FANATISMO


Quando o fanatismo gangrena o cérebro,... voltaire

Fanatismo: advém do latim “fanum”, templo, lugar sagrado.   
Em latim, “Fanaticus”, era o inspirado, o entusiasmado, o agitado por furor divino. Posteriormente, tomou o sentido de exaltado, de delirante, de frenético, e, finalmente, o de supersticioso.

Os fanáticos eram os sacerdotes antigos do culto de Ísis, Cibele e Belona, etc., que eram tomados de delírio sagrado, e que se laceravam até fazer correr sangue. 
A palavra tomou, assim, um sentido de misticismo vulgar, que admitia poderes ocultos, que podem intervir graças ao uso de certos rituais. 
O mesmo termo é usado para indicar a intolerância obstinada daquele que luta por uma posição, considerada por ele, evidentemente e verdadeira, estando disposto a empregar até a violência para a validade de suas opiniões e na tentativa de converter a outros que não aceitam suas ideias. 
Torna-se o termo, por extensão, o apontador de toda e qualquer crença, religiosa ou não, onde há demonstração obstinada por parte de quem a segue.                                                      
O fanático, em vez de fazer de sua fé um caminho de libertação, faz dela uma prisão para si mesmo e para os outros. 
Em vez de aprofundar as verdades da fé para iluminar com elas a vida, aceita a letra dessas verdades sem saborear o conteúdo das mesmas. 
O fanático não dialoga. 
Fala sozinho. Para ele, quem tem a mesma fé não precisa dizer nada. 
E quem não tem a mesma fé, não tem nada a dizer e merece o desprezo e a condenação, aqui e na eternidade.                                          
O fanatismo é uma fé cega, inconsciente, irrefletida, em muitos casos, independente da própria vontade que o ser humano sente por uma doutrina ou um partido.                                                            
A religião do fanático não se fundamenta no amor, mas no medo. Medo de errar, de pecar, de desviar-se do caminho. 
Ele fala demais para não escutar. 
Acredita que a melhor defesa da própria fé          é o ataque à  fé dos outros.                                  

A Maçonaria condena o Fanatismo com todas as suas forças. 

Em vários graus, as instruções giram em torno desta execrável paixão, considerada como um dos inimigos da Ordem Maçônica.
Irm.´. ANTONIO CLAUDIO VENTURA
Fonte: 
“Um passo mais além do entusiasmo, e se cai no fanatismo; outro passo mais e se chega a loucura”.(Jean  B.F. Descuret)
 CONSELHO DE KADOSCH 114 - OR.´. DE GUARULHOS                                          

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