A Maçonaria no Brasil e sua Atuação Política



Os primeiros Tempos (a formação)

O movimento intelectual do final do século XVII que teve começo simultâneo na Inglaterra e na França no início do século XVIII se estendeu por toda a Europa e as Américas, não teria alcançado seus objetivos se lhe tivesse faltado o agente que junto aos povos vulgarizasse as novas ideias e ideais. Esse agente foi a Maçonaria.

Como já visto, o início de sua estrutura simbólica apresentada neste trabalho foi na Inglaterra, com as Constituições de James Anderson de 1721, conhecidas como s Constituições de Anderson, divulgadas somente em 1723. A partir de então, essa Instituição começou a se espalhar e a propagar na Europa e nas América.

A partir da criação de outras Grandes Lojas, posterior à Grande Loja da Inglaterra, os maçons ficaram divididos em diferentes linhas de concepções políticas. 

Os franceses assumiram orientação divergente dos ingleses. 

Ainda que para as duas Maçonarias houvesse um denominador comum, a proscrição do absolutismo, os maçons ingleses defendiam o sistema monárquico parlamentar constitucional, enquanto os maçons franceses defendiam o sistema republicano. 

Dessa divergência veio a denominação muito comum no campo maçônico: Maçonaria inglesa de Maçonaria Azul e a Maçonaria francesa de Maçonaria vermelha.

Para GOMES, “Foi à sombra da bandeira rubra da Maçonaria francesa, ou republicana que chegaram até nós aquelas novas ideias de liberalismo democrático”.

Segundo os mais antigos registros, datam de 1786, com José Alvares Maciel e outros, o surgimento da Maçonaria no Brasil. 

O autor afirma que são fortes as evidências do surgimento das primeiras Lojas maçônicas no Brasil, antes de 1782, sob a influência do Marquês de Pombal, então Primeiro Ministro de D. José, rei de Portugal. 

Conforme nos relata a história, D. Maria, sucessora de D. José, ao assumir o trono, determinou perseguição aos maçons, fazendo desaparecer os arquivos maçônicos daquela época. 

Dessa forma, os primeiros relatos históricos maçônicos no Brasil, datam de 1786, por intermédio dos estudantes brasileiros que estudavam na Universidade de Coimbra em Portugal.

Existe uma eventual incerteza entre os pesquisadores com relação à primeira Loja maçônica no Brasil, devido às divergências das correntes maçônicas. 

Onde alguns acreditam que foi em 1797 a “La Preneuse“, existente na Bahia, onde homens ilustres e intelectuais se encontravam sob o comando de Monsieur Larher. 

Mas, segundo autores, embora a “La preneuse” tenha existido, pesquisas recentes mostram que não existem ainda documentos comprobatórios que a associem à Maçonaria. 

Outra hipótese, refere-se ao Areópago de Itambé, fundado por ex-frade carmelita, por volta de 1800, nas divisas entre Pernambuco e Paraíba, pois eram comuns, nessa época, os agrupamentos secretos fundados como clubes ou academias tais como o Areópago de Itambé. 

A não comprovação de que esse grupo não era uma Loja maçônica, é o fato do Padre João Ribeiro, pertencente a ele, ter sido iniciado maçom em Lisboa, Portugal.

Uma das primeiras Lojas documentada e reconhecida no Brasil, foi a “Reunião”, fundada em 1801 no Rio de Janeiro, movida pela liturgia e com fins político-sociais. 

Após dois anos, o Grande Oriente Lusitano, com finalidade de propagar a verdadeira doutrina maçônica no Brasil, nomeou três delegados com plenos poderes para criar Lojas regulares no Rio de Janeiro. 

Assim, criaram as Lojas “Constância” e “Filantropia,” filiadas ao Grande Oriente. Juntas com a “Reunião”, formaram um centro comum para todos os maçons existente no Rio de Janeiro.

Após a formação dessas três primeiras Lojas, outras Lojas começam a se espalhar no Brasil nas regiões de Pernambuco, Bahia e no próprio Rio de Janeiro. 

As Lojas do Rio de Janeiro tiveram que cessar os seus trabalhos devido à perseguição do Governo Conde dos Arcos, inimigo da Maçonaria, sob instrução da Coroa para fechá-las. 

