As colunas Booz e Jackin
A Maçonaria especulativa, da mesma forma que a antiga Maçonaria operativa, inicia muitos obreiros.
A Maçonaria especulativa, da mesma forma que a antiga Maçonaria operativa, inicia muitos obreiros.
E assim como entre aqueles antigos mestres da Arte Real, também os modernos obreiros dessa Augusta Arte não são todos eleitos, embora todos sejam iniciados.
O obreiro da Arte Real hoje, inicia-se como aprendiz e continua a ser eternamente um aprendiz.
É no decorrer do desenvolvimento da cadeia iniciática que o iniciado poderá obter ou não a sua iluminação.
Essa iluminação pode ser definida como uma Gnose, ou uma sensibilidade da verdadeira razão de ser ele um maçom.
Então terá conquistado o status conferido aqueles que se abrigaram junto as duas colunas sagradas do Templo de Salomão, e se abeberaram na fonte dos conhecimentos que delas brotam e que se expressam nos nomes sagrados que Salomão deu áquelas colunas: Booz e Jackin.
Booz e Jackin eram os nomes das duas colunas de bronze que Salomão mandou fundir para servir de pórtico para o templo.
Booz deriva de Boaz, nome do patriarca hebreu que fundou a dinastia do rei Davi.
Casado com a moabita Rute, Boaz foi pai de Obed, que por sua vez gerou a Isaí, ou Jessé , que foi pai do rei Davi.
Na tradição hebraica, portanto, Boaz foi aquele que fundou a família que iria, mais tarde, estabelecer o reino de Israel.
Quanto a Jackin, trata-se, provavelmente de um nome derivado do antigo alfabeto semítico, significando cofre, esconderijo, receptáculo.
Sabe-se que os antigos povos do vale do Jordão e do Eufrates costumavam construir em seus templos e edifícios públicos certas colunas ocas para guardar documentos importantes.
A essas colunas eles chamavam Jackin.
Essa tradição está de acordo com as informações encontradas nas crônicas do profeta Jeremias, que dizem que as colunas do templo de Jerusalém eram ocas.
Com base nessa tradição, certos autores maçônicos inventaram a lenda de que Salomão teria construído colunas ocas para servir de arquivos para guardar documentos maçônicos.
O certo, entretanto, é que essas duas palavras, constantemente invocadas nos trabalhos das lojas simbólicas, significam “Estabilidade com Força”.
As colunas Jackin e Booz tinham dezoito côvados de altura (cerca de 9 metros), e eram encimadas por capitéis de cinco côvados cada (2,5 metros), com romãs e medalhas por ornamento.
A romã, como se sabe, entre os povos orientais era uma fruta que tinha um alto valor simbólico. Representava o amor, a fertilidade, o sexo.
Os poemas do Cântico dos Cânticos, atribuídos a Salomão, muito se vale do simbolismo da romã para representar a sensualidade da união entre os sexos.[1]
O templo maçônico procura reproduzir, no que é possível, o Templo de Salomão.
O costume de se colocar os Aprendizes do lado da coluna B e os Companheiros na coluna J consta de uma tradição que diz que Adoniram, para pagar os trabalhadores do canteiro de obras, que eram milhares, costumava separá-los por colunas.
Os mestres (pedreiros, talhadores, escultores, carpinteiros) eram pagos dentro do templo, daí o termo “ coluna do centro”, onde os mestres maçons se colocam para assistir aos trabalhos em Loja.
Os demais trabalhadores, por serem muitos, tinham que ficar do lado de fora.
Para facilitar o pagamento, que consistia na distribuição de alimentos, roupas, utensílios de trabalho (luvas, aventais, ferramentas etc), eles eram separados em grupos.
Conforme os graus de profissionalização eram perfilados do lado direito ou esquerdo do templo, o que correspondia as colunas Jackin ou Booz, conforme o caso.
Daí o porque dos aprendizes, que no caso do canteiro de obras do rei Salomão eram os cavouqueiros, os carregadores, os serventes de pedreiro, ficarem no lado correspondente á coluna B (Booz) e os companheiros (ajudantes, talhadores, assentadores de pedras etc), sentarem-se no lado da coluna J (Jackin).
Flávio Josefo, em suas crônicas sobre as Antiguidades dos Judeus, capitulo III, item 6, também se refere a essas duas colunas e seu significado. Diz o historiador que Deus estabelecera o reino de Israel com estabilidade e força, e que tal composição duraria enquanto os israelitas mantivessem o Pacto da Aliança com Ele.
