A lenda do grau 32
sugere que seu simbolismo tem como meta a reedificação do Templo de Salomão, a
partir de uma nova Cruzada. O grau 32, ao que parece, teve sua origem entre os
maçons templários, que o adaptaram a partir do simbolismo do grau 25 do Rito
Escocês. Teria sido criado primeiramente no Rito de Heredom, e depois
incorporado ao Rito Escocês Antigo e Aceito como grau 32.Essa disposição
transparece inclusive no desenho do avental do no estandarte próprio do
grau.
Duas são as alegorias fundamentais em que se apoiam os ensinamentos do grau 32: A Divina Comédia e a Gruta dos Grandes Filósofos.
Esses são os motivos que os Irmãos
encontrarão nessa Câmara, representados na decoração do ambiente, no painel do
grau e nos quadros representando os oito grandes construtores do pensamento
humano, através dos quais se prestam homenagem a todos os filósofos que
lançaram luz sobre a mente humana.
Assim, depois de comungar com Dante os
mistérios do céu e da terra, onde todo o psiquismo humano finalmente se
desnuda, e compartilhar com os grandes filósofos as verdades fundamentais que
modelam a alma humana, o Irmão, finalmente estará apto a contemplar a Estrela
Flamejante, cujo significado lhe será apresentado no último grau, o 33.
A Divina Comédia
A Divina Comédia é um poema iniciático que
apresenta a visão da Igreja Medieval a respeito da hierarquia nos três mundos:
o mundo celeste, o mundo material e o mundo espiritual. A inspiração para a
composição dessa genial obra, Dante foi buscar nas teses gnósticas, nas
tradições pagãs anteriores ao Cristianismo e principalmente na filosofia de São
Tomás de Aquino, contando também com uma forte inspiração nas doutrinas
cabalísticas.
A Divina Comédia é uma obra iniciática de
conteúdo altamente esotérico. Ela reflete o que de melhor foi produzido pelo
pensamento medieval, tanto no campo da filosofia religiosa, admitida pela
Igreja, quanto nas doutrinas esotéricas, por ela condenada publicamente, mas
secretamente cultivada por muitos de seus membros mais ilustres.
Já de início se percebe a razão de a Divina
Comédia figurar como uma importante influência na Maçonaria. Para começar,
a obra foi escrita em três livros, cada um dividido em trinta e três cantos.
Cada canto tem aproximadamente 40 a 50 tercetos, com versos isolados no final,
dando um fecho à idéia trabalhada.
Como na Loja Simbólica, são três as estruturas
trabalhadas nesse genial poema: Inferno, Purgatório e Paraíso. No total, o
poema todo é composto por cem cantos.[1]
Tudo é simbólico nesse grandioso poema.
Entrelaçam-se tradições cabalísticas e gnósticas, juntamente com filosofia
aristotélica e escolástica, formando um enredo formidável, que só um grande
gênio, com qualidades de iniciado, poderia produzir.
Inferno, Purgatório e Paraíso são divididos em
nove círculos cada um, formando um total de vinte e sete. Três ao cubo, que
forma um número cabalístico. Todos os versos finais rimam usando a mesma
palavra, estrela. Aliás, o número 27 é o número maçônico por excelência.
Resulta de uma tríplice multiplicação trinitária (3.3.3). Na Maçonaria do Arco
Real esse número simboliza o Arco vivo, formado pelos irmãos em união
(egrégora). É a Trindade do céu sendo refletida pela trindade humana.[2]
O genial poema de Dante pode ser interpretado
como uma jornada em busca da luz. Quando o poeta se encontra no meio da vida,
ele se vê numa floresta escura e percebe que está perdido em meio ás
trevas. [3]
Ao tentar escapar desse território de trevas,
ele vê uma montanha e tenta subi-la, no que é impedido por três animais: um leopardo,
um leão e uma loba. Simbolismo puro.[4]
Já desanimado com a situação, encontra o
espírito de Virgílio, poeta romano que ele muito admirava. Ele veio a pedido de
Beatriz, antigo amor de Dante. Virgilio estava no Limbo e Beatriz desceu do céu
para tirá-lo de lá com a finalidade de ajudar o poeta a achar o caminho para a
luz.[5]
Virgílio se propõe a guiá-lo pelo centro da
terra, passando pelo Inferno, Purgatório e Paraíso, terminando na Porta do Céu.
Durante toda a jornada Dante é guiado por Virgílio, e este, à medida que vai
mostrando a geografia do mundo subterrâneo, explica também ao poeta quem são as
almas que eles vão encontrando pelo caminho.
Como na iniciação maçônica, representada pelas
três viagens feitas pelo neófito pelo interior dos fenômenos naturais, Dante
mistura personagens históricos e lendários, justificando a presença de cada um
naquele lugar, sempre pela ótica do credo cristão, defendido pela igreja
católica. Assim, aqueles que viveram antes da época de Jesus, e portanto não
conheceram a “salvação” do Cristianismo não eram condenados ao inferno porque
não tinham culpa de terem nascido em época errada, mas também não podiam ir
para o paraíso, mesmo sendo dignos. Alguns deles são filósofos como
Sócrates, Platão e Aristóteles, por exemplo. Virgílio também não era cristão,
mas a sua jornada junto com Dante pelos círculos infernais dá a ele o direito
de reivindicar a salvação, na ótica do poeta.
