Santo Agostinho – Trivium e Quadrivium

 Parte I

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O ensino do Trivium e do Quadrivium, a linguagem e a História na proposta de educação agostiniana 

Ao eleger o conhecimento do Trivium e do Quadrivium como necessários à compreensão e ensino das Escrituras, Santo Agostinho (354-430) marca a educação medieval com a preservação do conhecimento produzido na Antiguidade. 

A linguagem como instrumento de ascendência sobre as pessoas não se limitaria ao âmbito da religião, uma vez que a orientação agostiniana ocupou preeminência na educação em função das condições institucionais e políticas decadentes no Império Romano, estendendo suas influências no período medieval. 

Por meio de uma análise que leva em consideração os aspectos históricos, sociais, políticos do período, bem como a formação educacional de Agostinho, as fontes, algumas obras do autor e a historiografia revelam a influência e extensão da proposta de educação cristã para a formação do homem por meio do ensino. 

Nesse sentido, a teorização sobre a linguagem, o conhecimento da história sagrada e secular se constituem como fundantes à educação pela argumentação e por princípios e conceitos comunicados.

Tendo como eixo norteador a premissa metodológica de que os projetos de educação e de ensino das diferentes épocas correspondem às diferentes necessidades sociais, no decorrer deste trabalho, procuramos situar Agostinho no universo histórico, intelectual, religioso e familiar de sua época. 

Ao analisar os aspectos particulares da vida, bem como da formação de Santo Agostinho em face dos aspectos gerais da sociedade, percebemos que algumas questões desse contexto foram abordadas pelo autor e destacadas pela historiografia que o estudou. 

Pudemos reiterar, com base nesses historiadores, que a ênfase de Agostinho sobre alguns aspectos de sua educação familiar e cultural, bem como o cuidado com que ele se dirigia aos seus ouvintes e aos leitores de suas obras relacionavam-se às características peculiares de um período de transição.

Conforme destacamos, nos chamaram a atenção as circunstâncias resultantes das migrações dos nômades e da desagregação política do Império Romano. 

Nas quais percebemos que sua proposta de educação que contempla muitas questões relativas ao ensino, emergia das necessidades que os tempos e a demanda impunham. 

O atendimento dessas necessidades somente poderia ser realizado por pessoas que tivessem condições culturais e religiosas para tal. 

Ao ensinar seus discípulos, Santo Agostinho preparou-os para formar outros; assim, juntamente com a evangelização, o conhecimento e a cultura se difundiam entre os povos nômades e remanescentes romanos.

Um aspecto da vida desse autor que nos incita a refletir é a necessidade que sentiu de se recolher em uma pequena propriedade rural para se dedicar exclusivamente ao estudo e à meditação das Escrituras. 

Lá ele estudava, meditava, escrevia e compartilhava com seus amigos os resultados de seus esforços. 

Embora esse recolhimento tenha durado por um período de aproximadamente três anos, entre sua conversão ao cristianismo e o período em que foi aclamado presbítero, conforme o costume, essa experiência permaneceu como um ideal formativo tanto no estilo de vida que levou desde então, quanto eu seus preceitos e instruções sobre o ensino. 

Antes, de se converter, Agostinho teve amante, oscilou entre várias filosofias, ou seja, conhecia o mundo e apreendeu em seu tempo as circunstâncias em que vivia o ser humano. 

Enfim utilizou todo o seu conhecimento previamente alcançado para esmiuçar sua análise sobre os diferentes temas de que tratou. 

Ele transmitiu seu conhecimento por meio de seus escritos, livros, cartas, diálogos e sermões, de modo que seu exemplo permaneceu nas Igrejas em que seus discípulos eram os responsáveis, pois esses também tinham a responsabilidade de formar outros cristãos.

Suas reflexões sobre o ensino ultrapassaram o âmbito de uma simples proposição e se tornaram práxis educativa. O próprio autor atuava em uma escola organizada na proximidade da sede episcopal.