A força provinha do seu fundador Davi, que estabelecera com sua competência militar o reino hebreu, e a estabilidade lhe tinha sido dada por Salomão.
Dessa forma, as colunas Booz e Jackin não tinham apenas um significado religioso, mas também celebrava motivos políticos e heróicos, homenageando, de um lado Davi, a força, de outro lado Salomão, a estabilidade, a sabedoria.
Muita tinta já rolou acêrca das colunas Booz e Jackin. Alguns autores desenvolveram inclusive a tese de que as colunas ocas do templo de Salomão representavam símbolos fálicos, tradição essa muito em voga entre as civilizações antigas.
Elas seriam, segundo Curtis e Madsem, uma projeção da Mazeboth, momumentos de pedra, que entre os fenícios simbolizavam o órgão viril, pelo qual a fertilização da terra se processava.
Com base nessa interpretação “histórica”, esses autores concluem que as “duas colunas ocas, com seus globos em cima, e os capitéis enfeitados com romãs, (fruta que simbolizava a fertilidade), nada mais eram que símbolos fálicos disfarçados. Daí a razão de serem ocas, pois representavam o órgão sexual masculino, também oco e encimado por globos”....[2]
Mais que os significados simbólicos que essas colunas possam ter, entretanto, talvez uma interpretação pragmática possa nos dar uma explicação melhor.
Booz, no alfabeto hebraico significa firmeza e Jackin força.
Talvez, com esses nomes, Salomão quisesse, na verdade, indicar apenas disposições arquitetônicas. Significava que a estrutura do templo estava apoiada sobre essas duas colunas com solidez e resistência.
A conexão com os significados dos simbolos fez o resto.
Salomão, como todos os israelitas, acreditava nas promessas que Deus teria feito ao seu povo através dos profetas.
Deus dissera que “habitaria” no meio daquele povo. Construindo um templo para Ele, estava, na verdade, selando essa promessa.
Com isso, Israel teria estabilidade como reino porque a força do Senhor estaria com eles.
As duas colunas celebravam, dessa forma, uma crença firmemente estabelecida.
A tradição maçônica associou as duas colunas á sua própria liturgia ritual.
Jackin e Booz( ou Boaz) passaram a ser dois Mestres (Vigilantes), que imediatamente abaixo do Mestre Arquiteto Hiram (Venerável), administravam os dois substratos de trabalhadores que serviam no canteiro de obras do templo.
Boaz tornou-se o Primeiro Vigilante e Jackin o Segundo.
Daí a ritualística segundo a qual o que o Venerável decide, o Primeiro Vigilante estabelece e o Segundo Vigilante confirma.[3]
Uma outra interpretação das duas colunas gêmeas é a de que elas simbolizam as duas colunas de fogo e água que Jeová ergueu em frente das tropas do faraó, quando ele encurralou os hebreus junto ao Mar Vermelho.
Diz a Bíblia que o Senhor ergueu colunas de fogo que impediam que os egípcios atacassem os hebreus enquanto eles cruzavam o mar.
Depois, quando eles já haviam saído do outro lado em segurança, o Senhor afogou as tropas do faraó lançando sobre eles colunas de água.
Salomão teria celebrado essa intervenção divina pela edificação das duas colunas.
Por isso, inclusive, é que nos antigos rituais de iniciação, as cerimônias de purificação pelo fogo e pela água eram realizadas em frente aos respectivos altares onde se postam os dois Vigilantes, símbolos das respectivas colunas.
Esse simbolismo é ainda hoje repetido, embora de forma sensivelmente modificada.
Essa interpretação é a que consta dos Primeiros Catecismos Maçônicos de 1725.[4]
[1] “Os teus lábios são como fita de escarlate: e o teu falar, doce. Assim é o vermelho da romã partida, assim é o nácar de tuas faces, sem falar no que está encondido dentro.” Cântico dos Cânticos, 4;3
[2] Alex Horne: O Templo do Rei Salomão na tradição maçônica, pg. 125
[3] Através das pancadas ritualísticas
[4] Alex Horne-op citado pg. 184
DO LIVRO CONHECENDO A ARTE REAL
MADRAS, 2007
As Colunas de Salomão terão sido erigidas mais especificamente para imitar os Obeliscos das entradas dos Templos Egípcios (o par de Obeliscos da entrada do Templo de Carnaque é impressionante 3), ou talvez tenham sido copiadas de Tiro, terra de origem do seu obreiro, onde Heródoto afirmou ter visto duas colunas semelhantes defronte do templo de Hércules.