Passam pelos nove círculos do inferno, onde eles
encontram personagens históricos, conhecidos e desconhecidos, sofrendo os mais
terríveis castigos pelos pecados que cometeram em vida.[6]
Contemplam a horrorosa geografia do inferno, com
seus monstros, rios de fogo, cidades horripilantes, demônios, e chegam ao
centro da terra, onde habita o rei dos demônios, Lúcifer[7]
No inferno Dante percebe que as almas que ali
estão não tem mais esperança de redenção.
Saindo do inferno por um caminho subterrâneo,
eles passam ao purgatório, representado por uma altíssima montanha. Ela é tão
alta que seu cume parece tocar o céu.
Na base da montanha está o ante-purgatório,
lugar onde as almas que não se arrependeram de seus pecados a tempo, aguardam,
com muito sofrimento, o momento de entrarem no purgatório propriamente dito,
onde poderão pagar os seus pecados e se redimirem.[8]
Atravessando os sete terraços do purgatório, que
representam os sete pecados capitais, Dante e Virgilio chegam, finalmente ao
fim dessa jornada no território onde as almas pagam seus pecados e adquirem a
esperança da redenção.
No último circulo do purgatório Virgilio se
despede do poeta e ele passa a ser guiado por Beatriz. Pelas mãos dela ele é
levado para atravessar o paraíso. [9]
O paraíso de Dante se divide em duas
partes: uma parte material e uma espiritual. A parte material representa o cosmo,
segundo o modelo de Ptolomeu, astrônomo mais acreditado pela Igreja durante o
período medieval. O cosmo ptolomaico é dividido em nove círculos concêntricos,
formado pelos sete planetas místicos, (Mercúrio, Venus, Marte, Júpiter,
Saturno, Sol e Lua) circundados pelos dois círculos que são o das estrelas
fixas e o Primeiro Céu, que é o último círculo da matéria.[10]
É no paraíso terrestre que Dante encontra as
pessoas, que em sua opinião, fizeram obras boas na terra e encontraram mérito
para viver nesse lugar de sabedoria, harmonia e paz, que é o paraíso. [11]
Quando chega ao último círculo do paraíso, que é
o céu cristalino, ele adquire, enfim a iluminação, a Gnosis, e consegue
compreender como o mundo foi feito, o que é o mundo angélico, que são, na
verdade, campos energéticos que giram em volta da Suprema Alma, que é o Grande
Arquiteto do Universo. [12]
A Rosa Mística
A Rosa Mística é um símbolo cristão,
desenvolvido pela doutrina da Rosa-Cruz, que significa a aquisição da Gnose
cristã, obtido pelo perfeito entendimento da Vida, Paixão e Morte do Nosso
Senhor Jesus Cristo.
No antigo ritual, segundo informa Paul
Naudon, a contemplação da Rosa Mística era o corolário do ensino maçônico, que
se dava no último grau, após o recipiendário fazer uma “viagem” de três dias,
na qual ele dava trinta e três voltas ao redor da Loja. Depois dessa viajem,
ele descia aos “infernos”, de onde voltava com a Palavra Perdida. A Palavra
Perdida se revela nas iniciais que Pôncio Pilatos mandou gravar na cruz de
Cristo. Esse é um segredo da Fraternidade da Rosa-Cruz, que é referido no grau
18. As iniciais INRI significam Ígnea Natura Renovatur Integra (A
natureza inteira se renova pelo fogo). Essa interpretação faz reminiscência ao
“batismo pelo Espírito Santo e pelo fogo” de que falava João Batista, ao
referir-se ao magistério de Jesus. Além de ser uma divisa da Rosa-Cruz, ela
também se refere ao processo alquímico de obtenção da pedra filosofal, a qual é
obtida pela ação do fogo sobre a matéria prima da obra. [15)
Essa é mais uma indicação de que, mais que um
simples poema clássico, a obra de Dante é um trabalho iniciático da mais
alta envergadura.
A Cripta dos Grandes
Filósofos
Cripta dos Grandes Filósofos, ou das Grandes Luzes, é a alegoria final e reveladora do que entendemos ser o verdadeiro mistério maçônico.
Ao longo dos nossos estudos sobre os objetivos,
a história e a filosofia fundamental da Maçonaria, temos sustentado que a Arte
Real, como a chamamos, consiste numa idéia, numa prática e numa instituição. É
idéia porque repousa no sonho utópico que sempre cativou o espírito humano na
procura de um estado ideal de ordem, paz, tranqüilidade e equilíbrio entre sua
natureza humana e divina.
