Natal: como a maçonaria e as diferentes religiões celebram a data?

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A festa, celebrada pelos cristãos como o dia do nascimento de Jesus, passou a ser adotada e se tornou uma tradição a partir do século III. A data foi escolhida em função de uma comemoração pagã em homenagem ao Sol pelo povo romano. 

Nesta época do ano, é inverno no hemisfério Norte e o evento tinha a intenção de motivar a esperança do retorno da luz. A Igreja Católica, então, se apropriou dessa celebração e adaptou a figura de Jesus no lugar do Sol.

Mas culturas não cristãs, como islamismo, judaísmo, budismo, hinduísmo,taoísmo e xintoísmo simplesmente não comemoram o Natal.      
Em outras crenças, como no judaísmo, em vez de Natal é dia de Chanucá ou Hanukkah, a Festa das Luzes. 
São oito dias de celebração. A cada noite é acesa uma das nove velas de um candelabro especial. Entre as famílias, o costume é brincar com um peão que tem gravadas letras hebraicas. A família se diverte brincando de adivinhar qual é a letra que fica pra cima quando ele para.
Para os seguidores do Candomblé, religão afro-brasileira, o dia é de trocar presentes e celebrar o nascimento. 

Quem não comemora o Natal?

Nem todas as pessoas comemoram o Natal no dia 25 de dezembro. Algumas culturas, nem sequer comemoram o Natal, como referência ao nascimento de Jesus Cristo (ou Jesus de Nazaré).
Natal é um feriado e festival religioso cristão originalmente destinado a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno e adaptado pela Igreja Católica, no terceiro século d.C., pelo imperador Constantino para comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré.
Porém, nem todas as culturas absorveram a tradição de celebrar o dia 25 de dezembro, seja como uma homenagem ao nascimento de Jesus, ou, pela adoração da passagem do sol ao redor da Terra.
Islamismo
Ao contrário das religiões cristãs - para as quais Jesus é o Messias, o enviado de Deus - o islamismo dá maior relevância aos ensinamentos de Mohamad, profeta posterior a Jesus (que teria vivido entre os anos 570 e 632 d.C.), pois este teria vindo ao mundo completar a mensagem de Jesus e dos demais profetas.
Em relação à celebração do Natal, os muçulmanos mantêm uma relação de respeito, apesar de a data não ser considerada sagrado para o seu credo.
Para os muçulmanos, existem apenas duas festas religiosas: o Eid El Fitr, que é a comemoração após o término do mês de jejum (Ramadan) e o Eid Al Adha, onde comemoram a obediência do Profeta Abraão a Deus.
Judaísmo
Os judeus não comemorem o Natal e o Ano Novo na mesma época que a grande maioria dos povos, mas para eles, o mês de dezembro também é de festa. Apesar de acreditarem que Jesus existiu, os judeus não mantêm uma relação de divindade com ele.
Na noite do mesmo dia 24 de dezembro os judeus comemoram o Hanukah, que do hebraico significa festa das luzes. Esta data marca a vitória do povo judeus sobre os gregos conquistada, há dois mil anos, em uma batalha pela liberdade de poder seguir sua religião.
Apesar de não ser tão famosa no Brasil, a festa de Hanukah, que, tradicionalmente, dura 8 dias, em outros países é tão "pop" como o Natal. Em Nova Iorque, por exemplo, as lojas que vendem enfeites de Natal também vendem o menorah (candelabro de 8 velas considerado o símbolo da festividade judaica). "Para cada um dos 8 dias acendemos uma vela até que o candelabro todo esteja aceso no último dia de festa", explica o rabino.
O peru e bacalhau típicos do Natal católico são substituídos por panquecas de batata e bolinhos fritos em azeite. E em vez de desembrulharem presentes à meia-noite, as crianças recebem habitualmente dinheiro.
Budismo
Não há envolvimento do budista com a característica particular da comemoração do Natal do mundo ocidental, ou seja, da comemoração do nascimento de Jesus Cristo. Mas, os budistas admiraram as qualidades daqueles que lutam pela humanidade e, por isso, respeitam a tradição já estabelecida, respeitando a figura de Jesus Cristo, que para eles é considerado um “Bodhisattva” – um santo ou aquele que ama a humanidade a ponto de se sacrificar por ela. Para os budistas ocidentais, o dia 25 de Dezembro tem um cunho não cristão, mas sim, espiritual.
Protestantismo
Embora seja uma religião cristã, é subdividida em diversas “visões” da Bíblia. Algumas comemoram o Natal como os católicos, outros buscam na Bíblia e no histórico religioso, cuja data de nascimento de Cristo é discutida, um fundamento para não comemorar a data tal como é comemorada no catolicismo. É o caso das testemunhas de Jeová, por exemplo. Já a Assembleia de Deus e a Presbiteriana comemoram o Natal com o simbolismo da presença de Cristo entre os homens, onde a finalidade é levar a uma instância reflexiva a respeito de Cristo. Festejar condignamente o Natal é uma bênção e inspiração para todos quantos nasceram do Espírito ao tornarem-se filhos de Deus pela fé em Cristo, para os evangélicos.
Afro-Brasileiras (Candomblé e Umbanda)
Yemanjá, Yansã e Oxum são entidades comemoradas ao longo do ano nas religiões afro-brasileiras, que têm no mês de dezembro um simbolismo todo especial. Mas para os umbandistas a comemoração do natal cristão é algo mais natural, porque a maioria dos seus seguidores e médiuns praticantes veio da religião cristã. A umbanda encontrou um lugar para Cristo no rol de suas divindades – ele é associado a Oxalá, considerado o maior Orixá de todos. No dia 25 de dezembro, os umbandistas agradecem à entidade que, segundo a sua crença, comanda todas as forças da natureza.
Alguns terreiros de Candomblé também oferecem algum ritual especial à data, mas a prática não configura uma passagem obrigatória em todos os centros.
Hinduísmo
As mais importantes celebrações do hinduísmo são ocorridas na Índia, por meio da Durga Puja, o Dasara, o Ganesh Puja, o Rama Navami, o Krishna Janmashtami, o Diwali, o Holi e o Baishakhi. O Durga Puja é a festa da energia divina. Já o festival de Ganesh é celebrado nos estados do sul da Índia, com danças alegres e cantos. O Diwali é o “festival das luzes” em que em cada casa, em cada templo são colocadas milhares e milhares de luzes, acesas toda a noite. O significado destas festas é adorar a Energia Divina.
Taoísmo
O taoísmo, religião majoritariamente vista na China, não tem qualquer celebração no Natal. No entanto, a religião tem inúmeras datas onde se comemora o nascimento de grandes mestres ou sua ascensão. O Ano Novo Chinês, assim como no budismo, é a data mais comemorada para os taoístas. Nesse dia se celebra o Senhor do Princípio Inicial.

