O Número Oito
Instruído sobre o número sete, o Mestre Maçom, mediante estudo rigoroso, meditação profunda e compreensão absoluta, já pode ser considerado um homem perfeito!
Mas, de pouco lhe valeriam os conhecimentos adquiridos se ele os guardasse só para si.
A necessidade de aplicação daqueles ensinamentos que lhe foram transmitidos pelo conhecimento do simbolismo do número sete é um imperativo que deve ser seguido pelo Mestre Maçom, para que ele possa ajudar a erguer a humanidade a elevar o homem até colocá-lo no lugar que lhe é devido tão próximo quanto possível do Absoluto e, ainda, para que ele possa com a sua elevação e com o que aprendeu, dizer também um dia, com consciência, amor e humildade o ansiado EU SOU!
O estudo do número OITO está situado, quase que exclusivamente, no campo da Filosofia Maçônica e, por isto, ele se desenvolve entre a cogitação, as deduções e conclusões que exigem concentração absoluta da inteligência para um perfeito entendimento do simbolismo.
O número OITO está no limiar do caminho para a cognição dos mistérios do Plano Espiritual e, por isto mesmo, o campo de trabalho do estudante está ligado á esfera da Moral, onde ele terá de perscrutar, com paciência, todos os aspectos da vida superior, onde o homem, por seu desenvolvimento espiritual e intelectual, se situa a cavaleiro das questões menos elevadas que se apresentam no Plano Material.
Como ficou dito, o número OITO está ligado, estritamente, ao procedimento moral do homem e seu simbolismo foi muito bem caracterizado por Buda através dos ensinamentos que ele legou à humanidade e que são perfeitamente adaptáveis às necessidades do conhecimento que o Mestre Maçom, que se conscientizou sobre o número SETE, precisa ter.
Siddhartha Gautama, cognominado “Saquia Múni”, ou seja, o “Sábio de Sakyas” (o Buda), nasceu, aproximadamente, no ano 563 a.C. e morreu, também aproximadamente, no ano 483 a.C. Estes números, por si, já são interessantes, pois, segundo eles, o Iluminado viveu 80 anos (10 x 8)! Mais curioso, ainda, é saber-se que, OITO dias depois de sua morte, seu corpo foi cremado e as cinzas foram depositadas em OITO urnas que foram mandadas para OITO diferentes cidades da Índia!
Na vida de Buda encontramos estranhas relações com a Numerologia: Ele era nobre e rico, casado com uma mulher virtuosa e pai de um filho. Sai um dia para uma viagem durante a qual encontra um velho, um doente e um cadáver.
Estes três encontros modificaram inteiramente a vida de Siddartha e levaram-no a abandonar sua riqueza e a própria família para, de cabeça raspada e pobremente vestido, entregar-se a uma vida ascética durante seis anos, no fim dos quais, meditou durante quatro e depois, sete dias, sob uma árvore - a árvore Bó - que se tomou sagrada para os budistas e, sob ela, recebeu a “iluminação”.
E em virtude disto, aquela árvore, tomou-se conhecida como “árvore da Sabedoria”.
Partindo para iniciar suas pregações, Buda profere, na cidade de Benares, um discurso que aponta para a humanidade o que ele denominou de “Quatro Virtudes e Verdades Nobres”.
São elas:
PRIMEIRA: A vida, humana, é angústia e sofrimento; SEGUNDA: O sofrimento humano é causado pelo desejo de coisas que não podem satisfazer ao egoísmo;
TERCEIRA: O sofrimento pode findar e o homem tomar-se livre pela renúncia a estes desejos, que têm raízes na ignorância;
QUARTA: O homem pode libertar-se, seguindo a “Senda das OITO trilhas”.
Como vemos, as “Quatro Verdades Nobres”, focalizam um aspecto geral de toda a humanidade, cheia de angústia, e sofrimentos, que deles não se sabe libertar porque élhe difícil combater, em si mesma, o egoísmo, renunciar aos desejos impossíveis que são frutos da ignorância, onde deitam suas, raízes!
O remédio indicado pelo Sábio de Sakyas, para a pretendida liberdade é exposto na “Senda das OITO Trilhas” e são estas “trilhas” que, especialmente, interessam de perto ao Mestre Maçom, que se iniciou no TRÊS, integrou-se no CINCO e, finalmente, alcançou no SETE, a perfeição!
