Este trabalho nada mais é do que um ensaio de vários relatos, estudos e textos que falam de forma símile sobre a Fênix, símbolo de esperança e do renascimento.
Para mostrar que no mundo em que vivemos, apesar das mudanças constantes, temos sempre que ter esperança e renascer, seja na vida familiar, na vida social, no trabalho, em tudo e todo lugar e, no mais importante, a do próprio ser!
A todo instante temos que nos atualizar, quebrar paradigmas, mudar de direção, de estratégia, sem perder o foco e a particularidade que carregamos em nós.
Daí, escrever um pouco, sobre esta criatura favorita…….pela sua beleza e pelo seu simbolismo!
Escrever sobre esta ave majestosa, imperadora dos céus, que, quanto mais lemos sobre ela, mais deslumbrados ficamos com o seu encanto.
O seu lema é “Renasce Piu Gloriosa“.
O mito da Fênix é um dos arquétipos mais compartilhados pelo inconsciente humano, em todos os tempos. Iremos encontrá-lo em quase todas as tradições antigas, geralmente conectado com o anseio humano de imortalidade, ou de um renascimento em outra forma ou condição de vida.
A Fênix possuia um rufo de penas douradas em volta do pescoço e as suas asas e as longas penas esvoaçantes da cauda ostentavam todas as cores do arco-íris.
O bico parecia de vidro, os olhos assemelhavam-se a pedras preciosas e, no alto da cabeça, ostentava uma crista cintilante. Diz-se que uma pena de Fênix conferia a imortalidade ao seu portador, possuía a voz melodiosa que se tornava triste quando a morte se aproximava e a impressão que a sua beleza e tristeza causavam em outros animais chegava a provocar a morte deles.
Ela chegava a medir 5 metros de comprimento, mas poderia ser assemelhada ao tamanho de algumas águias. Era super poderosa, tinha o poder de se transformar em uma ave de fogo, muito inteligente e não precisava se alimentar para poder viver. Pela sua morte diferente, a fênix tornou-se um símbolo de força, da imortalidade e do renascimento.
A mais antiga referência da ave mitológica Fênix vem de textos antigos que datam de mais de quatro mil anos, como é o caso de “Os Textos das Pirâmides”, que se constituem os mais antigos textos do Egito, gravados nas paredes internas das pirâmides da 5ª e 6ª dinastias ( 2.400-2.200 aproximadamente).
Segundo a lenda, apenas uma fênix podia viver de cada vez.
Quando a fênix sentia a morte aproximar-se, construía uma pira de ramos de canela, salvia e mirra, em cujas chamas morria queimada.
Mas das cinzas erguia-se, então, uma nova fênix, que colocava, piedosamente, os restos da sua genitora num ovo de mirra e voava com eles à cidade egípcia de Heliópolis, onde os colocava no Altar do Deus do Sol (Deus Ra).
Dizia-se que estas cinzas tinham o poder de ressuscitar um morto.
A vida longa da fênix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual.
Mitologia Egípcia
A Fênix grega de plumas douradas tem origem na Bennu egípcia, que se diz ter sido a primeira criatura a emergir da lama primordial.
Os egípcios adoravam bennu, uma ave sagrada semelhante à cegonha. O bennu, assim como a fênix, estava ligada aos rituais de adoração do Sol em Heliópolis. As duas aves representavam o Sol, que morre em chamas toda tarde e emerge a cada manhã. Cumprido o ciclo de vida do bennu, ele voava a Heliópolis, pousava sobre a pira do deus Rá, ateava fogo em seu ninho e se deixava consumir pelas chamas, renascendo das cinzas.
Mitologia Grega
A fênix ou fénix (em grego ϕοῖνιξ) é um pássaro da mitologia grega, de grande porte que merecia o título de animal mais raro da face da terra, simplesmente por ser a única de sua espécie.