ResponderExcluirFossem copiadas dos Templos Egípcios ou do Templo de Hércules, de qualquer modo, na arquitectura “eclesiástica” do tempo, no Médio Oriente onde nos situamos, há urna extensa preponderância de Colunas Gémeas que tem sido comentada por um sem número de estudiosos.
Há a menção particular de duas colunas semelhantes à entrada do templo de Biblo (mais tarde conhecida pelo nome de Gebel, a pátria dos gibilitas, os “cortadores de pedra” do Templo do Rei Salomão).
Na Síria, escavações levadas a cabo pelo Instituto Oriental da Universidade de Chicago, em Tell Tainat, desvendaram uma pequena “capela” do século VIII a.C., anexa ao palácio dos príncipes de Hatina, onde, com clareza surgem no pórtico duas colunas livres, e segundo tudo indica, mais puramente simbólicas ou ornamentais do que arquitectonicamente funcionais. “Existem agora provas suficientes de que esse tipo de construção era muito comum na Fenícia”.
Quanto aos Obeliscos egípcios, os mais conhecidos são o par que Tutmósis III fez erguer em Heliopolis no século V a.C., e que Augusto César posteriormente transferiu para o Caesareum de Alexandria, um dos quais adorna hoje o Cais do Tamisa em Londres e outro um recanto do Central Park de Nova York .
A descrição Bíblica das Colunas Salomónicas é a seguinte:
ResponderExcluir“Assim terminou ele [Hirão] de fazer a obra para o Rei Salomão, para a casa de Deus:
As duas colunas, e os globos, os dois capiteis sobre as cabeças das colunas; as duas redes para cobrir os globos dos capiteis que estavam sobre a cabeça das colunas:
As quatrocentas romãs para as duas redes: duas carreiras de romãs para cada rede, para cobrirem os dois globos dos capiteis que estavam em cima das colunas.
Na planície do Jordão, o rei os fez fundir em terra barrenta, entre Sucoth e Zeredata”.
ResponderExcluir“Fez também diante da casa duas colunas de trinta e cinco côvados de altura; e o capitel que estava sobre cada uma era de cinco côvados.
Também fez as cadeias como no Santo dos Santos, e as pôs sobre as cabeças das colunas: fez também cem romãs as quais pôs entre as cadeias.
E levantou as colunas diante do templo, uma à direita e outra à esquerda; e chamou o nome da [que estava] à direita Jachin, o nome da [que estava] à esquerda, Boaz”.
“A altura de uma coluna era de dezoito côvados, e sobre ela [havia] um capitel de cobre, e de altura tinha o capitel três côvados; e a rede, e as romãs em roda do capitel, tudo [era] de bronze; e semelhante a esta, era a outra coluna, com a rede”.
Esta era a idade do bronze na arquitectura. Homero fala nos dela na casa de Alcino. Os tesouros de Micenas eram recobertos internamente de chapas de bronze, e nos túmulos etruscos dessa idade esse metal era muito mais material de decoração do que o trabalho em pedra ou outro.
O Altar do Templo fora feito de Bronze, e sustentavam o mar de fundição doze bois de bronze.
Os suportes, as pias e todos os outros objectos de metal, conjuntamente com as Duas Colunas, eram, na realidade, o que tanto celebrizava o Templo.
Houve muita especulação entre comentadores, maçónicos e não maçónicos sobre a designação das Colunas como “direita” e “esquerda”, uns tomam na no ponto de vista de quem entra no Templo, e outros de quem sai. O problema porém está ligado a uma pressuposição que está ligada à questão subsidiária da Orientação do Templo.
ResponderExcluirSabe se que os antigos hebreus se referiam ao que denominamos os quatro pontos cardeais, colocando se na posição de um homem que olhasse o Sol Nascente. Assim, à palavra “direita” equipara se a posição geográfica “sul”, e à palavra “esquerda” a posição geográfica “norte”, de modo que, quando se fala localmente, é evidente que Mão Direita e Sul são sinónimos 10.
Esta concepção dos Pontos Cardeais é nos confirmada não só pela Enciclopédia Bíblica, mas também pela Enciclopédia Judaica, que garantem: – “O leste era chamado ‘a frente’; o oeste, ‘a parte de trás’; o sul, ‘a direita’; e o norte, a ‘esquerda’”.
