniciação.
Sem a existência desses pontos, nenhum homem poderia ter sido legalmente aceito na Ordem.
Toda pessoa que se tornou um maçom deve estudar estas doze formas da cerimônia, não somente no primeiro grau, mas em cada um dos posteriores.
Portanto, podemos observar que nossos antigos Irmãos os consideravam de suma importância nas cerimônias de iniciação e, conseqüentemente, deve lhes ter dado muito trabalho conseguir uma explicação simbólica para eles.
Embora eles não façam mais parte dos Sermões da Grande Loja Unida da Inglaterra, é de valor dar uma pequena explicação do que eles representam.
A cerimônia de Iniciação, já que esses pontos constituíam parte importante do ritual, foi dividida em doze partes, em alusão às 12 tribos de Israel, e cada uma das quais se referia a um ponto, da seguinte forma:
1a parte:
A abertura da Loja era simbolizada pela tribo de Rubem, o primogênito de Jacob, que o chamava "o princípio de sua energia”. Por conseguinte, era devidamente apropriada e adaptada como emblema dessa cerimônia, que é essencialmente o começo de toda iniciação.
2a parte:
A preparação do candidato era simbolizada pela tribo de Simeão, porque ele preparou os instrumentos de guerra para a luta com os Shequemitas; essa parte da cerimônia em que se descreve essas armas ofensivas, era praticada como sinal de repulsa pela crueldade implacável que resultou desse incidente.
3a parte:
A informação dada pelo C.'. I.'. refere-se à tribo de Levi, porque na guerra com os Shequemitas, supõe-se que foi ele que deu o sinal de aviso a Simeão, seu irmão, com quem havia combinado a lutar contra esse povo.
4a parte:
A entrada do candidato na Loja simbolizava a tribo de Judah, porque foi a primeira a cruzar o rio Jordão e penetrar na terra prometida, eles que vinham de um lugar de servidão e ignorância, assim como da solidão do deserto por onde passaram, agora para eles Canaan lhes significava a terra da luz e da liberdade.
5a parte:
A invocação era simbolizada pela tribo de Zebulão, porque a oração e bênção que Jacob proporcionou a ele, e não a seu irmão Isacar.
6a parte:
As viagens referem-se à tribo de Isacar, que considerada como indolente e inútil, necessitava como diretor supremo um guia que a elevasse à mesma altura das outras tribos.
7a parte:
O avanço até o altar era simbolizado pela tribo de Daniel, para nos demonstrar, por oposição, que devemos avançar até a verdade e santidade tão rapidamente, e não fazer como essa tribo que se lançou à idolatria, e cujo objeto de veneração era a serpente de cobre.
8a parte:
A obrigação se refere a tribo de Gad, e se refere ao juramento solene feito por Jephtah, Juiz de Israel, que pertencia a essa tribo.
9a parte:
A confidência feita ao candidato, dos mistérios, era simbolizada pela tribo de Asher, porque era então que ele recebia os ricos frutos do conhecimento Maçônico, assim como Asher se dizia ser o herdeiro da fartura e dos esplendores reais.
10a parte:
A investidura com a pele de cordeiro, o avental, pelo qual se declarava o candidato livre, se refere à tribo de Neftali, a qual foi investida por Moisés com uma liberdade singular quando disse: "Oh! Neftali recebei os benefícios, pois o Senhor os tem coberto com seus favores, e possuis, portanto, o Ocidente e o Sul”.
11a parte:
A cerimônia do ângulo Nordeste da Loja se refere a José, porque, como esta cerimônia nos recorda a parte mais rudimentar da Maçonaria, e pelo motivo de que as duas metades das tribos e Efraim e Manasseh, das quais foi formada a tribo de José, consideradas mais rudimentares que as demais, por descender dos netos de Jacob.
12a parte:
O encerramento da Loja era simbolizado pela tribo de Benjamim, que foi o filho caçula de Jacob, e com ele termina a energia transmitida por ele.
Estes eram os doze pontos importantes da Franco-maçonaria, que constavam dos sermões e leituras antigas.
Embora atualmente não sejam conhecidos, não se pode negar que eles contribuíram em algo ao simbolismo e a informação religiosa da Franco-maçonaria.
De qualquer maneira, são ensinamentos da antiguidade Maçônica, e como tais merecem nossa atenção.