É impressionante saber que existiu ave tão diferente como essa, conhecida por toda Europa, tão divina e de imensa beleza, que até parece mágica; mágica por que quando morria, entrava em combustão, ou seja, pegava fogo e de suas cinzas, nascia uma nova Fênix e, também, podia curar ferimentos e doenças com suas lagrimas, além de suportar cargas muito pesadas e dominar a arte da Pirocinese (produzia e manipulava o fogo).
Para os gregos, a fênix por vezes estava ligada ao deus Hermes e é representada em muitos templos antigos. Há um paralelo da fênix com o Sol, que morre todos os dias no horizonte para renascer no dia seguinte, tornando-se o eterno símbolo da morte e do renascimento da natureza. Hesíodo, poeta grego do século VIII a. C., afirmou que esta ave vivia 9 vezes o tempo de existência do corvo, que tem uma longa vida. Outros cálculos mencionaram até 97.200 anos.
Império Romano
Durante o Império Romano, a Fênix tornou-se o emblema do Império Eterno e figurava em moedas e mosaicos, pois os romanos viam na ave uma metáfora para o caráter imortal e intocável do Império Romano.
Mitologia Chinesa
Na mitologia Chinesa, a Fênix é conhecida como Fenghuang, uma das 4 criaturas das direções.
Partilha o equilíbrio entre o Yin e o Yang, representando os poderes solares do Yang e os lunares do Yin.
Representa a Imperatriz, as qualidades da beleza e da paz e os 5 elementos.
Na China antiga a fênix foi representada como uma ave maravilhosa e transformada em símbolo da felicidade, da virtude, da força, da liberdade, e da inteligência.
Na sua plumagem, brilham as cinco cores sagradas: roxo, azul, vermelho, branco e dourado. O fenghuang também é chamado de “galo celestial”, já que, por vezes, toma o lugar do galo comum no horóscopo chinês.
Mitologia Japonesa
Na mitologia Japonesa, a fênix é conhecida como Ho-Ou, visitando a Terra em eras sucessivas para anunciar uma nova era, antes de regressar ao céu.
Representa o sol, a justiça, a fidelidade e a obediência. Desde os tempos antigos tem sido amado como uma ave considerada como um bom presságio. Hou-ou é o pássaro mais sagrado de todos e é considerado o rei dos pássaros devido à sua alta espiritualidade. A Hou-ou libera um brilho dourado, sua plumagem é decorada com cinco cores bronze, seu pescoço é alongado como uma serpente, seu corpo tem os padrões de dragões e seu bico assemelha a de um galo.
A primeira parte do seu nome “Hou” indica metade masculina e a segunda “ou” indica feminino. Ambos começamos masculinos e femininos a vida espiritual como insetos e aves sagradas se após 360 dias.
Tradição Judaica
A tradição judaica fala da Fênix como a Milcham. Dizem que, no Jardim do Paraíso, o Éden original, debaixo da Árvore da Sabedoria, crescia uma roseira. De sua primeira rosa nasceu um pássaro, e seu vôo era como um raio de luz, com magníficas cores e maravilhoso canto.
Quando Eva comeu o fruto proibido da Árvore do Conhecimento, tornou-se invejosa da natureza não pecadora dos animais e incitou-os a comerem da Árvore, também. Todos obedeceram, exceto a Milcham, cuja fortitude foi recompensada com a oferta da imortalidade. Foi-lhe permitido viver numa cidade muralhada, durante 1.000 anos.
Quando os 1.000 anos passam, um fogo consome a Milcham deixando apenas um ovo que vive um novo ciclo de 1.000 anos. A ave morreu nessa fogueira, mas das próprias chamas surgiu uma outra, a Fênix, com uma plumagem inigualável, com o corpo dourado.
Até hoje o pássaro Milcham reside na cidade que o anjo da morte lhe construiu e ele é fecundo e multiplica-se como as demais criaturas. São mil os anos de sua vida e, quando decorridos estes mil anos, uma fogueira parte do seu ninho e consome os pássaros; resta apenas um ovo, que se transforma em pintainho e o pássaro continua a viver.