As Lojas da Bahia e Pernambuco continuaram seus trabalhos.

Em 1815 é fundada no Rio de Janeiro, a Loja Comércio e Artes, independente do Grande Oriente Lusitano, pois, os seus membros pretendiam criar uma obediência brasileira. 

Era então de consenso entre os maçons da Loja Comércio e Artes em desligar o Brasil de Portugal não só no plano político, como também no âmbito da própria Organização maçônica.

Com a expedição do Alvará de 1818, por D. João, que proibia o funcionamento das sociedades secretas, mais uma vez a Maçonaria teve de fechar os seus trabalhos, até que pudesse ser reabertas sem perigo. 

Inconformados com a ideia do fechamento da Loja, os maçons criaram então, o “Clube da resistência” que era liderada por José Joaquim Clemente, do grupo de Gonçalves Ledo, cujo objetivo era, então, a independência do Brasil.

Em 1821, a Loja Comércio e Artes reabriu seus trabalhos, embora secretamente, com uma grande repercussão entre os maçons e muitas adesões, gerando uma subdivisão em três Lojas, que fundaram, então, o Grande Oriente em 1822, alegando necessidade em ter uma obediência nacional.

A partir daí a Maçonaria no Brasil, deixa de ser vista como um grupo heterogêneo de Lojas e se transforma em um sistema obediencial sendo reconhecida na Maçonaria mundial. 

Para GOMES, “O absolutismo havia chegado ao apogeu. Em contrapartida, nas Lojas maçônicas sonhava-se com a regeneração dos povos, com o advento de uma sociedade que faria a felicidade da grande família humana, dentro de uma nova ordem política e social”.

A Consolidação

A consolidação da Maçonaria se deve à sua presença em importantes acontecimentos da nossa história, participando ativamente da Independência e outros eventos, segundo alguns historiadores, como o Dia do Fico, Revolução Pernambucana, a Proclamação da República e as Questões da Escravatura e Religiosa.

Os historiadores apontam que foi por meio dos ideais da Revolução Francesa, oriundos de caráter republicano, que os maçons brasileiros se inspiram para participar ativamente da Revolução Pernambucana, eclodida em 1817, com o objetivo de criar no Nordeste uma república livre da hegemonia político-econômica do domínio Português.

Esse movimento revolucionário foi realizado sob inspiração de Domingos José Martins, iniciado na Maçonaria em 1812, por meio de Hipólito José da Costa, que fazia do seu jornal o “Correio Braziliense”, principal veículo de informação sobre a análise da situação política e social entre o Brasil e Portugal. 

CASTELANNI, afirma que “na época da revolução, a Maçonaria pernambucana, bastante pujante, contava com Lojas muito prósperas, como a “Restauração”, a Patriotismos, a “Guatimozin”, que seria precursora da Loja “06 de março de 1817”, em homenagem à Revolução, a “Pernambuco do Oriente”, e a “Pernambuco do Ocidente”, que funcionava na casa de Domingos José Martins”

CASTELANNI acredita que foram essas Lojas os principais próceres da Revolução de 06 de março de 1817.

A concretização desse acontecimento foi quando o comandante das armas de Pernambuco, Caetano Pinto, ao saber sobre da conjuntura que preparava as Sociedades Secretas, deliberou a prisão de todos os chefes destas sociedades. Estava declarada a Revolução.

No dia seguinte da Revolução, constitui-se um novo Governo provisório, composto por padres e maçons, entre eles: o Padre João Ribeiro P. de Melo Montenegro; capitães Domingos Teotônio, Jorge Marins Pessoa e João Luiz de Mendonça; coronel Corrêa de Araújo; Domingos José Martins; e, para secretário de Estado, o Padre Miguelinho.

O Grande Oriente teve como o seu Grão-Mestre, José Bonifácio de Andrade e Silva, que era Ministro do Reino e de Estrangeiros, e acabou deixando o cargo para Joaquim Gonçalves Ledo. 

Na opinião de CASTELANI havia, sem sombra de dúvida, uma luta ideológica entre os grupos de José Bonifácio e de Ledo 

Enquanto o primeiro defendia a independência dentro de uma união brasílico – lusa-perfeitamente exequível, o segundo, pretendia o rompimento total com a metrópole portuguesa, o que poderia tornar difícil a transição para país independente. 

