O Papel do Treinamento Intelectual
"Uma capacidade mental bastante geral que, entre outras coisas, envolve a habilidade de raciocinar, planejar, resolver problemas, pensar de forma abstrata, compreender idéias complexas, aprender rápido e aprender com a experiência.
Não é uma mera aprendizagem literária, uma habilidade estritamente acadêmica ou um talento para sair-se bem em provas. Ao contrário disso, o conceito refere-se a uma capacidade mais ampla e mais profunda de compreensão do mundo à sua volta - 'pegar no ar', 'pegar' o sentido das coisas ou 'perceber' "
Definição de inteligência de "Mainstream Science on Intelligence", que foi assinada por 52 pesquisadores em inteligência, em 1994:
INTELIGÊNCIA : fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Quando falamos que alguém é intelectualizado, referimo-nos via de regra a um indivíduo com grande quantidade de informações sobre um ou vários assuntos, geralmente dono de uma formação universitária e acostumado ao ato de raciocinar.
INTELIGÊNCIA : fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Quando falamos que alguém é intelectualizado, referimo-nos via de regra a um indivíduo com grande quantidade de informações sobre um ou vários assuntos, geralmente dono de uma formação universitária e acostumado ao ato de raciocinar.
Sabemos, entretanto que uma das características da inteligência é a sagacidade, ou melhor, a capacidade de desvencilhar-se de impasses e resolver problemas com rapidez e precisão.
E nem sempre o indivíduo sagaz é intelectualizado ou vice versa.
Resta a dúvida: a formação intelectual é suficiente para desenvolver sagacidade em um espírito ou isto terá mais a ver com a origem sociobio psicológica deste mesmo indivíduo?
Pode-se, colocando-se em outros termos, ensinar alguém a ser esperto, criativo?
Provavelmente não.
O que faz de nós pessoas sagazes e de boa índole é a herança biológico cultural somada a educação e não só a educação.
Pode-se educar um indivíduo para pensar de forma lógica e encadeada, mas não necessariamente de forma original.
Pode-se educar um indivíduo para pensar de forma lógica e encadeada, mas não necessariamente de forma original.
Educa-se uma criança para saber colher informações, mas não necessariamente para sintetizá-las com elegância, síntese esta que é a base do crescimento de nossa capacidade intelectual.
Pensemos no quebra cabeça.
Todos podem ter acesso a todas as peças do quebra cabeça, mas a combinação dessas peças dever-se-á a capacidade de memória, observação e rapidez de combinar imagens e contornos de forma a completar a imagem geral.
Inteligência é um fenômeno dinâmico enquanto a intelectualidade é estático.
Todos sabem que é possível discursar por horas sem que nenhum conteúdo sólido seja passado adiante.
O intelecto é a falsa luz e defende, através do discurso, com igual veemência, o bem ou o mal.
Não argumentamos em defesa do que é certo apenas. Argumentamos em defesa de qualquer coisa, daquilo que acreditamos, mostrando que o argumento intelectual é escravo da crença e a crença na maioria das vezes não surge da reflexão, mas das tradições culturais antropológicas (pré-conceitos) daquele que argumenta.
Existe lógica possível até na defesa da crueldade.
Basta lermos “O Príncipe” de Maquiavel.
Isto não faz da crueldade algo lógico.
Da mesma maneira que distinguimos entre Intelectualizado e Sagaz, Culto e Criativo, é importante separar os conceitos de Intelectualizado do conceito de Evoluído.
Não argumentamos em defesa do que é certo apenas. Argumentamos em defesa de qualquer coisa, daquilo que acreditamos, mostrando que o argumento intelectual é escravo da crença e a crença na maioria das vezes não surge da reflexão, mas das tradições culturais antropológicas (pré-conceitos) daquele que argumenta.
Existe lógica possível até na defesa da crueldade.
Basta lermos “O Príncipe” de Maquiavel.
Isto não faz da crueldade algo lógico.
Da mesma maneira que distinguimos entre Intelectualizado e Sagaz, Culto e Criativo, é importante separar os conceitos de Intelectualizado do conceito de Evoluído.
Evolução, do ponto de vista místico, refere-se ao aumento da Consciência Universal no Indivíduo, o que desencadeia neste um maior senso de altruísmo e senso de dever em relação à sociedade e a raça humana; mais, senso de dever e serviço com todas as formas de vida, não só as de conformação humanóide.
Um ser altamente evoluído, tocado pela graça de Deus, não precisa ser necessariamente intelectualizado, embora muitos seres intelectualizados nos pareçam, a primeira impressão, altamente evoluídos.
Esta precipitação em julgar o caráter de alguém pela quantidade de livros que leu e títulos que tem gera muita decepção ao indivíduo mais ingênuo, e às vezes até, perplexidade, pois a confusão entre os dois é grande.
Não se trata, no entanto, de nada além de equívoco: uma coisa é ter cultura, outra é ser uma pessoa do Bem, por assim dizer.
O que nos leva a outra reflexão: tampouco há relação entre a falta de Intelecto e a Santidade.