Outros, porém, dizem que, quando chega a mil anos, o corpo enruga e as asas perdem as penas, de maneira que se parece novamente com um pintainho. Depois disso, a plumagem se renova e ele alça vôo como uma águia, e a morte jamais lhe sobrevém.
Cristianismo
No início da era cristã, esta ave fabulosa foi símbolo do renascimento e da ressurreição.
Neste sentido, ela simboliza o Cristo ou o Iniciado, recebendo uma segunda vida, em troca daquela que sacrificou.
Com o surgimento do cristianismo, a fênix passou a representar a idéia de ressurreição e de vida após a morte, pois esta ave, circundada por raios solares, representava Jesus Cristo, que havia morrido e ressuscitado; simbolizava, também, a esperança que nunca deve morrer no homem.
Como a nova Fênix acumula todo o conhecimento obtido por suas antecessoras – que, na realidade, são a mesma – um novo ciclo de inspiração e esperança começa. A ressurreição periódica da fênix de suas cinzas foi freqüentemente citada por autoridades da Igreja como prova da ressurreição geral dos mortos.
Ainda que as descrições variem, o significado da fênix nos bestiários é geralmente a de símbolo de Cristo e de sua ressurreição, imortalidade e vida após a morte.
Registros Históricos
Heródoto, geógrafo e historiador grego, nascido no século V a. C.,, assim a descreveu:
“Existe outro pássaro sagrado, também, cujo nome é fénix. Eu mesmo nunca o vi, apenas figuras dele. O pássaro raramente vem ao Egito, uma vez a cada cinco séculos, como diz o povo de Heliópolis. É dito que a fénix vem quando seu pai morre. Se o retrato mostra verdadeiramente seu tamanho e aparência, sua plumagem é em parte dourado e em parte vermelho. É parecido com uma águia em sua forma e tamanho. O que dizem que este pássaro é capaz de fazer é incrível para mim. Voa da Árabia para o templo de Hélio (o Sol), dizem, ele encerra seu pai em um ovo de mirra e enterra-o no templo de Hélio. Isto é como dizem: primeiramente molda um ovo de mirra tão pesado quanto pode carregar, então abre cavidades no ovo e coloca os restos de seu pai nele, selando o ovo. E dizem, ele encerra o ovo no templo do Sol no Egito. Isto é o que se diz que este pássaro faz.“
Esse relato de Heródoto deixa clara a natureza originalmente oral do que se sabia e que se entendia pela Fênix. Eram histórias passadas de boca a boca e transmitidas por ser uma lenda maravilhosa e admirável.
Também deixa clara a exitação desse historiador ao confirmar essa lenda como certa. No entanto, na mitologia clássica, a ave Fênix era considerada como algo mais que um mito poético ou uma ingênua lenda inventada e aperfeiçoada pelo imaginário popular;o imaginário da Fênix e toda sua mitologia estavam arraigados no subconsciente coletivo, rompendo as fronteiras geográficas e tornando-se um mito universal nascido do vetor mais de uma tradição egípcia, mas que também possui manifestações de incrível similitude na Índia e China.
Apolonio de Tiana, filósofo neo -pitagórico e professor de origem grega, nascido no século II a. C., fez a seguinte citação:
“E a fénix, ele disse, é o pássaro que visita o Egito a cada cinco séculos, mas no resto do tempo ela voa até a Índia; e lá podem ser visto os raios de luz solar que brilham como ouro, em tamanho e aparência assemelha-se a uma águia; e senta-se em um ninho; que é feito por ele nas primaveras do Nilo. A história do Aigyptos sobre ele é testificada pelos indianos também, mas os últimos adicionam um toque a história, que a fénix enquanto é consumida pelo fogo em seu ninho canta canções de funeral para si“.