Ao atingir o estágio em que o Mestre Maçom deve preocupar-se com o simbolismo do número OITO, é de supor-se que ele já está senhor absoluto dos mistérios do número sete e, assim, possa interpretar e executar as oito trilhas da Senda, reveladas ao Gautama Buda, à sombra da “Árvore da Sabedoria”. Convidamos, ao Verdadeiro Mestre Maçom, a estudar, compreender e integrarse nas OITO trilhas, para com isto, tornar-se realmente útil a seus irmãos e constituir-se em um farol guia para a humanidade.
Eis as “trilhas”:
PRIMEIRA: Visão correta
A visão correta é aquela que nos permite ter conhecimento sobre o Mal.
Este conhecimento, de que deve ser senhor o Mestre Maçom, se estende desde o instante em que se caracteriza o “princípio” do Mal, até à “cessação” do mesmo Mal.
Conhecendo estes dois instantes, o Mestre deverá procurar o caminho que, mais rapidamente, o conduza a cessação do Mal, uma vez que este seja instalado.
É saber, então, o que é o Mal, quando começa o Mal e qual é o caminho a seguir para se alcançar, mais rapidamente, a cessação do Mal, o que caracteriza a visão correta de que o Mestre Maçom deve ser possuidor;
SEGUNDA: Aspiração correta
Que é o desejo da renúncia integral a respeito de tudo aquilo que nos dita o egoísmo.
O Mestre perfeito deve cuidar, antes mesmo que de si, dos interesses e do bem-estar de seus irmãos. Deve-se saber renunciar a seus desejos, uma vez que eles possam prejudicar a humanidade.
É, ainda, a aspiração de benevolência que deverá presidir os pensamentos do Mestre que se aprofunda nos mistérios do número OITO, para poder compreender as falhas humanas de seus irmãos e os defeitos diversos da sociedade em que ele vive.
É, finalmente, o desejo da bondade, do amor para com seus semelhantes, a fim de trazer-lhes um pouco de lenitivo em seus sofrimentos e nas suas dores físicas e morais;
TERCEIRA: Fala correta
É uma das mais importantes trilhas ensinadas por Buda. A fala correta implica antes de tudo, em evitarem-se palavras vãs, inúteis, sem sentido, vazias.
Depois, deve-se evitar para se ter uma fala correta, a mentira, a calúnia e o vilipêndio. Estes três atos são, na boca de um Mestre Maçom, a negação de tudo aquilo a que ele se propôs!
Mentir é destruir a verdade e o Maçom, na sua Iniciação, se propôs a ser um defensor da Verdade; a calúnia é, também, inadmissível a um Filho da Viúva, porque ela é um ato contrário ao exercício da Caridade, que é. um dos apanágios da Maçonaria; o vilipêndio.
Finalmente, é inteiramente impróprio ao Maçom, eis que o vilipêndio é contrário à Fraternidade de que tanto se orgulham os Maçons;
QUARTA: Ação correta
Deve ser um principio básico do Mestre Maçom.
A ação revela, pela sua qualidade, o estofo moral de quem a pratica.
Agir bem e corretamente, evitando o Mal e suas conseqüências, ter, antes de tudo, elevadas as coisas do Espírito, desprezar os ímpios caminhos que levam à degradação e ao vício.
Exercitar bons propósitos e dar, com exemplos, uma estrutura sólida a todos os atos dignos, eis a ação correta que deve ser praticada, sempre pelo Mestre Maçom perfeito;
QUINTA: Vida correta
Digna, honrada e exemplar deve ser a vida do Mestre Maçom perfeito, porque ela será o espelho em que se irão mirar, não só os Companheiros e os Aprendizes, mas, também, todos aqueles que vivem na Sociedade profana e que, desta forma, acostumar-se-ão a ver, na Maçonaria, através do exemplo dos Maçons, uma Sociedade elevada, sadia e duna de respeito.
O Mestre Maçom não pode, por força de seu Grau, pertencer a grupos, na Sociedade profana, menos dignos e nem exercitar meios de vida que não condigam com os princípios morais da Sociedade em que ele vive!
Sua vida tem de ser um exemplo de honradez e de trabalho, de dignidade e de respeito afim de que ele, como Maçom, se torne um exemplo para qualquer profano;
SEXTA: Esforço correto
É aquele que o Mestre Maçom deve exercer a fim de evitar que os instintos maus prevaleçam sobre a sua inteligência.