Vale dizer, a ausência de um intelecto minimamente trabalhado, e da capacidade de raciocinar, não nos torna seres tocados pela luz, como certa época apregoou a Igreja de Roma, com uma campanha em prol da “simplicidade de espírito”, no sentido de que os mais humildes veriam a face de Deus enquanto os mais complexos deveriam ser (e eram) queimados como hereges e blasfemos.
Esta crença equivocada e maligna, de que a ignorância e, por decorrência, a pobreza, fossem garantias de um lugar no céu após a morte, só interessavam aqueles que queriam e precisavam manter seu poder sobre as massas ignorantes de forma intocada.
Esta propaganda maldita foi tão persistente e durou tantos séculos que muitos a consideram inquestionável, de fato, até pessoas mais esclarecidas.Ignorância e pobreza foram, naqueles tempos, transformadas em virtudes purificadoras.
Talvez por isso seja difícil para alguém ligado a esta corrente religiosa, pensar no lucro e no sucesso material com tranqüilidade, sem a impressão de que sua prosperidade material, mesmo aquela conseguida às custas de esforço e trabalho, não esteja tirando um pouco de sua alma.
Vê-se o mesmo tabu antropológico entre intelectuais que julgam severamente o Dalai-Lama indigno de confiança apenas porque vai às suas palestras de tênis, ou que criticam quaisquer forma de arrecadar fundos financeiros para manutenção de uma religião, mostrando em sua aversão vestígios da concepção católica, historicamente vitoriosa nesta região ibero sul-americana, do lucro como um pecado.
Mesmo depois de tantos séculos das pregações e dos texto de Calvino, o homem e a mulher comum, mesmo aquele educado e intelectualizado, não possui sagacidade para perceber, num processo simples de análise histórica, o papel da ideologia dentro de seu comportamento, fundamentando suas idéias do que é e não é correto em ambiente religioso.
Desta forma primária e preconceituosa, pobres e miseráveis fazem mais sucesso ao preencher o estereótipo do santo do que aqueles que possuem riqueza e abundância e fazem muito pela sociedade.
Quanto mais renúncia pessoal ao doar de si, mais digno é o indivíduo da alcunha de santo, como para citar um exemplo recente, o trabalho de Irmã Dulce no Brasil ou de Madre Teresa de Calcutá, na Índia e na Inglaterra.
São preconceitos, noções que vão antes de nós, a nossa frente, dando cor às coisas que vemos, deformando-as e reformando-as ao sabor de nossas crenças.Em seguida surge o discurso, justificando nossa concepção e conduta, justificando nosso preconceito.
O intelecto, por mais atraente e envolvente que nos pareça, é escravo das nossas crenças, escravo de nossos preconceitos.
O místico sabe que precisa do intelecto como precisa de um animal de transporte, um camelo, ou um cavalo, que transporte suas idéias de um ponto a outro do campo da existência.
O místico sabe que precisa do intelecto como precisa de um animal de transporte, um camelo, ou um cavalo, que transporte suas idéias de um ponto a outro do campo da existência.
Usa-o como auxiliar e sabe de suas limitações.
Nem por isso o despreza e, através deste intelecto, mergulha nos textos sagrados com o apetite de um exegeta dedicado, sabedor, no entanto, que a prudência é uma das sete virtudes dos mestres e que deve ir ao texto com cuidado e discursar com o coração, e não com sua cabeça, descrevendo sensações que vem do fundo de sua alma e não praticando apenas um jogo de palavras, frio, sem vida.
Cultura E Sensibilidade
Não, a ignorância e a miséria não contribuem para o aperfeiçoamento espiritual e nenhum místico equilibrado discordará disto.Precisamos, enquanto místicos, estar atentos ao nosso desenvolvimento intelectual o mais constantemente possível e ao aperfeiçoamento de nossa sensibilidade através da arte, seja a música ou a pintura, seja a literatura ou a escultura.
Nem por isso o despreza e, através deste intelecto, mergulha nos textos sagrados com o apetite de um exegeta dedicado, sabedor, no entanto, que a prudência é uma das sete virtudes dos mestres e que deve ir ao texto com cuidado e discursar com o coração, e não com sua cabeça, descrevendo sensações que vem do fundo de sua alma e não praticando apenas um jogo de palavras, frio, sem vida.
Cultura E Sensibilidade
Não, a ignorância e a miséria não contribuem para o aperfeiçoamento espiritual e nenhum místico equilibrado discordará disto.Precisamos, enquanto místicos, estar atentos ao nosso desenvolvimento intelectual o mais constantemente possível e ao aperfeiçoamento de nossa sensibilidade através da arte, seja a música ou a pintura, seja a literatura ou a escultura.
Além disto, temos de educar nossas emoções, nossos sentimentos que não devem ser reprimidos ou negligenciados como parte importante parte de nossa personalidade que são.Já citei a psicoterapia como técnica de autoconhecimento, mas não é a única forma.
A meditação pode ajudar. E muito.