Tacito, historiador romano, por exemplo, mesmo admitindo a existência de elementos fabulosos nas histórias sobre a Fênix lenda, endossa o caráter “histórico” dessa lenda:
“No consulado de Paulo Fábio Maximio ( 12 a. C. ) e Lucio Vitélio ( 2 a. C. ), depois de um longo decurso de anos, apareceu no Egito a fênix, maravilha que foi matéria para doutas dissertações dos naturais e dos Gregos da época. Sobre alguns pontos são todos acordes, sobre outros falam com incerteza, como vou contar, pois vale a pena saber. Essa ave é consagrada ao sol, e pela forma e natureza das plumas é diferente de qualquer outras: nisto concordam os que a descreveram; mas a respeito do período de ano de seu reaparecimento variam as opiniões. Ficam geralmente o ciclo de quinhentos anos, e alguns pretendem que seja de mil quinhentos e sessenta e um, pois que as primeiras foram vistas nos reinados de Sesósides, de Amásis e mais tarde no de Ptolomeu, terceiro dos reis macedônios, tendo elas voado para a cidade de Heliópolis, com grande acompanhamento de aves, admiradas de sua estranha figura. Não há certeza, porém nos fatos da antiguidade: entre Ptolomeu e Tibério, decorreram menos de duzentos e cinqüenta anos; e por isso alguns pensaram que não era esta a verdadeira fênix, nem procedente da Arábia, nem semelhante às de que rezam as antigas memórias. Portanto, conforme a tradição, quando, completo o número de anos, se avizinha a morte, a fênix faz em sua terra um ninho, que ela fecunda, e donde nascerá um filhote. Apenas cresce este, seu primeiro cuidado é sepultar o pai. Não o faz, porém, de qualquer maneira, mas, tomando certa quantidade de mirra e experimentando suas forças, quando se acha capaz de com o peso vencer a viagem, carrega o corpo do pai para o altar do sol e ali o queima. Tudo isto, entretanto, incerto e aumentado de fábulas, mas não se duvida de que às vezes esta ave é vista no Egito”.O poeta romano Publio Ovidio Naso, conhecido como Ovidio, nos países de lingua portuguesa, nascido no século 43 a. C., descreveu a fênix do seguinte modo:
“Estas criaturas (outras raças de pássaros) todas descendem de seus primeiros, de outros de seu tipo. Mas um sozinho, um pássaro, renova e renasce dele mesmo – a Fénix da Assíria, que se alimenta não de sementes ou folhas verdes mas de óleos de bálsamo e gotas de olíbano. Este pássaro, quando os cinco longos séculos de vida já se passaram, cria um ninho em uma palmeira elevada; e as linhas do ninho com cássia, mirra dourados e pedaços de canela, estabelecida lá, inflama-se, rodeada de perfumes, termina a extensão de sua vida. Então do corpo de seu pai renasce uma pequena Fénix, como se diz, para viver os mesmos longos anos. Quando o tempo reconstrói sua força ao poder de suportar seu próprio peso, levanta o ninho – o ninho que é berço seu e túmulo de seu pai – como imposição do amor e do dever, dessa palma alta e carrega-o através dos céus até alcançar a grande cidade do Sol (Heliópolis, no Egito), e perante as portas do sagrado templo do Sol, sepulta-o“.