É prática porque na perseguição dessa quimera o
Irmão desenvolve posturas morais e éticas destinadas a permitir que ele viva de
uma determinada maneira que julga ser compatível com esse sonho. Dessa prática
nasceu à filosofia, a religião e o direito, como forma regulatória e necessária
de sua conduta. E, por fim, é instituição, já que para tornar possível essa
prática é preciso dar forma a ela na figura de um ente real, com identidade
social e cultural, e se possível, com personalidade jurídica.
Essa foi à evolução da Maçonaria ao longo da
história das realizações humanas. Justifica-se, portanto, que os seus
ensinamentos comecem com a idéia, expressa através da iniciação, que encerra o
conceito de aquisição da luz e se encerrem na gruta dos Grandes Filósofos,
construtores do espírito universal. Na verdade, essa é a grande obra da
Maçonaria universal: a construção do espírito do homem, de acordo com a Vontade
emanada do Grande Arquiteto do Universo. Por isso, todas as alegorias
exploradas no ensino maçônico têm essa finalidade. Desde os conceitos de pedra
bruta (o aprendiz iniciado nos mistérios da Arte Real), a pedra
cúbica (o companheiro cujas arestas já foram rudimentarmente aparadas,
mas que ainda não atingiu a plenitude da sua iniciação) a pedra lavrada (o
mestre finalmente apto a iniciar a sua senda pelos mistérios maiores da
Maçonaria), há toda uma pedagogia habilmente desenvolvida para levar o iniciado
maçom a esse resultado. A Cripta dos Grandes filósofos é, portanto, um resumo
final desse resultado. Para os irmãos devidamente preparados nas antigas e
modernas filosofias que norteiam o pensamento humano, e que também estejam
devidamente informados sobre as crenças e esperanças que fazem o espírito de
homem ser o que ele é, não é difícil entender o motivo da alegoria da Cripta
dos Grandes filósofos ter sido colocada justamente no grau 32, quando o
ensinamento maçônico, no que tange ao seu conteúdo filosófico, é
encerrado.[16]
As oito colunas da
Sabedoria
Na Cripta dos Grandes Filósofos iremos encontrar
oito colunas, sobre as quais oito bustos, representando os fundadores das
grandes religiões que orientam o espírito humano foram colocados.
Numa nona coluna, o resultado final dos
ensinamentos desses grandes construtores do espírito universal é demonstrado
pelo aparecimento da Estrela, que é Gnose, a Iluminação, a Sabedoria, como a
demonstrar que tudo que procuramos, seja qual for à religião que adotemos, é
simplesmente a Verdade. Os oito luminares que aparecem nessa gruta são, pela
ordem:
Confúcio
Com esse sábio chinês aprendemos que a
verdade pode assumir muitas faces e deve ser buscada por variados
caminhos. Assim, ela pode ser atingida através da doutrina de Confúcio,
cujo núcleo fundamental era o respeito à hierarquia, à ordem estabelecida, à
cultura dos ancestrais, como verdadeiro caminho para se possa obter a retidão
do caráter e o aprimoramento do espírito. A doutrina de Confúcio prega o
respeito á tradição por excelência, razão pela qual encontraremos na Maçonaria
esse anelo pela tradição e o profundo respeito que ela tem pela ordem
estabelecida.
Confúcio (Kung-fu-tzu), nasceu provavelmente em
551 a.C., no antigo principado de Lu, na moderna Xantum, nobre descendente do
clã dos Kong. Mesmo sendo de origem nobre, parece que a sua família era
bastante humilde.
Era conhecido como sendo um homem educado,
cortês e justo. Casou-se muito jovem e entrou para a administração pública. Por
sua rematada sabedoria, logo alcançou o cargo de ministro da justiça.
Mas logo se cansou da vida de Ministro e por não
concordar com algumas das práticas utilizadas pelo Imperador na distribuição da
Justiça logo abandonou o cargo. Trocou a vida política pelo ensino, tornando-se
famoso como professor.
Com 35 anos de idade se viu forçado a voltar
para as lides políticas em conseqüência de uma guerra civil. Chamado pelo novo
Imperador para seu ser conselheiro, Confúcio começou aí a sua carreira de
filósofo, divulgando os seus pensamentos acerca de moral e política, reunindo
muito discípulos em volta de si.
Viajou por toda a China divulgando sua doutrina.
Todos se admiravam com a sua sabedoria e a sua moral inatacável. Não obstante,
as disputas políticas e as rivalidades intelectuais acabaram por envolvê-lo em
inúmeras querelas. Por isso foi preso várias vezes e submetido inclusive a
duras torturas físicas e morais. No entanto, suas idéias expandiram-se por toda
a China e fora dela. Sua doutrina serviu de fundamento para diversos sistemas
políticos e morais durante todo o período imperial chinês. Por isso Confúcio é
saudado, ainda hoje, como um dos grandes construtores do espírito universal.
Morreu em 479 a C.
