Maçons, “livres pensadores”…





Aqui há uns tempos em conversa com um amigo sobre determinado tema, disse-lhe eu isto: “eu apenas te mostro o mapa, caberá a ti escolheres o caminho”. 

E de fato esta é a realidade em que temos de viver. Ou seja, nós somos as nossas “escolhas”, nós somos as “decisões” que tomamos e as ações que decidimos praticar.

Por mais que uns nos digam para irmos para a “esquerda”, outros para a “direita” e alguns inclusive nos digam para seguir pelo “meio”, a decisão final sairá de nós próprios, da nossa vontade, independentemente das indicações e dos conselhos que recebamos e que possam nos auxiliar na decisão a tomar.

Se decidirmos agir de certa maneira, coincidindo ou não com o que a generalidade ou somente com o que alguns considerem sobre tal, foi a nossa mente que o decidiu. 

Assim, todos nós, na nossa Vida, somos  – e seremos sempre – responsáveis por aquilo que decidirmos, sejam ações ou palavras e até mesmo pelos mais simples pensamentos. 

Fomos nós que os criamos/produzimos, logo somos nós responsáveis por eles, por inerência. Por mais influências que recebamos externamente, é o nosso íntimo, o nosso “Soi”, que irá efetuar a escolha do que concretamente iremos fazer.

Será a mais correta?!

Será a mais eficaz?!

Será a mais proveitosa?!

O que sabemos é que é a nossa decisão e apenas isso. Foi o que optamos por decidir. E que tal decisão seja sempre tomada em consciência com os princípios que advogamos e com os quais nos sintamos devidamente identificados. Sejamos honestos, íntegros e coerentes nas nossas decisões!

Os maçons, “livres-pensadores” como orgulhosamente se assumem, devem ter bem a noção de tal. 

Não bastará assumir algo ou determinada coisa para depois não se praticar isso na realidade. É sempre esperado que um maçom use o seu bom senso e os seus bons costumes para decidir, se possível sempre, da melhor forma possível face às situações que a vida lhe apresenta. Tem o dever de agir dessa forma!

O que poderá acontecer, e muitas vezes é inevitável tal, é que nem sempre as decisões tomadas possam ser as melhores ou mais corretas, uma vez que o maçom, tal como outro ser humano qualquer, também erra, mas como maçom tem a obrigação de aprender com esse erro e evitá-lo no seu futuro. 

E aqui assumo que os maçons também erram, infelizmente algumas vezes e talvez, digo eu, vezes demais. 

Mas como o maçom é alguém que busca evoluir espiritualmente, ele também estará suscetível a efetuar mudanças no seu comportamento; logo, também as suas decisões serão influenciadas pelas mudanças/transformações que sofrer e as suas atitudes se revelarão melhor no seu comportamento e caráter. 

Tudo isto em prol do seu autoaperfeiçoamento enquanto ser humano. Isso será o tal “polimento”, o tal “burilamento da pedra bruta” que na Maçonaria tanto se fala.

Os vícios ou erros comportamentais que possam ter existido na sua conduta no passado, deverão ficar aí mesmo, no passado. E “como de passado apenas vivem os museus” (como é usual se afirmar), no momento da Iniciação, no momento em que o recém neófito encontra a sua primeira centelha da Luz, nasce como uma nova pessoa, um “novo Homem”, e como tal terá acesso a “ferramentas sociais e espirituais” que poderá utilizar para melhor atingir o seu “nirvana”, por assim dizer. 

O que interessa por vezes não é o mapa mas o caminho que se seguiu. 

Mesmo para o nosso autoaperfeiçoamento, o que importa é que decidimos livremente as decisões que tomamos e que escolhemos sempre, mediante o que a vida nos vai apresentando e mediante as condições que temos, mas que foram  as melhores decisões que consideramos que podíamos e/ou devíamos tomar ou ter tomado. Isso sim, é o mais importante nisto tudo. 

Este caminho que seguimos é feito sozinho (somos nós que o temos que fazer) mas não é solitário (pois outros o fazem também) e temos ter a consciência e a noção disto.

Se olharmos para o lado veremos alguém a viver as mesmas situações ou outras, com decisões tomadas semelhantes ou completamente diferentes daquelas que, se fosse conosco, tomaríamos. A vida é isto mesmo, cheia de imponderáveis e é essa uma das mais valias de viver, a cada passo dado, a cada momento, nunca sabemos o que se seguirá, apenas o podemos tentar prever e nada mais.

O que concluindo podemos afirmar é que, independentemente das decisões e escolhas que tomemos, somos nós que o deveremos fazer e não outrem. E por elas nos responsabilizarmos. 

São estas decisões que nos definem como pessoas!

A  grande diferença que temos em relação aos restantes seres vivos é a nossa “massa cinzenta” e é devido a ela que pudemos livremente pensar. 

É altura de a começarmos a valorizar mais e principalmente em a começar a usar de uma forma correta e eficiente. 

E posto isto, porque não… pensar?

Fonte: Blog A Partir Pedra


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