A todos os maçons,
Quer estejam em terra, no mar e no ar
Particularmente para os que estão em sofrimento e miséria
Desejamos o pronto restabelecimento para os seus males
E o seu rápido regresso a casa,
Se assim o desejarem
Foi isto que disse no meu primeiro ágape, e foi isto que pensei em Janeiro de 5999, a bordo de uma avião a caminho de Lisboa depois de passar uma noite nos bancos do aeroporto de Vienna.
Lembrei-me que apesar de estar sozinho a trinta e tal mil pés de altitude, sabia que algures em baixo estariam irmãos a pensar em mim e no meu regresso a casa.
Esta sensação de acompanhamento e de apoio fez-me sentir melhor e sei que quando um de nós ou dos nossos passa por uma fase menos boa, o nosso apoio pode aliviar o sofrimento ou a miséria existente.
A maçonaria é uma fraternidade de homens, baseada em princípios morais, marcada em simbolismo com sinais reconhecíveis.
Nesta minha prancha vou focar os símbolos da união presentes em lojas.
Na loja um símbolo de união são as correntes que enquanto apertam os profanos, unem os Maçons.
Outro símbolo de união é a “Borda Dentada” ou corda de nós que rodeia o “Quadro de Aprendiz”.
Trata-se de uma corda formada de nós, chamados laços de amor, e terminada por uma borla em cada extremidade.
Para Ragon, os nós entrelaçados que, sem se interromper formam a Borda Dentada dos nossos Templos, são a imagem da união fraterna que liga, por uma cadeia indissolúvel, todos os Maçons do mundo, sem distinção de seitas ou de condições.
Já Wirth escreve, “Uma lamrequim dentado forma um friso e tem uma corda terminada em borlas que se juntam perto das colunas J:. e B:."
Esse enfeite foi chamado, impropriamente, de Borda Dentada.
A corda ata-se em entrelaços, chamados de laços de amor, e representa assim a Cadeia de União. que une todos os Maçons.
De acordo com Plantageneta, a Borda Dentada simboliza a fraternidade que une todos os Maçons, motivo pela qual ela é uma reprodução material e permanente da “Cadeia de União”.
A própria “Cadeia de União” é uma tradição que se encontra ao mesmo tempo nas Associações de Operários e na maçonaria. Ela consiste em formar uma cadeia, cruzando os braços e dando-se mutuamente as mãos.
O recém iniciado é convidado, desde a sua admissão, a formar um elo dessa Cadeia.
Plantageneta lembra que “todos os Maçons, seja qual for a sua Pátria, formam uma única família de Irmãos espalhados pela superfície da terra.”
A Cadeia de União também aproxima efectivamente todos os corações, ao mesmo tempo em que reanima nas consciências o sentimento da solidariedade que nos une e a interdependência que nos liga. Podemos fazer essa experiência, e não há duvida de que quem participa conscientemente, e sem reticências, da cadeia ritual, sente – na falta de uma transmissão incorrecta do vizinho – os efeitos sugestivos e reconfortantes.
Outro símbolo físico da união é a romã, que também simboliza a caridade e a humildade.
Na Maçonaria os grãos da Romã, mergulhados numa polpa transparente, simbolizam os Maçons unidos entre si por um ideal comum.
Passando do físico, temos os nossos sentimentos e laços fraternos. Estes últimos sendo mais importante que os outros, pois se símbolos físicos podem ser vistos e exibidos os laços fraternos e a entre ajuda vão muito além do mundo profano são a continuação dos trabalhos de loja e o manter da cadeia de união quando estamos presentes em memórias e pensamentos.
Infelizmente, estamos de luto pelos nossos irmãos e os outros profanos chacinados pelo mundo afora por terroristas de vários graus e qualidades.
Estes nossos irmãos e os outros que passaram ao Eterno Oriente, em espirito, memória e na sabedoria que nos deixaram continuam a integrar a cadeia de união
Para manter a união e para a reforçar, tem que se transmitir a sabedoria e as tradições para os aprendizes competindo aos mestres como instrutores nas sessões bem como nos trabalhos, dentro e fora da loja a transmissão dessas sabedoria e tradições.
Prancha de Autor não Identificado (A:.M:.) – Outubro 6001
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