O cosmógrafo Al-Qaswini, em sua obra Maravilhas da Criação, afirmou que o Simorg Anka vive por 1.700 anos e que, quando seu filho chega à idade adulta, o pai queima a si mesmo em uma pira funerária. Essa imagem do simurgh foi claramente influenciada pela fênix e é a ela que se refere o poeta persa sufi Farid ad-Din Attar, em A Conferência dos Pássaros, de 1177:
“Na Índia vive um pássaro que é único: a encantadora fênix tem um bico extraordinariamente longo e muito duro, perfurado com uma centena de orifícios, como uma flauta. Não tem fêmea, vive isolada e seu reinado é absoluto. Cada abertura em seu bico produz um som diferente, e cada um desses sons revela um segredo particular, sutil e profundo. Quando ela faz ouvir essas notas plangentes, os pássaros e os peixes agitam-se, as bestas mais ferozes entram em êxtase; depois todos silenciam. Foi desse canto que um sábio aprendeu a ciência da música. A fênix vive cerca de mil anos e conhece de antemão a hora de sua morte. Quando ela sente aproximar-se o momento de retirar o seu coração do mundo, e todos os indícios lhe confirmam que deve partir, constrói uma pira reunindo ao redor de si lenha e folhas de palmeira. Em meio a essas folhas entoa tristes melodias, e cada nota lamentosa que emite é uma evidência de sua alma imaculada. Enquanto canta, a amarga dor da morte penetra seu íntimo e ela treme como uma folha. Todos os pássaros e animais são atraídos por seu canto, que soa agora como as trombetas do Último Dia; todos aproximam-se para assistir o espetáculo de sua morte, e, por seu exemplo, cada um deles determina-se a deixar o mundo para trás e resigna-se a morrer. De fato, nesse dia um grande número de animais morre com o coração ensanguentado diante da fênix, por causa da tristeza de que a veem presa. É um dia extraordinário: alguns soluçam em simpatia, outros perdem os sentidos, outros ainda morrem ao ouvir seu lamento apaixonado. Quando lhe resta apenas um sopro de vida, a fênix bate suas asas e agita suas plumas, e deste movimento produz-se um fogo que transforma seu estado. Este fogo espalha-se rapidamente para folhagens e madeira, que ardem agradavelmente. Breve, madeira e pássaro tornam-se brasas vivas, e então cinzas. Porém, quando a pira foi consumida e a última centelha se extingue, uma pequena fênix desperta do leito de cinzas.
Aconteceu alguma vez a alguém deste mundo renascer depois da morte? Mesmo que te fosse concedida uma vida tão longa quanto a da fênix, terias de morrer quando a medida de tua vida fosse preenchida. A fênix permaneceu por mil anos completamente só, no lamento e na dor, sem companheira nem progenitora. Não contraiu laços com ninguém neste mundo, nenhuma criança alegrou sua idade e, ao final de sua vida, quando teve de deixar de existir, lançou suas cinzas ao vento, a fim de que saibas que ninguém pode escapar à morte, não importa que astúcia empregue. Em todo o mundo não há ninguém que não morra. Sabe, pelo milagre da fênix, que ninguém tem abrigo contra a morte. Ainda que a morte seja dura e tirânica, é preciso conviver com ela, e embora muitas provações caiam sobre nós, a morte permanece a mais dura prova que o Caminho nos exigirá”.
Na literatura ocidental moderna, François Marie Arouet, mais conhecido como Voltaire escritor, ensaísta, deísta e filósofo iluminista francês, nascido em 1694, fez a seguinte descrição desta ave fabulosa, em sua novela “A Princesa da Babilónia”:
“Era do talhe de uma águia, mas os seus olhos eram tão suaves e ternos quanto os da águia são altivos e ameaçadores. Seu bico era cor-de-rosa e parecia ter algo da linda boca de Formosante. Seu pescoço reunia todas as cores do arco-íris, porém mais vivas e brilhantes. Em nuanças infinitas, brilhava-lhe o ouro na plumagem. Seus pés pareciam uma mescla de prata e púrpura; e a cauda dos belos pássaros que atrelaram depois ao carro de Juno não tinham comparação com a sua.“
Maçonaria
Na Maçonaria, o mito da fênix é invocado em toda sua grandeza iniciática para mostrar a natureza que se renova em toda sua integridade, pela ação fogo, que aqui significa tanto o trabalho do alquimista no seu forno, cozendo e recozendo o material da Obra, quanto o batismo cristão, conforme preconizado por João Batista. Ambos são analogias que simbolizam a prática da doutrina renovadora da Maçonaria.