Zoroastro ou
Zaratustra
Zoroastro, ou Zaratustra, segundo a
tradição, nasceu de uma virgem. Dizem que a natureza ficou tão feliz com
sua vinda ao mundo que durante três dias o sol não se pôs. Dizem que desde a
mais tenra idade ele possuia uma sabe-doria extraordinária que se manifestava
em sua conversação e em sua maneira de ser. Aos sete anos descobriu que no
cultivo do silêncio estava o principio da sabedoria. Vários sábios profetizaram
a sua vinda para o cumprimento de uma missão divina. Ficou conhecido pela
bondade com que tratava a todos, indistintamente, fossem eles pobres, ricos,
jovens, nobres, plebeus, anciãos, enfermos e animais.
Aos 20 anos retirou-se para uma montanha e
passou a viver em uma caverna. Conta-se que foi várias vezes tentado pelo
demônio e o venceu. Depois de sete anos de solidão e vida ascética voltou para
a cidade, onde começou a ensinar ao povo a doutrina das sete idéias. Essas
idéias, que comportavam os sete passos para se atingir a luz da iluminação,
seriam o cerne da nova religião que os persas adotariam no futuro. Essa
religião era o Mazdeísmo, cuja dou-trina se centrava na eterna luta entre dois
princípios contrários, a luz e as trevas, representadas por dois deuses, o do
mal, Arimã, e o do bem, Ormuz.
A doutrina de Zaratustra ensina que antes de
o mundo existir, reinavam dois espíritos ou princípios antagônicos: os
espíritos do Bem (Ahura Mazda, ou Ormuz) e do Mal (Arimã). Abaixo deles uma
pleiade de divindades menores formavam contigentes do bem e contingentes do
mal. Vários gênios e espíritos ajudavam Ormuz a governar o mundo e a combater
Arimã e a legião do mal, da mesma forma que outros tantos ajudavam Arimã na sua
luta para fazer triunfar o mal. Entre essas divindades auxiliares, a mais
importante era Mithra, um deus benéfico que exercia funções de juiz das almas.
O culto a Mithra, já no final do século III d.C,
tornou-se um dos cultos mais importantes do Império Romano. Por sua semelhança
com o Cristianismo, o Mitraísmo muitas vezes com ele foi confundido, provocando
a ira da Igreja Católica.
O deus do mal, Arimã, é representado como uma
serpente, criador de tudo que há de ruim no mundo. Crime, mentira, dor, secas,
trevas, doenças, pecados, entre outros malefícios, é produto de Arimã. Ele é o
espírito hostil, destruidor, que vive no deserto entre sombras eternas. Ormuz,
no entanto, é o Criador original, organizador do mun-do de modo perfeito. No
plano cosmológico, ele é o criador do universo e da raça humana, com poderes
para sustentar e prover todos os seres, na luz e na glória supremas.
Na doutrina de Zoroastro, Bem e Mal não são
apenas valores morais, que existem para regular a vida coti-diana dos seres
humanos. Eles são, antes disso, verdadeiros princípios cósmicos, que estão em
perpétua discórdia. A luta entre Bem e Mal originam os fenômenos da vida do
uni-verso e da humanidade. A vitória definitiva de Ormuz sobre Arimã só poderia
ocorrer se os homens conseguissem for-mar uma legião de seguidores e
servidores, forte o bastante para vencer o Espírito Hostil e expurgar o Mal do
universo. Essa era missão de Zoroastro.
De acordo com os ensinamentos de Zoroastro, o
mundo duraria doze mil anos. No fim de nove mil anos, ele viria outra vez ao
mundo como um sinal e uma promessa de redenção final para aqueles que
professassem a verdadeira doutrina. Mas antes da sua vinda, um precursor o
precederia para preparar-lhe o caminho.
A idéia de um julgamento final, com
a condenação dos maus e a salvação dos bons já está presente na doutrina de Zoroastro.
Nela também está presente a noção da ressur-reição.
No final dos tempos haveria o julgamento derradeiro de todas as almas e a ressurreição dos mortos. Não fica claro se o inferno tem duração eterna, se os maus se agitarão eternamente "nas trevas". Nos Gathas, cantos de Zaratustra, consta também que o mal poderia ser banido para sempre do universo, com o nascimento de um novo mundo, física e espiritualmente perfeito, aqui na Terra.
Não seria possível, assim, a coexistência de um
mundo físico degradado e um mundo hiper-físico perfeito.
A doutrina de Zoroastro propugna por um
equilibrio perfeito entre o homem e a natureza.Aconselha que tenhamos o devido
repeito para com a terra, a água, o ar, o fogo e a comunidade. O cultivo de uma
boa mente, através das palavras e ações boas é de livre escolha do homem: o
indivíduo tem livre arbitrio para decidir o que deve fazer em face das
circunstâncias que se apresentam para ele. O bom resul-tado é consequência de
uma adequada reflexão a respeito de cada ação que devemos fazer.
E isso faz surgir uma
responsabilidade social que nos torna colaboradores de Deus no projeto que Ele
se propôs desenvolver para o mundo. Por isso, os principais manda-mentos para
que se possa ter uma vida correta são: falar a verdade, cumprir com o prometido
e não contrair dívidas. O homem deve tratar o outro da mesma forma que deseja
ser tratado. Daí a regra de ouro do Mazdeísmo: "Age com os outros como
gostarias que agissem con-tigo".