O autor acrescenta que “essa luta não era limitada, evidentemente, às paredes das Lojas maçônicas, assumindo caráter público e se estendendo, inclusive, através da imprensa”.

As divergências entre Ledo e Bonifácio, viriam a público, com lançamento do “O Revérbero Constitucional Fluminense”, dirigido por Ledo e outro jornalista chamado, Cônego Januário, também maçom. 

O Revérbero teve uma atuação e influência no movimento emancipador, que refletia o pensamento liberal. Para combater as ideias pregadas por Ledo, José Bonifácio, lança, então, o “Regulador-Brasílico-Luso”, que veio a ser publicado, em 29 de julho de 1822. 

Segundo historiadores, foi José Bonifácio, o mentor da entrada de D. Pedro na Organização maçônica no Brasil. Por convite de José Bonifácio, D. Pedro teria se iniciado na Maçonaria, segundo os registros na Loja Comércio e Artes em 02 de agosto de 1822 e que o mesmo veio a ser Grão Mestre no mesmo ano.

D’Albuquerque citando Tourinho, “Alma e Corpo da Bahia”, que descreve o seguinte:

“José Bonifácio, Gonçalves Ledo, o Grande Oriente maçônico e os patriotas que reuniram no consistório da Igreja Rosário no Rio de Janeiro, foram as grandes forças que ao final, desdobraram a teoria da Independência. Gerada nos quadros da revolução Francesa, na liberdade das colônias americanas, na Inconfidência Mineira, nas revoluções de Pernambuco e Bahia, teve sua apoteose no Grito do Ipiranga”.

José Joaquim da Rocha é apontado entre alguns historiadores, que através do seu Clube, como um dos propulsores do dia do “Fico”. O Fico de 09 de janeiro de 1822, conhecido na nossa história como: o dia do Fico, onde D. João escreveu para D. Pedro, solicitando o seu retorno à Portugal. Sabendo então do tal fato, a Maçonaria se mobilizou para a permanência de D. Pedro no Brasil, que, em seguida, respondeu ao seu pai D. João que ficaria no País.

Segundo D’Albuquerque, o “Fico”, foi um movimento idealizado por um grande maçom, José Joaquim da Rocha, verdadeiro promotor da permanência do Príncipe D. Pedro no Brasil. 

Foi devotado à Maçonaria pertenceu ao quadro da Loja Distintiva de Praia Grande (atualmente Niterói), foi da Loja Comércio e Artes, fundou em sua própria residência, o Clube da Resistência, constituído por maçons. 

Logo após, partiu para São Paulo, a fim de conseguir apoio dos paulistas, ao movimento para a “ficada” de D. Pedro.

O autor D’Albuquerque acrescenta que o “Fico”, por mais que forcejem os falsificadores de nossa história para encobrir a verdade, para mistificar os fatos não conseguirão ocultar que “o Fico” foi de iniciativa de um patriota Maçom e um movimento de caráter nitidamente Maçônico.

A aclamação da independência também é associada por alguns historiadores como um empreendimento maçônico, indicando que a independência brasileira foi proclamada dentro de uma Loja maçônica por meio de membros que ali constavam. 

A independência Brasileira culminou-se por meio de um longo processo desde a luta das duas maçonarias – vermelha e azul – para derrubar as monarquias absolutas.

De acordo com BARROSO, “num inflamado discurso, no Grande Oriente, Gonçalves Ledo proclamou a independência do Brasil. “Por toda a parte os maçons bilhonavam, despertando o sentimento da liberdade”.

D’Albuquerque, citando BARROSO, um historiador respeitado e inimigo da Maçonaria, confirma a resolução dos maçons proclamando a Independência do Brasil em 20 de agosto de 1822, com o seguinte trecho: “Vindo de Santos para São Paulo, ao beirar-se da cidade, à margem do Ipiranga. D. Pedro recebeu despacho do Rio de Janeiro que lhe davam, segundo se diz, notícias das ordens intransigentes das Côrtes para a sua volta e do envio de expedições militares. A cavalo, rodeado dos dragões de sua guarda de honra, e dos membros da comitiva, amarfanhou os papeis, arrancou a espada e pronunciou as palavras que abriram novos horizontes ao Brasil – Independência ou Morte!”.

