A Saudação no fim da cerimônia ritualística da Cadeia de União.

Finda a cerimônia ritualística da formação da Cadeia de União, os maçons, antes de desfazê-la, cumprimentam-se, apertando as mãos, que ainda se encontram entrelaçadas, com mais força e por 3 vezes repetem em voz alta: “saúde”, “força” e “união”. 

São votos solenes. Votos de saúde física e mental; votos de “força”, no sentido realizado e “união” para recordar a finalidade da Cadeia de União. 

A tríplice proclamação diz respeito às três Luzes da Loja: o Venerável e os dois Vigilantes. 

A “saúde” corresponde à coluna da “beleza”, a “força” à coluna do Norte e a “união” a Sabedoria que a Coluna do Venerável representa. 

A confirmação solene de que todos desejam dar o melhor de si para a seu próximo. 

E o distribuem de forma materializada e pública, proferindo as palavras, retornando à matéria; após o “giro” dado em sua parte íntima e espiritual. 

Os votos não se dirigem tão-somente aos participantes da Cadeia de União; eles ultrapassam os limites da Loja e vão atingir a própria direção da Obediência. 

São “setas” que, disparadas com força, atingem o alvo. 

Alguém irá beneficiar-se após a realização de uma Cadeia de União, benefício nem sempre manifestado e notado, mas nem por isto inexistente. 

Nada se faz em vão na Maçonaria; nada é desperdiçado. 

Ao findar a tríplice saudação, comandados pelo Venerável, todos erguem o braço direito dirigido ao centro qual raios convergindo ao ponto central; e dizem em voz alta “segredo”! 

O “segredo” não é o silêncio a respeito dos assuntos maçônicos, o “segredo” do ato.

Em Maçonaria não existe o “segredo”, mas a discrição, o sigilo, o recato e tudo o que não profane os sagrados princípios milenares da Instituição, para que o vulgo não iniciado não dê interpretação improvisada e açodada. 

A saudação é uma homenagem à Natureza e o agradecimento ao Grande Arquiteto do Universo pelas dádivas recebidas. 

Enviando em voz forte e de forma uníssona as nossas melhores vibrações a todos os Irmãos do Quadro ausentes, aqueles que jamais esquecemos, porque são participantes vivos de nossos trabalhos. 

Ninguém se preocupa em enviar saudações e votos aos que já partiram, por considerarem, quiçá, um absurdo; porém, neste mundo pleno de mistério, uma disposição benéfica de nossa alma há de atingir todos aqueles a quem jamais deixaremos de amar; os eternamente ausentes, no conceito simplista de nossas acanhadas concepções. 

Erguendo os braços, na separação das mãos unidas, dirigimos nossa mão direita, de forma horizontal, ao centro ao círculo, onde ainda, se conserva aberto o Livro Sagrado. 

“Segredo”, dizemos, num derradeiro despedir e na ânsia sempre crescente de podermos penetrar no Verdadeiro Segredo que o Senhor dos Senhores encerra em sua Palavra. do místico, do resultado da Cadeia de União.  


NOTA

(17) Vide obra do mesmo Autor: “O Simbolismo do 1° Grau”.


REFERÊNCIA: A CADEIA DE UNIÃO - Rizzardo da Camino




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