Após sua conversão ao cristianismo, Santo Agostinho dedicou-se ao ensino, educando os clérigos em sua residência, proporcionando-lhes o conhecimento e formação religiosa. ‘Conta Posídio que Santo Agostinho, quando bispo, educava os clérigos na sua residência, onde eram instruídos e recebiam alimentação e roupa’ (NUNES, 1979, p. 108).

Conforme Nunes (1979), os livros desse autor tornaram-se manuais lidos na Idade Média pelos padres, que seguiam suas orientações e seus ensinamentos ao ensinar nas escolas paroquiais.

As escolas paroquiais exerceram essa função formadora, elas funcionavam na igreja matriz da paróquia ou na casa paroquial, com o intuito de preparar os candidatos ao sacerdócio com instrução mínima necessária ao desempenho sacerdotal. A escola episcopal alojava-se na igreja catedral ou na residência do bispo. A igreja tornou-se a única educadora daqueles tempos, pois era a única instituição que tinha condições e meios para educar e instruir (NUNES, 1979, p. 103).

Foi desse ponto de vista que procuramos identificar as diretrizes gerais da educação cristã que ele defendeu em algumas de suas obras. 

Para além delas, fomos identificando, no processo de leitura e análise, alguns aspectos de sua proposta que podem ser considerados como elementos educacionais que ultrapassam os limites de uma formação cristã datada e, ultrapassando fronteiras de espaço, de tempo, inclusive fronteiras culturais, permanecem como um legado para outras épocas, especialmente para o pensamento educacional do Ocidente. Nesse sentido, a contribuição de Agostinho permaneceu pela proposição de um ensino que contemplava não somente a formação ideológica religiosa, mas os conhecimentos produzidos pela humanidade. A proposta de Santo Agostinho era, portanto, uma proposta de erudição por parte daqueles que se dispunham a ensinar e a cristianizar os povos.

Seus postulados vigoraram por gerações no período medieval e têm permanecido na cultura ocidental. Em alguns aspectos mais timidamente, em outros mais vividamente.

Entre tantos aspectos, pontuamos que, em sua proposta de formação do cristão, ele valorizou a postura de quem ensina.

O percurso formativo e a vida de dedicação aos estudos proporcionaram a Agostinho a condição de pensar que a formação do cristão passaria pela necessidade do conhecimento de leitura e de escrita. Por isso, ao defender ferrenhamente a necessidade de os cristãos compreenderem as Escrituras, ele identificou os conhecimentos essenciais e os meios a ser
utilizados para formar aqueles que formariam outros cristãos.

Por isso, nosso objetivo é analisar alguns aspectos do ensino valorizados por Santo Agostinho, na expectativa de que despertem novas reflexões, frisando que todos esses conhecimentos, de seu ponto de vista, deviam ser incutidos nos homens para que eles tivessem mais condições de se aproximar do pensamento divino.

A Adoção do Trivium e Quadrivium

O primeiro deles é a eleição dos conhecimentos do Trivium e do Quadrivium como necessários para a compreensão e divulgação das Escrituras.

Para Santo Agostinho, a compreensão das Escrituras pelo estudioso pressupõe o saber ler e
escrever e também o conhecimento do Trivium e do Quadrivium. O Trivium, composto pelas disciplinas: gramática, dialética e retórica, é um conjunto de conhecimentos que abrange desde a forma da escrita, o significado das palavras, a lógica do pensamento até ao uso da linguagem que deveria ser escolhida para comunicar e ensinar o que se compreendeu. Esta linguagem, segundo a perspectiva da retórica, obedece a formas de estilo, a métodos para se alcançar o fim desejado – a comunicação, ou seja, o ensino.