BARROSO ainda afirma em sua obra, segundo D’Albuquerque, que “Não contasse D. Pedro com o apoio integral da Maçonaria e não teria disposto da coragem imprescindível para proferir o Independência ou morte em São Paulo. Ele mesmo reconhecera que a Maçonaria estava apta a proclamar, por si só a nossa emancipação.”

Com relação à participação da Maçonaria na questão da Escravatura, não deixa de ser um fato de grande relevância para a história da política mundial. 

No Brasil, as campanhas abolicionistas vieram a público durante o século de XIX, inclusive nos meios maçônicos, onde se pregava o lema de Liberdade Igualdade e Justiça, que os motivou a abraçar a causa. 

Os maçons, engajados em mais uma luta, eclodiram no Rio Grande do Sul a Revolução Farroupilha, liderada pelos maçons Bento Gonçalves e Davi Canabarro, com o intuito de libertar os escravos.

Os centros abolicionistas, sob a égide de agrupamentos maçônicos, se formaram em todas as Lojas, sob a direção dos maçons Américo Campos e Luiz Gama (ambos da Loja América de São Paulo), Luis Francisco Glicério e José do Patrocínio (da União e Tranquilidade do Rio de Janeiro), além de Antônio Bento, Gavião Peixoto, Joaquim Nabuco, Quintino Bocaiúva, Visconde do Rio Branco e Ruy Babosa, entre outros.

A Proclamação do Brasil é, também, apontada como um notável empreendimento maçônico. 

Segundo relatos, com a independência, permitiu-se maior liberdade de pensamento e ação.

Após vários movimentos abolicionistas em todo o território do Brasil, tendo à frente, maçons, o País teve, em seu primeiro Governo provisório, todos os membros integrantes da Organização. 

Segundo SILVA, o primeiro Ministério da República sem exceção de um só ministro, foi constituído de maçons, a saber: Aristides Lobo, Ministro Interino; Benjamin Constant, Ministro de Guerra; Rui Barbosa, da Fazenda; Quintino Bocaiúva (Grão-Mestre da Maçonaria), das Relações exteriores; Campos Salles, da Justiça; Almirante Eduardo Wanderkolk, da Marinha; Demétrio Ribeiro, da Agricultura.

Marechal Deodoro da Fonseca, Chefe do Governo provisório, veio a ser Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil, em 1890. Impedido de continuar no Governo, deixou o cargo para Floriano Peixoto, também, maçom, que ficou, segundo os historiadores, conhecido como o “Consolidador da República”.

Na época, esses maçons eram os homens mais notáveis do País, na política, na cultura, e nas profissões mais liberais, no exército, na marinha e no comércio e na indústria. 

O Governo provisório adotou novos símbolos nacionais e separou a Igreja do Estado, decretou obrigatoriamente o casamento civil e obteve reconhecimento da República por outros países.

PRADO, em seu conhecido trabalho, a Formação do Brasil Contemporâneo, traça essa Instituição como uma das mentoras dos acontecimentos sociais e políticos que o país atravessava na época em que era colônia de Portugal. 

O autor afirma que:

“O papel da Maçonaria é muito mais amplo e profundo, como também mais antigo; e mais que tudo é orgânico, articulado dentro e fora da colônia, sistemático e consciente. Não seria por simples coincidência que os principais fautores da Independência, até mesmo o futuro Imperador, sejam maçons, que todas as palavras de ordem, que saem a público e procuram orientar os acontecimentos, aparecem antes e se elaborem nas Lojas maçônicas”.

Diante dos fatos expostos, fica evidente a participação da Maçonaria no cenário político que o Brasil enfrentava na época. 

Ou será uma mera coincidência dos fatos terem acontecido à luz as ideias liberais do século XVIII, que se alastrava na França? 

Observa-se, para tal fato, que não só os historiadores maçons, mas respeitados historiadores confirmam a influência desta Instituição em vários acontecimentos que marcam a história da humanidade.

