Muito já se escreveu sobre a importância da indicação de um profano para ingressar em nossa Ordem. É lugar comum, entre nós, relacionar as “rachaduras dos templos maçônicos” à escolha errada daqueles que futuramente se tornarão irmãos.
Será que não estamos atirando no que vemos e acertando no que não vemos?
Não seria o caso de inverter o enigma com essas indagações:
- Estamos transmitindo corretamente os ensinamentos maçônicos?
- Damos bons exemplos?
- Somos justos e perfeitos, solidários e fraternos?
- Podemos afirmar com a consciência limpa que somos maridos, pais e irmãos exemplares?
É fácil atribuir o erro ao outro. Ou encontrar um culpado anônimo na frase “não estamos escolhendo bem os profanos”.
Não precisamos aprofundar a reflexão quando não exercitamos a autocrítica.
Exemplo de laboratório perfeito para o saudável exercício da reflexão: nossas reuniões semanais.
Estamos transmitindo ensinamentos aos nossos recém iniciados ou apenas lendo as instruções?
Procuramos interpretar as simbologias ou fugimos das responsabilidades com desculpas do tipo “ainda não é o momento do irmão saber isso”?
Mais perguntas:
- reclamamos das reuniões longas e depois permanecemos o dobro do tempo em nossos ágapes?
- usamos o sagrado templo para decidir o cardápio do próximo jantar ou para desvendar os augustos mistérios da Maçonaria?
Se as respostas a todas essas questões estão em sintonia com a doutrina e os postulados maçônicos, aceite nossas mais sinceras desculpas, prezado leitor.
Mas se os irmãos concordam que a falha está no interior dos templos, vamos à luta.
É só fazer a lição de casa direitinho que muitos dos profanos que julgamos mal escolhidos se transmutarão em valorosos maçons.
Fonte: Revista Consciência
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