Em sua análise dos campos de conhecimento do Trivium na educação medieval, Durkheim afirma que:

O trivium tinha por objetivo ensinar a própria mente, isto é, as leis às quais obedece ao pensar e expressar seu pensamento, e, reciprocamente, as regras às quais deve sujeitar-se para pensar e expressar-se corretamente. Tal é, com efeito, a meta da gramática, da retórica e da dialética. Esse triplo ensino é, pois, totalmente formal. Manipula unicamente as formas gerais do raciocínio, abstração feita de sua aplicação às coisas, ou com o que é ainda mais formal do que o pensamento, ou seja, a linguagem (DURKHEIM, 1995, p. 52).

As regras da lógica deviam fazer parte da formação do estudioso das Escrituras, não apenas com o objetivo de articular discussões para enganar o adversário, mas para convencer da verdade, que, para Santo Agostinho, era a verdade contida nas Escrituras. Ao discorrer sobre “os conhecimentos relativos não aos sentidos do corpo, mas à razão ou potência intelectiva da alma”, ele destaca a ciência do raciocínio (AGOSTINHO, A Doutrina Cristã, L. II, cap. 32, § 48).

A ciência do raciocínio é de muitíssimo valor para penetrar e resolver toda espécie de dificuldades que se apresentam nos Livros santos. Só se há de evitar o desejo de discussões (libido rixandi) e certa ostentação pueril de enganar o adversário (AGOSTINHO, A Doutrina Cristã, L. II, cap. 32, § 48).

Assim, ele distingue as diferentes formas do raciocínio.

Uma coisa é conhecer as regras do silogismo e outra conhecer a veracidade das sentenças. Pelas primeiras, aprende-se o que é deduzido logicamente, o que é deduzido ilogicamente e o que repugna à razão. A dedução lógica é esta: “Se ele é orador, é homem”. A dedução ilógica: “Se ele é homem, é orador”. E a dedução que repugna à razão: “Se ele é homem, é quadrúpede” (AGOSTINHO, A Doutrina Cristã, L. II, cap. 35, § 52).

As disciplinas do Trivium, portanto, constituíam, na perspectiva do autor, um instrumento para se chegar a conclusões lógicas ou ilógicas, verdadeiras ou falsas. Essa forma de raciocínio, esse conhecimento, deveria ser utilizado no exame das Escrituras.

E quando cada um tiver encontrado tudo o que aprendeu de proveitoso em outros livros, descobrirá muito mais abundantemente aí. E o que é mais, o que não aprendeu em nenhuma outra parte, somente encontrará na admirável superioridade e profundidade destas Escrituras. […]. Bem munido por essa formação e não estando mais paralisado por signos desconhecidos, o leitor manso e humilde de coração, submisso ao jugo de Cristo, carregado com um fardo leve, fundado, enraizado e edificado na caridade, poderá lançar-se ao exame e à discussão dos signos ambíguos das Escrituras, sobre os quais, no próximo livro, eu me preparo a discorrer, conforme o Senhor se dignar me inspirar (AGOSTINHO, A Doutrina Cristã, L. II, cap. 43, § 63).

Nesse sentido, o Trivium, como parte do ensino e da aprendizagem do cristão, tinha a função de formar seu pensamento por meio da ciência do raciocínio e esclarecer os diferentes aspectos da linguagem, os quais lhe abririam a possibilidade de interpretar as Escrituras.

Para Santo Agostinho,

[…] a ignorância da natureza das coisas dificultaria a interpretação das expressões figuradas, quando estas se referissem aos animais, pedras, plantas ou outros seres citados frequentemente nas Escrituras e servindo como objeto de comparações (AGOSTINHO, A Doutrina Cristã, L. II, cap. 17, § 24).

Segundo ele, para a compreensão eficaz das Escrituras, o estudioso deveria passar, necessariamente, pelo conhecimento das coisas, da ciência do raciocínio e das instituições
humanas, dominar os sentidos das palavras e dos signos, conhecer outras línguas, entre outros aspectos importantes do conhecimento.

Dessa maneira, tão importantes como os conteúdos do Trivium, são os conhecimentos do Quadrivium, que consistem num conjunto de conhecimentos objetivos e abstratos de aritmética, geometria, música e astronomia, os quais também eram úteis, segundo Santo Agostinho, à compreensão das expressões referentes a essas artes utilizadas nas Escrituras
como objeto de comparações a fim de alcançar o entendimento das coisas espirituais e, consequentemente, a rejeição das ficções supersticiosas.