O Mazdeísmo, como se pode perceber,
foi o precursor do Cristianismo. Nele encontraremos a maioria dos pressupostos
doutrinários que Jesus ensinou aos seus discípulos. Nos primeiros anos do
Cristianismo, quando a doutrina de Zoroastro competia com o Cristianismo,
muitos foram os conflitos entre os adeptos de uma e de outra religião. A
vitória final dos bispos de Roma empurrou para o rol das heresias a maior parte
desses ensinamentos, omitindo o fato de que as doutrinas que eles estavam
defendendo eram, em sua grande maioria, oriundas do Zoroastrismo.
E para quem percorreu conosco o
labirinto das tradições maçônicas, não será difícil entender a razão de alguns
setores dessa mesma Igreja olharem com desconfiança a Maçonaria, pois ela tem
muito do Zoroastrismo.
A doutrina de Zoroastro
está contida no compêndio conhecido como Zend Avesta, conjunto de cinco livros
que significam “comentários sobre o conhecimento”.
Sidarta Gautama, o
Buda
Não menos correto estava em seu caminho o grande
Sidarta Gautama, príncipe indiano que se despiu da importância que tinha como
Brâmane e renunciou a todo o conforto da sua alta estirpe para se tornar um
monge mendicante.
Assim fez por que entendia que a iluminação
procurada pelo espírito humano só poderia ser alcançada se ele se despisse de
todos os desejos da carne, responsáveis pelo seu apego à matéria.
Sidarta Gautama alcançou, ainda em vida, o
Nirvana, que é o estado do completo esvaziamento do Ego. Fez isso através de
uma vida de meditação e prática ascética, criando uma doutrina e um modo de
viver que é seguido hoje por um quarto da população do mundo.
Sidarta nasceu de família nobre, provavelmente
no ano de 560 a C. Era filho de um rei do povo Sakhya (razão pela qual seu nome
verdadeiro era Sakhya Muni). Esse povo habitava a região da fronteira entre a
Índia e o Nepal. Foi contemporâneo de grandes nomes da filosofia tais como
Heráclito, Pitágoras, Zoroastro, Confúcio e Lao-Tsé.
Sidarta viveu confortavelmente em seu palácio até os trinta anos de idade. Casou-se, teve um filho e nada prenunciava que não viesse a ser rei de seu povo. Criado de forma reclusa, como era tradição naqueles tempos e lugares, Sidarta tinha pouco contato com o mundo. Um dia, andando pela cidade, fugindo da rotina do palácio, ele viu três coisas que mudaram a sua visão do mundo: a primeira foi um ancião encurvado que não conseguia andar e se apoiava num bastão; a segunda um indivíduo que agonizava em meio a terríveis dores devido a uma doença, e por último um cadáver envolvido numa mortalha.
Foram esses três eventos que o fizeram ver a triste realidade em que o ser humano está envolvido: a velhice, a doença e a morte. A essas três realidades ele chamou de “as três marcas da impermanência".
Essa visão o abalou profundamente e ele passou a ver a vida de outra maneira. Pensando nessas coisas teve uma visão. Viu um Sadhu (monge eremita errante) pedindo esmolas. Seu rosto irradiava uma paz profunda e ele mantinha uma dignidade impressionante. Isso o impressionou de tal modo que ele decidiu renunciar à sua vida de príncipe e dedicar – se à busca da verdade.
Sidarta Gautama abandonou o palácio e tornou-se
um asceta mendicante. E assim viveu durante sete anos tentando entender a razão
dos sofrimentos humanos. Um dia, cansado de suas peregrinações, sentou ao
pé de uma figueira e resolveu que não sairia de lá enquanto não tivesse
alcançado a iluminação. Lá ficou durante 49 dias, medi-tando, amortecendo todos
os sentidos, até encontrar o nada psíquico, onde todos os desejos desaparecem.
Assim ficou até atingir a Iluminação, estado chamado de Nirvana, aniquilamento
total do Eu.
A partir dessa conquista e da descrição do que
ela significava, Sidarta foi chamado de Buda (o que despertou) ou Shakyamuni (o
sábio dos shakyas). A doutrina que nasceu de suas experiências ficou conhecida
como o Cami-nho do Meio, ou simplesmente o Dharma (a lei). Depois disso
Sidarta, agora conhecido como Buda, O Iluminado, dedicou-se a ensinar os seus
discípulos o caminho da Iluminação.
Moisés
Saudemos a Moisés, pois com o caminho que ele abriu para os judeus e para os povos que adotaram a religião mosaica, um novo conceito de viver e honrar o Grande Arquiteto do Universo foi ensinado à humanidade.
Pois foi ele que intuiu o conceito da unidade
morfológica do universo e o manifestou através da idéia de um Deus universal e
único. O espírito humano, fragmentado e disperso, torna-se escravo da
ignorância e da tirania, e é exatamente isso o que a grande saga dos hebreus,
libertos por Moisés do cativeiro egípcio, está a nos inspirar.
