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QUAL A DIFERENÇA ENTRE A MAÇONARIA GNÓSTICA E A MAÇONARIA ESCOCESA?
Se tu és um curioso, saia daqui, nada há aqui para descobrir!
Se fores falso, ocultando seus vícios pela dissimulação exterior, serás descoberto, pois nada está oculto.
Se tens receio que se descubram os teus defeitos mais íntimos, tu não estarás a salvo entre nós.
Se és apegado aos bens materiais, afastai, pois entre nós serás um miserável.
Se valorizai as distinções mundanas, retira-te, nós não o reconhecemos como irmão.
Ultimamente temos limitado nossas postagens e restringindo transcrever as reflexões dos nossos pensamentos, motivados pelo objetivo de evitar a profanação (banalização) do esoterismo gnóstico.
Entretanto, uma pergunta tem se repetido em nossa caixa de mensagem privada e será à resposta dessa pergunta que dedicaremos esta postagem.
Assim lemos num evangelho gnóstico:
"Sois vós mesmos a porta estreita por qual podeis acessar a luz, pois a porta que leva ao caminho da escuridão, larga é".
Percebam a verossimilhança com o evangelho cristão segundo São Mateus:
"Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. Por ser a porta estreita e apertado o caminho da vida eterna, que poucos há que a encontrem".
O caminho que conduz a luz, e por consequência a vida eterna, isto é, à imortalização de nossa alma, é estreito, não aos outros, mas para nós.
Devemos compreender que essa advertência não é destinada aos outros, mas para nós. Não devemos utilizar tal evangelho para julgar ou medir o caminho alheio, mas medir nosso próprio caminho.
E este é o caminho gnóstico que escolhemos seguir.
Um caminho estreito e difícil, no qual muitos são chamados, poucos acessam, e desses, um ou outro consegue concluir.
Essa é a grande diferença entre a maçonaria escocesa e a maçonaria gnóstica. Apesar de estarmos com as colunas edificadas, a porta de entrada é estreita e o caminho à luz apertado.
Não temos intenção de julgar, depreciar ou negar a importância da maçonaria escocesa ao mundo, mas nossa intenção é a de apenas destacar a diferença da maçonaria escocesa para com a maçonaria gnóstica, cabendo ao próprio leitor julgar "per si".
Portanto:
Enquanto na maçonaria escocesa afirma-se possuir um segredo, a maçonaria gnóstica afirma possuir a fórmula para desvelar o segredo.
Enquanto na maçonaria escocesa afirma-se praticar a seletividade dos membros através escrutínio realizado por outrem, (três mestres que julgam o noviço sem conhece-lo, pautando-se nos fundamentos exteriores), na maçonaria gnóstica ocorre naturalmente a auto seleção, quando o próprio noviço julga a si como apto ao caminho; ou se o caminho é por demais oneroso ao seu cotidiano, afastando-se por si.
Enquanto na maçonaria escocesa valoriza-se o exoterismo, ou seja, as riquezas, as pompas e imagens exteriores, a maçonaria gnóstica tem por tesouro o esoterismo, que é a virtude íntima, uma chave arcana para acessar e dominar a origem da força criadora de tudo o que se manifestou no exterior.
Enquanto a maçonaria escocesa objetiva construir uma sociedade justa e próspera, a maçonaria gnóstica objetiva retificar e aperfeiçoar cada ente humano, para que sua vida seja edificada sob os alicerces da virtude, justiça e prosperidade espiritual, refletindo numa sociedade mais Justa e Perfeita.
Quando tu escolhes entrar pela porta de um caminho menos oneroso, que não exige estudo, aplicação dos estudos e nem um esforço além do normal que abale seu estado de conforto, eis tu, diante da porta larga e do caminho espaçoso.
Mas quando tu estás diante de um caminho que já na porta de entrada exige seu empenho e disciplina nos estudos, exigindo um esforço pessoal que irá mexer com seu estado de conforto, eis então, tu, diante do apertado caminho da porta estreita.
A maçonaria gnóstica sobreviveu até os dias atuais devido sua filosofia de trabalho em priorizar a qualidade e não a quantidade, pois um número reduzido de irmãos e irmãs proporciona um trabalho de maior qualidade, o qual não prioriza a ostentação mundana, mas apenas a sua manutenção interna pelos séculos dos séculos sob administração da hierofania.
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