Nesta leitura não poderia provar a existência de Deus.
Ninguém o pode.
Como ninguém pode provar a sua não-existência.
No entanto, ao longo deste trabalho tentaremos obter um pouco mais subsídio para tal objetivo.
Optamos por começar com o argumento cosmológico dos mais antigos.
Usado por Platão, Aristóteles, e, é claro, Tomás de Aquino.
Em essência, nesse argumento se lê: “Deus existe porque o universo existe”.
O que pode ser expresso de outra forma.
A existência de um universo pressupõe a existência de uma Causa Prima (Deus) para lhe dar a sua subsistência.
Considere-se um bom argumento, apesar de que outras questões, imediatamente, se seguiram.
O universo (e não Deus) é eterno?
Uma vez que um universo que sempre existiu há as mesmas dificuldades conceituais que a existência de Deus.
No entanto, fiquemos aliviado, ao lembrar que essa condição foi refutada pela ciência.
Um universo que sempre existiu é uma inconsistência filosófica porque pressupõe a existência de um passado infinitamente real.
Seria impossível ocorrer.
Primeiro distinguir entre um infinito teórico (como na matemática) e um infinito real.
O primeiro é possível, como um conceito abstrato.
O segundo é impossível, na realidade material.
Quando se diz sobre o passado, do ponto de vista da nossa realidade, que é o presente.
Se houver um passado infinito que, significaria um tempo infinito transcorrido para chegar ao nosso presente, o que é impossível (porque ser infinito).
Uma possibilidade mencionada é que o universo veio do nada.
Esta é uma abordagem que, a priori, não parece tão longe da crença em Deus.
Mas a realidade é que o universo veio do “nada” é uma impossibilidade filosófica.
A lei da não-contradição (direito importante no estudo da lógica) tal conceito é difícil de ser aceito, pois exige que esse “nada” é “algo” e “nada”, ao mesmo tempo, o que não pode ser aceito.
Até o momento, contamos com um mundo de definições, e poderia continuar, por aí, gerando novos problemas em nosso raciocínio, por exemplo, para explicar a ordem do universo e seu design complexo evidente.
O “Big Bang”, ou a origem do universo a partir de um ponto de vista materialista (isto é, sem a necessidade de um Criador), é uma teoria que diz que o universo, como o conhecemos hoje, começou 15 mil milhões de anos, em uma gigantesca explosão. Neste caso, e respondendo às leis da física surgiram ao longo de milênios elementos químicos, galáxias e planetas e eventualmente a vida. Mas, é claro, este conceito não explica o que aconteceu antes.
O que era “aquilo”que explodiu? Não presume a existência de “alguma coisa” antes do Big Bang? A contestação dos físicos é a seguinte. Antes do Big Bang houve uma “singularidade”, ou seja, condições únicas, onde nem a matéria, nem espaço nem tempo existiu.
E essa idéia, de onde vem?
Uma teoria.
E a definição da singularidade não é tão diferente de como às vezes se descreve Deus.
Assim, o “Big Bang” não exclui a existência de um Criador, já que pressupõe a origem do universo em algum momento, no tempo.
As antigas tradições sobre a origem do sistema solar sustentavam a tese dos engenheiros cósmicos.
No Vedas surgem imagens muito claras de deuses de outros mundos que mudam o curso dos planetas e nossa Terra.
No Timeu de Platão, a imagem é muito clara a esse respeito.
Não aparece o “demiurgo”, que é uma espécie de arquiteto que é responsável pela formação do sistema solar.
O demiurgo não é um Deus criador ao modo cristão.
Trata-se simplesmente de um operador que modifica materiais lhe têm sido entregues.
Como é que se realiza a tarefa?
De acordo com Platão, misturando à força viva, com “violência”, a natureza do mesmo com a natureza de “outro”.
Em linguagem moderna, superando a inércia da matéria (a natureza do mesmo) à atração gravitacional (a natureza do outro), que é o que devem fazer engenheiros cósmicos para remodelar o sistema solar.
Mas o demiurgo, “o arquiteto”, executa a sua tarefa para ajustar cânones numéricos de tipos Pitagóricos, ordenando o movimento dos astros conforme “números musicais”.
Os “números musicais”, para os Pitagóricos são séries de quintas e oitavas, ou seja, as frações simples e a série geométrica. Essas narrações mostravam-se muito descritivas, mas… pareceram-me insuficientes para acercar-me mais para convencer-me sobre minha busca.