Tudo vai depender do perfil psicológico do místico e da sua educação.
“Homem, conhece-te a ti mesmo” lembrava a inscrição na entrada do oráculo de Delfos, “e conhecerás os deuses”, concluía.
O Oráculo de Delfos
O caminho é interior. A busca é para dentro.
Esta é outra obviedade mística, mas que não custa sempre repetir, principalmente quando as pessoas insistem em freqüentar formas mais espalhafatosas de organizações esotéricas, sempre em busca do espetáculo, ou mesmo grupos de atividade coletiva, de condicionamento de grupo, talvez cansados da solidão, talvez por não terem trabalhado bem seus sentimentos, e por anos, embora dedicados rosacruzes, não conseguiram elaborar sua insatisfação com alguns aspectos da convivência dentro de capítulos e lojas.
Tudo vai depender do perfil psicológico do místico e da sua educação.
“Homem, conhece-te a ti mesmo” lembrava a inscrição na entrada do oráculo de Delfos, “e conhecerás os deuses”, concluía.
O Oráculo de Delfos
O caminho é interior. A busca é para dentro.
Esta é outra obviedade mística, mas que não custa sempre repetir, principalmente quando as pessoas insistem em freqüentar formas mais espalhafatosas de organizações esotéricas, sempre em busca do espetáculo, ou mesmo grupos de atividade coletiva, de condicionamento de grupo, talvez cansados da solidão, talvez por não terem trabalhado bem seus sentimentos, e por anos, embora dedicados rosacruzes, não conseguiram elaborar sua insatisfação com alguns aspectos da convivência dentro de capítulos e lojas.
Lojas e capítulos rosacruzes são ambientes adequados aos rosacruzes, mas ainda assim são ambientes humanos, que podem acelerar nossas percepções pela interação social ou retardar nossa evolução humana e mística, caso não consigamos usar esta convivência para nosso crescimento.
O certo é que, embora sejam locais onde encontramos mentes afins continuam a ser ambientes humanos, marcados pela heterogeneidade de personalidades normal em qualquer agrupamento social.
Isso é bom e isso é ruim, ao mesmo tempo.
É bom por que esta convivência reforça a nossa egrégora e a egrégora por si nos fortalece.
Ruim porque a falta de maturidade e de elaboração pode levar a frustrações de falsas expectativas e isto gera conflito.
Ao mesmo tempo isto é novamente bom por que desfaz ilusões e o crescimento emocional só é possível pela perda das ilusões e das fantasias.
O problema, repito, não está na Rosacruz e em seus corpos afiliados, mas naqueles estudantes rosacruzes que passam a freqüentar estes agrupamentos sem que tenham equilíbrio para freqüentar quaisquer outros ambientes humanos.
E o que buscam os rosacruzes?
Equilíbrio.
Pregamos a Tolerância, mas esta depende antes de tudo deste equilíbrio e desta maturidade que buscamos.
E este equilíbrio diferenciado que chamamos de Paz Profunda não advém apenas de elaborações espirituais, mas também de aperfeiçoamento comportamental se me permitem mais uma vez repetir este tópico.
A Ordem faz a sua parte.
Cada rosacruz deve, com honestidade, fazer a sua, de forma a não cobrar da Rosacruz aquilo que só cada um, pelo seu esforço pessoal, de modo solitário, pode conseguir.
Para isto, Cultura Intelectual e Maturidade ajudam.
O sucesso de cada um vai depender destes dois pilares, destas duas colunas, que quanto mais sólidas forem, melhor sustentarão um ambiente místico mais equilibrado.
Lembro para encerrar um trecho de um dos muitos ensaios que Krishnamurti deixou (“Diálogos sobre a Mudança Interior”)“
Pode o indivíduo, que é responsável pelos conflitos e misérias em si mesmo existentes e, portanto, existentes também no mundo, consentir que seja a sua mente-coração embotada por filosofias e idéias falsas?
Se vós, que tendes criado essa luta e sofrimento, não vos modificardes fundamentalmente, poderão os sistemas, as conferências, os planos, promover a ordem e a boa-vontade?
É imperioso que vos transformeis, porquanto assim como sois o mundo é. Vossos conflitos interiores se traduzem por desastres exteriores.
Vosso problema é o problema do mundo, e só vós o podeis resolver, não outrem; não podeis confiar a outros a solução.
O político, o economista, o reformador, é, tal como vós, oportunista, idealizador de planos engenhosos; mas o nosso problema — esses conflitos e misérias humanos, essa existência vã, causadora de tantos desastres e angústias — reclama algo mais do que expedientes engenhosos, do que reformas superficiais de políticos e propagandistas.
Requer-se uma mudança radical da menthumana, e pessoa alguma pode levar a efeito essa transformação, senão vós mesmos.
Porque, conforme sois, assim é o vosso grupo, vossa sociedade, vosso chefe; sem vós, o mundo não existe; em vós está o começo e o fim de todas as coisas. Nenhum grupo, nenhum chefe pode estabelecer o valor eterno: só vós o podeis”.
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