Os antigos templos hebreus destinados ao culto a Yahweh e o Rito Escocês Antigo e Aceito

De acordo com a tradição hebraica, a partir do chamado de Yahweh (o Deus Único dos hebreus), Abraão partiu com a sua família da cidade antiga de Ur, na Mesopotâmia (aproximadamente no ano 2.000 a.C.)  rumo a Siquém (ou Sechem), na Palestina.

mar morto
Após sair de Ur, Abraão e sua família dirigiram-se a Haran (ou Harã) e seguiram para Siquém. De Siquém, os hebreus dirigiram-se para o Egito, de onde foram expulsos pelo faraó e retornaram para a Palestina, fixando-se em Hebron.
    
Esse clã conduzido por Abraão é considerado o primeiro grupo hebreu, pois agia segundo a vontade do Deus Único dos hebreus (Yahweh). Em razão desse fato, Abraão é considerado o primeiro patriarca do Povo Escolhido.

maçonaria
A travessia do Mar Vermelho foi um
 episódio marcante na libertação
 dos hebreus da escravidão no Egito.
    
O livro do Gênesis relata que Jacó (ou Israel), neto de Abraão, alguns anos mais tarde, mudou-se com o povo hebreu, da Palestina, onde havia uma grande seca, para o Egito onde, mais tarde, os hebreus tornaram-se escravos dos egípcios.
    
Com a libertação dos hebreus da escravidão no Egito (em torno do ano 1.250 a.C.) e sua partida para Canaã (ou Terra Prometida), o culto a Yahweh passou a realizar-se numa tenda portátil, própria para essa adoração, chamada Tabernáculo.


Essa tenda era transportada juntamente com os objetos sagrados, durante o percurso dos hebreus no deserto.

maçonaria

De acordo com a Bíblia, após o povo hebreu fixar-se na Palestina e formarem um reino, com a capital em Jerusalém, foi possível a construção de uma edificação em alvenaria, onde o culto pudesse ser realizado. 
   
A tradição maçônica afirma que essa edificação foi mandada construir pelo rei Salomão (aproximadamente no ano de 960 a.C.), em parceria com Hirão, rei da cidade fenícia de Tiro, e sob a direção do mestre-arquiteto Hiram Abiff. 

Essa construção recebeu o nome de Templo de Jerusalém (ou Templo de Salomão, ou Beit Hamikdash).
     
Alguns séculos após o reinado de Salomão, a Palestina foi invadida pelos babilônios, o Templo de Jerusalém foi destruído (aproximadamente no ano de 586 a.C.) e os hebreus levados como escravos para a Babilônia (Primeira Diáspora Judaica).
       
Com a destruição do Templo de Jerusalém, os hebreus no exílio passaram a realizar seus cultos em residências e em outros espaços, dando origem ao surgimento das sinagogas.

Uma das antigas práticas das sinagogas é  a leitura da Torá, manuscrita
da direita para a esquerda, em rolos de pergaminhos, contendo o Pentateuco
(cinco primeiros livros da Bíblia), a qual é guardada numa arca própria.
    
A partir de 537 a.C., sob a iniciativa de Zorobabel, Esdras e Neemias, devidamente autorizados por Ciro, o Grande, rei da Pérsia, os hebreus retornaram à Palestina e o Templo de Jerusalém foi reconstruído. 
Essa segunda edificação foi chamada Templo de Zorobabel (ou Segundo Templo).

hebreus
Durante a construção do Segundo Templo, os operários permaneciam
 armados para defenderem-se do ataque dos samaritanos.
 
     
Aproximadamente no ano de 63 a.C., o Império Romano invadiu a região da Palestina e submeteu os hebreus. 
    
Durante o reinado de Herodes, o Segundo Templo foi reformado e ampliado nos padrões romanos. Esse novo templo, que foi construído sobre uma plataforma artificial chamada Monte do Templo, não teve a finalidade exclusivamente religiosa dos templos anteriores.
    
Essa construção chegou a ser usada como um mercado, no tempo de Jesus Cristo e ficou conhecida como Templo de Herodes (ou, para alguns autores, Terceiro Templo).

O Templo de Herodes foi destruído pelos romanos no ano 70 depois de Cristo, o povo hebreu foi expulso da Palestina e disperso pelo Oriente Médio, Ásia, Europa e África (Segunda Diáspora Judaica).
      
As tradições maçônicas relacionadas ao Tabernáculo, ao Templo de Jerusalém e ao Templo de Zorobabel servem de conteúdo, direta ou indiretamente, para todos os graus do Rito Escocês Antigo e Aceito.

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