Ele deve esforçar-se a fim de que, caso reconheça em si estes instintos ruins, sejam eles extirpados o quanto antes.
Por outro lado, seu esforço deve ser no sentido de adquirir bons hábitos, assimilar as coisas boas e, mais, reter em si todos estes hábitos, estas coisas boas, sentimentos elevados e altruístas a fim de que possa, na ocasião própria, esparzir sobre seus Irmãos e sobre a humanidade os benefícios destas benesses de que ele se apoderou com o seu esforço correto. Tudo isto ele conseguirá com o aumento de sua energia, através do exercício da vontade, prendendo e forçando a sua mente, no sentido de produzir o Bem e afastar o Mal;
SÉTIMA: Atenção correta
É o exercício necessário para manter ardente, controlada e atenta a sua inteligência, depois de haver aprendido a vencer as ânsias e os desânimos que lhe assaltaram.
O Mestre Maçom perfeito deve, pelo controle de seus sentimentos, de suas idéias e seus pensamentos, permanecer sempre e corretamente em estado de atenção a fim de que não caia em erros ou contradições que possam levá-lo ao descrédito e à ignomínia;
OITAVA: Concentração correta
É a condição exigida ao Mestre Maçom perfeito, para alcançar os mais elevados páramos que o aproximam do Absoluto!
A concentração da mente conduz a um estado de espírito elevado onde não têm lugar as coisas mundanas.
Apetites sensoriais, idéias más, instintos baixos, são condições que não devem existir no Mestre Maçom que se entrega à concentração que o levará ao êxtase!
Sem apetites grosseiros, isento de idéias maléficas, livre das baixas ele penetra no campo da cogitação e da decisão, que lhe comunicam alegria e tranqüilidade.
Sua mente se torna clara e segura e já em grande elevação.
O estado contemplativo o faz tranqüilo, atento e controlado para penetrar, finalmente, no êxtase de pureza completa onde não existe nenhum mal e nenhuma intranqüilidade.
Indicamos, de acordo com os ensinamentos de Buda, o OCTONÁRIO da perfeição e, como se depreende logo, adaptamos seus ensinamentos ao Mestre Maçom perfeito, tal é a semelhança que aproxima os princípios do “Iluminado Sábio de Sakyas” com os excelsos princípios da Sociedade Maçônica!
O Estudo dos números na Maçonaria nos tem levado a uma concepção inteiramente nova sobre a Sociedade Maçônica.
Sabemos já, que ser Maçom é, na realidade, algo muito importante e, sabemos mais que, infelizmente, pode-se afirmar que, na realidade, há muito poucos Maçons!
Agora, depois do estudo das Influências do Número OITO sobre a estrutura Moral do homem, examinemos as influências que ele exerce sobre a sua estrutura física:
Os sete centros magnéticos, de que já falamos, são, como vimos, evolvidos pela ação da Energia Criadora e, então, o Iniciado está próximo a abandonar as coisas materiais para preocupar-se com o caminho que mais facilmente o conduzirá à Divindade, transformando-o em um exponencial de Amor.
Para isto ele deverá atentar para OITO faculdades que trabalham em seu corpo físico procurando aproximá-lo, o tanto quanto possível, da perfeição para cumprir o preceito de Hermes que diz que “o que está em baixo é igual ao que está em cima”.
A ação criadora no número SETE, que, como vimos, produz, fecunda e organiza, é equilibrada pelo número OITO, “símbolo natural do equilíbrio”, que preserva e consolida aquela ação de tal forma que o SETENÁRIO irá, naturalmente, manifestar-se no OCTANÁRIO luminoso e equilibrado.
A Criação, obra da Divindade, tem por finalidade, partindo das substâncias mais densas, chegar até o homem e, em seguida, continuando a perpétua Evolução, elevar espiritualmente este homem até atingir à condição de “Homem Deus”, próximo do Absoluto e senhor de toda a Sabedoria.
A Divindade UNA manifesta-se sob a forma de OITO Grandes Entidades, que o mundo material denomina de “formas de Energia”.
Estas Grandes Divindades, ou formas de energia, trabalham sobre os átomos materiais comunicando-lhes diferentes atividades que, aplicadas ao corpo humano, dão-lhe a chamada capacidade vital e permitem o seu funcionamento perfeito e equilibrado.
