Bem-vindo ao jogo do avião ou da amarelinha e, com ou sem intenção, ao aprendizado simbólico da Árvore da Vida ...



O AVIÃO OU AMARELINHA... UM JOGO DE INICIAÇÃO.

Amarelinha, luta ou avião, dependendo do país, é um tradicional jogo infantil, que é conhecido em todo o mundo com diferentes nomes e algumas variantes.
Mas você sabia que ela tem a mesma estrutura da Árvore da Vida da Cabala?
As crianças continuam brincando sem saber que estão dando os mesmos passos da Árvore da Vida, transformando-a em um jogo iniciático, seja por acaso ou premeditação.
O propósito é ascender e retornar à terra, alcançando o topo do símbolo 10 da unidade do céu, para se livrar da matéria e então descer simbolicamente a malkuth retornando à terra.
Uma jornada do mundo externo para o mundo interno, do corpo físico para o corpo espiritual através da alma.
Este jogo também tem o mesmo pano de fundo da árvore da vida cuja formação consiste justamente no equilíbrio que deve ser alcançado pela conscientização, assim como as crianças devem manter o equilíbrio, já que o caminho é feito com um pé, saltando sem tocar nenhuma linha, o que faria ser quedas ou fracassos em um nível espiritual.
Atirar uma bola de papel molhado indicando o seu objetivo e depois chegar, pegue e desça.

É assim que a teurgia sagrada é imitada.
Subindo com acesso ao conhecimento sublime e descendo com um aprendizado para o mundo terreno.
É o equilíbrio que se adquire saltando alternadamente entre o rigor e a misericórdia, entre a direita e a esquerda, entre o masculino e o feminino, entre o preto e o branco.


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Comentários

  1. Como trabalhar o jogo da amarelinha na educação infantil?

    Fazer a amarelinha com a criança. No lugar do número 10 pode colocar a palavra CÉU. O primeiro jogador, joga a pedra na primeira casa (1) e com um pé só pula esta pisando no 2, depois no 3 e 4 ao mesmo tempo, depois no 5 com um pé só, e depois no céu ( 6 e 7) com os dois pés ao mesmo tempo.

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  2. Qual o objetivo do jogo da amarelinha na educação infantil?

    O brincar de amarelinha propicia o desenvolvimento de muitas habilidades e em especial as da matemática: noções de números, medidas e geometria, contagem, sequência numérica, reconhecimento de algarismos, comparação de quantidades, além da avaliação de distância, avaliação de força, localização espacial, percepção ...

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  3. O jogo da Amarelinha é um labirinto literário no qual Cortázar discute os questionamentos do homem diante de seu destino, conflitos, dúvidas e paixões. Dividido em três partes, pode ser lido de diversas formas.
    Cada leitor cria o seu próprio livro e ritmo.

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  4. Jogo da Amarelinha .
    Uma das obras-máximas de Julio Cortázar (1914 – 1984) – nasceu quanto o escritor argentino acreditava que já tinha atingido seu máximo com os contos fantásticos. Dessa combinação de insatisfação e deslumbre, Cortázar deu corpo a um romance fragmentado, em gomos, e cuja história se mistura à sua própria vida em Paris.
    Como Cortázar, Horário Oliveira é um hermano exilado na Cidade Luz, um fugitivo de uma realidade nua e crua, vivendo em uma espécie de vórtice temporal alimentado por cigarros, álcool, maconha, jazz e a paixão pela enigmática – e uruguaia – Maga.

    Todos os personagens que circulam pel’O Jogo da Amarelinha representam alguma espécie de distanciamento da realidade, de escape e introspecção.
    E por isso, boa parte das gentes às quais o argentino deu vida no livro representa os conflitos de uma juventude em risco e em dúvida.
    Por meio de dilemas existenciais e proclamações íntimas de independência, o livro parecer externalizar uma rebeldia contida – a mesma rebeldia da qual falaria dez anos mais tarde Chico Buarque em “Apesar de você”.

    E é isso que faz d’O Jogo da Amarelinha uma construção ousada em forma e conteúdo. Se por um lado é um romance cheio de reentrâncias narrativas e hiperlinks que carregam o leitor para dentro e fora da obra – existe inclusive uma playlist no Spotify com as canções de jazz que Cortázar cita ao longo do livro –, por outro é um hino de amor à liberdade e à idealização do amor e das relações.

    Cortázar subverte os sentidos do romance e do conto ao criar uma simbiose literária entre ambos, impedindo que a obra seja dissociada de ambas as formas de narrar.

    E qualquer incursão em tentar explicar os caminhos tomados pelo autor parece levar aos caminhos bifurcados de Borges e aos bosques de Eco.

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  5. Cortázar – que, justamente, diluiu na fragmentação o peso de tamanha narrativa – recria os anos loucos da década de 1960 sem deixar de espelhar nessa mesma loucura, criativa e pessoal, o medo e o pavor que se alastravam pelo perigo constante de uma guerra nuclear e pelo assomo das crises que tomavam de assalto a América Latina e que, claro, desembocariam nos regimes militares que governariam o continente nos anos seguintes. “A busca do ‘outro’. Sim, é o tema central e a razão de ser de O Jogo da Amarelinha”, afirma Cortázar em carta a Graciela de Solo e que acompanha a edição lançada em 2019 pela Companhia das Letras.

    Talvez, por apresentar sempre personagens em rota de colisão – contra tudo e contra todos – O Jogo da amarelinha se mantenha como uma síntese da juventude e do desejo de ser jovem.

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  6. Homem em fuga

    Essa mesma busca pelo outro percorre muito dos seus contos – como “Casa tomada”, que abre Bestiário, ou “As Babas do Diabo”, de As Armas Secretas, e base para o clássico Blow up, de Antonioni –, mas em O Jogo da Amarelinha que Cortázar consegue maximizar as ambiguidades das relações.

    Seja no tecer de um exílio forçado da primeira parte ou na saudade que Horácio sente de Maga, na segunda, e que projeta em Talita, Cortázar reconstrói os contrapontos de um homem em fuga e, em algum sentido, distante de tudo, até mesmo de si.

    É interessante pensar O Jogo da Amarelinha sob a perspectiva do isolamento.

    Alojado dos seus, Horácio se refugia no Clube da Serpente, uma espécie de sociedade que forma com outros párias e merdunchos em Paris.

    É durante as reuniões do grupo que se ouve jazz, discute-se Sartre e fala-se do mundo que despencava lá fora.

    E é em um desses encontros que o bebê de Maga morre, rompendo as relações dela com aquele mundo.

    Talvez, por apresentar sempre personagens em rota de colisão – contra tudo e contra todos – O Jogo da Amarelinha se mantenha como uma síntese da juventude e do desejo de ser jovem.

    Mas essa não é a ambição de viver para sempre, mas de se morrer cedo.

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