A Maçonaria “hermética” concebe a Cadeia de União construída apenas por doze elementos, dispondo-se os demais em forma de triângulo cujo vértice dirige-se para o oriente.
Os doze maçons serão escolhidos, selecionados ou, simplesmente, chamados pelo Venerável Mestre.
Considera a Cadeia de União como o “coroamento da obra”, daí a exigência dos doze elementos que, somados, formam os 78 “arcanos do Tarô”.
Os sacerdotes de Memfis, no antigo Egito, possuíam um livro composto de 78 folhas soltas, de que a tradição dizia que o seu autor, o mago Hermes Thot, a tinha escrito, ou antes, gravado, em lâminas de ouro.
Esse livro era a chave universal das artes mágicas, a chave da Cabala e de todos os dogmas religiosos.
Cada lâmina ou folha continha uma figura simbólica, um número e uma letra, e a significação destes elementos constituía os “Arcanos”.
O original deste livro hermético perdeu-se, mas suas reproduções se conservam numa coleção de cartas, chamadas “Tarô”.
Esta chave das coisas ocultas compõe-se de 22 “Arcanos Maiores” e 56 “Arcanos Menores”.
A formação da Cadeia de União com número superior a doze, deixa a descoberto a proteção individual, podendo os seus componentes “receber” manifestações estranhas e, mesmo, caírem em transe, apesar de isto raramente acontecer.
O trabalho “ideal” dentro de uma Loja Maçônica nem sempre é possível executar e muito menos será viável numa obra como a presente, compor um “manual” completo, hermético e ao mesmo tempo ao alcance da maioria dos maçons que são Aprendizes, como orientação definitiva e completa para a formação de uma Cadeia de União.
Para demonstrar que, ainda, há muito para ser dito e escrito, é que fizemos a referência acima, em capítulo à parte.
A “Cabala”, o conhecimento profundo do alfabeto hebraico, a astrologia, o próprio mistério que cerca os números, são elementos que forçosamente se entrelaçam para o esclarecimento total do que significa uma Cadeia de União.
Isto vem demonstrar a relevante importância de uma “corrente” feita dentro dos Templos, “corrente” que emite “luz” no sentido também material (luz como matéria que se mede, pesa, colore, divide etc.) cujos efeitos penetram no mundo onde vivemos, considerando o mundo como um “ser’’, isto dentro da concepção filosófica mais recente e ainda não totalmente definida.
A Cadeia de União conduz a um caminho sedutor que descortina novos conhecimentos, daí, ao encerrá-la, inclinam--se os seus componentes, como reverenciando a “Terra”, sobre a qual os seus pés se firmam em Esquadro “justo e perfeito”.
A Maçonaria “hermética” concebe a Cadeia de União construída apenas por doze elementos, dispondo-se os demais em forma de triângulo cujo vértice dirige-se para o oriente.
REFERÊNCIA: A CADEIA DE UNIÃO - Rizzardo da Camino
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