Enfim chegou o dia, tão aguardado, da exaltação. Vamos atingir a plenitude maçônica.
Iniciamos a Sessão como Companheiros e, ao final, somos Mestres.
Mestres de quê?
Tomamos conhecimento da Lenda de Hiram, mal tomamos conhecimento das palavras, toques e sinais, nem aprendemos direito a marcha, mas já somos Mestres. Mestres de quê?
Teoricamente só podemos tomar conhecimento das instruções e ensinamentos do grau após a Exaltação, mas, o progresso na Maçonaria, vai depender do interesse de cada um.
Digo teoricamente, pois vejo hoje em dia, Aprendizes e Companheiros tendo acesso, através da INTERNET e pela facilidade em adquirir livros maçônicos, inclusive, em bancas de jornais, a informações de graus superiores aos seus.
Nestes casos, pelo menos, embora erroneamente, demonstrem interesse pelos ensinamentos da Ordem.
Digo erradamente porque devemos subir a escada degrau por degrau, sem atropelamentos, vencendo a ansiedade que tanto abala nosso sistema nervoso, desequilibrando nosso organismo e reduzindo nossa imunidade.
A partir deste dia, muitos acreditam que já são realmente Mestres e não se interessam em aprender mais nada.
A partir deste dia, muitos acreditam que já são realmente Mestres e não se interessam em aprender mais nada.
Muitos chegam a este ponto sem terem aberto Constituições, Regulamento Geral, Códigos, Estatutos ou, sequer, lido algum livro sobre Maçonaria.
Alguns chegam até a serem eleitos Veneráveis Mestres de suas Lojas, tornando-se Mestres Instalados, sem terem conhecimentos básicos para exercer o cargo, movidos apenas pela vaidade.
Antigamente só havia dois graus, o de Aprendiz e o de Companheiro, e o Mestre, ou Master, era escolhido entre os Companheiros para dirigi-los.
Criaram então o 3º Grau, dividindo o ensinamento e dando-lhe o nome de Mestre.
Mestre de quê?
Precisamos estimular o estudo, a busca do conhecimento, em nossos Irmãos, afim de que estejam preparados para exercer cargos no mundo profano, onde possam, com seu comportamento e preparo ajudar a construir um mundo melhor e mais justo.
Apesar de ser um dos nossos princípios, o combate à vaidade, a busca por títulos, condecorações e cargos com regalias, é cada vez maior. Muitos só querem ser eleitos Veneráveis de suas Lojas, pensando em obter o título de Mestre Instalado, o que lhes trará certas regalias, sem pensar no crescimento e em projetos futuros.
Ao ser criada a figura do Mestre Instalado no Simbolismo e estendida a todos os ritos, acabou-se criando um "monstro" que vai contra a tal plenitude maçônica atingida com a exaltação.
Apesar de ser um dos nossos princípios, o combate à vaidade, a busca por títulos, condecorações e cargos com regalias, é cada vez maior. Muitos só querem ser eleitos Veneráveis de suas Lojas, pensando em obter o título de Mestre Instalado, o que lhes trará certas regalias, sem pensar no crescimento e em projetos futuros.
Ao ser criada a figura do Mestre Instalado no Simbolismo e estendida a todos os ritos, acabou-se criando um "monstro" que vai contra a tal plenitude maçônica atingida com a exaltação.
Senão, vejamos:
A Cerimônia de Instalação é como uma Colação de Grau, restrita àqueles que o possuam, com Lenda, toques, palavras e sinais, como qualquer outro Grau.
A Cerimônia de Instalação é como uma Colação de Grau, restrita àqueles que o possuam, com Lenda, toques, palavras e sinais, como qualquer outro Grau.
E é aí que está o problema, restrito a poucos privilegiados eleitos, que não precisam demonstrar conhecimentos para atingi-lo.
Se precisamos apresentar trabalhos e responder a sabatinas para atingir graus superiores, por que não também para sermos Instalados, passando a ser um direito de todos e não um privilégio de alguns?
O privilégio passaria a ser a ocupação pura e simples do Cargo de Venerável Mestre, eleito entre os Mestres Instalados, na condução dos trabalhos e crescimento de sua Loja, como qualquer dirigente eleito no mundo profano.
