Simplesmente unindo-se os Irmãos em torno do “ARA”, dando-se as mãos?
A posição por ordem hierárquica tem a sua influência esotérica.
O Venerável Mestre com as costas voltadas para o Trono de onde desceu; os Vigilantes, cada um ao lado e à frente da sua Coluna, formando com o Venerável Mestre um Triângulo.
O Guarda do Templo de costas à porta de entrada, ladeado pelos Diáconos.
Ao lado do Venerável Mestre, à direita, o Guarda da Lei; à esquerda, o Secretário.
A posição hierárquica tem grande relevância, pois as “Luzes” da Loja - Venerável Mestre e Vigilantes -, e demais Oficiais, são eleitos como os mais capacitados para dirigirem, durante o ano, os destinos da Loja; são compromissados e juramentados, neles depositando todos os Obreiros do Quadro plena confiança.
A capacidade de direção, quer no sentido administrativo, quer litúrgico, como Oficiante, quer Espiritual, não deixa de ser um “dom” divino e, portanto, um “privilégio”; todos os Obreiros demonstrarão respeito para com os Dirigentes.
Distribuídos as Luzes e Oficiais, no Circulo que forma a Cadeia de União, proporcionarão o “equilíbrio”, distribuindo as “forças espirituais”, eis que, indubitavelmente, a “Autoridade Maçônica” é portadora de uma soma maior de potência energética.
Este equilíbrio é conveniente, porque evitará que um determinado Obreiro se “desgaste” mais que outro, dando de si maior quantidade.
A posição hierárquica, obviamente, importa na presença do titular do cargo e não de seu eventual substituto.
O Titular do cargo prestou o compromisso sagrado ao ser empossado(11), o que não acontece com o substituto eventual.
A distribuição de Cargos na Loja obedece simbolicamente à criação do Universo.
O Grande Arquiteto do Universo dispôs, com autoridade e perfeição, de forma definitiva e, portanto, permanente, com equilíbrio e Justiça, todas as coisas criadas, concluindo com a criação do Homem.
Ao compor a Loja, o Mestre de Cerimônias, concluída a sua tarefa, anunciará que a “Loja está composta e os Cargos preenchidos”.
Caso suceda a ausência de um Titular, o Mestre de Cerimônias colocará o Obreiro que melhor lhe pareça servir.
Porém, se, já abertos os trabalhos, chegar tardiamente o Titular de um cargo, então este não poderá assumir o seu posto, porque, simbolicamente, causará o caos, eis que a obra perfeita não suporta substituições.
Assim, na Cadeia de União, os Equilibradores serão os Obreiros que se encontram, naquela sessão, ocupando cargo, sejam ou não Titulares, com exclusão do Venerável Mestre.
O cargo em si reveste o ocupante de autoridade; é ao ocupar o seu lugar, que o Titular “desprende” autoridade de si. Fora da Loja, a Autoridade cessa, com exclusão da do Venerável Mestre, porque este é “instalado” através de um cerimonial próprio.
O Venerável Mestre será o dirigente da Cadeia de União e quem deverá preparar os “elos” para a “Postura” de “Meditação”; contudo, poderá delegar a tarefa a uma das Luzes ou Oficiais.
A “Meditação” oral, que podemos denominar de “Prece”, poderá ser dirigida por qualquer Obreiro, porém, a mando do Venerável Mestre.
Poderá ocorrer, porém, a ausência do Venerável Mestre e que, por se encontrar enfermo, solicitou a seu favor, a formação de uma Cadeia de União.
O seu substituto “legal” será o 1º Vigilante, e isto por força de um Landmark; no caso, a Cadeia de União, ligando espiritualmente a si o Venerável Mestre ausente, cumprirá sua tarefa esotérica.
NOTA
(11) Vide ritual do Mestre Instalado.
REFERÊNCIA: A CADEIA DE UNIÃO - Rizzardo da Camino
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