Ela é uma grande jornada em busca da unificação
espiritual. Esse é o grande Mistério contido no Inefável Nome de Deus, e é por
isso também que o magistério maçônico tanto se vale das fontes bíblicas como
inspiração desses ensinamentos[17]
Hermes Trismegistus
Em seguida temos o lendário Hermes Trismegistos,
tido como fundador das primeiras civilizações instaladas na terra. Hermes é
associado também ao deus Toth e Osíris, sendo crença geral dos antigos egípcios
que eram todos a mesma entidade, vinda ao mundo em diferentes etapas da
humanidade e para diferentes propósitos.
Hermes teria ensinado aos seres humanos não só
os rudimentos das suas ciências, mas também uma sabedoria secreta que somente
alguns iniciados poderiam conhecer. Por isso essa ciência ficou conhecida como
hermética e a Maçonaria, dada a sua própria característica de doutrina
iniciática, contém um forte apelo a esse tipo de doutrina.
Hermes Trismegisto (Hermes
Trismegistus em latim), significa três vezes grande. Esse é o nome dado
pelos filóso-fos neoplatônicos, e também pelos gnósticos e alquimistas, ao deus
egípcio Thoth, que na Grécia foi identificado com o deus grego Hermes. Tanto no
Egito como na Grécia esses deuses eram identificados com a escrita e a magia.
Na cultura egípcia Toth simbolizava a lógica
organizada do universo. Por isso os sacerdotes egípcios o identificavam aos
ciclos lunares, cujas fases expressavam a harmonia universal. Nos escritos
egípcios ele é referido como sendo "três vezes grande". Patrocinava a
escrita e a filosofia, sendo naturalmente identificado com o Hermes grego, que
também tinha essa prerrogativa.
Na hagiografia greco-romana, Hermes tornou-se
"escriba e mensageiro dos deuses", enquanto no Egito, na época
helênica, era tido como o autor de um conjunto de textos sagrados, chamados
"herméticos", contendo ensina-mentos esotéricos sobre artes,
ciências, religião e filosofia. Esse conjunto de ensinamentos ficou conhecido
como Cor-pus Hermeticum, e quem os adquirisse alcançaria a chamada
iluminação, obtida através do conhecimento das coisas divinas.
Os escritos herméticos foram a base para a
doutrina que viria depois, com o advento do Cristianismo, chamada Gnose. É
evidente que o conjunto de livros denominado Corpus Herméticum foram escritos
por várias pessoas, mas como representam um corpo doutrinário único, eles
fo-ram atribuídos ao grande deus da sabedoria.
O Corpus Hermeticum foi escrito provavelmente entre os séculos I, II e III, da nossa era. E como já dissemos, foi a fonte de inspiração do pensamento hermético e neoplatônico renascentista que se se convencionou chamar de Gnose. Na época veiculou-se a idéia de o Corpus Herméticum seria mais antigo que a Biblia Sagrada, anterior inclusive a Moisés e que nele estivesse contido também as raízes do Cristianismo.
Clemente de Alexandria, um mais famosos
bispos da Igreja Romana, que viveu nos primeiros séculos do Cristia-nismo,
afirmava que o Corpus Herméticum era composto originalmente de 42 livros
subdivididos em seis conjuntos.
O primeiro conjunto tratava da educação dos
sacerdotes; o segundo, dos rituais do templo; o terceiro falava de geo-logia,
geografia botânica e agricultura; o quarto, tratava de astronomia, astrologia,
matemática e arquitetura; o quinto era dedicado aos hinos que louvavam aos
deuses e era tam-bém um guia de ação política para aqueles que detinham
autoridade; o sexto tratava de medicina.
Costumava-se creditar também a Hermes
Trismegis-to o Livro dos Mortos, tratado egípcio que ensina como as almas devem
se portar perante o julgamento no Tribunal de Osíris. Além disso, Hermes teria
sido tambén o fundador da alquimia, através do famoso texto alquímico conhecido
como "A Tábua de Esmeralda".
Platão
Entre os filósofos da Cripta encontraremos
também o grego Platão. Ao contrário dos demais, Platão não fundou uma religião
e sua inclusão nesse seleto rol seria injustifi-cada não fosse ele o
organizador das idéias do grande Sócrates. Este, embora também não tenha
fundado nenhuma religião, foi o pioneiro entre os pesquisadores da psique
humana. Seu trabalho abriu caminho para o entendimento de como a mente humana
funciona e como ela pode ser cons-truída a partir de certo modo de pensar e
agir. Entendendo a verdadeira natureza das entidades ontológicas que
influenciam o espírito humano, entidades essas que exprimimos através de
conceitos (bom, mau, belo, feio, justo, injusto, verdadeiro, falso, etc.), e
vivendo de forma adequada com esses conceitos, é possível chegar ao
conhecimento da Verdade.
