O Balandrau na Cadeia de União.


É o traje antigo usado pelos maçons com formato de “opa” ou capote longo, com mangas compridas e capuz, hoje, simplificado como simples capa. 

Quando do movimento da Inconfidência Mineira, mencionam os documentos a existência de certos “encapuzados”, que nada mais eram que maçons vestindo o “Balandrau”. 

O traje serve para unificar a vestimenta de todos para, simbolicamente, igualar o rico com o pobre. 

Tem, porém, outra função, igual à da “toga” usada pelos magistrados, para significar que o juiz está sob o manto da Justiça e que julga em nome dela e não individualmente. 

Quem veste o “balandrau” está sob o manto da Maçonaria; não é o maçom individual que ali está, mas sim, um membro da Maçonaria. 

Na Cadeia de União, o participante deverá usar o “balandrau”? 

Como o uso do “balandrau” não está regulamentado e nem é oficial, cremos que seu uso será facultativo, dependendo do momento em que se forma a Cadeia de União; caso os elementos os estiverem usando, então é de todo conveniente participarem da “corrente” na forma como se encontram. 

Se o uso do avental, dos colares, das jóias, dos paramentos, das próprias luvas; não impede a formação da Cadeia de União o uso do “balandrau” também não será motivo impeditivo.

Também, conforme o grau em que a Loja estiver trabalhando, será observado o uso do “balandrau”, e então será mais prático e de todo conveniente conservá-lo para a formação da Cadeia de União. 

O “balandrau” clássico é de “cor” negra; contudo, pode ser usada na “cor” branca; uma Cadeia de União formada com os seus componentes trajados com “balandrau” branco, devidamente encapuzados, resulta de um misticismo forte, emprestando à cerimônia um destaque tão brilhante que os seus participantes sentirão indizível prazer na cerimônia. 

O “balandrau” encobre os Aventais, deixando assim de “revelar” a presença de “Graus”, mas tão somente de Obreiros. 

Conhecem-se as Autoridades Maçônicas pela posição que assumem dentro da Cadeia de União. 

Sob o “balandrau”, colocam-se os Aventais, as Colares e as Jóias. 

Na época em que era permitido aos Obreiros portadores de graus superiores ao de Mestre apresentarem-se revestidos com as suas insígnias, Faixas e Aventais, o “balandrau” nivelava a todos; assim, dentro da Cadeia de União, o valor era o do Maçom e não o do portador de Graus superiores, denominados, também, de “filosóficos”, ou “vermelhos”. 

Não comporta o presente “estudo” analisar a formação da Cadeia de União nos graus acima do 3°, posto o Rito Escocês Antigo e Aceito seja composto de 33 Graus. 

O estudo visa, apenas, o denominado “simbolismo”, isto é, os 3 primeiros Graus do Rito. 

E, ainda, nos restringimos, ao Grau de Aprendiz, pois a Cadeia de União, além do que neste livro se esclarece, apresenta novas “nuances” e efeitos nos demais Graus; assim, podemos afirmar que há para o Rito Escocês Antigo e Aceito 33 funções diversas, mas jamais divergentes.


REFERÊNCIA: A CADEIA DE UNIÃO - Rizzardo da Camino


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