Ao não permitirmos o acesso aos "mistérios" do Mestre Instalado a todos os irmãos que provem sua capacitação, estamos indo contra pelo menos dois dos princípios fundamentais da Maçonaria:
Ao não permitirmos o acesso aos "mistérios" do Mestre Instalado a todos os irmãos que provem sua capacitação, estamos indo contra pelo menos dois dos princípios fundamentais da Maçonaria:
a Liberdade e a Igualdade.
Após três anos no Grau de Mestre, os Maçons deveriam ter direito de, após comprovação de conhecimentos adquiridos, tanto ritualísticos quanto administrativos, a serem Instalados na Cadeira de Salomão, símbolo da Sabedoria, passando então a estarem aptos a exercerem altos cargos, se eleitos, e serem Mestres da Maçonaria.
Como argumento de defesa as palavras de dois grandes Maçons escritores e pesquisadores, registradas no livro "Manual do Mestre Instalado", de autoria do irmão José Castellani, com apresentação do irmão Xico Trolha, publicado pela Editora Maçônica "A TROLHA" Ltda, em 1999.
Após três anos no Grau de Mestre, os Maçons deveriam ter direito de, após comprovação de conhecimentos adquiridos, tanto ritualísticos quanto administrativos, a serem Instalados na Cadeira de Salomão, símbolo da Sabedoria, passando então a estarem aptos a exercerem altos cargos, se eleitos, e serem Mestres da Maçonaria.
Como argumento de defesa as palavras de dois grandes Maçons escritores e pesquisadores, registradas no livro "Manual do Mestre Instalado", de autoria do irmão José Castellani, com apresentação do irmão Xico Trolha, publicado pela Editora Maçônica "A TROLHA" Ltda, em 1999.
Otima matéria. Estou eu hoje prestes a passar por esse processo, e tenho consciência de que em meu dia-a-dia, sou com muito orgulho, um interessado Aprendiz.
ResponderExcluirA ORIGEM DO MESTRE INSTALADO
ResponderExcluirA primeira Cerimônia de Instalação na Maçonaria Especulativa ocorreu quando da eleição do primeiro Grão-Mestre da Grande Loja de Londres, em 1717. Nas Antigas Obrigações ou Regulamentos Gerais de 1721, no 39º e último preceito, consta “... sendo necessária a aprovação e o consentimento da maioria para que sejam postas em vigor e obriguem a todos, o que deve ser proposto pelo novo Grão-Mestre, depois de INSTALADO ...”
Na 2ª edição do “Livro das Constituições dos Maçons” de 1738, o pastor James Anderson, narra assim a Instalação do primeiro Grão-Mestre: “ ... os Irmãos presentes levantando as mãos, designaram Mr. Anthony Sayer, gentleman, Grão-Mestre dos Maçons ..., o qual foi imediatamente investido, pelo citado mais antigo Mestre, com as insígnias do ofício e do poder e INSTALADO; depois foi devidamente felicitado pela assembléia que lhe rendeu homenagem ...”
Não se descreve em que consistia essa cerimônia de Instalação, mas por volta de 1752, quando houve a cisão da Grande Loja da Inglaterra, os chamados “antigos” acusavam os que denominavam “modernos” de “permitirem que a cerimônia esotérica de Instalação de um Venerável caísse em desuso”.
Quando da fusão dos “antigos” e “modernos”, constituindo a Grande Loja Unida da Inglaterra em 1813 a Cerimônia de Instalação de Veneráveis passou a ser praticada por toda a Inglaterra, sendo “exportada” para a França (Rito Adonhiramita) e para os Estados Unidos (Rito de York Americano).
No Brasil, a Cerimônia de Instalação de Veneráveis vinha sendo utilizada somente pelo Ritual de Emulação inglês (denominado erroneamente no GOB.’. como Rito de York) e pelo Rito Adonhiramita.
Quando da criação das Grandes Lojas Estaduais brasileiras, foram “importadas” das Grandes Lojas americanas diversas práticas do Rito de York Americano, que se assemelham ao Ritual de Emulação inglês e incorporadas ao REAA.’. Algumas dessas práticas – inclusive a Cerimônia de Instalação de Veneráveis – acabaram sendo incorporadas pelo GOB.’. para o REAA.’.
O Ritual de Instalação de Mestre Instalado do GOB foi elaborado pelo Irm.’. Nicola Aslan, com base no Ritual utilizado pelo Rito Adonhiramita.
Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz