A comunhão com Deus é ato espontâneo do homem e se manifesta freqüentemente em sua vida.
A infância, porque o menino é facilmente conduzido, é um período em que há uma busca de comunhão; a criança sente-se feliz e tranqüila dentro dos Templos.
Surge o período de libertação, quando todo jovem quer ir em direção ao mundo, livre e bisonho.
Ë o tempo do filho pródigo da parábola.
Seu retorno ao lar paterno na maturidade faz com que, novamente, busque a comunhão com Deus, quando se preocupa com o conhecimento e a evolução.
Esmorece um pouco, mas se reafirma na velhice, quando se integra definitivamente à religião.
A comunhão com Deus é o termo final da nossa jornada evolutiva, a mais alta perfeição do ser humano considerado em sua plenitude.
Os homens verdadeiramente felizes foram aqueles que experimentaram a comunhão com Deus.
A primeira vista, os homens julgam que não podem “servir a dois senhores”, aos interesses do mundo e à comunhão com Deus.
Deus não exige o sacrifício supremo de abandonar as “coisas do mundo”, porque o homem está no mundo, faz parte dele e seria incongruente se tanto fosse exigido.
Andar na “presença de Deus” não é incompatível com uma vida normalmente humana e com as atividades profissionais comuns.
Já não podemos conceber a existência de homens que se isolam, se enclausuram, como os antigos monges, habitando cavernas e alimentandose apenas com o que encontram, sofrendo toda sorte de privações.
O castigar o corpo não fortalece o espírito.
A horizontalidade da vida não é incompatível com a verticalidade espiritual.
O que é um Esquadro, senão o encontro dessas duas linhas, a horizontal e a vertical?
O homem deve buscar o equilíbrio; nem tanto horizontal, nem tanto vertical.
O homem meditativo do Oriente exagera na verticalidade, ao passo que o homem ocidental exagera na horizontalidade; faz-se necessário buscar o meio termo.
Quando o homem descobrir que a Terra, também é um “ser” criado por Deus, compreenderá quão agradável lhe será amar o mundo.
É obvio que o “ser” Terra não possui as características de um ser vivente dentro da concepção humana do comum a todos os seres viventes.
O afastamento do convencional não significa que devam deixar de existir “seres” diversos da concepção convencional a que estamos habituados.
A Terra, como “ser”, chegando o seu devido tempo, há de despertar e sacudir de sua “crosta” o que lhe é prejudicial, numa purificação tão real, que apenas os homens que com ela possam se identificar e comungar, possam subsistir...
Nós alardeamos a existência de um “mundo real”, porque nos colocamos sobre ele, mas não imaginamos o quão longe estamos dele!
Logo, como podemos entender a realidade de um mundo espiritual que não vemos?
A intensa comunhão com Deus não tem outra finalidade senão a de levar o homem ao ângulo da realidade que é suprema “beleza” e inefável beatitude.
Local mais apropriado para esta comunhão e, portanto, plena sintonia com Deus, será dentro de um Templo.
Templo material, ou Templo espiritual, não importa, porque aqui não existem dimensões.
Por mais difícil que pareça, a princípio, essa submersão no Oceano divino, esse “banho” de luz e força em Deus, vale a pena praticá-la intensamente, ainda que seja apenas durante uma fração de minuto.
Para Deus o tempo não conta, porque ele regula e disciplina o tempo.
Dentro do “circuito” de uma Cadeia de União há “tempo suficiente” para meditar e submergir nesse Oceano de beatitude e divindade.
A comunhão com Deus purifica os pensamentos e o mundo necessita de purificação.
Um homem “purificado” em seus pensamentos será um centro de irradiação benéfica para toda Humanidade.
O certo é que a ciência, afinal, nos deu plena segurança de que o pensamento é matéria.
“Quão bom e agradável é o homem viver em união”, porque em união poderá estar em comunhão com Deus.
A mente humana isolada é muito frágil para propiciar o acendimento de uma luz; a energia é pouca, mas se a somarmos, então a lâmpada acende.
O mundo é conjunto. A fraternidade conquista a força necessária para a busca da felicidade.
O cultivo do amor fraterno tem a finalidade de formar o esforço conjunto que há de encontrar a fórmula exata para a solução dos múltiplos problemas humanos.
A redistribuição das forças irá equilibrar a força de cada componente da Cadeia de União.
Após o minuto de comunhão com Deus, cada ser equilibrado receberá sua dose igual e exata “eduzida” do próprio homem, de “sua vontade divina”, ou na linguagem evangélica, de seu Cristo interior.
REFERÊNCIA: A CADEIA DE UNIÃO - Rizzardo da Camino
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