Platão nasceu em Atenas, em 428 ou 427 a.C., filho de pais aristocráticos e abastados, de antiga e nobre familia. Tinha um temperamento educado para as artes e para a filo-sofia, característica dos gregos bem educados. Na sua moci-dade, cultivou a poesia e a retórica, atividades que nunca abandonou durante a vida toda, e que muito o ajudou na expressão estética que deu aos seus escritos.
Aos vinte anos, Platão tornou-se discípulo de Sócrates – então já com quase sessenta anos. Por oito anos estudou com o grande mestre. Estudou também os outros filósofos, anteriores a Sócrates, e depois da morte deste, Platão foi estudar com Euclides, que então mantinha uma famosa academia em Mégara.
De volta a Atenas, em 387 a C, Platão fundou a sua famosa escola nos jardins de Academo, razão pela ela ficou famosa com o nome de Academia.
Platão
nos legou uma vasta obra literária. A parte mais importante dessa obra é
representada pelos diálogos, com-posição discursiva em que ele
mostra a evolução do seu pensamento, desde os tempos em que era discípulo de
Sócrates, passando por sua fase com Euclides, até chegar ao início do
aristotelismo.
A filosofia de Sócrates, absorvida por Platão, tem um fim prático e se destina
a desenvolver a moral do ser huma-no.
Todavia,
Platão amplia o campo de investigação de Sócrates, limitado a mera pesquisa
filosófica, conceptual, e a leva para campo antropológico e moral. Mais ainda,
esten-de-a para o campo metafísico e cosmológico, abran-gendo toda a realidade
fenomênica do mundo.
O
pensamento de Platão parte do conhecimento empí-rico, sensível, integrando a
opinião do povo e as con-clusões dos sofistas, para chegar a um conhecimento
intelectual, conceptual, universal e imutável das realidades universais. Chama
a isso gnosiologia. Mas, diferentemente dos gnós-ticos, que mais
tarde utilizariam suas conclusões para jus-tificar seus postulados, a Gnose de
Platão tem caráter cien-tífico, lógico, fundamentada mais em axiomas deduzidos
de raciocínios silogísticos, bem à moda de Aristóteles e os sofistas.
Platão,
e depois dele, Aristóteles, lançaram as bases do pensamento científico, que
após esses dois espiritos lumi-nares, só viriam a ser confrontados por
Descartes. Esse pensamento corresponde à noção, bastante objetiva, de que o
conhecimento só pode ser entendido como tal se corres-ponder à realidade. Ou
seja, conhecimento que não pode ser comprovado empiricamente corresponde ao
mundo das idéias, ou conceitos abstratos e imperfeitos que não podem ser
materializados, e por isso mesmo impossíveis de serem conhecidos
verdadeiramente.
Ainda assim, Platão não descarta a existência de um mundo sobrenatural que se soprepõe ao mundo das idéias e das substâncias prováveis e cognocíveis através da razão. Esse mundo situa-se num território entre o mundo das idéias e a matéria manifestada. Nesse território intermediário estão o Demiurgo e as almas, através dos quais tudo no mundo se manifesta.
O sistema platônico se unifica na idéia do Bem. O Bem é a realidade suprema, da qual dependem todas as demais idéias e todos os valores cultivados pelo homem, (valores éticos, lógicos e estéticos) que constituem o con-junto que formata o “ser”.
A filosofia de Platão, como se pode perceber, encon-tra eco profundo na
filosofia maçônica, no sentido de que não se formata um “ser” sem que se
cultive de um lado as qualidades morais e de outro os atributos espirituais. Um
e outro são componentes da natureza humana e não podem ser desenvolvidos
separadamente. Dai o mundo platônico ser constituído por dois princípios que
parecem opostos, como a idéia e a matéria, mas isso é só uma ilusão dos nossos
sen-tidos. Aprender a unificar a realidade é construir o universo. Isso é o que
se propõem fazer os Obreiros do Universo, que são os maçons.
Jesus de Nazaré
Em
seguida vem o nosso Mestre Jesus de Nazaré. Deste, que deu contornos universais
ao conceito do Deus Único expresso por Moisés, pouco precisamos falar nesse
resumo. O magistério maçônico é essencialmente um magis-tério cristão, ainda
que em muitas das suas alegorias os an-tigos conceitos defendidos pelas
religiões solares estejam pré-sentes. Mas Jesus de Nazaré condensa em sua
figura ímpar todas as virtudes dos deuses antigos e ele mesmo resume a Verdade
procurada pelo Espírito Humano: a aquisição da Luz pela prática do Amor. Sua
história e sua obra são por demais conhecidas e não vemos necessidade de
comentá-la aqui. [18]
Maomé
Por fim, temos o grande profeta árabe, fundador
da religião dos muçulmanos, praticada por milhões de pessoas no mundo inteiro. Para
Maomé o mundo é Islam, o mundo de Deus, universal e único, e deve, ao final,
unir-se num único pensa-mento e num único gesto, realizando a doutrina da
comunhão universal intuída por Moisés e pregada por Jesus de Nazaré.