“Aprender para prever, prever para dominar: Ciência é poder”, Bacon declarou em sua famosa frase.
Ciência, previsão e domínio são essencialmente sinônimos. A descoberta do planeta Netuno, geralmente aparece como um dos maiores feitos da história da ciência.
E, em verdade é assim, porque o poder preditivo é, essencialmente, o atributo que mede o poder de uma disciplina científica.
No caso de Netuno que comentamos, foi prevista a sua existência por Leverrier por volta de 1846, observando irregularidades na órbita de Urano. Além disso, de acordo com a lei de Bode, (Johann Elert Bode, Hamburg 1747 – Berlin 1826, Astrônomo alemão, deve-se-lhe, juntamente com Tito, a formulação da lei das distâncias planetárias que leva seu nome. Iniciado na Loja Emanuel zur Maienblume) devia existir um planeta perto da posição onde, de fato, apareceu Netuno.
Leverrier aproveitou-se, então, a lei da gravitação de Newton e da lei de Bode para chegar a predizer a posição de Netuno, e escreveu ao astrônomo Galle, em Berlim, para observá-lo nas proximidades do local determinado por seu cálculo. Galle, que, além de boas instalações telescópicas, tinha um catálogo recente de estrelas feito em Berlim, encontrou naquela mesma noite o novo planeta com um erro de posição – no local indicado por Leverrier – a ordem de dois diâmetros lunares.
É verdade, que a descoberta de Netuno era a demonstração de maior sucesso e definitiva da correção da lei da gravitação de Newton, mas não se deve esquecer que a lei de Bode também contribuiu para sua descoberta. Por que, então, os manuais de ciência enfatizam o papel da lei de Newton omite a intervenção da lei de Bode, nesse caso histórico? A razão é que a lei de Bode não é estruturada com bases mecânicas, não responde à alegada natureza puramente mecânica, que para ser ortodoxo, você deve possuir o sistema solar. A presença da lei de Bode envolve a suspeita de que, além da mecânica, no sistema solar há ainda outra coisa, e temendo que este “algo mais”desperta o espírito científico se a suprime e a ignora, por mais do que a lei seja de uma precisão notável, que explica perfeitamente a disposição dos planetas no sistema solar.
Lei de Bode pode ser expressa por uma série de potências, ou também por meio de uma simples regra matemática que consiste em adicionar 4 à série geométrica de base 3; os números resultantes estão, em perfeita correspondência com as distâncias planetas ao Sol :
série original 0 3 06 12 24 48 096 192 384
mais 4 4 7 10 16 28 52 100 196 388
dividido por 10 0,4 0,7 1,0 1,6 2,8 5,2 10,0 19,6 38,8
mais 4 4 7 10 16 28 52 100 196 388
dividido por 10 0,4 0,7 1,0 1,6 2,8 5,2 10,0 19,6 38,8
Merc. Ven. Terra. Marte. Ceres. Jup. Sat. Ura. Nep. Plutão
Bode Lei : 0,4 0,7 1 1,6 2,8 5,2 10,0 19,6 – 38,8
Dist real: 0,4 0,72 1 1,52 2,8 5,2 9,54 19,2 – 39,4
Dist real: 0,4 0,72 1 1,52 2,8 5,2 9,54 19,2 – 39,4
Descartada a ideia de que esta lei pode ter alguma significação mecânica, cabe perguntar pela origem e a natureza desse estranho ordenamento dos planetas em torno do Sol.
Os cientistas mecanicistas teriam corrigido o problema, considerando que a lei de Bode não é natureza mecânica e o sistema solar é de natureza, puramente, mecânica, a lei de Bode deve ser uma simples coincidência.
Aqui está uma nova prova dos mecanismos psicológicos que perturbam a marcha do raciocínio científico, porque é claro que o mecanicista científico “reprime” Lei de Bode.
Por quê?
Porque causa angústia e preocupação.
Ele é um convidado estranho em seu mundo de pensamentos puramente mecânicos, que tem ser removido, e, não havendo outra opção, será ignorado.
Para quem é capaz de enfrentar a angústia que produz o inexplicável e o desconhecido, o caminho é outro.
Tentemos explicar a lei em outros termos que não foram abrangidos.
Não são muitas, entretanto, as hipóteses que podem ser tratadas nesse sentido.
Pensamos que o Criador assim o dispôs, em tal caso a lei de Bode seria um importante argumento teológico.