A tentativa de solução do problema, tomando por base a concepção de que a posição das Duas Colunas é vista pela pessoa que sai do templo, e por tal se aproxima das colunas vinda de dentro, é, [na minha opinião] altamente artificial, pois a primeira vista que se tem de um edifício é sempre de fora, e nunca de dentro. Por conseguinte, a primeira descrição de um edifício, ou de suas características externas (como se presume que o fossem as Duas Colunas) reflecte sempre o ponto de vista do observador que desse edifício se aproxima e o avista pela primeira vez, e isso só pode ser, por força, do lado de fora. Portanto, o ponto de vista do fiel saindo do templo não é realística, pois como pode alguém sair de um lugar sem aí haver entrado?
Tem sido muitas vezes assinalado pelos comentadores bíblicos que o Templo de Salomão nunca se destinou a conter numerosos fieis, mas apenas os sacerdotes oficiantes; esperava se que esses fieis se congregassem no Pátio do Templo, de onde lhes seria dado ver as Duas Colunas [do lado de fora].
O livro Ruth Capítulo 2:1 “Tinha Noemi um parente do seu marido, senhor de muitos bens… homem valente e poderoso… O qual se chamava Booz”.
ResponderExcluirA história da sua vida esta no L∴ L∴ Registrada no livro Ruth. O livro é histórico, composto em prosa narrativa, que descreve a situação do povo pobre que estava vivendo sob o jugo do império Persa. No seu primeiro capítulo, o livro começa dizendo que “nos tempos em que julgava os Juizes…” (Rt 1:1) ouve um período de muita fome, e nesse contexto, conta a história de uma família da qual fazia parte o nosso personagem.
Foi escrito no pós-exílio babilônico e retrata a situação do pobre que era marginalizado, excluído, sofredor… Neste sentido, quando se reporta à época dos Juízes, quer-se principalmente, fazer memória do projeto igualitário, onde todos tinham acesso à terra, ao pão, e à vivência da fraternidade que permitia às pessoas de serem felizes com suas famílias (Josué 24:13 e Dt 6:10 -13).
Belém, cidade de Booz, significa “casa de pão”, Mas a realidade era o oposto do nome. Se não havia pão, deveria ter algum motivo para isso. Aí se refletem as causas que geram a fome do povo, ou seja, a estrutura injusta da época que não permitia que o povo tivesse o necessário para sobreviver. Algo muito parecido aos dias em que vivemos.
Booz fazia cumprir fielmente a lei dos Juizes de Israel, onde havia uma provisão legal dando aos pobres o direito de ir aos campos no momento da colheita e recolherem o necessário para passarem o dia. Essa provisão, obviamente, obrigava aos donos de lavouras a deixarem no campo, alguma coisa de resto, que eles chamavam de “rebusco” para que os pobres pudessem ali, colher o suficiente sustento diário das suas famílias.
Em I Crônicas 2:12 e 15 ‘c’ diz: “E Booz gerou a Obede, e Obede gerou a Jaquim… e jaquim gerou… Davi, o sétimo”.
ResponderExcluirPois bem, quero salientar que nos chama atenção na vida desses dois homens, as suas ações em favor dos seus semelhantes, em favor dos mais humildes e menos favorecidos; a disponibilidade, a prontidão, a voluntariedade, à vontade de fazer e de ver acontecer. No primeiro caso, Booz, já fazia a diferença ao cumprimentar os seus serviçais. No L∴:. L∴, em Ruth 2:4 diz: “Eis que Booz veio de Belém e disse aos seus segadores: O Senhor seja convosco! Responderam eles: O Senhor te abençoe!”
Percebem o tratamento? É fantástico! Um homem rico, senhor de muitos bens, poderoso, e que trata com justa igualdade, com humanidade fraterna refinada respeito e carinho aos seus serviçais. “O termo Senhor de muitos bens” em hebraico, designa, normalmente, um guerreiro notável, (como Davi o foi), mas aqui significa uma pessoa poderosa (que detém a força e o poder), e muito bem conceituado na sociedade de sua época, Booz era reconhecido também como o ” resgatador “aquele que regata, que traz de volta”. Era um homem que estava sempre pronto a servir, contribuir e agir em favor dos mais fracos.
Jaquim, diferente de seu avô Booz, foi um homem de poucas posses, porém, sempre preocupado com o bem estar de sua família, do seu país, dos seus amigos e dos menos favorecidos. O L:. L:. Em I Samuel, 17:17-18 fundamenta bem o que estamos dizendo.