Maomé nasceu em Meca, Arábia Saudita, no ano de
570 era Cristã. Sua familia pertencia ao clã dos Hachemitas, da tribo dos
Coraixitas. Como era costume da terra naqueles dias, foi entregue a uma familia
beduína para aprender a viver no deserto e se tornar um verdadeiro árabe. Maomé
foi então criado por beduínos.
Em Meca existia o santuário da religião árabe daquele época, denominado Caaba (Cubo). A Caaba era o santuário venerado por todas as tribos árabes, que a ela faziam uma peregrinação anual. Dentro da Caaba se encon-trava a Pedra Negra (um meteorito) e uma série de ídolos, representando uma série de deusas e de deuses adorados pelas diversas tribos árabes.
Os patricios de Maomé, da tribo dos corai-xitas,
acreditavam no Deus único dos judeus, o qual tinham por fundador da Caaba.
Durante a adolescência Maomé foi pastor e também
mercador, acompanhando o seu tio em expedições comer-ciais à Síria, Palestina e
outros países do Oriente Médio.
Segundo a tradição, quando Maomé regressava de
uma de suas viagens encontrou no caminho um eremita cristão chamado Bahira que
profetizou ser ele o enviado de Deus que os árabes aguardavam. E foi então que
ele começou a pregar a doutrina do Islam, e se tornou o profeta de Alá.
Eis, portanto, nesse resumo, o que significa a
Gruta dos Grandes Filósofos.
Nela também poderiam estar Lao-Tsé, fundador do Taoísmo, e outros grandes filósofos que com suas teorias e doutrinas ajudaram a construir o espírito humano.
Essas doutrinas e idéias foram evocadas e discu-tidas ao longo dos graus pelos quais o Irmão passou para chegar até aqui.
Quem bem compreendeu esse ensinamento sabe a razão dessas alegorias.
E se devidamente as compreendeu sabe agora o que
verdadeiramente significa ser um maçom, e pode, finalmente, saber o verdadeiro
significado da Estrela.
São Paulo, 18 de setembro
de 2021.
ANTONIO CLAUDIO VENTURA, IME 85257
BIBLIOGRAFIA
LIVRO MESTRES DO UNIVERSO- ED. BIBLIOTECA 24X7-
2011
Notas
[1] Analogia com os três graus da Loja Simbólica: Aprendiz, Compa-nheiro e
Mestre.
[2]Alusão
à estrela flamejante, Letra G, que é o símbolo da Rosa Mística, segredo último
e fundamental da Maçonaria. Veja-se no capítulo XV, o estudo intitulado
“O Significado da Estrela”.
[3] Semelhante
ao iniciando na Maçonaria que é “ um profano que bate à porta do Templo à
procura da Luz”.
[4] Esses
animais simbolizam a iniciação.
[5]Como
o Irmão Experto, que conduz o profano à porta do Templo.
[6]Judas
e Pilatos são dois desses pecadores, que ali estão, sofrendo os mais horríveis
flagelos.
[7] Monstros
que assombram o espírito humano.
[8] Representação
do mundo profano, onde os vícios nos impedem de progredir espiritualmente.
[9] Fim
da primeira etapa da iniciação, quando o iniciado, finalmente é entregue ao
Venerável para a segunda etapa do ritual.
[10]Representado
pelo teto do Templo maçônico, onde exatamente essa conformação é reproduzida.
[11]A
egregóra, formada pelos Irmãos, onde ele finalmente ”recebe” a luz.
[12]Isso
mostra que Dante conhecia a Cabala e a Doutrina Secreta, ou pelo menos estava
ciente das doutrinas gnósticas que se referem aos sete céus, os sete anjos
planetários, as sete esferas do universo onde a vida se manifesta. O que nos
filósofos gnósticos foi taxado como heresia, em Dante foi considerado
genialidade.
[13] Knorr
Von Rosenroth, op citado, pg. 25. Segundo a moderna física atômica, a matéria
universal é formada por prótons e nêutrons, mas estes não são as menores
partículas existentes na matéria, pois estas são formadas por quarks, que por
sua vez se decompõem em propriedades que podem ser representadas por “cores” e
“sabores”. Isso é interessante, porquanto nas propriedades das séfiras da
Árvore da Vida também se identificam essas mesmas propriedades de ”cor e
sabor.”
[14]O
segredo do grau 33.
[15] Na
Cabala as iniciais INRI significam (Iam=água), (Nur=fogo), (Ruah=ar)
(Abech=terra). São as iniciais dos quatro elementos, que segundo as antigas
tradições, constituem a essência de todas as coisas.
[16] Cripta
é um local secreto onde segredos são depositados. É o local onde a semente
germina e dá nascimento à luz. Por isso a cripta dos grandes filósofos é local
secreto de onde nasce a sabedoria.
[17] A
história de Moisés e sua conexão simbólica e iniciática com a Maçonaria já foi
tratada no contexto desta obra, razão pela qual, a biografia do grande líder
dos hebreus e iniciador da verdadeira Maçonaria não será desenvolvida com mais
pormenores aqui.
[18] Recomendamos
a leitura da nossa obra “O Filho do Homem”, São Paulo, Ed. Scortecci, 2009.
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