Abordaríamos assim pensamentos de Platão imaginando que “engenheiros cósmicos”decidiram alguma vez, alterar a estrutura do sistema solar e moveram os planetas para outras posições diferente daquelas que ocupavam.
Neste ponto, invade a idéia, sobre a quantidade de energia necessária que esses ”engenheiros cósmicos”, deveriam lidar se é que eles existiram.
Pensemos, então, de que energia disporíamos.
Há trezentos anos o homem dispunha, como única fonte de energia os seus próprios músculos, dos seus animais, alguma ajuda do vento e da água.
De repente, passou para o domínio do vapor, posteriormente, para o controle do petróleo.
Com o advento da “primeira revolução industrial” o homem descobriu que podia lidar com energias químicas, que caracterizaremos pela energia de um centímetro cúbico de petróleo – neste sentido, não importa dizer que seja pólvora, óleo ou carvão – Essa energia é de cerca de 10 calorias por centímetro cúbico.
Por ter este poder o homem criou o milagre do nosso mundo manufaturado, cheio de carros, caminhões, aviões, usinas de energia, etc.
Mas, depois de 1945 o homem ficou de posse da energia atômica, o que fez Einstein decretar a liquidação daquele mundo de energia na escala 10.
A fórmula de energia de Einstein significou que se pode dispor de energia um milhão de trilhões de vezes superior.
Na frase deve-se escrever: o número um seguido por vinte zeros, isto é, agora esse número 10 elevado a potência vinte. Um salto, no vazio, muito além da imaginação humana.
Mas este é o limite?
De acordo com o trabalho de Broglie, Bohm e Vigier – que se apóiam no desenvolvimento de Dirac na “energia do ponto zero”- a energia do espaço vazio é infinitamente maior do que a energia atômica.
O que emerge das recentes investigações sobre esses destacados físicos é que, se pudéssemos desfazer do volume de um centímetro cúbico, isso iria gerar uma energia representada por 10 elevados à potência de 150, i.é, o número um seguido de 150 zeros…
Onde permaneceria o pobre petróleo o com o qual, todavia manejamo-nos em nosso mundo “altamente” tecnológico?
No entanto, hoje, podemos explorar a nossa energia atônica de 10 elevados a potência 20 e os cientistas tentam explorar e de controlar a energia de 10 elevados a potência 150.
Pergunto: Que tipo de energia ainda não desenvolvida em nossa jovem estada, em nosso planeta que os “engenheiros cósmicos” disporiam?
Além disso, controlariam essa força, a ponto de ser detalhado na sua tarefa?
Vejamos.
Uma técnica matemática dos antigos babilônios, egípcios e índios, mas desconhecido para os cientistas gregos e modernos eram “Teoremas métricos” (mais tarde explicados por Gauss, Fubini, Euler, etc.).
Com a aplicação desta técnica metrológica ao sistema solar, descobre-se o fenômeno surpreendente de que órbitas planetárias se encaixam bem na lei de Bode, estão dispostas de tal forma que determinam Medidas Absolutas para cada sistema planetário.
Por exemplo, aplicando-se os Teoremas Métricos à Terra e sua órbita (raio polar e distância do Sol) encontra-se medida absoluta é “a décima milionésima parte de um quadrante do meridiano”.
Não descrevo algo incomum, queridos irmãos, por uma curiosa coincidência, é a “convenção de Delambre” para o metro, que é atualmente usado internacionalmente.
A aplicação dos Teoremas Métricos ao resto do sistema solar mostra que ele está organizada de acordo com a medida padrão para os números 2, 3 e 4. E este não pode ser um produto do desempenho mecânico das leis naturais. Gostaria de pensar que é uma estrutura imposta ao sistema solar por uma mente com o propósito deliberado de intenção artística.
Outra surpreendente regularidade aritmética do sistema solar é a série das ”quantidades de movimento“ ou “impulso”, que é o produto da velocidade do planeta pela sua massa.
Na tabela a seguir, podemos ver que esse valor constitui uma série geométrica ordenada a partir do Sol:
Lua | 1,25 | Eros | 4,93 |
Mercúrio | 2.16 | Júpiter | 4.16 |
Vênus | 2,84 | Saturno | 9,20 |
Terra | 2,98 | Urano | 9,91 |
Marte | 2,61 | Netuno | 9,37 |
Ceres | 2,25 | Plutão | 9,50 |
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