Há, no corpo humano, OITO centros materiais denominados “Glândulas endócrinas” e de secreção mista, que constituem a sede do trabalho das
Grandes Entidades.
Em cada uma destas glândulas, a Entidade Energética fabrica, com elementos que lhe são fornecidos pelo sangue, substâncias orgânicas denominadas hormônios que são posteriormente, levadas ao organismo, pela corrente circulatória e, uma vez ali, agem no sentido de acelerar ou retardar as funções orgânicas, equilibrando, desta forma o processo vital e dando ao corpo os caracteres de vida e perfeição.
Os hormônios agem em quantidades mínimas, mas eles são os responsáveis pelas mais surpreendentes manifestações biológicas do homem.
Alguns miligramas de determinado hormônio transforma uma menina em mulher, com formas harmoniosas, perfeitas, dá-lhe beleza, viço e encantos.
Um ligeiro desequilíbrio, no entanto, na quantidade deste hormônio, ou a intromissão indébita de um outro, pode transformar esta beldade em uma virago, de músculos salientes, voz grossa e pêlos no rosto! Hormônios há que presidem ao crescimento normal. Seu excesso, ou sua falta, produzem o gigantismo ou o nanismo.
As glândulas endócrinas produzem o seu hormônio e lançam-no diretamente no sangue, que o distribui por todo o corpo. Algumas glândulas entregam apenas parte de seus hormônios ao sangue, lançando a outra parte para dentro das cavidades corporais.
Estas são conhecidas como glândulas de secreção mista. Outras, finalmente, lançam seu hormônio para fora do corpo ou para dentro das cavidades corporais, mas nunca para o sangue. São as glândulas exócrinas.
As Entidades Divinas, traduzidas como Energia que atua sobre os átomos, trabalham sobre as glândulas endócrinas e mistas, atuando da seguinte maneira:
PRIMEIRA
A primeira Entidade atua sobre a glândula Pineal, localizada entre os hemisférios cerebrais.
O hormônio desta glândula tem ação reguladora sobre o equilíbrio físico e mental do indivíduo.
Atua, ainda, sobre as manifestações da função sexual e seu desenvolvimento.
Durante a infância, até à época da puberdade, a ação hormonal desta glândula é predominante e, assim, sua ação frenadora não permite, até àquela época, maiores manifestações de caráter sexual no adolescente.
Atingida a época da puberdade, a produção de hormônio da glândula diminui e, no jovem, iniciam-se as manifestações do sexo.
Falta ou excesso do funcionamento desta glândula causa distúrbios de ordem física na constituição do esqueleto e desenvolvimento muscular e de desempenho sexual.
A Entidade que a ela assiste é responsável por seu perfeito funcionamento e conseqüente equilíbrio do desenvolvimento normal do corpo.
SEGUNDA
A segunda Entidade Divina é responsável pelo funcionamento regular da Hipófise, glândula situada na base do cérebro, dentro de uma cavidade chamada cela túrsica e é de importância capital.
Esta glândula comanda o funcionamento regular de todas as outras.
Seu hormônio relaciona-se com o desenvolvimento da inteligência e mesmo com a formação do caráter do indivíduo.
O mau funcionamento desta glândula pode causar vários distúrbios em várias funções, principalmente naquelas ligadas à inteligência e à função sexual.
TERCEIRA
A sede onde atua a terceira Divindade Energética está situada na laringe e chama-se Tireóide.
Ela é responsável pelo ritmo normal das funções ligadas ao metabolismo basal.
A falta de seu hormônio causa o retardamento de todo o processo fisiológico do corpo, acontecendo isto também quando algum distúrbio a faça produzir hormônio em demasia.
QUARTA
A Entidade Energética que preside às glândulas Paratireóides, situadas no pescoço, é responsável pela dentição perfeita, pelo bom funcionamento do aparelho da visão e pelo funcionamento normal do derma e da epiderme.
O desequilíbrio de suas funções traz alterações no esmalte, dos dentes, produz, freqüentemente, a catarata e torna a pele rugosa, quebradiça e sem vitalidade.
QUINTA
A quinta Entidade Energética atua sobre o Timo.
É uma glândula de importância primacial no crescimento do indivíduo.
Sua função se exerce, no máximo de sua capacidade, até os 14 anos.