ResponderExcluirJaquim, mesmo já tendo todos os seus valentes filhos nas frentes de batalha, em guerra contra os filisteus, não encontrou nenhum empecilho para enviar seu filho mais moço (Davi) ao rei Saul, quando este o solicitou. Ficou sem o seu valente Pastor de ovelhas, para enviar e consolar a tristeza do rei, o melhor músico (tocador de harpa), que se tinha notícia. O L:. L:. em I Samuel 16:17-21, fundamenta bem isso. Davi Certamente seguia o bom exemplo do seu avô Booz. Logo, Podemos deduzir que não foi sem razão e motivos, que o Sábio Salomão, ao construir o templo, não titubeou em homenagear ao seu avô e tataravô nas duas colunas que mandou erguer para ornamentar e embelezar a entrada do templo.
No L:. L:. em I Reis 7:15 e 21 diz: 15 – “E formou duas colunas de cobre… 21 – Depois, levantou as colunas no pórtico do templo; tendo levantado a coluna direita, pôs-lhe o nome de Jaquim; e, tendo levantado a coluna esquerda, pôs-lhe o nome de Booz. Em II Crônicas 3:15, também esta registrada a homenagem”.
A lição de vida que podemos aprender com os nossos personagens e Irmãos do passado é, exatamente através do que eles tinham em comum. Não obstante um ser muito rico e poderoso, e o outro ser de classe média, visto ser apenas um pequeno agropecuarista criador de ovelhas, o que faziam deles iguais eram o caráter, a dignidade, a solidariedade, a voluntariedade, a prontidão, à vontade e o querer, levado à ação de ver acontecer, de fazer a diferença no mundo de sua época, tão injusto e carente. Qualidades necessárias e imprescindíveis na vida de um Maçom.
ResponderExcluirO Sábio Salomão com a justa homenagem prestada a seus digníssimos parentes nas colunas do templo nos dá a dica necessária de aprendizado, quando conseguimos discernir e entender que através dos homenageados, as colunas simbolizam entre outras coisas, a quebra da barreira social, cultural e racial, objetivando o agrupamento de indivíduos das diferentes classes, raças e culturas da sociedade local e global; na busca do entendimento, da razão de viver, da amizade, da paz, da liberdade, fraternidade e solidariedade entre os povos.
Assim, meus IIr:. O sábio rei Salomão através dessas colunas, esta nos dizendo que, Ao adentrarmos em nossos templos (neste augusto templo), devemos pensar como Jaquim e Booz. Ou seja, ao passarmos por entre colunas, deve ficar para traz as nossas diferenças sociais e culturais, os nossos títulos e as nossas vaidades, nos tornando a partir delas, todos iguais, verdadeiros irmãos, cuidadosos e zelosos uns pelos outros; como que, um por todos e todos por um.
Quero pensar que entre outras simbologias que as nossas colunas possam ter, esse ensinamento é verdadeiro, e deve ser uma realidade constante nas nossas vidas.
O sábio rei nos indica ainda, que é no templo, entre colunas o lugar apropriado para desbastar e polir a nossa pedra bruta, onde aprendemos a filosofia de vida dos nossos antepassados, e os ensinamentos dos mestres do nosso tempo, onde inteiramos uns com os outros, na busca do pleno conhecimento filosófico da nossa ordem, visualizando como Jacó, o topo da escada estendida a cada um de nós, rumo à plenitude final da nossa caminhada.
E por fim, o sábio Salomão nos indica pelo exemplo de vida e cidadania deixadas pelos seus parentes homenageados, que é lá fora, no mundo profano, entre os poderes constituídos, na política, nas organizações, nos negócios, em nosso lar, na criação e no tratamento dos nossos filhos e nossas esposas, e, principalmente entre os mais humildes, os pobres e miseráveis, os excluídos e desassistidos, que nós precisamos mostrar quem somos, porque somos e a quem servimos. É lá, que precisamos ser o “sal da terra e a luz do mundo” é lá que os bons exemplos deixados por Jaquim e Booz, e outros bons maçons que já foram e os que ainda vivem, precisam ser seguidos. Sem nenhuma pretensão de sermos diferentes, mas com objetivos bem definidos, traduzidos em ação o nosso aprendizado e convivência, para fazermos a diferença, neste mundo tão injusto, tão desigual e que precisa muito de cada um de nós.
“Devemos tratar com desigualdade os desiguais, na medida em que eles se desigualam” (Rui Barbosa)