MASMORRAS AO VÍCIO


A palavra masmorra é de origem árabe, que na época dos Mouros designava o celeiro subterrâneo, que também servia de cárcere. 

Com o contato com a civilização européia a palavra perdeu o sentido de “depósito de alimentos” para ser usada somente como ergástulo, enxovia, calabouço, cárcere, cadeia, masmorra e prisão.

É neste sentido que realmente os Maçons devem utilizar a pá da vontade, a picareta da determinação e a alavanca da moral para cavarem, o quanto mais fundo poderem, um aposento sombrio e triste para tudo aquilo que avilta o homem.

Não devemos nos preocupar com o mal, mas com os HÁBITOS que desgraçadamente nos arrastam até ele. 

O vício é uma impetuosa propensão que nos atormenta e insufla nossas vis paixões.

Sem a menor intenção de ser moralista, mas alertando que ser um “Homem Livre e de Bons Costumes” exige a prática da Virtude. Que nada mais é do que o oposto ao Vício (do latim "vitium", que significa "falha" ou "defeito").

Se o Irmão tem algum hábito repetitivo que degenera ou lhe causa algum prejuízo e aos que com você convivem, está passando da hora de compreender que em nossos labores trabalhamos para adaptar nosso espírito às grandes afeições e a só concebermos idéias sólidas de virtudes, porque somente regulando nossos hábitos pelos princípios da moral, é que poderemos dar à nossa alma o equilíbrio de força e de sensibilidade que constitui a Ciência da Vida.

Nos arredores da cidade de Patrocínio há uma enorme cratera de aproximadamente 16 km de diâmetro. Durante muito anos, especulou-se que sua origem era vulcânica, contudo, não existem provas concretas de atividade vulcânica. Observando melhor as características geologicas, surge a possibilidade da cratera ter sido formada pelo impacto de um asteroide.

De maneira simbólica vejam um asteróide como um “pequeno vício”, afinal está tão distante de nós que parece pequenininho. 

O “hábito repetitivo” ou simbologicamente – o tempo - vai aproximando este asteróide/vício de nós e quando menos esperamos, ele (vício/asteróide) está enorme e preste a nos causar um “grande buraco” (cratera). 

Temos tempo mais que suficiente para iniciarmos a construção de Templos pessoais à Virtude e Masmorras profundas aos nossos vícios. 

Margaret Mead foi uma antropóloga norte-americana, nascida em 16 de dezembro de 1901 que resumiu a relação virtude e vício com a seguinte frase: 
“A virtude é quando se tem a dor seguida do prazer; o vício é quando se tem o prazer seguido da dor”.



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