O NATAL PELA MAÇONARIA 
“Se Cristo nascesse mil vezes em Belém, se não nascer dentro de ti, tua alma ficará perdida. 
Em vão olharás a Cruz do Gólgota.
                  A menos que dentro de ti, ela seja novamente erguida”.

Solstícios 
O vocábulo “solstício”, composta de sol e stara, significando encontrar-se o Sol parado.
O Sol para, aparentemente, em duas ocasiões no ano, a cada transladação em torno da terra; isso acontece nos pontos solsticiais de Câncer e de Capricórnio. 
Forma as eclípticas, ou seja, as posições mais afastadas do equador, que é a linha imaginária que divide a esfera terrestre em dois hemisférios iguais – o hemisfério austral, que é o verão e o hemisfério boreal, que é o inverno. 
A Maçonaria festeja os solstícios de inverno (21 de junho) e de verão (21 de dezembro).
Celebrações natalinas 
As festas natalinas nasceram no século IV, não só como a celebração da vinda do SENHOR entre os homens (Adventus), da sua manifestação na carne (epifania), mas também como uma necessidade de afastar os cristãos das festas pagãs do solstício de inverno comemoradas em Roma a 25 de dezembro, no Egito e no Oriente a seis de janeiro.
O homem pode zombar da ideia de que existe nessa época do ano um influxo de vida e luz espirituais. 
Não obstante, isso é um fato, creiamos ou não. Nesta época do ano, no mundo inteiro, todos se sentem mais leves, diferentes, algo como um fardo fosse tirado dos seus ombros.
Paz e boa vontade 
O espírito de paz na terra e boa vontade entre os homens prevalecem, e nós também devemos dar algo que se expressa nos presente de Natal. 
O Natal é a época das dádivas. 
Aqui se situa o ponto crucial, o ponto crítico, quando sentimos ter ocorrido algo que garante a prosperidade e a continuidade do mundo. Quão diferente é o amor que se expressa no espírito de dar ao invés de receber, que sentimos no Natal.
Nessa noite a luz de Cristo nasce na Terra e o mundo inteiro rejubila. Soam os sinos de Natal.
Agora, observe as igrejas. Nunca suas luzes brilham tanto quanto neste dia e nesta noite do ano. Em nenhuma outra ocasião os sinos ressoam tão festivos do que quando proclamam para o mundo a mensagem: “O Cristo nasceu”!
A alegria é a saúde da alma, e o otimismo é a alegria de amanhã, bem aproveitada no dia de hoje. Espalhe alegria em torno de si. 
Atualmente a Paz na Terra e Boa Vontade entre os homens parecem mais longe de concretizar-se do que nunca. 
Temos em nós o poder de apressar o dia da paz ao falar, pensar e viver em PAZ, pois a ação conjunta de milhares de pessoas transmite o propósito de meditar sobre a paz – Paz na Terra e Boa Vontade entre os homens!
Símbolos 
“Deus é Luz”, e nenhuma outra descrição é capaz de transmitir tanto a natureza de Deus quanto essas três pequenas palavras. 
A luz invisível, que se encontra envolvida pelo Delta Luminoso sob o Dossel e ás costas do Venerável Mestre, é uma representação da Santíssima Trindade. 
Devemos manter na memória esse símbolo, conscientes de que fazemos parte dessa divindade. 
Nos sinos, temos um símbolo muito apropriado de Cristo, a Palavra, pois suas línguas metálicas proclamam a mensagem de paz e boa vontade, enquanto o Incenso, simbolizando maior fervor espiritual, representa o poder do Espírito Santo. 
Por conseguinte, a Trindade é simbolicamente parte da celebração que faz do Natal a época de maior regozijo espiritual. 
Sob o ponto de vista da raça humana que está atualmente na matéria.
Otimismo, Confiança e fé 
Não se deixe arrastar pelo esmorecimento. Siga em frente corajosamente, porque a vitória sorri somente àqueles que não param no meio do caminho. 
A força do exemplo é a mais convincente e eficaz que existe no mundo.
Todas as coisas são possíveis àqueles que amam a Deus. 
