Do livro Deus, Criador ou Criatura? Do Big Bang ao Pensamento Humano
Autores : Ney G. de Oliveira e Ir.·. Almir Sant’Anna Cruz
Muitas pessoas são Deístas sem o saberem.
Veja aqui se você também é um Deísta.
O Deísmo se opõe tanto ao Teísmo das religiões denominacionais quanto ao Ateísmo.
As raízes do Deísmo estão ligadas aos antigos filósofos gregos e sobretudo à filosofia aristotélica.
Mais tarde o movimento floresceu durante o Iluminismo, com o apoio de cientistas italianos e britânicos como Galileu Galilei e o Maçom Isaac Newton.
Na época do Iluminismo, no final do século XVII, o Deísmo atingiu o seu apogeu.
O mais famoso Deísta francês foi o Maçom Voltaire.
Com a imigração de Deístas ingleses e a difusão das ideias iluministas, o Deísmo se popularizou nos Estados Unidos e a independência americana foi fomentada por Maçons de filosofia Deísta, tais como Benjamin Franklin, Thomas Jefferson, George Washington, entre outros.
Os princípios Maçônicos e Deístas tiveram efeito sobre as estruturas política e religiosa dos Estados Unidos, tais como a separação entre Igreja e Estado e a liberdade religiosa.
Modernamente, vários fatores contribuíram para um certo declínio da crença Deísta, sobretudo com o surgimento de filosofias Ateístas e a propaganda de clérigos cristãos equiparando de má-fé o Deísmo ao Ateísmo.
O Deísmo é uma postura filosófica oposta tanto ao Ateísmo quanto ao Teísmo.
Admite a existência de um Deus Criador, mas não interferente - como apregoam as religiões - nos assuntos naturais e humanos, que são regidos por leis naturais e científicas e pelas ações ou inações do Homem.
Os Deístas também não acreditam que as religiões possam estar certas quanto a se dizerem conhecedoras da Palavra de Deus, ou da maneira como Deus quer que nós ajamos moralmente.
O Alcorão, a Bíblia e outros textos ditos divinos, foram escritos por Homens e não há como se comprovar que são a palavra de Deus.
A crença nessas ditas Escrituras Sagradas é de natureza metafísica, não requerendo comprovação, como se dá nas verdades científicas.
Portanto, para o Deísmo, as religiões são apenas invenções humanas, entre si competitivas de enunciar a “verdade divina”.
O Deísta acredita que a própria estrutura do universo, tão complexa como é, prova que existe um Deus Criador, que tanto pode ser um Ser transcendental criador das coisas, como pode ser uma força completamente científica, não pensante, não sobrenatural, que gera e mantém o universo.
O Deísmo analisa a existência de Deus através da Razão, em lugar dos elementos comuns das religiões Teístas, tais como a tradição, a "revelação divina" e os dogmas, que são crenças sem comprovação científica.
Os Deístas geralmente questionam as religiões denominacionais e seus deuses ditos "revelados", argumentando que Deus é o Criador do universo, mas que não intervém nos afazeres do mesmo, embora esta posição não seja estritamente parte da filosofia Deísta.
Para os Deístas, Deus se revela através da ciência e das leis da natureza.
Os Deístas não necessariamente descreem de milagres.
Podem ser fenômenos completamente naturais com causas puramente científicas, para os quais a ciência ainda não encontrou explicações, mas que no futuro vai encontrar, como aliás já encontrou para alguns desses ditos milagres.
Quanto a questões metafísicas, como a existência ou não de vida após a morte, cada Deísta é livre para formar a sua opinião sobre isso.
Podem crer, encontrando para si mesmo alguma explicação científica; não crer, por não encontrarem para si uma explicação científica; ou podem não ter opinião sobre tal assunto, considerando que não dá para saber ou que ainda não foram encontradas provas científicas que comprovassem ou desmentissem essa ideia.
Para o Deísmo não existem anjos ou demônios.
Anjos e principalmente demônios são apenas fraquezas da mente humana que podem ser vencidas pelo raciocínio lógico.
Deístas não acreditam num Deus que castigue ou premie as pessoas pelos seus atos, acreditando que cada um é responsável pelas atitudes que toma e suas consequências.
O mais próximo da ideia de um Deus interferente em que um Deísta pode acreditar é a ideia de uma “providência geral” como o Maçom Voltaire disse certa vez a uma senhora: “Minha senhora, acredito em uma providência geral, mas não numa providência particular que salvou o seu pássaro que estava machucado”.
Quanto à oração, que a grande maioria dos Deístas não acredita em sua eficácia e, portanto, não oram, os Deístas que oram o fazem por agradecimento a Deus por tudo, e para que a já mencionada “providência geral”, na qual nem todos os Deístas acreditam, continue e proteja o transcorrer natural das coisas.
Além dos já citados Maçons Isaac Newton, Voltaire, Benjamin Franklin, Thomas Jefferson e George Washington, muitos outros afamados Maçons eram de filosofia Deísta e a própria concepção de Deus na Maçonaria, o Grande Arquiteto do Universo, é uma visão Deísta, ou seja, é um "ser" neutro, indefinido e aberto a toda compreensão possível.
Colaboração: Ir.´. Jair Pereira
Comentários
Postar um comentário