Tudo tem fluxo e refluxo (...) Tudo sobe e desce
O princípio do Ritmo é uma das sete leis universais de Hermes Trismegisto, também conhecidas como sete leis herméticas. Neste artigo, iremos abordar este que é o quinto princípio universal.
Antes de prosseguir com a leitura, recomendamos que você clique nos princípios anteriores e confira os artigos na ordem em que foram descritos inicialmente, já que uma lei é derivada dos conceitos apresentados nas anteriores.
Caso você já tenha lido as quatro primeiras leis, chegou a hora de saber do que se trata o princípio do Ritmo.
"Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação."
Da mesma forma que aprendemos que tudo possui dois pólos (princípio da Polaridade) e de que nada é estável (princípio da Vibração), o princípio do Ritmo nos diz que o universo é regido por um movimento semelhante ao de um pêndulo ou de um ciclo ao dizer que tudo tem fluxo e refluxo e que tudo sobe e desce.
Quando o princípio diz que tudo tem suas marés, ele faz alusão ao princípio da Correspondência, por meio do qual podemos enxergar o macrocosmo dentro de um microcosmo. As marés são influenciadas pela força gravitacional da Lua - que por sua vez é influenciada pelo ciclo da Terra, que gira em torno do Sol. Sendo assim, nós também estamos sujeitos a seguir o fluxo de forças que nos cercam.
Ao final do princípio enunciado, descobrimos que o ritmo nada mais é do que uma forma de compensação.
Sem ele, o todo fluiria de forma linear e viveríamos caminhando na direção de um único extremo da polaridade. Porém, o todo está sempre em busca de equilíbrio e seu movimento pendular reflete essa busca pela compensação.
As oscilações surgem, portanto, pois existem limites para cada extremo. Tudo oscila, inclusive nossa mente - e quando isto é compreendido, desenvolvemos o entendimento de que mesmo os momentos difíceis terão o seu fim.
A busca pelo equilíbrio é constante - mas apesar de ser possível que ele seja alcançado, o equilíbrio sempre será frágil e tende a ser efêmero.
O Princípio do Ritmo e suas possíveis relações...
Na Ciência
Os ciclos estão presentes em tudo o que observamos - desde o ciclo da vida até o ciclo das chuvas, que molham o solo, servem de alimento para as plantas e delas evaporam. Desde a antiguidade, as sociedades sempre se organizaram a partir de ciclos - das estações do ano, do plantio e da colheita, de monarquias e reinos.
O ritmo é a lei que rege todos estes ciclos, que podem ser vistos também em comportamentos da sociedade. O conservadorismo e o progressismo, historicamente, se alternam em instâncias do poder. A repetição dos ciclos também pode ser expressada por meio de modismos que retornam, como a volta constante de elementos da moda antes considerados ultrapassados.
Definição em O Caibalion
"Este Princípio contém a verdade que em tudo se manifesta um movimento para diante e para trás, um fluxo e refluxo, um movimento de atração e repulsão, um movimento semelhante ao do pêndulo, uma maré enchente e uma maré vazante, uma maré - alta e uma maré baixa, entre os dois pólos, que existem, conforme o Princípio de Polaridade de que tratamos há pouco. Existe sempre uma ação e uma reação, uma marcha e uma retirada, uma subida e uma descida. Isto acontece nas coisas do Universo, nos sóis, nos mundos, nos homens, nos animais, na mente, na energia e na matéria.
Esta lei é manifesta na criação e destruição dos mundos, na elevação e na queda das nações, na vida de todas as coisas, e finalmente nos estados mentais do I−Iomem (e é com estes últimos que os Hermetistas reconhecem a compreensão do Princípio mais importante).
Os Hermetistas compreenderam este Princípio, reconhecendo a sua aplicação universal, e descobriram também certos meios de dominar os seus efeitos no próprio ente com o emprego de fórmulas e métodos apropriados. Eles aplicam a Lei mental de Neutralização. Eles não podem anular o Princípio ou impedir as suas operações, mas aprenderam como se escapa dos seus efeitos na própria pessoa, até um certo grau que depende do Domínio deste Princípio. Aprenderam como empregá−lo, em vez de serem empregados por ele.
Neste e noutros métodos consiste a Arte dos Hermetistas. O Mestre dos Hermetistas polarizasse até o ponto em que desejar, e então neutraliza a Oscilação Rítmica pendular que tenderia a arrastá−lo ao outro pólo. Todos os indivíduos que atingiram qualquer grau de Domínio próprio executam isto até um certo grau, mais ou menos inconscientemente, mas o Mestre o faz conscientemente e com o uso da sua Vontade, atingindo um grau de Equilíbrio e Firmeza mental quase impossível de ser acreditado pelas massas populares que vão para diante e para trás como um pêndulo.
Este Princípio e o da Polaridade foram estudados secretamente pelos Hermetistas, e os métodos de impedi−los, neutralizá−los e empregá−los formam uma parte importante da Alquimia Mental do Hermetismo."
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