Se de fato trabalharmos em nossa pequena esfera, não buscando coisas maiores até havermos feito aquelas que estão à mão, então descobriremos que um maravilhoso crescimento pode ser alcançado, de forma que as pessoas que nos rodeiam possam ver em nós algo que não saberão definir, mas que, ser-lhes-á evidente. Na vida, uma só fraternidade; na fé, um só conjunto. 
Que na fé estejamos sempre em Deus. Santifique o labor do maçom fervoroso.
Fraternidade, esperança e paz. 
O Natal continua a inspirar fraternidade, esperança e paz; faz entrever que o mundo pode ser melhor, as relações humanas podem ser mais sinceras e construtivas, cada pessoa tem valor e todos merecem experimentar a felicidade. 
É bom ver a alegria sincera no rosto das pessoas, ouvir cantos que despertam sentimentos bons, em vez de gritos de violência; o Natal faz pensar que seria bem melhor se não houvesse tanta soberba, tanta ganância e tanto egoísmo, se todos pudessem viver algo da simplicidade das crianças.
Se tiver amigos, busca-os; o Natal é encontro. 
Se tiver inimigos, reconcilie-se; o Natal é paz. 
Se tiver pecados, converta-se; o Natal é graça. 
Se tiver orgulho, livre-se dele; o Natal é humildade. 
Se tiver tristezas, reavive sua alegria; o Natal é júbilo. 
Se estiver no erro, reflete; o Natal é verdade. 
Se tiver ódio, supere-se; o Natal é amor. 
Se há trevas, acende o seu amor; o Natal é luz…
Curiosidades Natalinas  
A data de 25 de dezembro, o Natal do Senhor. 
O costume da Árvore de Natal foi introduzido nos Estados Unidos pelos imigrantes alemães na segunda metade do século XIX. 
O primeiro Presépio foi montado por São Francisco de Assis, em 1223, na Capela de São Lucas, em Greccio, na Itália, em noite de Natal. 
O cartão de boas festas foi inventado no Natal de 1843, em Londres, por Henrique Cole.
Avaliação  
Sabemos que nossa Instituição tem enormes limitações para ser operativa, a exemplo do que foi no passado. 
O surgimento de uma nova realidade mundial, como a globalização, a evolução dos meios de comunicação, o trânsito caótico nas cidades, as crises econômicas entre outras causas conhecidas influem decisivamente para que a Maçonaria seja mais Simbólica e menos Operativa.
Será que alcançamos os objetivos programados para o ano que se finda? É claro que não. Uma resposta que parece frustrante, todavia, não é. 
Não foi possível atendermos ao programado, mas, tivemos boa intenção, fizemos o possível e o que realizamos foi com amor e dedicação.
À guisa de conclusão, um Aprendiz indagou no “Jantar de confraternização”: Mestre, o que é preciso para escolher bem um candidato? 
Respondeu: Muita coisa. Se houver dúvidas, usar o teste da água na escolha no feijão. Basta ver, o que não presta flutua, o que é bom não pergunta, repousa no fundo. 
Os Irmãos começam a ver o que é bom e o que é ruim no feijão do cotidiano.
Neste Natal... 
Há incertezas enormes pairando no ar. 
Aproveite o momento de alegria, para agradecer tudo o que tenha recebido da bondade divina. Seja grato ao Criador e Pai que nos dá tantos ensejos de felicidade, e procure espalhar a maior alegria, o mais sadio otimismo com todos os que o cercam.
O Natal aponta-nos para o que é verdadeiramente humano. Para um recém-nascido se voltam as atenções porque ele representa o novo, o surpreendente. 
Também convida à paz; a depor as armas de guerra e a sentarem-se os povos à mesa do diálogo e da fraternidade.
Desejo externar a todos os caríssimos Irmãos, Cunhadas e Sobrinhos, os mais sinceros votos de um FELIZ NATAL e um ANO NOVO cheio de alegria, paz, união, tolerância e solidariedade.



Comentários

  1. Mais do que uma comemoração creio no despertar da necessidade de contribuir com a humanidade, mais do que qualquer filosofia possa impor. Gosto de Chico Xavier em seu dizer: Que a Caridade seja o Altar de nossa Igreja.

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