É a fase do desenvolvimento acentuado do corpo. Depois desta idade a carga energética da glândula começa a diminuir e esta, por sua vez regride até tornar-se, no adulto, de tamanho insignificante. Durante o tempo normal de seu funcionamento ela garante o crescimento e o peso normais, a dentição perfeita, a ossificação esquelética completamente proporcional.
SEXTA
A energia da sexta Entidade está situada nas cápsulas supra-renais e é responsável pelo aceleramento das funções corporais.
Seu hormônio é a adrenalina, que atua sobre todos os órgãos musculares obrigando-os a manter o seu comportamento regular.
Tem ação vaso-constritora e, assim, pode causar a diminuição do comprimento e do calibre dos vasos obrigando ao coração a um aumento de trabalho capaz de manter a pressão sangüínea em condições ideais.
SÉTIMA
O Pâncreas, glândula de secreção mista, tem seu trabalho presidido pela sétima Entidade Energética. Fabricando a insulina, ele garante, com este hormônio, o equilíbrio dos hidratos de carbono e, conseqüentemente, a normalidade das funções da nutrição.
OITAVA
A Entidade Energética que ocupa o OITAVO lugar é responsável pelo trabalho das glândulas procriativas: testículos, no homem e ovários, na mulher. Estas glândulas são de secreção mista e, enquanto uma parte de seu hormônio - espermatozóide e óvulo - providencia o processo da geração humana, outra parte - foliculina e progesterona - cuidam dos aspectos externos de masculinidade ou feminilidade do indivíduo.
É importante esclarecer-se, aqui, a denominação de Entidade Energética várias vezes empregada.
O nosso estudo tem de abranger a Maçons com graus de cultura diferentes e, assim, há que se procurar termos que não se tornem obscuros para alguns.
O Estudo abrange não só a parte espiritual, mas, também a parte material do homem.
Por isto, há que se relacionar uma e outra para que a harmonia do seu conjunto possa ser alcançada pela inteligência.
Sabemos que, no mundo Espiritual, a Vontade Divina é UNA.
Ela, no entanto, se manifesta sob vários aspectos, sem perder, contudo, a sua unicidade.
No mundo Material, a Ciência dos homens, cheia ainda de preconceitos, não quer aceitar, como Divinas, certas forças que lhe são conhecidas sem que consigam dar a ela uma explicação científica!
Então prefere o homem denominar de Energia aquilo que o Iniciado conhece como sendo a Vontade Divina.
Sabe-se que a Energia, segundo os cientistas, se apresenta sob várias formas.
O Mestre Maçom tem a obrigação de estudar as coisas do mundo Espiritual mesmo achando-se no mundo Material.
Não deve, porém, cultivar a vaidade do cientista e, por isso, temos de usar termos equivalentes para nos expressarmos sobre um mesmo assunto e sermos entendidos.
Então, quando falamos em Entidade Energética, queremos dizer uma mesma coisa, ou seja, Entidade é uma forma de manifestação da Divindade UNA; Energética, se refere a uma forma de apresentação da Energia ÚNICA.
Como sabemos que a Energia é a manifestação da própria Divindade, temos que, Entidade Energética, significa a ação da própria Divindade UNA.
Tudo não passa de um simples artifício de linguagem para designar a mesma coisa, ora no Plano Espiritual, ora no Plano Material.
O Ritual do Mestre Maçom prefere ultrapassar a sua explicação além do ponto de vista cabalístico do número OITO.
Informa que ele pertencia, entre os semitas, aos Kabirins (uma categoria sacerdotal(?)) e lembra o seu aparecimento no símbolo babilônico do Sol.
A “cruz” babilônica era um símbolo, mas, não ao que parece, o emblema babilônico do Sol.
Este símbolo foi adotado por Nabucodonosor depois que ele construiu um novo palácio, ou melhor, aumentou o antigo palácio construído por Hamurábi. A estrela de quatro pontas que se destaca, representava o novo palácio (império) de Nabucodonosor e a “cruz”, formada de raios nascidos dos vértices internos da estrela representava o antigo esplendor da Babilônia no reinado de Hamurábi.
Estes raios tríplices recordavam os capítulos do Código de Hamurábi, formado, cada qual, de três sub-capítulos, a saber:
1° repressão ao roubo;
2° relativo às questões de perda ou transmissão da propriedade;
3° relativo às locações.
