O QUE É A FORÇA NA MAÇONARIA?
As três colunetas alegóricas presentes nos altares das Luzes se destinam a remeter os Obreiros a informações de ensinamentos ternários, de diferentes culturas, porém, com a mesma simbologia.
Jônica, Dórica e Coríntia.
Salomão, Hiram rei de Tiro e Hiram Abiff.
Sapientia, Salus e Stabita.
Minerva, Hércules e Vênus.
Sabedoria, FORÇA e Beleza.
Destaquemos a simbologia da FORÇA.
Existe nos labores maçônicos uma conotação diferente do mundo profano, mas com semelhanças nas propriedades simbólicas e especulativas.
A Força pode representar a qualidade do que é forte. A robustez ou, propriamente, o vigor físico.
Conceitualmente, a Força é também um agente físico capaz de alterar o estado de repouso de um corpo material.
Passemos então às especulações.
Dos três graus de uma Loja Simbólica ou classe de operários, qual é mais robusto, ou necessita de maior vigor físico?
Por óbvio, são os Aprendizes, pois estão nas pedreiras quebrando e transportando as pedras brutas.
E onde se assentam?
Na Coluna do Norte, fortes como Hércules e vindos da região rochosa de Tiro e dignificados pela Coluneta Dórica, que, desprovida de base, é a mais rústica das três ordens arquitetônicas gregas.
Então a “Força” se relaciona com a Coluna do Norte e seus Obreiros?
Não só isso! A “FORÇA” em si, é personificada no PRIMEIRO VIGILANTE.
Ele é o agente que providencia o “movimento”. Em outras palavras, ele é o provocador da “AÇÃO”.
Reflita sobre duas características da Coluna Dórica e do porquê fica de frente ao Primeiro Vigilante.
Rústico:
- Objeto Simples, sem acabamento; existe diz-se de uma pessoa com comportamento
Grosseiro. (sem refino, sem instrução).
Desprovido de base:
- Carente, privado de recursos (maçonicamente: neófito).
A coluneta é o apelo simbólico do dever do Primeiro Vigilante.
Ele deve envidar todos seus esforços em ações para tirar os Aprendizes da inércia.
Através das instruções, dar-lhes a “base” necessária para projetar-se ao outro “de+grau”.
Devendo estimulá-los à reflexão e aos valores, dando-lhes o refino necessário para o momento em que lhes serão compartilhados novos ensinamentos.
Este artigo foi inspirado no livro “SIMBOLOGIA MAÇÔNICA DOS PAINÉIS, LOJA DE APRENDIZ, COMPANHEIRO E MESTRE” do Irmão Almir Sant’Anna Cruz que na página 128 instrui:
“Todo esse simbolismo nos ensina também que para ser Sábio é necessário ser Forte para vencer os sacrifícios e possuir Beleza Moral, permanente e incorruptível, para adornar a obra fundamental da construção de nosso Eu.”
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