Joaquim Gervásio de Figueiredo, 33º, em seu Dicionário de Maçonaria, assim a descreve:
Fênix: ( do grego phoinix )
– Na Mitologia egípcia, é um belo e solitário pássaro fabuloso, do tamanho de uma águia, que viveu no deserto árabe um período de mil anos, findo o qual se consumiu no fogo, ressurgindo, posteriormente, de suas próprias cinzas, renovado, para reiniciar outra vida igualmente dilatada.
Tem parentesco simbolico com o simurgh persa, meio fênix e meio leão; com a hamsa hindu e a águia bicéfala dos heteneus e hindus.
Acha-se representado em numerosos manuscritos antigos, sendo que, na arqueologia cristã, aparece circundado de raios solares, que o consomem, para ele renascer em seguida, como simbolo de Cristo morrendo mas ressuscitando… figura no painel da Loja Egípcia do Rito de Cagliostro, grau de Mestre, no meio de uma pira, significando que, como esse pássaro, o maçom pode renascer à vontade de suas próprias cinzas.
O resgate dos chilenos, em 13/10/10 – No acidente na mina San José, no Chile, em 2010, a cápsula que estava retirando um por um dos 33 mineiros foi chamada de Fênix, porque o resgate deles, a uma profundidade muito grande de terra, lembrava a ressurreição da ave mítica das cinzas; teve, a meu ver, simbolismo maçônico.
Para os conhecedores do simbolismo maçônico e do ocultismo, é difícil não refletir sobre os fatos numerológicos e simbólicos do evento, tais como:
“O número de mineiros” – Insígnia do 33º (e mais alto) Grau do Rito Escocês Maçom. O número 33 é de grande importância na Maçonaria e no sistema de números da cabala. Ele pode ser encontrado em muitos casos na tradição maçônica.
“A data do evento” – A data do início do resgate, 13/10/10, também é significativo pois pode ser cabalisticamente calculado da seguinte maneira: 13+10+10, o que equivale a 33.
“A Fênix” – O nome do dispositivo de resgate foi chamado “Fénix” (Phoenix), que é a ave que renascia das próprias cinzas.
Mais uma vez, a seleção do nome Fênix, uma criatura mitológica, representando uma grande importância nos mistérios do ocultismo, é bastante interessante.
A ave é considerada um símbolo de consumação da transmutação alquímica, um processo equivalente à regeneração humana.
“Nos Mistérios era habitual referir-se aos iniciados como fênix ou homens que haviam nascido de novo, pois apenas com o nascimento físico ganha o homem consciência no mundo físico, então o neófito, depois de nove graus no seio dos Mistérios, nasceu para uma consciência do mundo espiritual.” – – Manly P. Hall, “Ensinamentos Secretos de Todas as Idades”.
“O simbolismo do evento – Para resumir o caso do resgate, 33 mineiros que ficaram presos por 69 dias, nas profundezas e na escuridão do subsolo, foram suspensos um a um, em um dispositivo chamado “Fênix” – uma criatura representante da iniciação ocultista – à luz do dia. Como se costuma dizer: “Ex tenebris lux”: Da escuridão para a luz.
Como vimos, a crença na ave lendária que renasce das próprias cinzas, existiu em vários povos da antiguidade e, em todas as mitologias, o significado da fênix é preservado: a perpetuação, a ressurreição, a esperança que nunca têm fim.
Nós, maçons, somos como a mitológica ave Fênix, pois temos um grande fogo que arde dentro de nossos corações, cheio de paixão, desejo, amor e esperança, com milhares de ideias e perseverança para que elas se realizem; quando parecemos não ter mais forças, renascemos das cinzas e incendiamos a tudo e a todos com força e esperança, que nascem de dentro e se espalham, mostrando como não devemos desistir de nossos amores, ideais e lutas.
Podemos cair mil vezes, mas mil vezes iremos levantar, e das cinzas ressurgiremos, cada vez mais fortes, cada vez mais donos de nós mesmos e, com certeza, estaremos a cada passo mais perto da felicidade.