A astronomia teria como objeto de estudos a ciência dos astros, da natureza e de seu poder. Santo Agostinho alertava, porém, que não se deveria utilizar esse conhecimento para tirar prognóstico de horóscopos, como faziam os genetlíacos, hoje chamados astrólogos. Em lugar de fazer conjecturas exatas para o tempo futuro, calcular o curso dos astros ou da lua, dizer qual a fase dentro de um período passado ou futuro, a astronomia era importante para desvelar o sentido das Escrituras como ciência dos astros criados por Deus. Assim, ele combatia um hábito característico do paganismo.

Quanto à importância da aritmética, Agostinho afirmava que a ignorância dos números impedia a compreensão de expressões figuradas ou simbólicas empregadas nas Escrituras. O mesmo vale para as noções musicais. Segundo ele, tanto a música quanto os números eram colocados em lugar de honra em muitas partes das Escrituras.

A música, nesse contexto, não deveria ser entendida como a arte do canto, mas como a disciplina que estabelecia as relações da música com a aritmética, com a harmonia dos astros e com as leis da acústica.

Segundo Oliveira (2008)

Assim, para Santo Agostinho, a leitura, a matemática, a natureza, a música, o conhecimento das línguas e a memória tornam-se condição primeira para a conversão do cristão. O cristão deve ser antes de tudo um ser que consegue entender e interpretar os escritos sagrados pelo conhecimento e não somente pela fé. O cristão também deve entender as relações sociais de cada tempo presente vivido pelos homens, pois são elas que imprimem os signos do conhecimento. É exatamente por isso que o autor chama a atenção para as mudanças que ocorrem de uma dada sociedade para outra (p. 6).

Nesse sentido, para Agostinho, os conhecimentos que compunham as disciplinas do Quadrivium eram pré-requisitos à formação do cristão.

Para Durkheim (1995), em sua análise sobre os campos de conhecimento, o Quadrivium

[…] era um conjunto de conhecimentos relacionados com as coisas. Seu papel era tornar conhecidas as realidades externas e suas leis, leis dos números, leis do espaço, leis dos astros, leis dos sons. Assim, as artes que abraçava eram chamadas artes reales ou physica (1995, p. 52).

É importante destacar que se atribuía um sentido alegórico às quatro disciplinas. Procurava-se um significado oculto nos números, nos astros. Desse modo, as disciplinas do Quadrivium ofereciam um conjunto de conhecimentos externos, necessários à compreensão das ilustrações ou de expressões figuradas dos Livros Santos.

Um homem fala com tanto maior sabedoria, quanto maior ou menor progresso faz na ciência das Santas Escrituras. E eu não me refiro ao progresso que consiste em ler bastante as Escrituras ou aprendê-las de cor, mas do progresso que consiste em compreendê-las bem e procurar diligentemente o seu sentido (AGOSTINHO, A Doutrina Cristã, L. IV, cap. 5, § 7).

Assim, percebemos que a proposição agostiniana para a difusão do cristianismo passaria pelo conhecimento do Trivium e do Quadrivium, já que, como as Escrituras foram escritas em linguagem humana, era necessário utilizar a ciência das coisas terrenas para explicar os princípios abstratos da religião.

Gilson (2001) destaca a importância com que os Padres e Agostinho, em particular, consideravam a cultura clássica, especialmente as “[…] artes liberais, bastante apropriadas ao uso da verdade e ainda alguns preceitos morais muito úteis” (AGOSTINHO, A Doutrina Cristã, Livro II, cap. 41, § 60). Elas seriam uma forma de o homem melhor interpretar as sagradas Escrituras.