O Oriente de Israel e suas doze oficinas
ResponderExcluirDessa forma falou o Senhor a Moises, estando o povo de Israel acampado em Madian, na base do Monte Horeb, também conhecido como Sinai: ”Fazei recenseamento de toda a congregação dos filhos de Israel pelas suas famílias e suas casas, e nomes de cada um dos varões, dos vinte anos para cima e de todos os homens fortes de Israel; e conta-los-eis pelas suas turmas, tu e Aarão. E estatão convosco os chefes das tribos e das casas nas suas gerações.”[1]
Ora, eram em doze o número de tribos que formavam o povo de Israel, organizados a partir dos filhos de Jacó, que cerca de quatro séculos antes tinham emigrado da Palestina para o Egito. Eram eles conhecidos pelos nomes de Rubem, Simeão, Judá, Issacar, Zebulon, José, Levi, Benjamin, Dan, Asser, Gad e Neftali. Depois de purgado dos seus pecados e reconstituido na Aliança com o Senhor, o povo de Israel prosperou e seu número aumentou grandemente, de sorte que, ao ser promovido o primeiro recenseamento, foram contados seiscentos e três mil e quinhentos homens em condições de serem inciados naquele que seria o Grande Oriente de Israel.[2]
Os membros da tribo de Levi, entretanto, não foram contados entre os números daqueles que poderiam ser admitidos em Loja, porque a eles foi incumbida a tarefa de cuidar do Tabernáculo (Templo itinerante do povo de Israel), e todos seus adereços e utensílios. Aos levitas, portanto, foi dada a honra de constituírem a classe sacerdotal, ou seja, aquela dentro da qual seriam escolhidos os sacerdotes oficiantes do culto, mas não o Sumo-Sacerdote, ou seja o Grão-Mestre do Grande Oriente de Israel, pois esse título cabia a Moisés, e ele o manteve até o dia em que Israel, tendo se organizado para atravessar o Jordão e lutar pela posse das terras palestinas, nomeou o seu sucessor na pessoa de Josué.[3]
Assim foi organizado o Grande Oriente de Israel, formado pelas Doze Oficinas dos hebreus dispersos no deserto, onde os membros eram separados por origem tribal e dentro de cada tribo, por graus de ocupação. Os que tinham menor instrução eram postos nas tendas dos que serviam, os que tinham profissões, nas tendas dos artífices, e os que tinham mais instrução nas tendas que ensinavam e administravam. E para cada uma das Oficinas foi nomeado um príncipe a título de Mestre Geral, auxiliado por dois supervisores.
ResponderExcluirEssa disposição é inferida a partir da organização dada aos acampamentos dos israelitas no deserto. Pela descrição que a Bíblia nos dá dessa organização é possível perceber que as tribos foram distribuídas estratégicamente para formar uma grande Loja, coberta por todos os lados, e em condições de marchar unâmines, como um grande corpo, em direção a um objetivo. Assim, as tribos de Judá, Issacar e Zebulon assentaram seus acampamentos no Oriente, Rubem, Simeão e Gad, no Meio-Dia, Efrain (tribo de José), Manassés e Benjamim, no Ocidente, Dan, Asser e Naftali no setentrião. E no centro, levando o Tabernáculo e seus adereços, os levitas. [4]
Aos irmãos que conhecem de fato as disposições de um templo maçônico essas informações não parecerão estranhas, pois é justamente nessa linguagem mística que se assentam os alicerces do templo maçônico. E é nessa metáfora do conhecimento arcano que está justificada a alegoria de que o templo maçônico é o modelo do universo retratado num edifício. Pois na sua marcha em busca de um território onde pudesse assentar seu povo, Israel não visava apenas a construção de um estado político e social, mas sim a confecção de um protótipo do reino de Deus sobre a terra, que pudesse servir de modelos para todos os povos do mundo. Essa é a noção que serve à Maçonaria enquanto ideal filosófico e prática de vida.
[1] Gênesis, 1: 1-4
ResponderExcluir[2]Números, 1: 44 a 46
[3]Números, 47ª 54.
[4] Números, 2; 3 a 30
[5]Essa tese também é defendida por Israel Finkermam e e Neil..., em sua obra “A Bíblia não Tinha Razão”, mna qual esses estudiosos sustentam que o povo de Israel é originário da própria Palestina e a saga bíblica foi uma epopéia criada pelos cronistas so rei Josias ( para dar á história de Israel um caráter de grandiosidade que justificase a ocupação da Palestina.