Podemos até errar, mas poderemos nos levantar e mudar tudo para melhor, porque somos únicos neste mundo, e temos a obrigação de ajudar a fazer a vida ser algo melhor, não só para nós mesmos, mas para todos que nos rodeiam.
Fênix, símbolo da esperança e do renascimento.
“Esperança” é uma crença emocional na possibilidade de resultados positivos relacionados com eventos e circunstâncias da vida pessoal; requer uma certa perseverança, acreditar que algo é possível mesmo quando há indicações do contrário.
O sentido de crença deste sentimento o aproxima muito dos significados atribuídos à fé.
“Renascimento” é o processo através do qual você lamenta a sua perda e depois se levanta e começa tudo de novo. É um dos principais segredos para alcançar o sucesso. As pessoas realizadas são aquelas que nunca desistiram de tentar ser assim.
Algumas vezes, como a Fênix, temos que renascer das cinzas. Devemos passar pelo fogo e sair fortalecidos, renovados, renascidos e cheios de esperança.
Wilton Brandão Parreira Filho
M.’. M.’. – ARLS Wilson Lopes de Almeida, 673 (São Paulo, Brasil)
BIBLIOGRAFIA:
Fênix – http://andromeda-news.blogspot.com.br/2008_11_01_archive.html;
Lenda da Fênix- http://telehomeoffice.blogspot.com.br/2011/09/lenda.html;
História da Fênix: http://telehomeoffice.blogspot.com.br/2011/09/historia-da-fenix.html;
Significado de Fênix – http://www.significados.com.br/fenix/;
A Fênix – http://www.poesiasefrases.com.br/a-fenix/;
Fênix, o enorme pássaro da mitologia grega – http://www.plox.com.br/caderno/bichos/f%C3%AAnix-o-enorme-p%C3%A1ssaro-da-mitologia-grega;
História da ave mitológica Fênix e mais de 20 desenhos para tatuagem –http://expotattoonews.blogspot.com.br/2012/08/historia-da-ave-mitologica-fenix-e-mais.html#!/2012/08/historia-da-ave-mitologica-fenix-e-mais.html;
Fênix, a Ave Mitológica – http://www.youtube.com/watch?v=z0f0jNlCvNg;
O Mito da Fênix – http://www.recantodasletras.com.br/resenhasdelivros/2723333
Mistérios Fantásticos – Fênix – http://misteriosfantasticos.blogspot.com.br/2010/07/fenix.html
- Assinatura Maçônica no resgate dos 33 mineiros chilenos – http://sopalavrass.blogspot.com.br/2011/07/assinatura-maconica-no-resgate-dos-33.html
A Fénix é a Guardiã do Fogo da Criação. Representa a morte e o renascimento. Transformação e regeneração. Protetor de todos os fogos.
ResponderExcluirA Fénix também simboliza o sol, morrendo a cada noite para renascer ao amanhecer. Os chineses acreditam que a Fénix foi enviada para a Terra
para ajudar o desenvolvimento da humanidade, e faz parte em conjunto com o dragão, do mito da criação do mundo.
A fénix é uma ave mitológica, grande como uma águia, com penas amarelo-avermelhadas e laranja incandescente. É uma ave fabulosa que é consumida pelo fogo a cada 500 anos e depois ressurge das suas cinzas. O seu habitat foi entre o Médio Oriente e a Índia, mas também no Egito e na China, fazendo parte da poesia árabe
Portanto, a fénix enquanto animal de poder é, um símbolo do renascimento, da imortalidade, do ressurgimento e da juventude eterna .O totem da fénix recorda-nos da nossa capacidade de regenerar a partir de dentro e do nosso poder de transformação.
A fénix dá esperança no meio do desespero. Ajuda a transformar a sua vida em algo mais puro e aproxima-o da consciência espiritual.
O totem da fénix é ideal para dar força e energia renovada quando confrontado com as provações da vida.A fénix ou Phoenix é um mito universal, repetido em várias civilizações. Do Egito à Grécia, Roma ...