A ELEVAÇÃO DO MAÇOM

Segundo as literaturas do assunto, não existe mais do que uma só iniciação, e esta é a que corresponde ao primeiro grau de aprendiz. 

As cerimonias de elevação aos demais graus, demonstrará, somente, as etapas do progresso na senda do iniciado. 

Em citação feita no nosso livro de Instruções, do Grau de Companheiro Maçom, na primeira instrução é colocado que o Templo do Rei Salomão foi construído por um número imenso de Maçons operativos e que, na maior parte destes, seriam aprendizes e companheiros. 

Talvez seja, então, desta época a origem da necessidade de elevação do aprendiz, tornando-o companheiro, o que seria um grau intermediário e com maiores atribuições, sendo que, neste estágio, o Maçom está mais preparado para receber tarefas mais profundas das necessidades maçônicas. 

Como podemos observar a elevação consiste de uma cerimônia, onde o então aprendiz, além de seguir à uma ritualística, executa mais algumas viagens para poder ser condecorado com o grau de Companheiro Maçom. 

Deverá ser feito um exame ao aspirante para apreciar o adiantamento do candidato, este exame não se limita a conhecimentos superficiais, senão a trabalhos sérios e a práticas fundamentais do aprendiz. 

O exame se efetua no Templo e, em plena luz, isto é, o aspirante da conta de seu progresso ao seu Mestre Interno e, desta vez, não é despojado de seus metais inferiores, porque, com o esforço de sua alquimia transmutou-os em metais superiores. 

Na elevação o aspirante não é vendado, porque como aprendiz já sabe como buscar e pesquisar a verdade, deverá sim esclarecer o que descobriu sobre a verdade e a prática da virtude, porque, sem virtude não se pode chegar à verdade. 

Deverá responder perguntas tais como: o que pensamento, ciência, inteligência, vontade, livre arbítrio e também, se submeter as cinco viagens do grau. 

A primeira viagem o aprendiz deverá fazê-la com o malhete e o cinzel. Estes dois instrumentos destinados a desbastar a pedra bruta, representam as duas faculdades gêmeas no homem, que são à vontade e o livre arbítrio. 

A segunda viagem é o progresso intelectual. O companheiro leva a régua e o compasso que representam a harmonia e o equilíbrio. 

A terceira viagem, o companheiro conserva a régua em sua mão esquerda e toma a alavanca na mão direita, apoiada sobre o ombro do mesmo lado o que representa potência, resistência e a linha reta ou ideal nobre de nossas vidas

A quarta viagem seguirá com a régua e o esquadro que simbolizam homogeneidade, estabilidade e harmonia

A quinta viagem é feita sem os instrumentos das viagens anteriores, o que demonstra o desenvolvimento do companheiro. É feita com uma espada no peito, o que simboliza a busca pela sétima faculdade dentro do seu interior, que é o “Poder do Verbo”, representado pela letra “G”, inscrita na Estrela Flamejante. 


Os símbolos e ferramentas que devem ser lembrados no grau de companheiro são: 

O Malhete - fortaleza 

O Cinzel - a determinação 

A Régua - o equilíbrio 

O Compasso - harmonia dos pólos 

A Alavanca - potência e resistência 

O Esquadro - experiência e acerto 

O Prumo - ideal 

O Nível - esforço, superação e equilíbrio 

A Trolha - o poder do Verbo Criador 

A Prancha - o saber 

A Corda de 81 nós - laço de união com íntimo Deus interior 

A Coluna “J” - beleza e amor 


E também citar que o companheiro recebe um novo toque, sinal e palavra de passe e sagrada. 


A elevação no ponto de vista maçônico é o reconhecimento ao aprendiz que cumpriu com o desbastamento da pedra bruta e se qualificou a galgar o grau de companheiro, com novos desafios, tarefas e ampliando novos conhecimentos de símbolos, mas principalmente de si mesmo e do que foi chamado de “VERBO”, que é na verdade o G∴A∴D∴U∴. 

Percebe-se que a medida que o Maçom vai desenvolvendo seu trabalho, mais e mais seu conhecimento e responsabilidade vão aumentando. 

Fica bem claro que a elevação exige do companheiro muito mais do que do aprendiz. 

Nota-se que a busca pela verdade é cada vez maior. 

A verdade interior, verdade que será utilizada para o bem próprio e da humanidade. 

A elevação não se resume apenas na simbologia ritualística, mas de uma forma muito mais profunda. 

Na verdade o que devemos perceber é a elevação do nosso próprio “EU”. 

Essa sim a razão maior, devemos notar, enfim, todo o nosso ser, elevado e conduzido para um caminho do bem, ou seja, o caminho de Deus. 

É fantástico como uma palavra nos leva em viagens a redutos tão profundos, de nossas mentes, coração e alma. Sabe-se que temos uma longa jornada como companheiro, mas não podemos deixar de imaginar o que seja o próximo passo que é o de Mestre Maçom. 

Espera-se sinceramente estar preparado, em sí mesmo e com Deus para esta nova jornada, pois se sabe que se isto acontecer, estará cumprindo a tarefa de Maçom. 


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