Quadro Atual

 No Brasil, há diversas correntes maçônicas, o que prejudica a afirmação exata, quanto ao número de maçons espalhados pelo País. Segundo o Administrador do Grande Oriente do Brasil, existem, hoje, mais de 2.500 (duas mil e quinhentas) Grandes Lojas e, aproximadamente, 65.000 (sessenta e cinco mil) maçons filiados.

O Grande Oriente do Brasil é o órgão máximo da Maçonaria brasileira. 

Admite ser uma Instituição maçônica simbólica, regular, legal e legítima, inscrito como pessoa jurídica de direito privado e reconhecido de utilidade pública federal pelo Governo brasileiro. Portanto, todas essas potências convivem, atualmente, sob um Tratado de união recíproca de amizade, fraternal convivência, colaboração e mútuo socorro. Os Tratados de amizade são preceitos entre as sociedades maçônicas, garantindo que não haja divergências futuras.

Para GOMES, calcula-se que as diversas correntes Maçônicas, no Brasil, possuam mais de duzentos mil membros, já que o Grande Oriente do Brasil tem mais de 100.00 (cem mil) filiados e as grandes Lojas em torno de 93.500 (noventa e três mil e quinhentos) maçons. Somente no Rio Grande do Sul, são mais de 20.000 (vinte mil) maçons.

Segundo os autores maçons, atualmente, no Brasil, existem Lojas masculinas, femininas e mistas. No entanto, as potências masculinas não aceitam, como regulares, as Lojas femininas ou/mistas.

As Grandes Lojas, no Brasil somam no seu conjunto, 25 potências Estaduais, com Lojas, assim distribuídas por Estados. 

As dez principais são:

ESTADOSLOJASOBREIROS
1. São Paulo48516.655
2. Minas Gerais2657.748
3. Rio de Janeiro1389.433
4. Bahia1318.025
5. Rio Grande do Sul1374.135
6. Ceará12912.163
7. Goiás1124.500
8. Paraná962.800
9. Santa Catarina772.189
10. Espírito Santo714.535

Fonte Boletim da Secretaria da GLMRS, em maio de 2001 

Todas estas Lojas são filiadas a entidades de Instância superior, as chamadas Federações e Confederações de Lojas maçônicas. Vale ressaltar que existem outras Potências ou obediências no Brasil como o Grande Oriente do Rio Grande do Sul – GORGS e o Grande Oriente Estadual Sul-rio-grandense que, segundo GOMES, também é filiado ao Grande Oriente do Brasil.

Segundo os maçons, o dinheiro na Maçonaria provém, principalmente, da contribuição de seus filiados, mediante pagamento de mensalidade, cujo valor é estipulado por cada Loja particular, sem imposição de valores percentuais. 

Os autores maçons afirmam que existem outras receitas, como doações. Legados e rendimentos financeiros são raros e, geralmente, canalizados anonimamente para as entidades de assistência social.

Em todas as sessões maçônicas, é feita a coleta de doações, em dinheiro, somente entre maçons. 

Essa coleta é chamada de “Tronco de solidariedade”, ver dicionário de termos maçônicos em anexos.

A Maçonaria é criticada por uma parte da sociedade por promover a proteção mútua entre os seus membros. 

GOMES afirma que os maçons ponderam que o corporativismo, como um tipo de interacionismo, inerente a todos os grupos sociais, acontece de forma não intencional. 

Além disso, alegam que a preferência a um maçom é dada somente, quando este estiver em igualdade de condições com um profano e nunca quando aquele estiver em desvantagem.

GOMES ressalta ainda que:

“Apesar das disparidades de opiniões sobre a Maçonaria, não pode deixar de reconhecer algumas iniciativas dos maçons que sempre tiveram aprovação de toda a sociedade. Entre elas estão a fundação da Cruz Vermelha; das Sociedades das Nações. Declaração Universal dos direitos do Homem; da Declaração dos Direitos da Criança; da criação da UNICEF, da UNESCO, dos Escoteiros, dos Médicos sem Fronteiras e tantas outras organizações e movimentos orientados para a prática da fraternidade”.

É interessante notar que os maçons estão presentes em todas as partes do mundo, em todas as profissões e atividades, em diversas camadas etárias, formando uma legítima legião de líderes, em quase todas as classes sociais, onde são reconhecidos pela sua probidade.

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