O segundo capítulo (o outro braço da “cruz” também dividido em três sub-capítulos que se referiam a:
1° da família;
2° das ofensas corporais;
3° do tratamento do trabalho dos libertos ou escravos.
É provável que a interpretação dada ao símbolo como sendo a representação do Sol, tenha vindo de uma figura, em forma de estrela (uma estrela de diorito) descoberta por Morgan, em Susa, no ano de 1901, e que mostra, no vértice de estrela o deus Xamaxe (o deus Sol dos babilônios) sentado no trono, entregando a um rei, em atitude de oração, as leis do império.
É, pois, evidente que o símbolo não se refere ao Sol, mas a uma cena que descreve a origem da lei. Não parece, pois (opinião nossa) que haja qualquer relação entre o emblema de Nabucodonosor e a ÓCTADA simbólica da Maçonaria.
Diz o Ritual que o deus-luz favorece o raciocínio, coordena as idéias, modera as paixões e intervém no organismo.
É a ação, como já se viu, da Entidade Energética.
Pouco simbolismo pode ser encontrado no fato de que o número OITO corresponda ao nosso “H”, OITAVA letra do alfabeto, mas atente-se ao fato de ter sido ele formado de dois quadrados que formam o quadrilongo do Templo.
A idéia de perfeição dada pelo cubo de dois, é simbólica.
Boanerges B. Castro
O Simbolismo dos Números na Maçonaria
Bibliografia
ResponderExcluirNo presente trabalho foram consultadas as seguintes obras cuja leitura se
recomenda:
RITUAL DO APRENDIZ MAÇOM - Grau 1.
RITUAL DO COMPANHEIRO MAÇOM - Grau 2.
RITUAL DO MESTRE MAÇOM Grau 3.
RITUAL DO MESRE SECRETO - Grau 4.
GRAU DO APRENDIZ MAÇOM E SEUS MISTÉRIOS - Jorge Adoum
GRAU DO COMPANHEIRO MAÇOM E SEUS MISTÉRIOS -Jorge Adoum.
GRAU DO MESTRE MAÇOM E SEUS MISTÉRIOS - Jorge Adoum.
GRAU DO MESTRE SECRETO E SEUS MISTÉRIOS - Jorge Adoum
MAÇONARIA SIMBÓLICA - Raul Silva.
ANTIGA MAÇONARIA MÍSTICA ORIENTAL - Swinburn Clymer.
O QUE DEVE SABER UM MESTRE MAÇOM - Papus.
PEQUENA HISTÓRIA DA MAÇONARIA - C. W. Leadbeater.
A VIDA OCULTA NA MAÇONARIA - C. W. Leadbeater.
DO APRENDIZ AO MESTRE MAÇOM - Sebastião Dodel.
O DELTA LUMINOSO - Rizzardo da Camino.
INTRODUÇÃO À MAÇONARIA - 3.0 Vol. - Rizzardo da Camino.
MANUAL DO MESTRE MAÇOM - M. Gomes.
JESUS E SUA DOUTRINA - A. Leterre.
A DOUTRINA SECRETA - H. P. Blavatsky.
PASSES E RADIAÇÕES - Edgard Armond.
A BÍBLIA SAGRADA
O NOVO COMENTÁRIO DA BÍBLIA - R. Davidson.
GRANDE DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MAÇONARIA E SIMBOLISMO - Nicola Aslan.
DICIONÁRIO DE MAÇONARIA - Gervásio Figueiredo.
DICIONÁRIO DA BÍBLIA - I. Davk.
ENCICLOPÉDIA BRASILEIRA “MÉRITO”.
NOVO DICIONÁRIO AURÉLIO.
.
·
Número 8 NA CABALA
ResponderExcluirEste é o número da vitória, da prosperidade e da superação sobre as adversidades e a matéria.
Representa a apropriação do poder e a boa administração do dinheiro e tudo o que tem a ver com ele. Responsabilidade, riqueza material e reconhecimento que levam ao poder representam o número 8.
Simboliza as transformações que levam ao topo da escada ou da montanha, ao prestígio, a tudo o que se pode conseguir movido pela ambição. Simboliza a luta, os enfrentamentos, as guerras pessoais, a perseverança, mas sempre baseado no senso ético, na justiça e na moral.
Simboliza a regeneração, o renascimento, a renovação, a vitória pessoal através do enriquecimento.