SAUDAÇÕES ÀS PEDAGOGAS E AOS PEDAGOGOS NO SEU DIA
20 de maio
É com entusiasmo que saudamos o Dia Nacional das Pedagogas e dos Pedagogos.
A Pedagogia, como ciência da educação, exige uma formação específica, razão pela qual os Centros de Educação, notadamente das Universidades públicas brasileiras, fizeram história ao abraçarem esse campo de formação e de desenvolvimento profissional!
São eles, em grande medida, os que assumem a educação do Pais.
Esses profissionais trabalham na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, contribuindo de forma qualificada nas diferentes modalidades da educação básica.
Para além da atividade de ensino, exercem funções de coordenações pedagógicas de diversas etapas/níveis de ensino; de técnicos ou gestores nos sistemas educativos; de técnicos em assuntos educacionais na rede federal de ensino.
Pedagogas e pedagogos fazem a diferença não apenas nas instituições escolares, mas coordenam processos educativos em instituições não escolares, públicas e privadas, nos movimentos sociais e organizações não governamentais da sociedade civil organizada.
Podemos citar como campos diversificados de atuação: a pedagogia prisional, a pedagogia hospitalar, a pedagogia institucional, a pedagogia organizacional, a pedagogia jurídica.
Assim, a/o pedagoga/o é o profissional que trabalha com a docência, a gestão, a coordenação pedagógica, o planejamento de políticas públicas; trabalha como pesquisadores/as, consultores/as pedagógicos e técnicos/as de órgãos públicos e privados, na área da comunicação, na produção de meios e ferramentas pedagógicas mediadas pelas tecnologias digitais, entre outros!
Essa amplitude de espaços de inserção desse profissional, entre a atuação da/o pedagoga/o na escola ou fora desta, tem exigido discussões a respeito da sua identidade e formação!
Formar o profissional da Pedagogia não é tarefa simples.
As Universidades públicas têm nesse debate um papel preponderante, contribuindo para a compreensão da formação da/o pedagoga/o assentada em concepções teóricas e práticas intrinsecamente articuladas, combinando a sólida formação conceitual com as ações reflexivas no cotidiano, considerando as necessárias e adequadas condições de ensino e de aprendizagem.
Nesse tempo pandêmico, em que o neoliberalismo e o negacionismo da ciência afloram no cerne das políticas públicas nacionais, queremos nos contrapor a qualquer tipo de reforma curricular do curso de Pedagogia que se alinhe a uma lógica de precarização de nossa formação e nossa profissão.
Precisamos de uma reformulação curricular que afirme os princípios que duramente construíram os movimentos de educadoras/es que enfatizam a compreensão dos eixos da formação da/o pedagoga/o, articulando diferentes campos do conhecimento, considerando princípios democráticos, interdisciplinares e de contextualização no processo formativo.
Parabéns a todos os professores e professoras que formam as/os pedagogas/os e a todos as/os docentes dos cursos de Pedagogia do Brasil.
Nessas breves palavras alusivas a um pertinente elogio aos pedagogos/as pela passagem desse 20 de maio, reafirmamos nosso reconhecimento do poder transformador desse coletivo que lida com a educação, a formação e o desenvolvimento humano (em sentido amplo) das gerações!
Esse é um importante momento para conclamar os/as pedagogos/as a não subdimensionarem o seu papel e o seu protagonismo nesse cenário tão adverso da educação em nosso país!
Segundo a Teoria de Piaget, o crescimento cognitivo da criança se dá por assimilação e acomodação. O indivíduo constrói esquemas de assimilação mentais para abordar a realidade.
ResponderExcluir... É através das acomodações (que, por sua vez, levam à construção de novos esquemas de assimilação) que se dá o desenvolvimento cognitivo.
ean Piaget (1896-1980) foi o nome mais influente no campo da educação durante a segunda metade do século 20, a ponto de quase se tornar sinônimo de pedagogia. Não existe, entretanto, um método Piaget, como ele próprio gostava de frisar. Ele nunca atuou como pedagogo. Antes de mais nada, Piaget foi biólogo e dedicou a vida a submeter à observação científica rigorosa o processo de aquisição de conhecimento pelo ser humano, particularmente a criança.
ResponderExcluirDo estudo das concepções infantis de tempo, espaço, causalidade física, movimento e velocidade, Piaget criou um campo de investigação que denominou epistemologia genética - isto é, uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança. Segundo ele, o pensamento infantil passa por quatro estágios, desde o nascimento até o início da adolescência, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida.
"A grande contribuição de Piaget foi estudar o raciocínio lógico-matemático, que é fundamental na escola mas não pode ser ensinado, dependendo de uma estrutura de conhecimento da criança", diz Lino de Macedo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
As descobertas de Piaget tiveram grande impacto na pedagogia, mas, de certa forma, demonstraram que a transmissão de conhecimentos é uma possibilidade limitada. Por um lado, não se pode fazer uma criança aprender o que ela ainda não tem condições de absorver. Por outro, mesmo tendo essas condições, não vai se interessar a não ser por conteúdos que lhe façam falta em termos cognitivos.
Isso porque, para o cientista suíço, o conhecimento se dá por descobertas que a própria criança faz - um mecanismo que outros pensadores antes dele já haviam intuído, mas que ele submeteu à comprovação na prática.
Vem de Piaget a idéia de que o aprendizado é construído pelo aluno e é sua teoria que inaugura a corrente construtivista.
Educar, para Piaget, é "provocar a atividade" - isto é, estimular a procura do conhecimento. "O professor não deve pensar no que a criança é, mas no que ela pode se tornar", diz Lino de Macedo.
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