Diversas instituições e religiões observam os dias de Solstícios e o Equinócio, visto ser um dos costumes mais antigos relacionados à divindade.
Esses dias marcam as mudanças de Estações, o que sempre guiou e ditou a rotina dos povos da antiguidade.
O solstício de verão é o marco em que o dia é o maior do ano, em detrimento da noite. Já no solstício de inverno ocorre o contrário, e a noite é a maior do ano.
Enquanto no hemisfério norte o Solstício de Verão é em Junho e o de Inverno em Dezembro, no hemisfério sul inverte-se: o de Inverno é em Junho e o de Verão é em Dezembro.
Essa variação de dia e noite não ocorre na Linha do Equador, onde os Solstícios são definidos através da distância entre a Terra e o Sol.
Antigamente, as iniciações no hemisfério norte ocorriam sempre no Solstício de Inverno, quando a noite é a maior do ano, simbolizando que o iniciado está na escuridão em busca da luz.
Costuma-se chamar o Solstício de Junho de “Solstício de Câncer” e o de Dezembro como “Solstício de Capricórnio” pela relação dos Solstícios com os trópicos.
Acredita-se que, assim como os Romanos observavam o Solstício de Inverno, em homenagem ao deus Saturno, posteriormente chamado de “Sol Invencível”, esse costume também era observado pelas Guildas Romanas, os antigos Colégios e Corporações de Artífices, que nada mais eram do que a Maçonaria Operativa. Esse costume permaneceu intacto até o surgimento da Maçonaria Especulativa, que tratou de não descartá-lo.
Porém, há fortes indícios de que a Maçonaria Especulativa, formada por europeus de predominância cristã e preocupados com a imagem da Maçonaria perante a “Santa Inquisição”, aproveitou a feliz coincidência das datas comemorativas de São João Batista (24/06) e São João Evangelista (27/12) serem muito próximas dos Solstícios, para relacionarem a observância dos Solstícios com os Santos de nome João, e assim protegerem a instituição e sua observação dos Solstícios da ignorância, tirania e fanatismo.
Nesse sentido, na Inglaterra, o antigo símbolo maçônico de um círculo ladeado por duas linhas paralelas, talvez um dos símbolos mais antigos da humanidade ainda em uso, teve a simbologia das linhas paralelas dos Trópicos de Câncer e Capricórnio, que possuem ligação direta com a observância dos Solstícios, transformados em São João Batista e São João Evangelista.
Reflitam:
- por que duas linhas paralelas representariam dois Santos de nome João?
-E como um símbolo tão antigo, mais antigo que o Cristianismo, poderia simbolizar esses dois Santos?
Nada mais do que uma conveniente mudança de interpretação que, mesmo com o fim da Inquisição, infelizmente permaneceu em nossa literatura.
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