Para compreender o texto todos os recursos das artes liberais eram requeridos, isto é, toda a erudição enciclopédica de Varrão: história (II, 28); geografia, botânica, zoologia, mineralogia, astronomia (II,29); medicina, agricultura, navegação(II,30); a dialética, tão útil para discutir as questões colocadas pela Escritura (II, 31-35); enfim, a aritmética, com suas diversas aplicações às figuras, aos movimentos e aos sons (II, 38). Mas achar-se em condições de compreender as Escrituras não é tudo, é necessário, além disso, saber falar a seu respeito. É aqui que intervém a Retórica, à qual é consagrado todo o livro IV da obra: porque os cristãos podem e devem ensiná-la, quais os deveres de um professor de retórica cristão e como os autores sacros uniram a eloquência à sabedoria. Que satisfação para Agostinho pensar que as Escrituras realizam, assim, o ideal de Cícero! Aliás, ele cita-o expressamente ao descrever o gênero de estilo e de eloquência que convém ao cristão; ele se entrega a uma exegese em regra de texto do Orator, 29, para explicar como, em que sentido o orador cristão pode observar os preceitos aí contidos, e essas discussões não eram, para ele, simples debates acadêmicos, já que, expulsa do fórum e confinada às salas de escola desde Júlio César, a eloquência vinha de reencontrar um público e retomar vida nas igrejas. Ambrósio, Cipriano, Agostinho não reivindicavam a tarefa de conduzir o povo ao bem comum da Cidade terrestre, mas acaso não eram os guias do imenso povo da Cidade celeste em peregrinação até Deus? (GILSON, 2001, p. 209).

Assim, imbricado na cultura clássica, Agostinho fundamenta o corpo teórico que daria a sustentação à compreensão e à difusão da doutrina cristã.

Le Goff (2007) destaca o fato de essa escolha de conteúdos feita por Agostinho ter permanecido até o século XII e XIII, o que, de nossa perspectiva, implica a permanência do conhecimento elaborado na Antiguidade.

Entre as escolhas culturais essenciais que o cristianismo medieval fez, em primeiro lugar, e sobretudo está a das classificações científicas e dos métodos de ensino. Transmitida por um retórico latino cristão do século V, Marciano Capella, a classificação e a prática das artes liberais dominam o ensino medieval. Divididas em dois ciclos, o do trivium, ou artes da palavra (gramática, retórica e dialética) e o do quadrivium, ou artes dos números (aritmética, geometria, música e astronomia), estas artes recomendadas por Santo Agostinho vão, nos séculos XII e XIII, fornecer o fundamento do ensino universitário na faculdade propedêutica dita faculdade de artes (LE GOFF, 2007, p. 26).

Em A Doutrina Cristã fica evidente o papel do conhecimento clássico na formação intelectual dos cristãos, tendo em vista que estes deveriam ensinar outros cristãos, reforçando, assim, o entendimento que continuava motivando o desenvolvimento do trabalho intelectual nas igrejas, nos mosteiros, nas escolas paroquiais e episcopais.

Nessa corrente, A Doutrina Cristã se tornou manual de educação e de ensino para a sociedade medieval, uma vez que nele Agostinho deu nova roupagem às leituras das Escrituras. Diferindo de Tertuliano, por exemplo, que no segundo século, não concordava que os cristãos ensinassem as letras, por considerá-las saber pagão. Nesse aspecto, as orientações agostinianas foram adotadas nas escolas paroquiais e nas dos mosteiros por conter a concepção de educação cristã e por definir o conjunto de disciplinas que deveria ser ensinado. Os escritos dos padres e dos monges, posteriores ao século V, evidenciam o conhecimento da proposição agostiniana.

Uma vez que Agostinho considerava que o domínio do conhecimento clássico fornecia subsídios para o conhecimento das coisas espirituais e propiciava condições de aprimorar a fé, ele defendia que o homem cristão fizesse uso do pensamento racional, no qual a linguagem tinha papel fundamental. 

Por isso, em item específico, vamos analisar a importância que ele deu à linguagem, ao conhecimento das línguas e aos sinais como instrumentos de entendimento e comunicação.


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